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UNIDADE II

Política Comercial

(1 – Política Cambial)
POLÍTICAS COMERCIAIS

• Apesar da vigorosa defesa comercial do livre


comércio, nas relações comerciais contemporâneas o
livre comércio é mais exceção do que regra, tanto
nos países menos desenvolvidos como nas
economias industrializadas.

• A proteção pode-se dar por meio de diversos


instrumentos de intervenção pública sobre o
comércio exterior, em seu conjunto denominados de
política comercial.
POLÍTICAS COMERCIAIS

• Principais justificativas para a adoção de medidas


protecionistas:

1. Proteger uma indústria considerada estratégica para a


segurança nacional, como a defesa, por exemplo;

2. Fomentar a industrialização e a criação de empregos por


um processo de substituição de importações por produtos
fabricados no país;

3. Proteger indústrias "nascentes“;

4. Adoção de políticas de controles de importação e


restrições de toda espécie, para combater déficit do
balanço de pagamentos.
POLÍTICAS COMERCIAIS

 Duas vertentes: microeconômica (ações implementadas


para proteger o mercado de uma indústria específica ou
de um produto específico, principalmente nos casos das
commodities) e macroeconômica (políticas cambiais de
ajuste do balanço de pagamentos).

• Práticas de Política Comercial mais adotadas:

1. Política de promoção das exportações


2. Políticas de defesa comercial
3. Política de definição de uma taxa de câmbio competitiva
POLÍTICAS COMERCIAIS

• Efeitos da taxa de câmbio na política cambial: a taxa


de câmbio é um importante indicador de preço relativo
entre o mercado doméstico e o resto do mundo.

Política Cambial

Desvalorização ou Depreciação Cambial: (i) Estimula


exportações e desestimula importações; (ii) Concorre
para gerar inflação

Valorização ou Apreciação Cambial: (i) Desestimula


as exportações e estimula as importações; (ii)
Contribui para a estabilidade monetária
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

• Regimes Cambiais:

1. Regime de Taxa de Câmbio Fixa: A autoridade


monetária do país, ou seja, o Banco Central,
determina a taxa de câmbio.

2. Regime de Taxa de Câmbio Flutuante: A


determinação da taxa de câmbio de equilíbrio será
obtida pela oferta e demanda de divisas, ou seja,
pelas forças de mercado.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

 No regime de câmbio flexível ou flutuante, o valor da


taxa de câmbio no mercado se modifica na medida em
que ocorre alteração nas variáveis que influenciam a
demanda e a oferta de divisas:

1. O aumento da demanda por divisas eleva a taxa de


câmbio enquanto a redução da demanda por divisas
concorre para reduzir a taxa de câmbio.

2. A expansão da oferta de divisas reduz a taxa de câmbio


enquanto a contração da oferta de divisas eleva a taxa
de câmbio.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

A demanda por divisas é afetada pelas seguintes variáveis:

(i) pelo nível de produto ou renda interna (Y);


(ii) pelo nível geral de preços interno (Pi);
(iii) pelo nível geral de preços externo (Pe);
(iv) pela taxa de juros interna (ii);
(v) pela taxa de juros externa (ie)

Em síntese, a demanda por divisas (Dd) pode ser assim


representada:

Dd = f (Y, Pi, Pe, ii, ie)


+ + - - +
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

As Importações (M) dependem da taxa de câmbio, do nível


de atividade interna e do preço dos produtos importados,
ou
M = M (Tc, Y, Pm)

Onde:
M = representa as importações e demandas de divisas para
compromissos externos
Tc = Taxa de câmbio
Y = renda do país
Pm = Preços internacionais dos produtos importáveis
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

A oferta de divisas é afetada pelas seguintes variáveis:

(i) pelo nível de produto ou renda do Resto do Mundo (Yrm);


(ii) pelo nível geral de preços interno (Pi);
(iii) pelo nível geral de preços externo (Pe);
(iv)pela taxa de juros interna (ii);
(v) pela taxa de juros externa (ie)

Em suma, a oferta de divisas (Od) pode ser assim


representada:

Od = f (Yrm, Pi, Pe, ii, ie)


+ - + + -
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

As Exportações (X) dependem da taxa de câmbio, da


demanda externa e do preço internacional dos produtos
exportados, ou
X = X (Tc, Y*, Px),

Onde:
X = representa as exportações
Tc = Taxa de câmbio
Y* = Demanda externa, ou renda dos países compradores
Px = Preços internacionais dos produtos exportáveis
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

1. Teoria da Paridade dos Preços ou Teoria da Paridade do


Poder de Compra (PPP):

- A Paridade de Preços define a taxa de câmbio real de um


país em função da diferença entre a inflação desses países
e a taxa de câmbio nominal estabelecida e é dada por:

TCr = TCn . P*/P

Onde, TCr é a taxa real de câmbio,


TCn é a taxa nominal
P* e P são os preços estrangeiros e domésticos,
respectivamente
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

1. Teoria da Paridade dos Preços ou Teoria da Paridade do Poder


de Compra (PPP):

- Nos países que não adotaram o câmbio flutuante, a PPP foi


utilizada como critério de ajuste (desvalorização) cambial:
”colocando” na taxa de câmbio a diferença entre a taxa de
inflação doméstica e a taxa de inflação internacional.

- O Brasil se valeu de certa adaptação dessa regra durante a


maior parte do período 1968-1989. Como a taxa de inflação
interna era muito elevada quando comparada à internacional,
o país procurava manter a taxa de câmbio real fixa,
realizando desvalorizações na taxa de câmbio nominal de
acordo com a evolução do índice de preços interno.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

1. Teoria da Paridade dos Preços ou Teoria da Paridade do


Poder de Compra (PPP):

- Um dos problemas da PPP é que ela ignora a existência


dos bens tradables (comercializáveis
internacionalmente) e non-tradables (comercializáveis
no mercado doméstico), o que pode distorcer a taxa de
câmbio real.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

2. Condição de Paridade de Juros:

- Existindo mobilidade de capital, seu fluxo internacional


obedecerá a uma arbitragem, que levará em
consideração a diferença de taxas de juros entre o
mercado doméstico e o internacional, e a expectativa
quanto ao câmbio futuro, se de depreciação ou
apreciação.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

2. Condição de Paridade de Juros:

- Dada pela igualdade entre os rendimentos em aplicações


domésticas, em termos nominais, e a taxa de juros no mercado
externo, acrescida do risco país (dado pelo diferencial de taxa de
câmbio futura e pronta), é dada por:

( 1 + r ) = ( 1 + r* ).( 1 + e*)

onde: r é o juro doméstico,


r* a taxa de juro internacional e
e* o diferencial entre o câmbio futuro e o à vista, dado pela
fórmula: e* = ( e1 – e0 ) / e0

onde e1 = taxa de câmbio futuro


e0 = taxa de câmbio pronta
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

2. Condição de Paridade de Juros:

• A paridade está associada ao diferencial entre a taxas


de juros interna e a externa, adicionada a um
componente de expectativa de desvalorização ou
valorização da moeda doméstica:

1. Se a taxa de juros interna for superior à internacional e


a expectativa quanto à desvalorização for irrelevante, o
movimento do capital será no sentido de entrada de
capital.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

2. Condição de Paridade de Juros:

2. Se a expectativa de desvalorização futura for


considerável, o investidor levará em conta essa
expectativa para analisar se compensa trazer capital
para investir ou se repatria os recursos já aplicados no
País, tendo em vista a expectativa de seu rendimento
dado pelos juros internos elevados não ser compensada
pela desvalorização esperada.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

2. Condição de Paridade de Juros:

Portanto:

1. Quanto maior a estabilidade do mercado de câmbio,


maior será o grau de convergência entre as taxas de
juros doméstica e a taxa internacional.

2. Quanto maior a expectativa de que a taxa de câmbio


venha a se depreciar, gerando mais incertezas, maior
deverá ser a taxa de juros doméstica oferecida aos
investidores estrangeiros.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Regime de Câmbio Flexível ou Flutuante

Clean Floating ou Flutuação Limpa


Dirty Floating ou Flutuação Suja

Vantagens:
(i) Equilíbrio automático do Balanço de Pagamentos;
(ii) O Banco Central se desobriga de assegurar a estabilidade da
taxa de câmbio.

Desvantagens:
(i) Flutuação excessiva/Elevada volatilidade da taxa de câmbio;
(ii) Dificulta o cálculo econômico.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Regime de Câmbio Flexível ou Flutuante


POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Regime de Câmbio Flexível ou Flutuante

Equilíbrio Automático do Balanço de Pagamentos

• Déficit Comercial > Saída de Dólares > Elevação da


Taxa de Câmbio > Estímulo às Exportações e
Desestímulo às Importações > Equilíbrio

• Superávit Comercial > Entrada de Dólares > Redução


da Taxa de Câmbio > Desestímulo às Exportações e
Estímulo às Importações > Equilíbrio
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Regime de Taxa de Câmbio Fixa

Vantagens:
(i) Estabilidade cambial;
(ii) Facilita o cálculo econômico;
(iii) Utilizado para ancorar a inflação.

Desvantagens:
(i) Concorre para gerar déficit na balança comercial;
(ii) O Banco Central perde a faculdade de fazer política
monetária;
(iii) A moeda nacional fica sujeita a ataques especulativos dos
capitais externos.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Regime de Taxa de Câmbio Fixa

(i) Concorre para gerar déficit na balança comercial

• Câmbio Fixo conjugado com inflação interna maior do


que inflação externa concorre para gerar Déficit
Comercial.

• A inflação reduz a competitividade das exportações


aumentando a competitividade dos produtos
importados, o que inibe exportações e estimula
importações, gerando portanto déficits comerciais.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Regime de Taxa de Câmbio Fixa

(ii) O Banco Central perde a faculdade de fazer política monetária

• Contração Monetária > Eleva a Taxa de Juros > Aumenta a


Entrada e Reduz a Saída de Divisas > Provoca Redução da
Taxa de Câmbio > Como o Câmbio não pode declinar pois o
regime é de Câmbio Fixo, o Banco Central Compra Dólares e
Vende Reais > Expansão Monetária

• Expansão Monetária > Reduz a Taxa de Juros > Reduz a


Entrada e Aumenta a Saída de Divisas > Provoca Elevação da
Taxa de Câmbio > Como o Câmbio não pode subir pois o
regime é de Câmbio Fixo, o Banco Central Vende Dólares e
Compra Reais > Contração Monetária
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Principais Efeitos da Desvalorização Cambial:

1. Estimula as Exportações

2. Desestimula as Importações

3. (1+2 = Superávit Comercial)

4. Incentiva o influxo de IDE (Investimento Direto


Estrangeiro)

5. Desestimula os Empréstimos Externos


POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Principais Efeitos da Desvalorização Cambial:

6. Inflação

7. Queda dos Salários Reais


POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Conclusões:

1. A política cambial é um importante instrumento de política


comercial.

2. A desvalorização cambial como instrumento de política


comercial (protecionista) é praticada sobretudo quando o país
adota o regime de taxa de câmbio fixa ou administrada,
embora possa também ser implementada quando da adoção
do regime de taxa de câmbio flexível ou flutuante.

3. Apesar das vantagens da desvalorização cambial, os efeitos


nefastos da desvalorização (inflação e redução dos
salários reais, dentre outros) produzem graves
desequilíbrios macroeconômicos.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Política Cambial Brasileira:

• Via de regra, ao longo da história, no contexto da política


comercial, as políticas de desvalorização cambial foram
implementadas para corrigir desequilíbrios do Balanço de
Pagamentos.

• Por outro lado, as políticas de valorização cambial


produziram desequilíbrios no Balanço de Pagamentos.

• Até 1964, os condutores da política cambial no Brasil


anunciavam a cotação do dólar numa determinada data. Após
um tempo, em razão da inflação, a taxa de câmbio tornava-
se pouco atrativa para os exportadores e muito atrativa para
os importadores.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Política Cambial Brasileira:

Assim, os importadores antecipavam suas importações e os


exportadores postergavam suas exportações. Todos os
que tinham que trocar cruzeiros por dólar apressavam-se
em realizar a troca, e todos os que tinham de trocar
dólares por cruzeiros retardavam a troca.

• Dessa forma, a necessidade por uma desvalorização do


cruzeiro aumentava rapidamente. Ao proceder à
desvalorização, o governo endossava o movimento
especulativo contra o cruzeiro e também endossava o
próximo movimento especulativo contra a moeda nacional.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Política Cambial Brasileira:

• O Banco Central adotou então uma política de


minidesvalorizações sistemáticas a períodos curtos de
tempo. Num intervalo de poucos dias, a princípio, e
diariamente, quando a inflação aumentou, o Banco
Central anunciava a taxa de compra e venda do dólar. O
parâmetro básico para a fixação do novo preço do dólar
era a inflação.

• De 1964 até 1993, tivemos apenas três exceções nesse


comportamento do mercado de câmbio. O primeiro foram
algumas maxidesvalorizações para compensar eventuais
atrasos cambiais e estimular exportações.
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Política Cambial

Política Cambial Brasileira:.

• O segundo foi a tentativa de congelar o câmbio com


propósitos anti-inflacionários, durante a política econômica do
Plano Cruzado. E, no início do governo Collor, uma tentativa
de deixar o câmbio flutuar livremente.

• Contudo, a política de manter o câmbio atrelado à inflação


foi dominante durante o período 1964-1993.

• Com o advento do Plano Real, o regime de


minidesvalorizações para produzir superávits comerciais e em
transações correntes é substituído por um regime de câmbio
administrado como “âncora cambial” do novo plano de
estabilização.
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Política Cambial Brasileira:

• Essa política sobrevalorizou o Real, possibilitando a


estabilidade dos preços dos produtos importados,
forçando a indústria nacional a se modernizar e manter
seus preços em níveis competitivos com os importados,
que invadiam o mercado nacional.

• A âncora perdurou até janeiro de 1999, quando o Banco


Central, em decorrência da crise cambial e no âmbito
do acordo como FMI, introduziu a mudança do regime
cambial, adotando a livre flutuação. Vale salientar que
adotamos a flutuação dirigida (ou “suja”).
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Política Cambial

Política Cambial Brasileira:


POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Política Cambial Brasileira:


POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial

Política Cambial Brasileira:


Brasil: Saldo Comercial e Taxa Real de Câmbio (1980 – 2010)
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial Brasileira:

Brasil - Alta Volatilidade do Dólar: (1998 – 2017)

• Janeiro 1998: R$1,12


• Fevereiro 1999: R$2,06 (início do câmbio flutuante)
• Setembro 2001: R$2,70 (atentado de 11 de setembro)
• Setembro 2002: R$3,89 (tensão pela iminente vitória
de Lula)
• Julho 2008: R$1,56 (auge da bolha financeira
internacional)
• Fevereiro 2009: R$2,37 (estouro da bolha financeira)
• Julho 2011: R$1,55 (valorização recorde das
commodities)
• 23 Agosto 2013: R$2,36 (crise de confiança do real)
POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial Brasileira:

Brasil - Alta Volatilidade do Dólar: (1998 – 2017)

•30 Maio 2014: R$2,2410 (valorização do Real de 4,92% no


ano)

•28 Setembro 2015: R$4,1090 (desvalorização do Real de


54,36%)

•31 Março 2016: R$3,5638 (valorização do real de 9,78% no


ano/16)

•29 Dezembro 2016: R$3,252 (valorização do real de


17,67%)

•29 Ago 2017: R$ 3,1640 (valorização do real de 2,70%)


POLÍTICAS COMERCIAIS

Política Cambial Brasileira:

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