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Centro Internacional de Formação

Diálogo Social e Reforma da


Previdência nos Países da
OCDE: Casos da Itália e
Suécia

Fórum Nacional de Previdência Social


Brasília, 9 de abril de 2007
Vinícius Carvalho Pinheiro (CIF-OIT)
Estrutura

 Principais tendências de reforma da


previdência nos países da OCDE
 Caso da Itália
 Caso da Suécia
 Conclusões aplicadas ao caso brasileiro
Principais tendências de
reforma da previdência nos
países da OCDE
Desenho dos sistemas previdenciários
no países da OCDE
 Pilar assistencial: Combate à pobreza
– Focalizado
– Universal
– Benefícios mínimos
 Pilar de seguro obrigatório: Reposição de renda
– Público ou privado
– BC, CD, contas nocionais ou sistemas de pontos
– Repartição simples, repartição com reservas, capitalização
 Pilar de seguro complementar: Complementação da
renda
– BC, CD
– Ocupacional, Individual
Algumas opções de desenho dos
sistemas obrigatórios….

Países Pilar Assistencial Pilar de Seguro


Austrália Focalizado Privado CD
Áustria Focalizado Público BD
Bélgica Beneficio mínimo Público BD
Canadá Universal + Público BD
focalizado
Dinamarca Universal + Público BD +
focalizado Privado CD
França Focalizado + Público BD +
Beneficio mínimo sistema de pontos
Grécia Beneficio mínimo Público BD
Itália Focalizado Público Contas
Nocionais
Algumas opções de desenho dos
sistemas obrigatórios….

Países Pilar Assistencial Pilar de Seguro


Japão Universal Público BD
México Focalizado Privado CD
Holanda Universal Privado BD
Nova Zelândia Universal -----------------------
Portugal Beneficio mínimo Público BD
Reino Unido Universal + Público BD
Focalizado
Estados Unidos Focalizado Público BD
Suécia Focalizado Público Contas
Nocionais + Privado
BD + CD
Taxa de reposição dos sistemas
assistenciais em países da OCDE - 2004
Luxemburgo
Portugal
Grécia
Nova Zelandia
Bélgica
Austria
Suécia
Holanda
Dinamarca
Reino Unido
Espanha
Noruega
Irlanda
França
Canada
Média OCDE
Suiça
Alemanha
Australia
Italia
Hungria
Finlandia
EUA
México
Japao

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Source: OECD (2007) Pensions at a Glance: Public Policies Across OECD Countries
Taxa de reposição dos sistemas
obrigatórios (assistencial + seguro) em
países da OCDE - 2004
Grécia
Lux emburgo
Holanda
Espanha
Austria
Dinamarca
Italia
Portugal
Suécia
Media OCDE
Suiça
França
Canada
Australia
EUA
Belgica
Alemanha
Nov a Zelandia
Méx ico
Japao
Irlanda
Reino Unido
0.0 10.0 20.0 30.0 40.0 50.0 60.0 70.0 80.0 90.0 100.0
Razão de dependência da população
idosa (65/20-64) nos países da OCDE
Es panha
J apao
Italia
Co réia
Grécia
P o rtugal
França
Aus tria
Alemanha
Media OCDE
Finlandia
Irlanda
NZ
Belgica
Hungria
Aus tralia
Reino Unido
No ruega
Canada
Suécia
Suiça
Luxemburgo
Dinamarca
Holanda
EUA
México
0 10 20 30 40 50 60 70 80

2000 2050
Impactos do envelhecimento sobre as
despesas públicas de saúde e
aposentadorias por idade em países da
OCDE
Canada

Holanda
Aaumento da despesa em relaçao ao PIB

Alemanha

França

Belgica

Dinamarca

Estados Unidos

Austria

Suecia

Japao

Italia

Reino Unido

-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7

Aposentadoria por idade Saude


Respostas em termos de políticas
públicas

 Incentivo à maternidade
 Imigração

 Políticas de promoção de emprego para


idosos
 Reforma dos sistemas de previdência
Principais medidas de reformas nos
países da OCDE nos últimos 15 anos
 Viver mais, trabalhar mais…
– Aumento da idade de aposentadoria
 para homens e mulheres (11 países, Exemplo: Itália,
EUA, Hungria)
 só para mulheres (6 países, Exemplo: Austrália, Áustria
Bélgica, e Reino Unido)
– Eliminação ou redução da aposentadoria
antecipada proporcional
 8 países, exemplo: Áustria, Bélgica, França, Alemanha
– Incentivos para postergar a aposentadoria
10 países, Exemplo: França, Alemanha, Itália, EUA e
Reino Unido, Finlândia
Principais medidas de reformas nos
países da OCDE nos últimos 15 anos
 Mudança no cálculo dos benefícios e
condições de elegibilidade …
–Aumento do período de referência para o
cálculo da aposentadoria
– Mudanças de critérios de valorização dos
salários de contribuição
– Indexação dos benefícios
– Aumento no número mínimo de
contribuições
Principais medidas de reformas nos
países da OCDE
 Vinculação dos benefícios à expectativa de
vida ou a fatores de sustentabilidade
– Valorização e indexação dos benefícios limitados a
variação na razão de dependência (Alemanha,
Japão)
– Condições de elegibilidade: período mínimo de
contribuição varia de acordo com a expectativa de
vida (França)
– Cálculo do beneficio varia de acordo com a
expectativa de vida
 sistemas de nocionais: Itália, Suécia e Polônia
 sistemas de contribuição definida: Austrália, Hungria,
México, Polônia, Eslováquia e Suécia.
Principais medidas de reformas nos
países da OCDE
 Redução do teto de contribuição e de
benefício
 Incentivos aos planos privados
voluntários pessoais ou ocupacionais
 Constituição de reservas em fundos
públicos
 Homogeneização de regras ou
unificação dos regimes dos trabalhadores
dos setores público e privado
Sumário das principais medidas
de reformas
Aumento da idade Austrália, Áustria, Bélgica,
Republica Tcheca, Grécia,
Hungria, Itália, Japão, Coréia,
Nova Zelândia, Polônia, Portugal,
Eslováquia, Suíça, Reino Unido,
EUA
Incentivos à postergar a Austrália, Áustria, Finlândia,
aposentadoria França, Alemanha, Hungria,
Itália, Portugal, Reino Unido,
EUA
Mudança na fórmula de cálculo Áustria, Bélgica, Finlândia,
dos benefícios ou condições de França, Itália, Polônia, Portugal,
elegibilidade Suécia
Referência à expectativa de vida Áustria, Finlândia, França,
ou fator de sustentabilidade Alemanha, Hungria, Itália, Japão,
Polônia, Suécia
O caso da Itália
Principais iniciativas de reformas no
sistema previdenciário italiano nos
últimos 15 anos

 Amato (1992)
 Ciampi (1993)
 Berlusconi (1994)
 Dini (1995)
 Prodi (1997)
 Berlusconi (2004)
Reformas Amato (1992) e
Dini/Prodi (1995/1997)
Reforma de
Antes de 1992 Reforma de 1992 1995/1997
Privado Público Privado Público TODOS

Aposentadoria 60 (H) e 55 65 65 (H) e 60 65 65 (H e M) + 57


por idade (M) (M) (H e M) + 5 anos
de contribuição
Aposentadoria 35 20 35 35 Abolida
por tempo de
contribuição
Calculo do Média dos último ano Média da Média da Contas nocionais
beneficio últimos 5 vida laboral vida laboral
anos
Taxa de 2% por 2.33 – 2% por ano 2% por ano Contas nocionais
reposição ano 1,8% por
ano
Indexação dos Salários Salários Inflação Inflação Inflação
benefícios nominais nominais
Sistemas de contas nocionais
italiano
 Contribuições de empregados e empregadores (33%) e
autônomos (20%) são depositadas em contas individuais
 Aposentadoria = somatório das contribuições capitalizadas
pela variação do PIB (média móvel 5 anos) / coeficiente de
conversão
 O coeficiente de conversão = expectativa de vida na idade de
aposentadoria, incluindo as probabilidades de pagamento de
pensões por morte, + taxa implícita de retorno (progressiva
de acordo com a idade)
 O coeficiente deve ser revisado a cada 10 anos
 O período de contribuição mínimo = 5 anos. Caso o beneficio
calculado seja inferior a um valor mínimo, o estado paga uma
prestação assistencial
 Pensões = 50% da média dos salários, dependendo do nível
de renda do/a cônjuge
Regras de transição

 Sistema se aplica somente ao que começam a


contribuir depois de 1995
 Trabalhadores com menos de 18 anos de
contribuição: regime pro rata, o novo sistema só se
aplica às contribuições feitas depois de 1995.
 Trabalhadores com mais de 18 anos de contribuição
em 1995: Sistema antigo (anterior a 1992)
Reforma Berlusconi (2004/2005) – “Legge
delega”, aprovada em 2004, entra em vigor em
janeiro de 2008
 Regra permanente:
– Aumento da idade para aposentadoria passando do regime flexível
da reforma Dini ( 57-65) para 65 (H) e 60 (M).
– Aposentadoria por tempo de contribuição sem limite de idade aos
40 anos de contribuição
 Aceleração da transição: Idade mínima de 60 anos para homens
(um a mais para autônomos) , aumentando para 61 em 2010 e
62 em 2014. Para as mulheres, a idade mínima permanece 57
anos.
 Superbonus: Incentivo à permanência no trabalho
 Instituição da contribuição solidária e separação entre contas do
seguro e da assistência
 Estimulo à previdência complementar (transferência do TFR aos
fundos de pensão)
 Fortalecimento da supervisão dos fundos de pensão
Diálogo social e reforma da previdência na
Itália 1

 Reforma Amato (1992): reforma emergencial


implementada como medida fiscal no âmbito de um
pacote econômico para conter a crise de 1992.
Utilizou-se um método similar a nossa MP
 Reforma Ciampi (1993): pressionado pelas centrais
sindicais, aprova-se uma medida que são excluídos
os 25 piores salários do cálculo do salário de
referência, neutralizando-se metade das perdas
promovidas na reforma passada
Diálogo social e reforma da previdência na
Itália 2

 Tentativa de reforma Berlusconi (1994):


– Estabelecimento de uma comissão de especialistas
compostas por membros indicados pelo governo, centrais
sindicais de trabalhadores e patronais
– A comissão não chegou a um consenso, mas mesmo assim
o governo apresentou um projeto de lei propondo medidas
de redução das taxas de reposição
– Governo negocia a retirada do projeto com um acordo com
as centrais sindicais para conseguir uma proposta de
consenso
– Nenhum acordo foi logrado e o governo caiu
Diálogo social e reforma da previdência na
Itália 3

 Tentativa de reforma Berlusconi (1994):


– Estabelecimento de uma comissão de especialistas
compostas por membros indicados pelo governo, centrais
sindicais de trabalhadores e patronais
– A comissão não chegou a um consenso, mas mesmo assim
o governo apresentou um projeto de lei propondo medidas
de redução das taxas de reposição
– Governo negocia a retirada do projeto com um acordo com
as centrais sindicais para conseguir uma proposta de
consenso
– Nenhum acordo foi logrado e o governo caiu
Diálogo social e reforma da previdência na
Itália 4

 Reforma Dini (1995) e Prodi (1997):


– Desde o início o governo negociou a elaboração da reforma
com centrais sindicais de empregados, de autônomos e de
empregadores
– Atores sociais participaram formalmente e informalmente
inclusive da formulação da legislação
– O acordo foi firmado em maio de 1995 sem a participação
da principal organização dos empresários (COFINDUSTRIA)
e aprovada em agosto de 1995
– Em 1997, Prodi estabelece uma comissão governamental
para avaliar os efeitos das reforma e conclui que medidas
adicionais são necessárias
– Depois de negociações insatisfatórias com os atores sociais,
o governo aprova algumas medidas, mas sai enfraquecido e
cai em 1998
Diálogo social e reforma da previdência na
Itália 5

 Reforma Berlusconi (2004):


– Negociações sobre a elaboração da reforma ocorreram entre
os partidos da coalizão, sem participação dos sindicatos ou
associações patronais
– 2001: Criação de comissão tecnocrática (sem atores sociais)
para monitorar o efeito da Reforma Dini
– Consulta aos atores sociais começou depois que as linhas
gerais da reforma já estivessem definidas. Empregadores
apoiaram e trabalhadores rejeitaram
– 2002/2003/2004: Violentas confrontações de rua e greves
gerais. Sindicatos conseguem postergar a data de entrada
em vigor da reforma e alterar alguns pontos
– 2004: Governo adota política de favorecer grupos regionais
para conseguir aprovar a reforma
O caso da Suécia
Reforma de 1994-1999 – Principais medidas

 Substituição de um modelo BD com reservas técnicas por um


modelo que combina um pilar de contas nocionais com um pilar
obrigatório de capitalização em CD
– Contribuição total: 18.5%
 16% financia contas nocionais
 2.5% financia fundos de capitalização
 Contribuições são creditadas em contas nocionais e
capitalizadas virtualmente pela variação do salário médio,
sujeito a um mecanismo de ajuste automático
 Benefícios são calculados pela divisão do montante acumulado
na conta nocional pela expectativa de vida da coorte do
segurado, incluindo uma taxa de retorno de 1.6%
 Benefícios são reajustados de acordo com a inflação
Reforma de 1994-1999 – Principais medidas

 Pensões por morte, invalidez e outras foram


segregadas e o seu financiamento passou a
ser de responsabilidade do tesouro
 Criação de uma nova agência para
administrar o seguro social
 Criação de uma agência (PPM) para gerenciar
os planos de contribuição definida,
subcontratando empresas de gestão de ativos
Reforma de 1994/1999 – Regras de
Transição

 Implementação total em 16 anos


– Nascido após 1954: aplicação total da
nova regra
– Para os nascidos em 1938, 20% do
beneficio é calculado de acordo como
novo sistema, em 1939, 25%, em 1940,
30%, e assim sucessivamente
Diálogo social e reforma da
previdência na Suécia
 1984: Governo social democrata instituiu um comitê consultivo
de reforma da previdência, com representação dos partidos
políticos, confederações de trabalhadores e empresários, e
especialistas
– O relatório final publicado em 1990 e gerou reações criticas e
vários setores e não foi adotado
– Serviu para conscientizar sobre a necessidade de reforma
 1991: Governo liberal-conservador institui outro comitê com
membros dos partidos políticos e tecnocratas.
– Os princípios orientadores das propostas elaboradas em janeiro
de 1994 foram aceitas pelos partidos da coalizão de governo e
pelos social democratas da oposição
– Despolitização do debate
– Crise econômica serve como estimulo à reforma
– Proposta aprovadas com 85% dos votos em junho de 1994
 Setembro/1994-1999: Sociais democratas retornam ao poder e
criam grupo com composição parlamentar para redigir os atos
regulatórios e implementar a reforma
Conclusões aplicadas ao caso
brasileiro
 Aumento da idade para homens e mulheres é a
medida mais recorrente adotada nos processos de
reforma
 Vínculo entre esforço contributivo e benefícios e
introdução da expectativa de vida ou fatores
demográficos no calculo do beneficio
 Convergência entre as regras do setor público e
privado
 Sustentabilidade do sistema deve vir em conjunto
como medidas de aumento da cobertura que
relacionam sistemas contributivos e não
contributivos (universais, focalizados, benefícios
mínimos)
Conclusões aplicadas ao caso
brasileiro

 Processo de reforma deve ser incremental, gradual


e contínuo
 Atores sociais devem ser permanentemente
consultados em instâncias formais e informais
 Acordos e consensos devem ser negociados em
termos de princípios gerais
 Negociação deve estar articulada com viabilização
da aprovação parlamentar
 Como representar os interesses das futuras
gerações e dos excluídos?

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