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Propriedade dos Materiais

MSc. Pedro Eliezer de Araújo Júnior

Janeiro - 2011
1
Propriedade dos Materiais – Aula 02

 Carregamento axial – Tensões e deformações;

 Diagrama Tensão x Deformação;


 Materiais Dúcteis;

 Materiais Frágeis;

 Região Elástica;

 Região Plástica.

 Tipos de Ensaios

 Ensaios de Tração;
1. Corpos de Prova;

2. Extensômetros;

3. Tipos de Falhas.
2
Propriedade dos Materiais

POR QUÊ ESTUDAR?

 A determinação e/ou conhecimento das propriedades mecânicas


é muito importante para a escolha do material para uma
determinada aplicação, bem como para o projeto e fabricação do
componente;

 As propriedades mecânicas definem o comportamento do material


quando sujeitos à esforços mecânicos, pois estas estão
relacionadas à capacidade do material de resistir ou transmitir
estes esforços aplicados sem romper e sem se deformar de forma
incontrolável.

3
Principais Propriedades Mecânicas

 Resistência à tração;
 Elasticidade;
 Ductilidade;
 Fluência;
 Fadiga;
 Dureza;
 Tenacidade;
 Maleabilidade (achatado, ex: ouro);
 E outras.

Cada uma dessas propriedades está associada à habilidade do material de


resistir às forças mecânicas e/ou de transmiti-las

4
Estrutura Metálica

5
Tração e Compressão em Barras

Figura 2

6
Esforços mecânicos

a.Tração d. Torção
b.Compressão e. Flambagem
c. Flexão f. Cisalhamento

Fig.1– Tipos de Esforços


Como determinar as propriedades
mecânicas?
 A determinação das propriedades mecânicas é feita através de
ensaios mecânicos;

 Utiliza-se normalmente corpos de prova (amostra representativa


do material) para o ensaio mecânico, já que por razões técnicas e
econômicas não é praticável realizar o ensaio na própria peça, que
seria o ideal;

 Geralmente, usa-se normas técnicas para o procedimento das


medidas e confecção do corpo de prova para garantir que os
resultados sejam comparáveis.

8
NORMAS TÉCNICAS
As normas técnicas mais comuns são elaboradas pelas:

 ASTM - American Society for Testing and Materials;

 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;

 AISI – American Iron and Steel Institute;

 ASM – American Society for Metals ;

9
Testes mais comuns para se determinar
as propriedades mecânicas dos metais
 Resistência à tração (+ comum, determina a elongação);

 Resistência à compressão;

 Resistência à torção;

 Resistência ao choque;

 Resistência ao desgaste;

 Resistência à fadiga;

 Dureza;

 Etc...

10
Classificação dos Ensaios Mecânicos

11
Propriedade dos Materiais

 Todos os materiais se rompem (fraturam)


quando submetidos a um carregamento
(1)
com uma força muito elevada – seja ela de
tração ou de compressão;

 O método mais apropriado para a


sistematização desse estudo é aquele que
utiliza o conceito de tensão, σ. Assim, a
tensão de tração sobre uma barra (ver
Figura 1) com um comprimento lo e área da
seção transversal Ao é definida por:
Fig. 2 – Barra Tracionada

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Propriedade dos Materiais

 A resistência mecânica é determinada por meio de testes uniaxiais


de tração, entretanto não é o único critério utilizado para se
avaliar a possibilidade de fratura dos aços;

 Sob certas condições ele pode romper-se sob tensões


consideravelmente menores do que aquela determinada em
condições estáticas;

 Exemplos bem conhecidos desse fenômeno incluem: o


rompimento por fadiga sob um esforço cíclico, por fluência sob
temperatura elevada e tensão constante, por fragilidade causada
por baixa temperatura ou, de forma retardada, por causa da
fragilidade ao hidrogênio e por fragilidade causada pela corrosão
sob tensão. 13
Propriedade dos Materiais

 A resistência mecânica não é, naturalmente, a única propriedade


a ser examinada na escolha do material mais apropriado para
uma determinada aplicação;

 Normalmente nenhum fator sozinho é decisivo na escolha, mas


uma combinação deles e, o que é pior, muitas vezes quando uma
propriedade ‘melhora’, outra tende a ‘piorar’. Assim, por exemplo,
observa-se que geralmente a conformabilidade e a soldabilidade
dos materiais tende a diminuir com o aumento da resistência
mecânica;

14
Propriedade dos Materiais

 A Figura 2, possibilita a observação simultânea da resistência


mecânica em função da densidade para diferentes classes de
materiais e, discriminadamente, para alguns metais e ligas;

 Nota-se que os campos são alongados em relação à resistência,


mas não em relação à densidade;

 Por um lado, isso mostra que a densidade não é muito afetada


pela introdução de elementos de liga (ou por tratamentos
térmicos);

 Por outro lado, também vemos que os materiais mais resistentes


são normalmente os mais densos.

15
Propriedade dos Materiais

Figura 3: Diagramas que mostram a resistência mecânica (tensão considerada foi a de


tração para todos os materiais, exceto para as cerâmicas) em função da densidade para
diferentes classes de materiais e, discriminadamente, para alguns metais e ligas.

16
Propriedade dos Materiais
 Muitos materiais, quando em serviço, são submetidos a forças ou
cargas, exemplos incluem a liga de alumínio, a partir da qual uma
asa de avião é construída e o aço do eixo da roda de um
automóvel;

 Em tais situações é necessário conhecer as características do


material e projetar o elemento estrutural, a partir do qual ele é
feito de tal maneira que qualquer resultante deformação não será
excessiva e fratura não ocorrerá;

 O comportamento mecânico do material reflete a correlação entre


sua resposta ou deformação a uma carga ou força aplicada;

 Importantes propriedades mecânicas são resistência mecânica,


dureza, ductilidade e rigidez;
17
Propriedade dos Materiais

 As propriedades mecânicas de materiais são deteminadas pela execução


de cuidadosamente projetados experimentos de laboratório que replicam
tanto quanto possível as condições de trabalho;

 Fatores a serem considerados incluem a natureza da carga aplicada e a


sua duração, bem como as condições ambientais;

 É possível para a carga que ela seja de tração, compressão, ou


cisalhamento, e sua magnitude pode ser constante com o tempo, ou ela
pode flutuar continuamente;

 O tempo de aplicação pode ser apenas uma fração de segundo ou ele


pode estender-se por um período de muitos anos. A temperatura de
serviço pode ser um importante fator.

18
Propriedade dos Materiais
 O papel dos engenheiros estruturais é determinar tensões e
distribuições de tensões entre componentes estruturais que são
submetidos a cargas bem definidas;

 Isto pode ser executado por técnicas de testes experimentais e/ou


por análises de tensões teóricas e matemáticas;

 Materiais são frequentemente escolhidos para aplicações estruturais


porque eles possuem combinações desejáveis de características
mecânicas;

 A presente discussão está confinada principalmente ao


comportamento mecânico de metais; polímeros e cerâmicas estão
tratados separadamente porque eles são, num grande grau,
mecanicamente dissimilares aos metais. 19
Propriedade dos Materiais

 As propriedades mecânicas de materiais são deteminadas pela execução


de cuidadosamente projetados experimentos de laboratório que replicam
tanto quanto possível as condições de trabalho;

 Fatores a serem considerados incluem a natureza da carga aplicada e a


sua duração, bem como as condições ambientais;

 É possível para a carga que ela seja de tração, compressão, ou


cisalhamento, e sua magnitude pode ser constante com o tempo, ou ela
pode flutuar continuamente;

 O tempo de aplicação pode ser apenas uma fração de segundo ou ele


pode estender-se por um período de muitos anos. A temperatura de
serviço pode ser um importante fator.

20
Propriedade dos Materiais
• Propriedade Mecânicas:
1. Limite de Proporcionalidade;

2. Limite de Escoamento;

3. Limite de Resistência do Material (tensão máxima);

4. Limite de Ruptura;

5. Elasticidade;

6. Plasticidade;

7. Ductilidade;

8. Fragilidade;

9. Tenacidade;

10.Resiliência.

21
Propriedades Mecânicas Estruturais
Todo projeto de estrutura resistente baseia-se no conhecimento das

propriedades mecânicas de seus componentes estruturais, que definem

seu comportamento quando aplicados os esforços solicitantes. Tais

esforços devem ser resistidos sem que os componentes se rompam ou

ocorram deformações significativas.

22
Ensaio de Tração

Figura 5 – Máquina de Ensaios Universal

23
Ensaio de Tração

A máquina de ensaio de tração é projetada para elongar a amostra


numa taxa constante e para medir continuamente e
simultaneamente a carga aplicada instantânea (com uma célula de
carga) e as resultantes elongações (usando um extensômetro). Um
ensaio de tensão-deformação tipicamente toma vários minutos para
executar e é destrutivo;
O ensaio de tração consiste, basicamente, em se tracionar um
corpo de prova (CP) de seção reta retangular (CP prismático) ou
circular (CP cilíndrico) até a sua ruptura. Diversos parâmetros podem
ser medidos.

24
Ensaio de Tração

As relações entre tensões e deformações específicas de um certo


material é uma característica importante desse material, sendo
representado pela diagrama Tensão (s) x Deformação (e).
O diagrama tensão-deformação de um certo material é obtido a
partir do ensaio de tração. O ensaio é realizado utilizando corpos de
prova virgem, do mesmo material.
O corpo de prova é usinado conforme norma ASTM (American Society
for Testing and Materials). A área da seção transversal da parte
cilíndrica central é medida cuidadosamente e duas marcas são
desenhadas no corpo do cilindro, separadas de uma distância Lo.

25
Corpos-de-Prova

Fig. 5 – Corpo de prova

Fig. 4 – Corpo de prova

26
Corpos-de-Prova

Fig. 6– Região da bobina onde foram retirados os corpos-de-prova nas posições de 0º, 45º e 90º
do sentido de laminação.

27
Corpos-de-Prova

Fig. 7 – Corpo de prova retirado de chapas metálicas, ASTM A 370

28
Ensaio de Tração

Máquina universal de ensaios, marca


Instron – TDML, com capacidade de
98 kN, velocidade do cabeçote de
200 mm/min. Os ensaios de tração
devem ser realizados sob a
temperatura ambiente, segundo a
norma ASTM E-23.

Fig. 8 – Máquina de Ensaios Universal

29
Resistência à tração

 É medida submetendo-se o
material à uma carga ou força
de tração, paulatinamente
crescente, que promove uma
deformação progressiva de
aumento de comprimento

 NBR-6152 para metais Fig. 7 - Esquemático do Ensaios de Tração

30
Esquema de máquina para
ensaio de tração
PARTES BÁSICAS

 Sistema de aplicação de carga;

 Dispositivo para prender o corpo de prova;

 Sensores que permitam medir a tensão aplicada e a deformação


promovida (extensômetro).

31
Extensômetros (Strain Gages)

Fig. 8 - Equipamento para leitura, aquisição e tratamento dos dados Fig. 9 - Extensômetro

Fig. 10 - Corpo de prova com extensômetro colado


32
Diagrama Tensão x Deformação

• Quando uma barra de aço é tracionada sua seção transversal diminui.


Assim, a tensão real em cada estágio de carga é obtida dividindo-se a
força pela área medida no estágio;

• Por simplificação, define-se uma tensão convencional como sendo o


resultado da divisão da força pela área inicial (sem carga);

• Se representarmos em abscissas os valores dos alongamentos


unitários e e em ordenadas os valores das tensões
convencionais s, teremos um diagrama tensão x deformação que
reflete o comportamento do aço sob efeito de cargas estáticas.

33
Diagrama Tensão x Deformação

Fig. 12– Diagrama tensão-deformação convencional e real para materiais dúctil (aços)

34
Propriedades Mecânicas Estruturais
Todo projeto de estrutura resistente baseia-se no conhecimento das

propriedades mecânicas de seus componentes estruturais, que definem

seu comportamento quando aplicados os esforços solicitantes. Tais

esforços devem ser resistidos sem que os componentes se rompam ou

ocorram deformações significativas.

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Ensaio de Tração

A máquina de ensaio de tração é projetada para elongar a amostra


numa taxa constante e para medir continuamente e
simultaneamente a carga aplicada instantânea (com uma célula de
carga) e as resultantes elongações (usando um extensômetro). Um
ensaio de tensão-deformação tipicamente toma vários minutos para
executar e é destrutivo;
O ensaio de tração consiste, basicamente, em se tracionar um
corpo de prova (CP) de seção reta retangular (CP prismático) ou
circular (CP cilíndrico) até a sua ruptura. Diversos parâmetros podem
ser medidos.

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Ensaio de Tração

As relações entre tensões e deformações específicas de um certo


material é uma característica importante desse material, sendo
representado pela diagrama Tensão (s) x Deformação (e).
O diagrama tensão-deformação de um certo material é obtido a
partir do ensaio de tração. O ensaio é realizado utilizando corpos de
prova virgem, do mesmo material.
O corpo de prova é usinado conforme norma ASTM (American Society
for Testing and Materials). A área da seção transversal da parte
cilíndrica central é medida cuidadosamente e duas marcas são
desenhadas no corpo do cilindro, separadas de uma distância Lo.

37
Esquema de máquina para
ensaio de tração
PARTES BÁSICAS

 Sistema de aplicação de carga;

 Dispositivo para prender o corpo de prova;

 Sensores que permitam medir a tensão aplicada e a deformação


promovida (extensômetro).

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Ensaio de Tração

39
Tipos de Falhas

Fig. 11– Tipos de Falhas

40
Propriedade dos Materiais

 A resistência mecânica é determinada por meio de testes uniaxiais


de tração, entretanto não é o único critério utilizado para se
avaliar a possibilidade de fratura dos aços;

 Sob certas condições ele pode romper-se sob tensões


consideravelmente menores do que aquela determinada em
condições estáticas;

 Exemplos bem conhecidos desse fenômeno incluem: o


rompimento por fadiga sob um esforço cíclico, por fluência sob
temperatura elevada e tensão constante, por fragilidade causada
por baixa temperatura ou, de forma retardada, por causa da
fragilidade ao hidrogênio e por fragilidade causada pela corrosão
sob tensão. 41
Propriedade dos Materiais

 A resistência mecânica não é, naturalmente, a única propriedade


a ser examinada na escolha do material mais apropriado para
uma determinada aplicação;

 Normalmente nenhum fator sozinho é decisivo na escolha, mas


uma combinação deles e, o que é pior, muitas vezes quando uma
propriedade ‘melhora’, outra tende a ‘piorar’. Assim, por exemplo,
observa-se que geralmente a conformabilidade e a soldabilidade
dos materiais tende a diminuir com o aumento da resistência
mecânica;

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Deformação Elástica e Plástica

 DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA

 Prescede à deformação plástica;  É provocada por tensões que

 É reversível; ultrapassam o limite de elasticidade ;

 Desaparece quando a tensão é  É irreversível porque é resultado do

removida; deslocamento permanente dos

 É praticamente proporcional à átomos e portanto não desaparece

tensão aplicada (obedece a lei de quando a tensão é removida.

Hooke).

43
Deformação Elástica e Plástica

Elástica Plástica
44
Fig 13 – Deformação Elástica x Plástica
Deformação Elástica e Plástica

45
Deformação Elástica e Plástica

46
Diagrama Tensão x Deformação

Fig.14 – Diagrama Convencional de Tensão x Deformação para Aços.

47
Diagrama Tensão x Deformação

Fig.15– Diagrama Convencional de Tensão x Deformação para Aços.

48
Efeito do Teor de Carbono

Figura 16 – Teor de Carbono x Propriedades Mecânicas 49


Efeito do Teor de Carbono

50
Figura 17 – Teor de Carbono x Propriedades Mecânicas
Deformação Linear Específica
No caso das estrutura de aço, quando uma barra metálica é submetida a

um esforço de tração crescente, sofre uma deformação progressiva

(aumento de comprimento):

Fig. 8 – Deformação Linear Específica 51


Comportamento da Tensão x Deformação
de Materiais Dúcteis e Frágeis

Materiais Dúcteis – Qualquer Material que possa ser submetido a

grandes deformações antes da ruptura é chamado de material dúctil;

Ex: Aço doce;

Os engenheiros escolhem materiais dúcteis para o projeto por que são

capazes de absorver choque ou energia e, quando sobrecarregados,

exibem, em geral, grande deformação antes de falhar.

Materiais Frágeis – São materiais que possuem pouco, ou nenhum

escoamento;

Ex: Concreto.

52
Comportamento da Tensão x Deformação
de Materiais Dúcteis e Frágeis

• A dutilidade pode ser expressa quantitativamente, tanto como

porcentagem de elongação, quanto como porcentagem de redução de

área;

• A porcentagem de elongação, %EL, é a porcentagem de deformação

plástica na fratura, ou:

%EL = [(Lf - Lo) / Lo] x 100

onde Lf é o comprimento de fratura e Lo é o comprimento original (entre

marcas). Tanto Lf, quanto Af são medidos depois da fratura e após as duas

extremidades fraturadas terem sido reposicionadas de novo unidas.

53
Comportamento da Tensão x Deformação
de Materiais Dúcteis e Frágeis

• Uma porção significativa da deformação plástica na fratura está

confinada à região do pescoço, a magnitude de %EL dependerá da Base

de Medida;

• Quanto menor Lf tanto maior a fração da elongação total a partir do

pescoço e , consequentemente, tanto maior o valor de %EL. Portanto,

Lo deveria ser especificado quando os valores de porcentagem de

elongação forem citados; a Base de Medida é comumente igual a 2

polegadas (50mm).

54
Comportamento da Tensão x Deformação
de Materiais Dúcteis e Frágeis

• Porcentagem de Redução de Área %RA é definida como:

%RA = [(A0 - Af )/ A0] x 100

onde Ao é a área da seção reta original e Af é a área da seção reta no

ponto de fratura.

• Valores de porcentagem de redução de área são independentes tanto de

L0 quanto de A0. Além disto, para um dado material as magnitudes de

%EL e %RA serão, em geral, diferentes;

• Muitos metais possuem pelo menos um moderado grau de dutilidade à

temperatura ambiente; entretanto, alguns se tornam frágeis à medida

em que a temperatura é abaixada.


55
Comportamento da Tensão x Deformação
de Materiais Dúcteis e Frágeis

• Um conhecimento da dutilidade dos materiais é importante porque:

1. Indica a um projetista o grau até onde uma estrutura se deformará

plasticamente antes da fratura;

2. Especifica o grau de deformação permissível durante operações de

fabricação.

• Algumas vezes nos referimos a materiais relativamente dúcteis como

sendo "generosos", ou seja, podem experimentar deformação local sem

fratura, caso exista um erro em magnitude no cálculo de tensão do

projeto.

• Materiais frágeis são aproximadamente considerados como aqueles que

possuem uma deformação de fratura de menos de cerca de 5%. 56


Alongamento
• Quando uma barra é submetida à ação de carga nominal, sofre variação

na sua dimensão linear inicial e na área da seção transversal inicial,

denominado por Hooke de alongamento (Dl).

• Depende da:
1. Carga nominal;

2. Comprimento inicial da peça;

3. Área da seção transversal;

4. Rigidez do material (capacidade de resistir a esforços);

5. Módulo de elasticidade.

𝑙𝑖 −𝑙𝑜 ∆𝑙 𝐹𝑙
𝜀 = = ∆𝑙 =
𝑙𝑜 𝑙𝑜 𝐴𝐸

57
Tensão de Engenharia x Tensão Verdadeira

Tensão nominal ou de engenharia:


Determina-se com os dados registrados, dividindo-se a carga aplicada P
pela área da seção transversal inicial do corpo de prova Ao.

𝑃
𝜎 =
𝐴0

Deformação nominal ou de engenharia:


É obtida da leitura do extensômetro, ou dividindo-se a variação do
comprimento de referência, δ, pelo comprimento de referência inicial Lo.

𝛿
e=
𝐿0

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Diagrama Tensão x Deformação Real

Tensão Verdadeira:

𝜎𝑣𝑒𝑟𝑑 = 𝜎𝑒𝑛𝑔 (1 + 𝜀𝑒𝑛𝑔 )

Deformação Verdadeira:
e𝑣𝑒𝑟𝑑 = 𝑙𝑛(1 + 𝜀𝑒𝑛𝑔 )

Estas equações são válidas até o início da estricção, ou carga


máxima no ensaio uniaxial de tração e para volume constante no
espécime. Para se obter a tensão verdadeira que ainda está aumentando
após a estricção, deve-se medir a área da seção. No entanto, este
aumento de tensão não representa uma maior resistência da estrutura
como um todo. Devido à redução de área no ensaio de tração uniaxial, a
carga máxima suportada está diminuindo a partir da estricção.
59
Diagrama Tensão x Deformação Real

60
Diagrama Tensão x Deformação
6. Após o escoamento, ainda na fase plástica, a estrutura interna do aço se
modifica e o material passa, então, para a fase de encruamento, com
novamente uma variação de tensão para a deformação, porém não de
forma linear;

7. O valor máxima da tensão é chamado de limite de resistência do aço (su);

8. Existem aços que não apresentam patamar de escoamento bem definido e


nestes casos, se estabelece um limite arbitrário de deformação, chamado
de limite de escoamento convencional; quando se interrompe o ensaio de
tração num certo ponto e se descarrega a barra, o descarregamento segue,
no diagrama, uma linha reta paralela à curva de carregamento na origem
(mesmo módulo de elasticidade), resultando uma deformação unitária
residual permanente de 0,2%.

61
Propriedades Mecânicas
Ductibilidade:

• Capacidade dos materiais de se deformarem plasticamente sem se


romper. Pode ser medido por meio do alongamento ou da estricção
(redução da área da seção transversal do corpo de prova). Quanto
mais dúctil o aço, maior é a redução de área ou o alongamento antes
da ruptura;

• Propriedade importante nas estruturas metálicas, pois permite a


redistribuição de tensões locais elevadas, pois as peças sofreriam
grandes deformações antes de se romperem (avisam a presença de
tensões elevadas);

• Um material que experimenta muito pouca ou nenhuma deformação


plástica antes da fratura é denominado frágil.

62
Propriedades Mecânicas
Ductibilidade:

63
Propriedades Mecânicas
Fragilidade:

É o oposto da ductibilidade. Os aços podem ser tornados frágeis pela


ação de baixas temperaturas ambientes, efeitos térmicos locais
provocados, por exemplo, por solda elétrica; o estudo das condições de
fragilidade tem grande importância nas estruturas metálicas, uma vez
que os materiais frágeis se rompem bruscamente sem aviso prévio.

Tenacidade:

Capacidade dos materiais de absorver energia, com deformações


elásticas e plásticas, quando submetidos a cargas de impacto.

64
Propriedades Mecânicas
Resiliência:

• É a capacidade de um material absorver energia quando ele é


deformado elasticamente e então, no descarregamento, ter
recuperada esta energia, quando submetidos a cargas de impacto;

• A propriedade associada é o módulo de resiliência, Ur , que é a


energia de deformação por unidade de volume requerida para
tensionar o material a partir do estado não-carregado até o ponto de
escoamento;

• Supondo uma região elástica linear,

𝜎𝑦 𝜀𝑦 𝜎𝑦 𝜎𝑦 𝜎𝑦 2
𝑈𝑟 = 2
= 2𝐸
= 2𝐸

na qual ey é a deformação no escoamento..

65
Resiliência

66
Propriedades Mecânicas
Fadiga:

A resistência à ruptura dos materiais é em geral medida em ensaios


estáticos e as peças metálicas podem trabalhar sob efeito de esforços
repetidos em grandes proporções, levando a ruptura em tensões
inferiores às obtidas em ensaios estáticos. Esse efeito denomina-
se fadiga do material (importante no dimensionamento de pontes, peças
de máquinas, etc).

67
Propriedades Mecânicas
Módulo de Elasticidade (E):

É a Relação linear entre tensão e deformação na região de elasticidade.


Foi descoberta por Robert Hooke, em 1676, com o auxílio de molas.

𝜎 = 𝐸𝜀
onde E é a constante de proporcionalidade, módulo de elasticidade ou
módulo de Young, nome derivado de Thomas Young que explicou a Lei
em 1807.

Um material é chamado de linear-elátisco se a tensão for proporcional a


deformação dentro da região elástica. Essa condição é denominada Lei
de Hooke e o declive da curva é chamado de módulo de elasticidade E.

68
Propriedades Mecânicas
Módulo de Elasticidade (E):

Um modo melhor de medir E é medir a frequência natural de vibração de


uma haste redonda do material, simplesmente apoiada em suas
extremidades e ao meio, na qual é aplicada uma grande carga de massa
M (de modo que podemos desprezar a massa da haste em si). A
frequência de oscilação da haste, f ciclos por segundo (ou hertz), é dada
por:

dd
M

Barra vibratória com massa central, M

69
Propriedades Mecânicas
Módulo de Elasticidade (E):

1ൗ
1 3𝜋𝐸𝑑 4 2
𝑓=
2𝜋 4𝑙 3 𝑀

Onde l é a distância entre os apoios e d é o diâmetro da haste. Daí

16𝜋𝑀𝑙 3 𝑓 2
𝐸=
3𝑑 4

• A utilização de técnicas estroboscópicas e equipamentos


cuidadosamente projetados por conferir grande precisão a esse tipo de
método.
70
Propriedades Mecânicas
Módulo de Elasticidade (E):

• O melhor de todos os métodos para medir E é medir a velocidade do


som no material. A velocidade de ondas longitudinais, n1, depende do
módulo de Young e da densidade, r:

1ൗ
𝐸 2
n1 =
𝜌

n1 é medida “golpeando” uma extremidade de uma barra do material


(colocando um cristal piezelétrico nessa extremidade e aplicando uma
diferença de carga às superfícies do cristal) e medindo o tempo
transcorrido até o som alcançar a outra extremidade (na qual é anexado
um segundo cristal piezelétrico). Grande parte dos módulos é medida por
um dos dois últimos métodos.
71
Propriedades Mecânicas
Módulo de Elasticidade (E):

Tabela 1 - Dados para módulo de Young, E

Material E (GPa)
Diamante 1000
Carbeto de Tungstênio 450 – 650
Tungstênio e Ligas 385 – 392
Molibdênio e Ligas 320 – 365
Cromo 285 – 290
Níquel 214
Polímero Reforçado com Fibra de Carbono (CFRP) 70 – 200
Ferro 196
Aço Ferríticos, Aços de Baixa Liga 196 – 207
Aço Inoxidável Austenítico 196 – 200
72
Propriedades Mecânicas
Módulo de Elasticidade (E):

Tabela 1 - Dados para módulo de Young, E

Material E (GPa)
Ferros Fundidos 170 – 190
Cobre 124
Alumínio 69
Concreto, cimento 30 - 50
Fibra de Vidro (Fibra de Vidro / Epóxi) 35 - 45
Grafite 27
Madeira na Direção Paralela à Fibra 9 – 16
Chumbo e Ligas 16 – 18
Poliésteres 1,8 – 3,5
Náilon 2-4
73
Propriedades Mecânicas
Módulo de Elasticidade (E):

Tabela 1 - Dados para módulo de Young, E

Material E (GPa)
Acrílicos 1,6 – 3,4
Epóxis 2,6 – 3
Madeira na Direção Perpendicular à Fibra 0,6 - 1,0
Polipropileno 0,9
Policloreto de Vinila (PVC) 0,2 – 0,8
Polietileno, Alta Densidade 0,7
Polietileno, Baixa Densidade 0,2
Borrachas 0,01 – 0,1
Cortiça 0,01 – 0,03
Polímeros Espumosos 0,001 – 0,01
74
Módulo de Elasticidade para alguns metais

Quanto maior o módulo de elasticidade mais rígido é o material ou menor é


a sua deformação elástica quando aplicada uma dada tensão

MÓDULO DE ELASTICIDADE
[E]
GPa 106 Psi
Magnésio 45 6.5
AlumÍnio 69 10
Latão 97 14
Titânio 107 15.5
Cobre 110 16
Níquel 204 30
Aço 207 30
Tungstênio 407 59
75
Módulo de Elasticidade

76
Módulo de Elasticidade x Temperatura

77
Módulo de Elasticidade x Temperatura

78
Propriedades Mecânicas
Coeficiente de Poisson(n):

Mede a rigidez do material na direção


perpendicular àquela em que a carga está
sendo aplicada. O valor deste coeficiente é
determinado pela relação entre as deforções na
direção de aplicação da carga (e1) e a
deformação medida na direção perpendicular
(e2 ou e3)

Fig.10 – Poisson.
79
Propriedades Mecânicas
Coeficiente de Poisson(n):

80
Diagrama Tensão x Deformação

Fig.9 – Diagrama Convencional de Tensão x Deformação para Aços sem Patamar de Escoamento.

81
Propriedades Mecânicas

82
Propriedades Mecânicas
Resiliência:

83
Tensão Verdadeira

84
Recuperação Elástica Durante a
Deformação Plástica

85
Tensão Admissível e Coeficiente de Segurança
Os materiais frágeis não apresentam limite definido (σe) para as regiões
elástica e plástica. Assim, para efeito de dimensionamento, usa-se a
tensão de ruptura (σr). Para os materiais dúcteis, usa-se a tensão de
escoamento σe.

Coeficientes de segurança são empregados para prevenir incertezas


quanto a propriedades dos materiais, esforços aplicados, variações, etc.

No caso de peças tracionadas, é usual o conceito da tensão admissível,


que é dada por:

86
Tensão Admissível e Coeficiente de Segurança

87
Coeficiente de Segurança
Consideração de alguns fatores que influenciam na escolha do coeficiente
de segurança:

1- Modificações que ocorrem nas propriedades dos materiais;

2- O número de vezes em que a carga é aplicada durante a vida da


estrutura ou máquina;

3- O tipo de carregamento para o qual se projeta, ou que poderá atuar


futuramente;

4- O modo de ruptura que pode ocorrer;

5- Métodos aproximados e análise;

6- Deterioração que poderá ocorrer no futuro devido à falta de


manutenção ou por causas naturais imprevisíveis;

7- A importância de certo membro para a integridade de toda a estrutura.


88
Coeficiente de Segurança
Observações gerais:

Existe a consideração de ordem prática que às vezes exige um coeficiente de


segurança relativamente baixo (com um projeto muito bem feito). Por exemplo,
altos coeficientes de segurança podem trazer efeitos inaceitáveis no peso de um
avião.

Os coeficientes de segurança estão especificados em normas de projetos e


códigos de construção escritos por pesquisadores, engenheiros experientes,
trabalhando em conjunto com sociedades profissionais, indústrias, Universidades
Federais, estaduais e etc.

Exemplos desses códigos:

1. Aço – Instituto Americano de Construção Metálica, Especificações para o


projeto e a execução de estruturas metálicas para edifícios.

2. Concreto – Instituto Brasileiro do Concreto, NBR 6118 – Norma Brasileira de


Projeto de Estruturas de Concreto Armado.
89
Tipos de Carga
Estática - Ex: Um Parafuso prendendo uma luminária. Uma corrente
suportando um lustre.

90
Tipos de Carga
Intermitente - Ex: Dente de engrenagem.

91
Tipos de Carga
Alternada - Ex: Eixos, molas, amortecedores, etc;

OBS: Para cisalhamento substituir s por t 92


Fatores do Coeficiente de Segurança (k)
O fator de segurança depende de vários fatores que podem ser
encontrados em tabelas. O cálculo é baseado na fórmula:

K = x.y.z.w
Valores para x (fator tipo material)

x = 2 - para materiais comuns;

x = 1,5 - para aços de qualidade aço liga

Valores para y (fator tipo solicitação)

y = 1 - para carga constante;

y = 2 - para carga intermitente;

y = 3 - para carga alternada

93
Fatores do Coeficiente de Segurança (k)
Valores para z (fator tipo de carga)

z = 1 - para carga gradual;

z = 1,5 - para choques leves;

z = 2 – para choques bruscos.

Valores para w (fator que prevê possíveis falhas de fabricação)

y = 1 a 1,5 - para aços;

y = 1,5 a 2 – para fofo.

 Para carga estática, normalmente utiliza-se 2<=k<=3 aplicado a se.

 Para o caso de cargas intermitentes ou alternadas, o valor de k


cresce.

94
Peso Próprio
Será levado em consideração quando as peças possuem grandes dimensões,
logo o peso vai contribuir como uma carga.

Ppmáx=g.A.L
Onde:

Pp – peso próprio do elemento dimensionado (N);

A – área da secção transcersal da peça (m2);

 g - peso específico do material (N/ m3);

L – comprimento da peça (mm).

95
Dimensionamento de Peças
Peça de Secção Transversal Qualquer

Amín=F/s
Onde:

A – área mínima da seção transversal da peça (m2);

 s – Tensão admissível do material (Pa);

F – Carga axial aplicada (N).

96
Dimensionamento de Peças
Peça de Secção Transversal Circular
d

d=(4F/ps)1/2
Onde:

d – diâmetro da peça (m);

 s – Tensão admissível do material (Pa);

F – Carga axial aplicada (N);

 p- constante trigonométrica (3.1415…).

97
Dimensionamento de Correntes

Fc
s=Fc/2A

A=pd2/4

d=(2Fc/ps)1/2
Onde:

d – diâmetro da barra do elo (m);

 s – Tensão admissível (Pa);

F – Força da corrente (N); Fc/2 Fc/2


 p- constante trigonométrica (3.1415…).

98
Ensaio de Compressão
• O ensaio de compressão é conduzido de maneira similar àquela de um ensaio
de tração, exceto que a força é compressiva e a amostra se contrai ao longo da
direção da tensão;

• Por convenção, uma força compressiva é tomada como negativa, o que fornece
uma tensão negativa;

• Além disso, de vez que lo é maior do que li, deformações compressivas são
necessariamente também negativas;

• Ensaios de tração são comuns porque eles são mais fáceis de executar;
também, para muitos materiais usados em aplicações estruturais, muito pouca
informação adicional é obtida a partir de ensaios de compressão de vez que um
material se comporta da mesma maneira em cada ensaio;

• Ensaios compressivos são usados quando um comportamento de material sob


grandes e permanentes deformações (por exemplo, plástico) é desejado, como
em aplicações de fabricação.
99
Cisalhamento

100
Cisalhamento

101
Cisalhamento

102
Cisalhamento

103
Cisalhamento

104
Esforços

105
Considerações Geométricas

106
Cisalhamento

• O módulo de elasticidade transversal ou módulo de cisalhamento (G)

corresponde à rigidez do material quando submetido a um carregamento de

cisalhamento;

• A deformação de cisalhamento (g) é proporcional à tensão de cisalhamento (t):

𝜏 = 𝐺𝛾

107
Bibliografia
1. Callister Jr., W. D. - Ciência e Engenharia de Materiais: Uma
Introdução, 5ª edição, Rio de Janeiro, Brasil, 2002.

2. Van Vlack, Lawrence Hall. - Princípios de ciência dos materiais,


Edgard Blucher, S. Paulo 1973-1995;

3. Smith, W. F. - Princípios de Ciência dos Materiais, 3a Ed., McGraw-


Hill, Lisboa, 1998;

4. HIGGINS, R. A. - Propriedades e Estruturas dos Materiais em


Engenharia, São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1982;

5. Norma Técnica, NBR 9622, Determinação das propriedades


mecânicas a tração;

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