ESTUDO DE TRIGONOMETRIA NA

CIRCUNFERÊNCIA COM O AUXÍLIO

DE MATERIAL CONCRETO
Darling Domingos Arquieres
SEEDUC RJ – CE Brasil
reidarling@gmail.com
Karina Costa do Nascimento
IFRJ - Paracambi
Daniela Mendes Vieira da Silva
SEEDUC RJ – CE Hebe Camargo
Isabela Alcantara do Nascimento
IFRJ - Paracambi
 Introdução

Esse trabalho compartilha uma experiência vivida em sala de aula na

introdução ao conceito de trigonometria na circunferência onde nosso objetivo
foi a construção dos conceitos de seno e cosseno a partir de atividades
exploratórias e investigativas, tendo como subsídios materiais concretos
proporcionando assim um aprendizado prazeroso e significativo o que
contribui para despertar no estudante a fome de aprender (ALVES, 1990).
 Metodologia

“Qualquer material pode servir para apresentar situações nas quais os alunos
enfrentam relações entre os objetos que poderão fazê-los refletir, conjecturar,
formular soluções, fazer novas perguntas, descobrir estruturas. Entretanto, os
conceitos matemáticos que eles devem construir, com a ajuda do professor,
não estão em nenhum dos materiais de forma que possam ser abstraídos deles
empiricamente. Os conceitos serão formados pela ação interiorizada do aluno,
pelo significado que dão às suas ações, às formulações que enunciam, às
verificações que realizam.” (LORENZATO, 2010, p.81)
 Metodologia

Baseados em Lorenzato e Silva (2016), optamos por iniciar as atividades do dia

com a construção do círculo trigonométrico.
 Metodologia
Prática 1: Construção do Círculo Trigonométrico

Materiais utilizados: Duas folhas quadradas de papelão com 30 cm de lado; 1

folha de jornal; Régua;Compasso; Transferidor; Lápis; Canetas hidrográficas; 50
cm de barbante; 24 alfinetes; Cola; Tesoura ; Tinta guache;Pincel.
 Metodologia
Prática 2: Estudo de sinais no Círculo Trigonométrico de papelão

Nesta atividade foi utilizado o círculo trigonométrico de papelão para

determinar as razões trigonométricas no triângulo retângulo para quaisquer
quadrantes.
 Metodologia
Prática 3: Determinar o seno e cosseno de um ângulo no Círculo
Trigonométrico de papelão

Para determinar o seno e o cosseno de cada ângulo foi construído o triângulo

retângulo no círculo trigonométrico usando o barbante.
 Metodologia
Prática 4: Estudo de sinais no Círculo Trigonométrico de papelão

Nesta última etapa do trabalho foi responder a um questionário com 8

perguntas baseado na dissertação de Rosembaum (2010) que investigou sobre
“Uma trajetória hipotética de aprendizagem sobre funções trigonométricas
numa perspectiva construtivista”. Para obterem as respostas, os alunos
utilizaram o círculo trigonométrico feito de papelão nas atividades anteriores,
possibilitando a identificar a simetria existente entre os ângulos de mesmas
razões seno (eixo vertical) ou cosseno (eixo horizontal).
 Metodologia
Prática 4: Estudo de sinais no Círculo Trigonométrico de papelão

a) Escreva abaixo os pares de ângulos que tem o mesmo valor de seno.

b) Você consegue perceber alguma regularidade que ocorre entre os pares de
ângulos com o mesmo seno? Qual?
c) Escreva abaixo os pares de ângulos que tem valor opostos de seno.
d) Você consegue perceber alguma regularidade que ocorre entre os pares de
ângulos com senos opostos? Qual?
e) Escreva abaixo os pares de ângulos que tem o mesmo valor de cosseno.
f) Você consegue perceber alguma regularidade que ocorre entre os pares de
ângulos com o mesmo cosseno? Qual?
g) Escreva abaixo os pares de ângulos que tem valor opostos de cosseno.
h) Você consegue perceber alguma regularidade que ocorre entre os pares de
ângulos com cossenos opostos? Qual?
 PROBLEMÁTICA DESENVOLVIDA

Discutimos as respostas dos alunos que julgamos interessantes do ponto de

vista da construção do conceito de sinais para a trigonometria na
circunferência e os discutimos em detalhes.
 PROBLEMÁTICA DESENVOLVIDA
b) Você consegue perceber alguma regularidade que ocorre entre os pares de
ângulos com o mesmo seno? Qual?

Grupo A: O grupo usou o Grupo B: O grupo observou que os pares de

cálculo matemático tradicional
para expressar o que ele
observou ao manusear o
círculo de papelão.
ângulos que possuem o mesmo valor de
seno, apresentam resultado do valor de
cosseno simétrico. Como por exemplo,sen
60º = sen 120º = 0,87 e cos 60º = 0,5 e cos
120º = -0,5.
 PROBLEMÁTICA DESENVOLVIDA
b) Você consegue perceber alguma regularidade que ocorre entre os pares de
ângulos com o mesmo seno? Qual?

Grupo C: O grupo comentou Grupo D:Nesse caso o grupo observou que os

justamente a formação dos 4
triângulos retângulos
semelhantes formados pelos
pares, por exemplo, 30º e 150º
com 210º e 330°.
triângulos formados ao determinar, por
exemplo,seno de 30º e 150º são simétricos
em relação ao eixo y.
 PROBLEMÁTICA DESENVOLVIDA
d) Você consegue perceber alguma regularidade que ocorre entre os pares de
ângulos com senos opostos? Qual?

Grupo A: O grupo observou Grupo B: O grupo observou que quando os

que os pares de ângulos em senos são opostos, os seus cossenos são
módulo possuem o mesmo iguais.
valor de seno, mas de sinais
diferentes.
 PROBLEMÁTICA DESENVOLVIDA
d) Você consegue perceber alguma regularidade que ocorre entre os pares de
ângulos com senos opostos? Qual?

Grupo C: A fala do grupo Grupo D: O grupo manuseando o barbante

demonstra um pensamento
incompleto, entretanto é
possível observar o início da
compreensão de congruência
entre triângulos.
para encontrar os valores opostos dos senos
dos ângulos percebeu que os pares de
ângulos formam triângulos opostos pelo eixo
x.
 PROBLEMÁTICA DESENVOLVIDA
f) Você consegue perceber alguma regularidade que ocorre entre os pares de
ângulos com o mesmo cosseno? Qual?

Grupo A: O grupo percebeu, por Grupo B: O grupo percebeu quando os pares

exemplo, que cos 45º = cos 315º
= 0,71 (1º quadrante com o 4º
quadrante) e cos 135º = cos
225º = -0,71 (2º quadrante com
o 3º quadrante).
de ângulos possuem o mesmo valor de
cosseno, esses ângulos possuem valores de
senos simétricos (opostos).
 PROBLEMÁTICA DESENVOLVIDA
f) Você consegue perceber alguma regularidade que ocorre entre os pares de
ângulos com o mesmo cosseno? Qual?

Grupo C: Para essa linha de Grupo D: O grupo analisou que os valores

raciocínio essa situação só
ocorre nos triângulos formados
nos ângulos de 45º, 135º, 225º
e 315º.
positivos do eixo x são resultados do cosseno
dos ângulos tanto do 1º quadrante como do
4º quadrante. Assim como os valores
negativos do eixo x são resultados do
cosseno dos ângulos tanto do 2º como
também do 3º quadrante.
 PROBLEMÁTICA DESENVOLVIDA
h) Você consegue perceber alguma regularidade que ocorre entre os pares de
ângulos com cossenos opostos? Qual?

Grupo A: O grupo apenas Grupo D: O grupo percebeu que os triângulos

analisou os pares de ângulos formados pelos pares de ângulos são opostos
formados e percebeu a relação em relação ao eixo y.
entre os quadrantes.
 CONCLUSÃO
Observamos que a coordenação entre o registro figural representado pelo
material concreto construído pelos alunos, articulado ao registro escrito
grafado nos cadernos dos alunos, permitiu uma visão mais completa do
conceito em jogo, uma vez que a coexistência dos diferentes registros no
mesmo espaço, facilitou a coordenação dos mesmos. Observamos também
que, atividades mais abertas, como a exploração do material concreto e
também as inferências dos alunos nascidas das tarefas do tipo analise
regularidades, deram ensejo a uma maior troca de ideias entre os participantes
e também a relatos mais ricos dos mesmos. Outra observação, reside na
articulação entre atividades nascidas na sala de aula, como as atividades de
construção e exploração do círculo trigonométrico e atividades nascidas da
pesquisa, como o conjunto de tarefas sobre seno e cosseno no círculo
trigonométrico utilizadas neste estudo mostram que, a união de prática e
teoria pode resultar em boas práticas para o chão da escola uma vez que, o
saber da prática e o saber da pesquisa se interligam.
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Rubem. O prazer de aprender. Conferência proferida no Encontro de
Psicopedagogos. São Paulo, julho/1990.

LORENZATO, S. Laboratório de ensino de matemática e materiais didáticos

manipuláveis. In: LORENZATO, Sérgio. Laboratório de Ensino de Matemática na
formação de professores. Campinas: Autores Associados, 2010.

LORENZATO, S. Laboratório de ensino de matemática e materiais didáticos

manipuláveis. In: LORENZATO, Sérgio. Laboratório de Ensino de Matemática na
formação de professores. Campinas: Autores Associados, 2010.

SILVA, D.M.V. Oficina: Trigonometria na circunferência, disponível em: <

http://www.laboratoriosustentaveldematematica.com/2014/08/oficina-
trigonometria-nacircunferencia.html>. Acesso em ago 2016.