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Política Social e Estruturação dos Centros

de Referência de Assistência Social, sob a


ótica dos serviços de Medida Socioeducativa,
PAEFI e Abordagem Social.
Conteúdo Programático

• Estrutura e funcionamento do CREAS;

• Infraestrutura e organização do espaço físico;

• Papéis e competências do CREAS;

• Eixos norteadores do trabalho social;

• Distribuição dos recursos humanos e trabalho em


equipe interdisciplinar;

• Perfil e atribuições da equipe;

• Reuniões, estudo de caso e trabalho em rede;

• Acolhida, acompanhamento e intervenções


especializadas;

• Fluxo no recebimento de denúncia;

• Processos e organização do trabalho com as famílias


e indivíduos em situação de risco pessoal e social,
por violação de direitos.
Níveis de Complexidade do SUAS
Serviços de Proteção Social Básica
•Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF);
•Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos;
•Serviço de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência e
idosas.

Serviços de Proteção Social Especial de Média Complexidade


•Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI);
•Serviço Especializado em Abordagem Social;
•Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida
Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA), e de Prestação de Serviços à
Comunidade (PSC);
•Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas
Famílias;
•Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua.

Serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade


•Serviço de Acolhimento Insti tucional, nas seguintes modalidades: Abrigo
institucional; Casa-Lar; Casa de Passagem; Residência Inclusiva.
•Serviço de Acolhimento em República;
•Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora;
•Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências.

Fonte: BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Brasília, DF. 2009.
Centro de Referência Especializado de Assistência Social

O Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome


estabelece que o Centro de Referência Especializado de
Assistência Social “...é uma unidade pública estatal, de
abrangência municipal ou regional, referência para a oferta
de trabalho social a famílias e indivíduos em situação de
risco pessoal e social, por violação de direitos, que
demandam intervenções especializadas no âmbito do SUAS”.
Público-alvo - CREAS

Famílias e indivíduos que vivenciam violações de direitos por ocorrência de:

- Violência física, psicológica e negligência;


- Violência sexual: abuso e/ou exploração sexual;
- Afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medida socioeducativa
ou medida de proteção;
- Tráfico de pessoas;
- Situação de rua e mendicância;
- Abandono;
- Vivência de trabalho infantil;
- Discriminação em decorrência da orientação sexual e/ou raça/etnia;
- Outras formas de violação de direitos decorrentes de
discriminações/submissões a situações que provocam danos e agravos a sua
condição de vida e os impedem de usufruir autonomia e bem estar;
- Descumprimento de condicionalidades do PBF e do PETI em decorrência de
violação de direitos.
Papéis e Competências do CREAS

Os serviços especializados ofertados nos CREAS têm como objetivos:

 Prestar atendimento interdisciplinar especializado


aos indivíduos e famílias com direitos violados em
decorrência de situações de violência vivenciadas;
 Contribuir para a proteção dos indivíduos e famílias
em situação de violência;
 Fortalecer os vínculos afetivos entre os membros das
famílias;
 Potencializar a capacidade protetiva das famílias;
 Articular as redes sociais de apoio das famílias;
 Favorecer a inclusão dos indivíduos e famílias no
sistema de garantia de direitos e rede de serviços,
conforme necessidades;
 Propiciar a responsabilização dos autores de
violência;
 Prevenir o agravamento e a reincidência das
situações de violência doméstica/intrafamiliar.
Eixos Norteadores do Trabalho Social

ATENÇÃO ESPECIALIZADA E
QUALIFICAÇÃO DO ATENDIMENTO ;

TERRITÓRIO E LOCALIZAÇÃO DO
CREAS;

ACESSO A DIREITOS
SOCIOASSISTENCIAIS;

CENTRALIDADE NA FAMÍLIA;

MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO
SOCIAL; TRABALHO EM REDE.
Infraestrutura e Organização do Espaço Físico

O ambiente físico do CREAS deve ser acolhedor e assegurar espaços


para a realização de atendimentos familiar, individual e em grupo, em
condições de sigilo e privacidade.

Para isso, recomenda-se que seja implantado em edificação que


disponha dos espaços essenciais para o desenvolvimento das suas
atividades, não devendo, portanto, ser implantado em local
improvisado.
Infraestrutura e Organização do Espaço Físico

Sendo assim, o espaço físico do CREAS deve contar com condições que
assegurem:

 Sigilo e privacidade;
 Acessibilidade;
 Segurança;
 Adequada iluminação, ventilação, conservação, salubridade e limpeza;
 Informações disponíveis em local visível.
Infraestrutura e Organização do Espaço Físico

Guarda de Prontuários:

Prontuário SUAS  Documento de cunho legal,


científico, sigiloso e pessoal.

As anotações e a leitura de seu conteúdo devem ser


realizadas apenas pela equipe técnica de referência da
unidade e exclusivamente para as ações pertinentes ao
atendimento e acompanhamento da família.

De modo consonante, orienta-se que os prontuários


sejam guardados em local seguro e de acesso restrito,
em armário ou arquivo com chave, em local que não
seja de acesso público.

Fonte: Prontuário SUAS - Posicionamento do CFP


http://conpas.cfp.org.br/wp-content/uploads/sites/8/2015/01/Posicionamento-do-CFP-relativo-ao-uso-do-Prontu%C3%A1rio-
SUAS.pdf
Infraestrutura e Organização do Espaço Físico

Constituem espaços essenciais que todo CREAS deve dispor:

• Espaço para recepção;


• Salas específicas para uso da coordenação, equipe técnica ou
administração;
• Salas de atendimento (individual, familiar e em grupo), em
quantitativo condizente com o (s) serviço (s) ofertado (s) e a capacidade
de atendimento da Unidade*;
• No mínimo 2 Banheiros coletivos, com adaptação para pessoas com
mobilidade reduzida como, por exemplo, pessoas com deficiência e
idosos;
• Copa e/ou cozinha.

*Recomendável: municípios de Grande Porte, Metrópole e DF: no mínimo 4 salas de atendimento; municípios
de Pequeno Porte I e II e Médio Porte: no mínimo:3 salas de atendimento;
Infraestrutura e Organização do Espaço Físico

Ideal  Planejamento da implantação ou adequação dos CREAS inclua a


previsão de funcionamento em imóvel próprio e adequado, para que, no
futuro, a Unidade não precise ser deslocada para outro local.

Nos casos em que for necessária a mudança, que esta seja realizada de modo
planejado, sendo os usuários comunicados previamente.

Frente à sua representatividade no território, é importante que o CREAS


seja implantado em imóvel exclusivo. Todavia, o compartilhamento do imóvel
será permitido desde que se assegure ao CREAS placa de identificação e
espaços exclusivos para a realização de suas atividades. Nessa direção, o
CREAS poderá compartilhar com outras Unidades e serviços os seguintes
espaços:

• Entrada ou porta de acesso; • Copa ou Cozinha; • Almoxarifado ou


similar, desde que os materiais do CREAS sejam guardados com reserva; •
Espaço externo; • Banheiros.
Infraestrutura e Organização do Espaço Físico

Em relação ao compartilhamento do imóvel, recomenda-se não


compartilhar o espaço físico do CREAS com unidades administrativas
(sede do órgão gestor, ou sede da Prefeitura etc.).

Além disso, o CREAS não deve ser instalado em imóvel compartilhado com
ONG, Serviço de Acolhimento e órgãos de defesa de direitos (Poder
Judiciário, Delegacias, Conselho Tutelar, Ministério Público; Disque
Denúncia.
Infraestrutura e Organização do Espaço Físico
Infraestrutura e Organização do Espaço Físico

O CREAS deve funcionar para atendimento ao público, no mínimo cinco


dias por semana, por oito horas diárias, totalizando quarenta horas
semanais, assegurada a presença de equipe profissional de nível superior,
além dos demais profissionais necessários ao bom funcionamento dos
serviços.

O horário de funcionamento do CREAS deve manter uma constância,


sendo desaconselhável mudanças constantes, em curto período de tempo,
que possam comprometer o acesso das famílias ao CREAS
Os Recursos Humanos do CREAS

Os recursos humanos constituem elemento fundamental para a efetividade


do trabalho e para a qualidade dos serviços prestados pelo CREAS. A
vinculação dos profissionais com a família/indivíduo constitui um dos
principais elementos que qualificam a oferta do trabalho social
especializado.
Os Recursos Humanos do CREAS
Atuação de estagiários:

• Pode ser efetivada desde que sejam


atendidos os dispositivos previstos em
lei;
• É obrigatório que o estágio seja
regulado por meio de Termo de
Compromisso entre o órgão gestor da
política de Assistência Social e a
instituição de ensino superior.

Obrigatoriamente, os estagiários devem


contar com a supervisão de um técnico de
nível superior da equipe do CREAS, que
seja da sua área de formação.

Em hipótese alguma os estagiários poderão substituir um


profissional de nível superior ou médio que componha a equipe
do CREAS.
Perfil e Atribuições da Equipe
Perfil e Atribuições da Equipe

Os profissionais precisam
ter um conjunto de
conhecimentos e habilidades
que sejam compatíveis com
a natureza e com os
objetivos dos serviços
ofertados pelo CREAS, bem
como com as atribuições
pertinentes.

Recomenda-se que as ações


de capacitação sejam
disponibilizadas à toda
equipe de trabalho do
CREAS, com base no
princípio da educação
permanente.
Perfil e Atribuições da Equipe
Matricialidade Sociofamiliar

• Avanço que precisava ser concretizado na operacionalização de


atendimento no CREAS;

• As políticas focalizadas no indivíduo, nem sempre são capazes de


construir resultados positivos e qualitativos de enfrentamento das
situações de violência e risco social;

• É imprescindível o fortalecimento de vínculos comunitários;

• CREAS: trabalho conjunto que envolve o profissional, a família e a


comunidade, possibilitando que a família tenha controle de sua própria
situação, adquirindo a oportunidade de pensar em ações e estratégicas
que propiciarão a proteção de seus membros.
CREAS - Desafios

Atuar com técnicos e educadores especializados em direitos violados,


tendo como foco a família em sua integralidade

Comunidade SGD

Indivíduo/
Naturezas
FAMÍLIA Amigos/
vizinhos

Saúde

Família Educação
extensa
Acompanhamento Familiar

Compreende um conjunto de intervenções desenvolvidas de


forma continuada com as famílias, considerando:

 A compreensão de sua realidade de vida, demandas e potencialidades;

 A construção, com cada família, de um Plano de Acompanhamento


Familiar;
 A realização de encaminhamentos necessários para acessar serviços,
benefícios e direitos que possam contribuir para as melhorias das
condições de vida da família e superação da situação vivida.
CREAS - Desafios

Construir uma metodologia de intervenção psicossocial com famílias que


buscasse:

• O fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, para que as


famílias pudessem exercer função protetiva com relação aos indivíduos
vitimizados pela violência.
• A mudança dos fatores que contribuem para a manutenção da violência
doméstica e intrafamiliar.
• A superação da situação de violência que originou o atendimento.
CREAS – Metodologia de Trabalho

• Intervenção que engloba apoio, proteção e orientação das famílias; •


Perceber as famílias do ponto de vista:
estrutural - situação socioeconômica, composição familiar e de inclusão
na rede de serviços,
funcional - papéis e funções dos membros,
relacional - como a família se relaciona no cotidiano, os vínculos
intrafamiliares, a família extensa e as relações com a comunidade;

• Reorganizar os vínculos famíliares com o objetivo do enfrentamento,


responsabilização e superação das situações de violência, por meio da sua
função protetiva.
CREAS – Metodologia de Trabalho

• Objetivo da metodologia de trabalho com famílias e indivíduos no


CREAS é fornecer subsídios para a superação das situações de violência
vivenciadas pelas famílias.

• O objetivo do atendimento psicossocial nos serviços é garantir o


atendimento especializado e em rede. Este é um modelo essencial para
que os direitos fundamentais sejam garantidos em sua amplitude.
Reuniões, estudo de caso e trabalho em rede
Para que a atuação em rede seja eficaz
no sentido de superar o
assistencialismo e a fragmentação das
ações, possibilitando uma abordagem
integral da situação, os atores sociais
envolvidos devem ter compromisso,
complementaridade,
corresponsabilidade, estratégias bem
concretas e um plano comum, com
objetivos e resultados a serem
alcançados.
O “...termo rede sugere a idéia de
articulação, conexão, vínculos, ações
complementares, relações horizontais
entre parceiros, interdependência de
serviços para garantir a integralidade
da atenção aos segmentos sociais
vulnerabilizados ou em situação de
risco social e pessoal. (Jussara Ayres
Bourguignon)
Reuniões, estudo de caso e trabalho em rede

“...incompletude é uma característica inerente a qualquer instituição.”


(Selma Marques Magalhães)
• “...é de fundamental importância a interlocução entre os profissionais
que atuam nos diferentes espaços institucionais, não só para
conhecerem melhor o trabalho que cada um desenvolve, como também
para avaliar dificuldades e limitações de cada contexto de trabalho”
(Selma Marques Magalhães)

• “...não se trata de empregar as mesmas práticas, mas, a partir das


dificuldades encontradas e das potencialidades [...], elaborar
diagnósticos e fomentar as articulações próprias de cada local”.
(Protocolo da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente em Situação
de Risco para a Violência, 2008, Curitiba) • “… permite ir adiante das
especificidades para construir e recriar frente à articulação de saberes
e experiências diversificadas.” (Protocolo da Rede de Proteção à Criança
e ao Adolescente em Situação de Risco para a Violência, 2008, Curitiba)
Reuniões, estudo de caso e trabalho em rede

• Uma das atribuições do Creas, junto às famílias e indivíduos com


direitos violados em decorrência de situações de violência, é a
intervenção tendo-se em vista a articulação em rede, principalmente no
que se refere ao Sistema de Garantia de Direitos.
• A articulação com os demais serviços da rede socioassistencial, das
demais políticas públicas e do SGD constitui um dos pilares
fundamentais sobre os quais deve se fundamentar o atendimento no
Creas (MDS)

• Devem ser considerados os órgãos de defesa de direitos que têm o


objetivo e promover a defesa e o cumprimento dos direitos...
(Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado de
Assistência Social, 2011)
• No que diz respeito ao Sistema de Garantia de Direitos, é de
primordial importância que a articulação aconteça nos diferentes níveis
de gestão.
Reuniões, estudo de caso e trabalho em rede

Não cabe ao CREAS:


• Ocupar lacunas provenientes da ausência de atendimentos que
devem ser ofertados na rede pelas outras políticas públicas e/ou órgãos
de defesa de direito;
• Ter seu papel institucional confundido com o de outras políticas ou
órgãos, e por conseguinte, as funções de sua equipe com as de equipes
interprofissionais de outros atores da rede.
Educação

Assistência
Conselhos Social
de Direito

Sistema de Profissionalização,
Justiça e Trabalho
Segurança
Pública

Conselho
Saúde
Tutelar

Esporte Cultura
e lazer
Reuniões, estudo de caso e trabalho em rede

• Para a atuação em rede, é necessário a definição de fluxos que


facilitem os acessos e os encaminhamentos e evitem demandas de
trabalho inadequadas ou incompatíveis com as atribuições e princípios
do Creas.

• Comissões compostas por representantes de todos os Creas para a


discussão das normas e procedimentos, dando origem aos fluxos de
atendimento. • Comissão DPSE e DPSB – Fluxos de referência e
contrarreferência entre os serviços de PSE e PSB
Acolhida, acompanhamento e intervenções especializadas

Acolhida

Tem por objetivo identificar, compreender e avaliar as


demandas apresentadas pelas famílias e indivíduos; os
motivos da procura, se espontânea ou por encaminhamento e
sua pertinência; e as expectativas dos usuários sobre os
serviços, esclarecendo quais as ofertas disponíveis na rede,
que se dará no atendimento individual.
Acolhida, acompanhamento e intervenções especializadas

Visita Domiciliar
Atividade técnico-metodológica que se
desenvolve, de forma planejada, na
residência da família ou do indivíduo, e
visa possibilitar a escuta qualificada, a
compreensão da dinâmica e história de
vida, e o registro e análise de dados e
informações sobre o cotidiano da vida
familiar.

Deve pautar-se pelo respeito à


privacidade da família, tanto no que se
refere à receptividade para uma
entrevista, quanto à disponibilidade
para responder a perguntas
específicas, quando for necessário.
Não deve ser confundida com
apuração de denúncia ou até mesmo
com caráter fiscalizatório.
Fluxo no recebimento de denúncia
CREAS

Demanda espontânea e encaminhamento


Busca Ativa no território
da rede socioassistencial ou das demais
políticas públicas.

A situação
Plano de Acompanhamento Acolhida deverá ser
Familiar ou Plano Individual de Escuta Qualificada reportada às
Atendimento Estudo diagnóstico da família autoridades
competentes
quando o caso
assim o exigir.
Atendimento
Acompanhamento
Encaminhamento REDE
de atendimento
Intersetorial

Alta
Complexidade

Proteção
Acompanhamento Acompanhamento
Básica
Particularizado em Grupo
Órgãos de
Defesa

Proteção Encaminhamentos
Avaliação Desligamento Social Básica para rede local
ou não
Processos e organização do trabalho com as famílias e indivíduos
em situação de risco pessoal e social, por violação de direitos

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