AEROELASTICIDADE
M u xs , ys , zs , t K u xs , ys , zs , t
L u xs , ys , zs , t , u xs , ys , zs , t
onde {u (xs , ys ,zs ,t )} é um vetor de deslocamentos físicos estruturais.
M e K matrizes de massa e rigidez, respectivamente e L representa
o carregamento aerodinâmico.
• As matrizes de massa e rigidez são usualmente obtidas de modelos
de elementos finitos da estrutura sob análise.
• Este tipo de modelo matemático prevê que a estrutura é subdividida
em elementos conectados por nós, onde se calculam
deslocamentos em resposta a uma força aplicada a estrutura. Neste
caso a cargas aplicadas são de natureza aerodinâmica.
Carregamento Aerodinâmico
• O carregamento aerodinâmico pode ser subdividido em uma
parcela devido a forças externas (Le(t)) e outra incremental,
dependente dos deslocamento estruturais (La (u(t),…))
• As cargas externas podem ser devido a rajadas, ação de sistemas
de controle, por exemplo. São consideradas em estudos de
resposta aeroelástica.
• As cargas incrementais, dependentes dos deformações da
estrutura, são obtidas de uma teoria aerodinâmica não estacionária
tal como o DLM.
• A modelagem destas cargas em conjunto coma modelagem da
estrutura definem o modelo aeroelástico:
U
La u t , u t q H t u d
b
0
Cargas Aerodinâmicas no
Domínio de Laplace
• Cuja transformada de Laplace é:
La u s q H
sb
U
u (s)
onde H
sb
U
é a função de transferência aerodinâmica,
transformada de Laplace de H
U t
b
, com sb U sendo a
2
s M K q H
sb
U
u (s) 0
u t Fq t
• O que representa fisicamente que um deslocamento físico pode ser
escrito como uma combinação linear de coordenadas
generalizadas, isto é, coordenadas que representam uma
participação modal em um movimento qualquer da estrutura.
• A matriz [F] é conhecida como matriz modal e é composta por
vetores modais {f}I , que são os autovetores associados ao sistema
dinâmico representado pelas equações de movimento sob análise.
Aplicação em aeroelasticidade
• Usualmente modos críticos de flutter estão associados às
frequências naturais mais baixas do sistema.
• Note que o número de graus de liberdade de um sistema discreto
será igual ao número de graus de liberdade associados
deslocamento de pontos que discretizam este sistema.
• Sendo assim pode-se eleger um subconjuntos dos modos naturais
da estrutura para representar o sistema dinâmico na base modal,
para o estudo de estabilidade aeroelástica por exemplo.
• Esta redução de ordem é muito praticada e é uma boa aproximação
para se resolver um sistema menos sujeito a instabilidades
numéricas.
Modelo Aeroelástico na
Base Modal
• Aplicando a transformação modal ao sistema aeroelástico temos:
onde:
2
s M K q
Q
sb
U
q(s) 0
Q
sb
U
FT
H
sb
U
F
u t F q t u s F q s
Modelo Aeroelástico na
Base Modal - MHS
• Assumindo Movimento Harmônico Simples:
u i Fq i
• Pode-se estudar o problema de estabilidade resolvendo o problema
do autovalor associado a este sistema.
• Observe que esta consideração é pertinente uma vez que a nossa
aerodinâmica não estacionária assume movimento harmônico
simples associado às condições de contorno.
Movimentos Harmônicos
Simples
• Lembrando a equação do sistema aeroelástico,obtida assumindo a
hipótese Movimento Harmônico Simples:
2 M K qD Q ik q(i ) 0
u i Fq i
• Pode-se estudar o problema de estabilidade resolvendo o problema
do autovalor associado a este sistema de forma absolutamente
análoga ao caso da seção típica.
M 2
¶ 2
f M 2
¶ 2
f
(1- M )Ñ f - U ¶ t 2 - 2 U ¶ x¶ t = 0
2 2
Modelo Potencial Adotado
• A equação básica a partir da qual os métodos de elementos
discretos foram desenvolvidos é a equação do potencial
aerodinâmico linearizado (EPAL) dada por:
b 2f xx + f yy + f zz - 2 ( U )f
M 2
xt - (M 2
U 2
)f tt = 0
• Assumindo que o potencial varie no tempo harmonicamente,
isto é a sua intensidade pode-se associar uma frequência,
pode-se escrever:
f (x, y, z, t )= j (x, y, z, k )eikt
b 2j xx + j yy + j zz - 2ikM 2
j x + k 2
M 2
j =0
onde (x,y,z) coordenadas cartesianas, k é a frequência
reduzida, M o número de Mach e b um comprimento de
referência.
Métodos de
Elementos Discretos
• São métodos baseados em soluções elementares da EPAL.
• A idéia é subdividir em elementos uma determinada geometria
aerodinâmica sabendo-se que, se conhece a solução elementar
da EPAL, associada a cada um destes elementos.
• Da composição destes elementos bem como, assumindo o
princípio da superposição do efeitos potenciais, pode-se obter
uma solução para um carregamento aerodinâmico no corpo.
Métodos de
Elementos Discretos
• Métodos de elementos discretos não estacionários usualmente são
baseados na solução integral da equação do potencial
aerodinâmico linearizado, neste caso no domínio da frequência,
particularizada para condições de contorno que descrevem a
configuração aerodinâmica de interesse.
• A transformação da forma diferencial da EPAL para a forma integral
é realizada aplicando-se o teorema de Green, chegando a:
j (x, y, z, k )= - òò j S dS + òò j D d (S + W )
S S+ W
Solução Elementar
• Esta equação integral assume que sobre a superfície S, são
distribuídas fontes js e dipolos jd (soluções elementares da
equação do potencial aerodinâmico linearizado), bem como nas
superfícies que definem a esteira aerodinâmica (W - Wake).
• O potencial harmônico devido uma fonte e um dipolo de intensidade
s e m (ou Dj ) são, por exemplo, dados por:
æ ikM2¥ ( M ¥ R- X ) ÷
ö æ ikM2¥ ( M ¥ R- X ) ÷
ö
ç
s (x , h , 0, k )ç e b ÷ ç
D j (x , h , 0, k ) ¶ ç e b ÷
ç ÷
÷ ç ÷
÷
jS= çç ÷ j = çç ÷
4p çç R ÷
÷
D
4p ¶nç R ÷
÷
÷ çè ÷
ø
onde, è ø
æ ikM2 ( MR- ö÷
çç b X)
÷
çç e ÷
÷
çç ÷
÷
çè
R ÷
ø÷
• Este termo é conhecido como o Kernel da relação integral e é dado
por: ikM
( MR- X )
b2
e
j 0= = Kj
R
Kernel
• O Kernel é uma função de Green de espaço livre, da equação:
j (x, y, z, k )= - òò j S dS + òò j D d (S + W )
S S+ W
• Sobre cada ponto deste área elementar, assume-se que existe uma
distribuição fontes e dipolos. Estas singularidades são soluções
elementares da equação integral (e também da diferencial) que
modela o nosso problema.
Superfície assumida:
Placa Plana
• No caso de estudos aerodinâmicos em um contexto linear, a
pequenas perturbações de superfícies de sustentação finas, tal
como no caso de asas, o efeito da espessura é de segunda ordem.
Dp é ¶ Dj ¶ Dj ù
Dy = - = êU + ú
r0 êë ¶ x ¶t ú
û
¶ Dj wb
D y (x, y, z, ik ) = + ik D j , k=
¶x U
Potencial de Aceleração
• Da mesma forma, as derivadas por potencial de velocidade bem
como o potencial de aceleração satisfazem a equação do potencial
aerodinâmico linearizado.
• Como
¶ Dj
D y (x, y, z , ik ) = + ik D j
¶x
é uma equação diferencial, pode-se obter a relação inversa como:
x
1
j (x, y, z, ik )= -
8p òò D C (x , h ,0, ik )K
p y (X , Y ,0, ik )dS
S
X
¶ Kj
òe
- ikX ikx0
onde: Ky (X , Y ,0)= e (x0 , Y ,0)dx0
- ¥
¶n
obtido quando assumimos o MHS
O novo Kernel
• Ky é o novo Kernel, ou conhecido como Kernel associado ao
potencial de aceleração.
• Note que ao eliminarmos a necessidade de modelar esteira,
complicamos a forma de obter o Kernel da relação integral, uma vez
que o mesmo depende de uma integração do Kernel associado ao
salto de potencial de velocidades gerado pela distribuição de
dipolos.
æ æ ikM ¥ ö ÷ ö
çç X
çç 2
( M ¥ R- x0 )
÷
÷ ÷
¶ ç - ikX e b ÷
ò ikx0 ç ÷
÷ ÷
K y (X , Y , 0, ik ) = ççe e çç ÷dx0÷
¶ n çç çç x02 + b 2 (Y 2 + z 2 )÷ ÷ ÷
÷
çè - ¥ è ø ÷
÷ ÷
ø
j •z (xFazendo
, y, 0, ik )z=as
0
= substituições do que definimos anteriormente:
ìï é æ æ ikM ¥ ö öùü
ïï
ïï ê 2 çç
X
çç 2
( M ¥ R- x0 )
÷
÷ ÷
÷ú ïï
¶ b
÷
òò ò
÷
D C p (x , h , 0, ik )ïí lim êê 2 çççe- ikX ú
1 ikx0 ç e ÷ ÷
- e çç ÷dx0 ÷úý dS
8p ïï z® 0 ê¶ z ç çç x0 + b (Y + z )÷
2 2 2 2 ÷ ÷
÷úïï
S ïï êë ççè - ¥ è ÷
ø ø ÷
÷úïï
ûïþ
ïî
D C pj ìïï é¶ ùü
ïï
i
j (x, y,0, ik )z= 0 = -
z
8p òò
(x, h,0, ik )
Sj
í z® 0
ïïî
lim ê
êë¶ z
(K ú
y ) ýdS
ûïïþ
ú
dh dh w(3c / 4) h dh
wi = w(3c / 4) = + U Þ w(3c / 4) = = +
dt dx U U dx
onde h é um vetor de deslocamentos físicos associados um modo
“i”, por exemplo
dfib 1 b dhi hi
efetivo qi fi qi
i 1 dx U i 1 dx U
fib qi hi
Componentes da relação da condição de contorno
fi qi hi
b
Fechando o problema
• Como se conhece o vetor de downwash pois o mesmo está
associado a condição de contorno, bem como as informações
necessárias para se obter o Kernel (geometria, frequência reduzida
e número de Mach) teremos como incógnitas as pressões (ou o
potencial de aceleração).
• Para tal, inverte-se a matriz D chegando a:
- 1
é ù
{D C p (ik )}= ëD (ik )û {w(ik )} Þ {D C p (ik )}= éëAIC (ik )ùû{w(ik )}
• Como estamos no domínio da frequência, temos o downwash
representado por:
¶ h (x, y, 0)
{w(x, y, 0, ik )}= + ikh (x, y, 0) = éëF (ik )ù
û{h (x, y, 0)}
¶x
Carregamento Aerodinâmico
• Ou seja, fechamos a nosso problema com a possibilidade de obter
uma distribuição de pressão nos painéis, a qual pode ser
relacionada a uma força aerodinâmica por:
B T
{P (ik )}= {f } {L (ik )}
qi i a
1 B T
{Pqi (ik )}= 2 r U {f i } [S ]éëAIC (ik )ùé
2
ûëF (ik )ù{f iB }{qi }
û
Q
1 B T é 1 2é
{Pqi (ik )}= 2 r U {f i } ëQ (ik )û{f i }{qi }= 2 r V0 ëQ (ik )ùû{qi }
2 ù B
Q MAIC
Problema !
• Malhas de elementos finitos usualmente são diferentes da malha
aerodinâmica.
Þ [G]Þ
T T
{dh (x, y,0)} {
Laero }
a (x, y, 0) = {du (xs , ys ,z s )} {Lstra (xs , ys ,zs )}
T
e esta igualdade implica em: { Lstr
a (x , y
s s s,z }
) = [G ] Laero
a {(x, y, 0) }
uma vez que temos a transposta do vetor de deslocamentos virtuais
empregados para calcular o trabalho realizado pela força.
Interpoladores dos modos
• O interpolador mais adequado para esta transformação são
aproximações por ajuste de uma função do tipo spline.
• A matriz G resultante da seleção da interpolação adequada, é
conhecida normalmente como matriz de splines, cujos coeficientes
são obtidos de funções de interpolação.
Carregamento Aerodinâmico
Transformado para a Base Modal
• O carregamento aerodinâmico que, a priori, era calculado em
pontos definidos por uma malha aerodinâmica pode ser
representado nos pontos que definem a malha estrutural por:
T é ùé ù
{
Lstr
a ( s
x , y s s )
,z }
,ik = q G { }
¥ [ ] [S ]ëAIC (ik )ûëF (ik )û[G ] u (xs , ys ,zs )
• Resultado típico do
método k, na forma
de um diagrama V-g-f
Cálculo de flutter de uma asa
• Compreender o o processo de cálculo de flutter usando ume
ferramenta computacional comercial.
• Softwares ZAERO e NASTRAN:
sua ponta.
X
Modelo Aerodinâmico
• Emprego de um método de elementos discretos tal como o Doublet
Lattice ou o ZONA 6
Arquivo de entrada do ZAERO
O cabeçalho
• Cabeçalho: exemplo HA145E.INP permite que se
• $***********************************$
• $ $
caracterize o
• $ Z A E R O I N P U T (HA145E.INP) $ problema quanto
• $ $
ao método de
• $***********************************$
• $ solução,arquivo de
• $ THIS CASE DEMONSTRATES A SINGLE WING, SUBSONIC FLUTTER entrada com a
• $ CASE USING K AND G FLUTTER SOLUTION METHODS.
• $
informação
• $Begin Executive Control Section dinâmica, e outros
• ASSIGN FEM=asaest56-1.f06, PRINT=0,FORM=MSC,BOUND=ASYM
comandos de
• DIAG 1
• CEND controle e diagnós-
• $Begin Case Control Section tico do modelo em
• TITLE= SUBSONIC FLUTTER ANALYSIS (HIGH ASPECT RATIO WING)
• ECHO = SORT
estudo.
• SUBCASE = 1
• SUBTITLE=ZONA6 METHOD
• LABEL=MACH NUMBER = 0.10, NON-MATCH POINT FLUTTER ANALYSIS
• FLUTTER=100
Modelo Dinâmico na
Base Modal:
• Resultado da análise modal feita através do software NASTRAN;
• Apresenta um arquivo de saída o qual consiste em um relatório
onde se apresenta as massas, rigidezes generalizadas, modos de
vibração e informação geométricas do modelo.
V1
C1
Z Y
Interpolação dos deslocamentos
• $ * SURFACE SPLINE FIT ON THE WING * $
PANLST2 define um
• $ $ conjunto de painéis
• $ EID MODEL CP SETK SETG DZ EPS $ pertencente ao
• SPLINE1 100 WING 101 100 0.0 $
• $ $ macroelemento 101,
• $ SETID MACROID BOX1 BOX2 ETC $ discriminado como
• PANLST2 101 101 101 THRU 140 $
• $ $
macroid, e relacionado ao
• $ SID G1 G2 ETC $ CAERO7 101. Note que a
• SET1 100 1 THRU 216 $ numeração começa
A sequência de comandos acima pelo valor do ID do
representa a operação de interpolação CAERO7 e termina com a
abaixo através de splines de superfície quantidade de painéis
somada ao número do
{h(x, y,0)}aero = éêëGùúû×{u (xs , ys ,zs )}strut primeiro painel.
SET1 contém a
SPLINE1 relaciona logicamente as numeração dos nós cujas
coordenadas dos pontos de controle (101) coordenadas são
dos painéis,calculadas internamente, e a as importadas do relatório
coordenadas dos nós estruturais (100) que contém a solução
importadas. dinâmica na base modal.
Conclusão do
Modelo Aeroelástico
• O modelo aeroelástico na base modal está concluído, ou
seja temos a equação:
• $
• TABDMP1 10 G +TAB1
• +TAB1 0.0 0.01 1000. 0.01
• $ * V-G PLOT * $
• $
• PLTVG 11 100 V VG1.PLT
• MODE G = 0.0% 0.5% 1.0% 1.5% 2.0% 2.5% 3.0% 3.5% 4.0%
• ------------------------------------------------------------------------------------------------
• ***********************************************
• *** ***
• *** Z A E R O T E R M I N A T E D ***
• *** ***
• *** NO RMALLY ***
• *** ***
• *** 16:37:20 11/06/2009 ***
• *** ***
• ***********************************************
Saída do ZAERO
• Da saída do ZAERO pode-se obter as velocidade de flutter, bem
como as curvas de evolução modal, tanto para o método K, quanto
para o método G, pois ambos são resolvidos simultaneamente no
processo de análise aeroelástica.
- ZAERO_THEORETICAL_MANUAL_8.2.pdf