Anda di halaman 1dari 39

Varizes

DR. SÉRGIO ALVIM LEITE


Introdução

As varizes essenciais manifestam-se


pelo aparecimento de veias superficiais
alongadas, dilatadas e tortuosas. Como
o próprio nome define, não são
secundárias a outras patologias do
sistema vascular.
Introdução

Elas podem se apresentar como varizes maiores ou como mi-


crovarizes, que são varizes dérmicas retilíneas ramificadas
(vênulas) ou enovelados venosos (telangectasias).
Anatomia
A drenagem venosa das extremidades inferiores é feita por
três sistemas:

Sistema Superficial

Sistema Profundo

Sistema Perfurante (ou comunicante)


Anatomia

Todos estes sistemas apresentam válvulas que dirigem o


sangue para o sistema profundo e deste para o coração.
Sistema Venoso Superficial
 O sistema venoso superficial drena de 10% a 15% do sangue
das extremidades inferiores;
 É constituído pelas veias safena magna, safena parva e suas
tributárias;
 Todas elas localizadas no subcutâneo.
Sistema Venoso Profundo
 O sistema venoso profundo drena 85% a 90% do sangue das
extremidades inferiores;
 É constituído por veias que transitam no interior do
compartimento músculo-aponeurótico recebendo o nome da
artéria que acompanham (abaixo do joelho estas veias
encontram-se aos pares);
Veias Perfurantes ou Comunicantes
 As veias perfurantes ou comunicantes unem o sistema
venosa superficial ao profundo, atravessando a aponeurose.
 As mais constantes (3 na perna e 1 na coxa) localizam-se na
metade distal e medial da perna, relacionadas à veia safena
magna e suas tributárias.
 Todo este sistema é dotado de válvulas bicúspides que,
quando hígidas, dirigem o sangue do sistema superficial para
o profundo.
Fisiologia
 Existem vários mecanismos descritos no processo de retorno
venoso como a transmissão da pressão arterial para o sistema
venoso (“vis a tergo”) e a aspiração torácica.
 Embora estes mecanismos auxiliem no retorno venoso dos
membros inferiores, devido ao ortostatismo e força gravitacional,
eles têm pouca efetividade.
 Assim, os mecanismos realmente importantes estão relacionados
ao relaxamento e contração dos músculos da panturrilha (coração
periférico) e à palmilha plantar formada pelo plexo venoso existente
na região plantar que, durante o caminhar, é submetido a uma
pressão correspondente ao peso corporal, expulsando o sangue aí
contido em direção às veias da perna.
Fisiologia
 As válvulas funcionam como orientadores unidirecionais do
fluxo sanguíneo: para o sistema profundo e coração.
Epidemiologia
 As varizes dos membros inferiores se constituem doença da
civilização ocidental, onde mais da metade dos homens e dois
terços das mulheres apresentam varicosidades indentificáveis ao
exame físico.
 Constitui-se na mais comum de todas as alterações vasculares.
 Na maioria das vezes, acomete ambos os membros inferiores
(75%).
 O sistema da safena magna é 5 a 6 vezes mais acometido do que
o sistema parva.
Etiologia
 A causa das varizes está ligada à predisposição familiar e
esta é exacerbada por fatores hormonais. As varizes primárias
das safenas magna e parva são resultado de incompetência
valvular.
 McIrvine e colaboradores encontraram incompetência na
junção safeno-femoral em 82% dos pacientes com varizes
estudadas pelo ecodopler.
 A incompetência valvular retrógrada sequencial inicia-se na
junção safeno-femoral ou, menos comumente, nas válvulas
das veias perfurantes.
Etiologia
 Convém salientar que esta incompetência valvular e/ou
distensibilidade venosa anormal seriam decorrentes de fatores
genéticos, ou seja, o indivíduo herdaria gens.
 Gens os quais definiriam uma menor resistência da parede
de suas veias e/ou a ausência de válvulas.
 Quando associados a fatores predisponentes (hormonais,
ortostatismo prolongado, gestação, adiposidade dos membros
inferiores , anormalidades ortopédicas, involução senil dos
tecidos, uso de corticoide), determinariam a intensidade e
precocidade do aparecimento das varizes.
Quadro Clínico
 Os pacientes usualmente procuram o médico com queixas
de:
 Veias dilatadas
 Visíveis
 Sensação de peso
 Dor
 Parestesias e câimbras
As quais são agravadas pelo ortostatismo prolongado.
Quadro Clínico
 Estes mesmos sintomas tendem a aliviar com a elevação das
extremidades inferiores.
 Os sintomas podem ser desproporcionais ao tamanho e
número das varizes e, a presença de alterações tróficas
importantes como úlcera e pigmentação grosseira não são
comuns nas varizes essenciais.
Anamnese
A. Identificação
Idade: na infância sugerem flebodisplasia ou fístula artério-
venosa congênita.
Ex: Sexo, cor, estado civil, profissão, residência.

B. Antecedentes
Tromboflebites: varizes pós-flebíticas (secundárias).
Trauma: fístula artério-venosa adquirida.
Gestação/anovulatórios: varizes na família.
Anamnese
C. História da doença atual
Época e circunstâncias do início
Modo de evolução
Sintomas: sensação de peso, parestesias, câimbras, dor
Relação dos sintomas com: repouso, exercício, temperatu-
ra, fator hormonal.
Anamnese
 Complicações
- Edema: depressível e bilateral.
- Dermatite de estase: prurido e eczematizações.
- Hiperpigmentação: devido ao depósito de hemácias no meio
extracelular (rotas). O ferro liberado é englobado pelos fibro-
blastos levando à hiperpigmentação.
- Lipodermatosclerose: devido às alterações inflamatórias
ocasionadas pela estase ocorre atrofia do tecido subcutâneo e
substituição por tecido fibrótico, endurecido.
Anamnese
- Úlceras venosas: as úlceras venosas caracterizam-se por
apresentar bordas irregulares, planas, fundo recoberto por
fibrina, secreção abundante e situam-se geralmente na região
supramaleoalar interna.
- Flebites ou tromboflebites superficiais.
- Varicorragia (sangramento por ruptura).
Exame Físico
A. Inspeção
Com o paciente em pé, observar todas as faces dos
membros inferiores. As varizes dependentes da veia safena
interna distribuem-se na face interna da coxa e perna; as
dependentes da veia safena externa na face posterior da perna
e as dependentes da veia ilíaca externa na região interna e
posterior da coxa e em seu terço superior nas regiões vulvar e
pélvica.
Exame Físico
B. Palpação
A palpação permite verificar a tensão, presença de frêmito,
flebólitos o trombose. Os trajetos dos troncos e coletores
venosos quando não são facilmente detectáveis pela
obesidade ou edema, são pesquisadores pela manobra de
Schwartz, que consiste na percussão do segmento distal da
veia e, ao mesmo tempo, palpação com a outra mão
proximalmente para delimitar o trajeto venoso.
Exame Físico
C. Ausculta
Se suspeitarmos de fístula arteriovenosa.

D. Provas funcionais
a. Pesquisa de insuficiência vascular (prova de Brodie-
Trendelemburg.
b. Pesquisa de permeabilidade profunda (provas de Perths
e Arruda).
Métodos diagnósticos
 O diagnóstico de varizes de membros inferiores em pacientes
com estase leve (grau I) é clínico, entretanto, quando se sus-
peita que as varizes são secundárias, quando há despropor-
ção entre os sinais e sintomas e o exame físico e quando es-
tamos visando o planejamento cirúrgico de casos seleciona-
dos, indicamos o ecodopler.
Métodos diagnósticos
 O ecodoppler permite o mapeamento funcional do sistema
venoso superficial e determina se há patologia associada no
sistema profundo.
Métodos diagnósticos
 Para o planejamento cirúrgico, é essencial que o examinador
demonstre com clareza os pontos de refluxo:
- se há refluxo pela válvula ostial da safena magna;
- se o refluxo na safena provém de tributárias, mas com
válvula ostial competente;
- se há refluxo detectado na veia safena parva provém de
comunicação com o sistema da magna (Veia de Giacomini);
- se existe refluxo na junção safeno-poplítea;
Métodos diagnósticos
- se as comunicantes (principalmente as mediais da perna)
são as responsáveis pelo refluxo.
- se existe refluxo a partir de tributárias da hipogástrica se
comunicando com o sistema safeno.

A partir destas informações, o cirurgião pode planejar a cirurgia


do modo mais conservador possível.
Tratamento
 O manejo das veias varicosas inclui medidas gerais, suporte
elástico, escleroterapia e cirurgia, opções estas que não são
excludentes e devem ser utilizadas em conjunto para a obtenção
de resultados satisfatórios.
 A elevação intermitente dos membros inferiores, exercícios físicos
aeróbicos orientados, evitar períodos prolongados de ortostatismo
(principalmente nos dias quentes) melhoram o retorno venoso e
aliviam os sintomas.
 O uso de meias elásticas de compressão graduada (média-alta)
extendendo-se ao nível da perna ou coxa alivia quase que
completamente a sintomatologia dolorosa.
Tratamento
 A safenectomia deve ser evitada permitindo a preservação de
grandes segmentos venosos.
 Durante a gestação ou nos pacientes idosos, o tratamento
deve ser conservador.
 Se existir, na gravidez, incompetência grosseira da junção
safeno-femoral, levando a sintomas intensos na perna ou
região vulvar ou ocorrer trombose associada se procede à
ligadura do cajado venoso sob anestesia local.
Complicações
A. Edema (medidas gerais)
B. Hiperpigmentação.
C. Dermatite de estase.
D. Lipodermatoesclerose (assim como a hiperpigmentação e a
dermatite de estase, não mais regride depois de instalada).
E. Úlceras Venosas
F. Varicorragia (compressão e ou ligadura venosa).
Complicações
G. Flebites e tromboflebites superficiais: manifestam-se pela
presença de cordão ou enovelado endurecido, quente,
avermelhado e doloroso em local previamente ocupado por
varizes.
Tratamos com calor local e antiinflamatórios não-hormonais.
Se necessário, procedemos a ligadura do cajado da veia
safena magna.

Anda mungkin juga menyukai