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A INVENÇÃO DO

COTIDIANO
MICHEL DE CERTEAU

BIB 03219 – CULTURA E ARTE POPULAR NO BRASIL


Prof. Me. Ângela Pomatti
Aluna Laura da Silva Tenedini e Vanessa Astigarraga Leão
• Foi um Jesuíta, Historiador e Filósofo francês
• Estudou nas Universidades Grenoble e Lyon,
graduando –se em Línguas Clássicas e Filosofia
• Em 1956 - ordenado como Sacerdote Católico
• Em 1960 - Doutorado em Teologia pela Sorbonne
• Funda a Escola Freudiana em Paris
• 1974 - Invenção do Cotidiano - Vol. 1 - As artes de
Fazer e Vol. 2 – Morar, comer
• Faleceu aos 61 anos em decorrência de um câncer
de pâncreas

MICHEL DE CERTEAU
1925 - 1986
A INVENÇÃO DO COTIDIANO

• Propõe bases para uma outra


compreensão das organizações subjetivas
dentro da configuração cultural instituída
pela sociedade, partindo do princípio e
que uma situação de controle não
paralisa a criatividade humana.
CULTURAS POPULARES
• Uma “arte” brasileira
• “Coronelismo” – a vida com privações tanto econômica quanto culturais do povo
sertanejo

• Expressão cultura religiosa como válvula de escape para o sofrimento – religião


fuga e obediência

• O sertanejo possui uma linguagem e atitudes próprias para fugir da opressão –


crença em Frei Damião

• Não reconhecem o poder legítimo do governo estatal


CULTURAS POPULARES
• A enunciação proverbial
• Análise histórica também pela linguagem, considerando o ato da palavra como
um procedimento de natureza enunciativo, com articulações e intervenções nas
práticas sociais

• Compreende que os métodos de sua pesquisa auxiliam os estudos dos elementos


estruturais na sociedade , sem os quais ela não existiria

• Linguagem cotidiana – os opressores usam técnicas de persuação e


convencimento no seu discurso
CULTURAS POPULARES
• A enunciação proverbial
• “Mesmo das práticas só se há de reter os móveis (instrumentos que se colocam na
vitrine)ou esquemas descritivos (comportamentos quantificáveis , estereótipos
de encenações, estruturas rituais), deixando de lado o inarraigável de uma
sociedade: modos de usar, as coisas ou as palavras segundo as ocasiões. Algo
essencial se joga nessa historicidade cotidiana, indissociável da Existência
dos sujeitos que são atores e autores de operações conjunturais.” (p.82)
CULTURAS POPULARES
• A enunciação proverbial
• Shelburne Museum

• “O inumerável das coisas familiares, polidas, deformadas ou embelezadas pelo uso,


multiplicava também as marcas das mãos ativas e dos corpos laboriosos ou pacientes
de que essas coisas compunham as redes diárias: presença obsessionante de
ausências traçadas em todas as partes.” (p.82)

• Essas práticas são realizadas por sujeitos em diferentes movimentos ou operações,


assim o discurso é marcado por presenças e ausências, por usos de determinadas
estratégias de enunciação, selecionando os elementos de trocas culturais.
CULTURAS POPULARES
• Lógicas: jogos, contos e artes de dizer
• Linguagem está submetida à lógica dos jogos de ações relativos aos tipos de
circunstâncias

• Em cada acontecimento há uma aplicação específica de linguagem e atitudes, a


cada situação e a cada uso os repertórios ficam guardado na memória para serem
usados quando necessários novamente.

• Investigação histórica a partir das práticas de enunciativas sociais


CULTURAS POPULARES
• Lógicas: jogos, contos e artes de dizer
• Retoma o discurso sobre religiosidade do nordestino

• “Uma formalidade das práticas cotidianas vem à tona nessas histórias, que
invertem frequentemente as relações de força e, como as histórias e milagres,
garantem ao oprimido a vitória num espaço maravilhoso, utópico.” (p.85)

• Questiona o lugar da cultura popular dentro da hierarquização social


CULTURAS POPULARES
• Uma prática de dissimulação: a “sucata”
• Para o autor a sucata na sociedade seria como o retorno daquilo que a sociedade descartou e seu
uso uma reintegração do pobre na vida em sociedade

• “Arte de fazer” difere dos modelos predominantes estabelecidos de forma vertical

• “Ao invés de recorrer aos mesmos procedimentos dessa arte, talvez possamos rever tanto a sua
definição como “popular” como também a nossa posição de observadores.” (p.86)

• “Não se dá por acaso que toda a sua cultura se elabora nos termos de relações conflituais ou
competitivas entre os mais fortes e os mais fracos sem que nenhum espaço, nem legendário ou
ritual, possa instalar – se na certeza de neutralidade” (p.86)
CULTURAS POPULARES
• Uma prática de dissimulação: a “sucata”
• “Como vencer hoje a hierarquização social que organiza o trabalho científico
sobre as culturas populares e ali se repete?” (p.87)

• “Não é possível prender no passado, nas zonas rurais ou nos primitivos os


modelos operatórios de uma cultura popular. Eles existem no coração das praças
– fortes da economia contemporânea. Como no caso da sucata , por exemplo. Este
fenômeno se vai generalizando por toda parte, mesmo que os quadros o
penalizem ou “fechem os olhos” para não vê – lo.” (p.87)
CULTURAS POPULARES
• Uma prática de dissimulação: a “sucata”
• “Não apenas as oficinas e os escritórios e repartições , mas os museus e as
revistas eruditas as penalizam ou querem ouvidá – las. As instâncias do saber
etnológico ou folclórico delas retêm apenas objetos físicos ou linguísticos,
etiquetados em lugares de origem e em temas, colocados na vitrina, expostos à
leitura e destinados a disfarçar, sob “valores” camponeses oferecidos à edificação
ou a curiosidade dos citadinos, a legitimação de uma ordem supostamente
imemorial e “natural” por seus conservadores.” (p.88)
CULTURAS POPULARES
• Uma prática de dissimulação: a “sucata”
• “A cultura “popular” seria isto, e não um corpo considerado estranho,
estraçalhado a fim de ser exposto, tratado e “citado” por um sistema que
reproduz, com objetos, a situação que impõe aos vivos.” (p.89)

• “Aparece aí o excesso (desperdício), contestação (a rejeição do lucro) ou delito


(atentado contra a propriedade)” (p.89)
FAZER: USOS E TÁTICAS
REFERÊNCIAS
• CERTEAU, Michel de. Culturas Populares. CERTEAU, Michel de. A Invenção do
Cotidiano: 1 artes de fazer. Petrópolis (RJ): Vozes, 1994. Cap.2 p.75-106
• Shelburne Museum – Disponível em: https://shelburnemuseum.org/about/ Acesso
em 30/set/2017

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