Desequilíbrio Eletrolítico:
Hipermagnesemia e Hipomagnesemia
Discentes: Marcella Ramos de Souza; 21603305.
Paula Christine Feitosa de Castro; 21603306.
Raynah Leticia Feitosa Torres; 21603710.
Yara da Silva dos Reis; 21603303.
Hipomagnesemia
A maioria dos pacientes com hipomagnesemia são assintomáticos e associados
a outros distúrbios, hipocalcemia, hipocalemia o que torna a distinção dos
sintomas difícil. Os principais sistemas associados às manifestações clínicas na
hipomagnesemia são o cardiovascular e neuromuscular.
Hipocalcemia geralmente está presente na hipomagnesemia grave e seu grau
parece estar relacionado à gravidade da depleção de magnésio.
Hiperexcitabilidade neuromuscular pode estar presente com sinais de Chvostek
e Trousseau positivos, convulsões, coma e até mesmo óbito podem ser gerados
pela hipomagnesemia. O efeito mais ameaçador à vida do distúrbio são as
arritmias ventriculares como o Torsades de Pointes.
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Manifestações Clínicas
Hipermagnesemia
Os pacientes com hipermagnesemia moderada (4 - 12,5 mg/dL) podem exibir
sinais e sintomas, incluindo náuseas, vômitos, reflexos tendinosos profundos
abolidos, hipotensão e bradicardia. Já a hipermagnesemia grave (> 12,5-32
mg/dL), pode resultar em insuficiência respiratória, hipotensão refratária,
bloqueio atrioventricular, parada cardíaca e morte.
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Tratamento
Hipomagnesemia
Na vigência de hipocalcemia, sempre deve ser dosada a magnesemia. A
hipomagnesemia aguda deve ser corrigida por via endovenosa com soluções
como o sulfato de magnésio cujas apresentações podem ser a 10, 20 ou 50%.
Cada ampola de sulfato de magnésio a 10% fornece 8,1 mEq de magnésio e a
dose máxima diária de magnésio recomendada é de 48 mEq. Alternativamente,
a administração do sulfato de magnésio pode ser intramuscular.
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Tratamento
Hipomagnesemia
A reposição de magnésio para perdedores crônicos (por exemplo, presença de
ileostomia de alto débito), pode ser feita com o pidolato ou com o cloreto de
magnésio (disponíveis comercialmente) ou com manipulações a base de
carbonato ou óxido de magnésio para uso oral. Um efeito indesejado frequente
é a ocorrência de diarréia.
Tratamento da hipomagnesemia – dose 48 mEq/dia
Sulfato de magnésio 10% - 10 ml (0,81 mEq/ml)
Sulfato de magnésio 20% - 10 ml (1,62 mEq/ml)
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Tratamento
Hipermagnesemia
Os pacientes com hipermagnesemia sintomática grave, devem receber cálcio
por via venosa para reverter os efeitos cardiovasculares e neuromusculares.
Deve-se administrar cloreto de cálcio de 500 - 1000 mg (7,8-13,6 mEq de
cálcio) através de um cateter venoso central durante 5-10 minutos e repetir até
que os sintomas desapareçam. Em casos de pacientes sem acesso venoso
central, administrar 1-3 g de gluconato de cálcio (4,56- 13,7 mEq de cálcio)
com infusão durante 3-10 minutos. Pacientes com hipermagnesemia
assintomática podem ser tratados com restrição de magnésio, diuréticos de alça,
ou hemodiálise.
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Tratamento
Hipermagnesemia
Fármacos que contenham magnésio devem ser evitados em pacientes com
insuficiência renal. Níveis séricos de magnésio devem ser monitorados pelo
menos uma vez por dia durante o tratamento. Monitorização mais frequente dos
níveis séricos de magnésio podem ser necessárias em pacientes sintomáticos,
quando o tratamento mais agressivo é usado (por exemplo, diuréticos de alça,
hemodiálise). A concentração de magnésio no soro deve ser mantida no
intervalo normal (1,5 - 2,4 mg/dL) e hipomagnesemia evitada durante o
tratamento.
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Intervenções de Enfermagem
Hipomagnesemia
O tratamento da hipomagnesemia moderada à grave deve incluir admissão
hospitalar com monitorização hemodinâmica, estado neurológico e eletrólitos
séricos.
Durante o tratamento de reposição, o Magnésio sérico e reflexos tendinosos
profundos devem ser monitorizados cuidadosamente, especialmente em pacientes
com insuficiência renal. Se o paciente se tornar fraco ou perder os reflexos
tendinosos profundos, interromper a infusão imediatamente.
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Intervenções de Enfermagem
Hipermagnesemia
Concentrações de Magnésio devem ser monitorizadas durante a intervenção
terapêutica. Se a concentração não retornar a níveis considerados normais,
correções posteriores podem ser necessárias. Balanço hidroeletrolítico, avaliação
cardíaca e balanço acidobásico também devem ser monitorizados.
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Referencias