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PROGRAMA

Religião: Dimensão moral e sociedade


Ecumenismo e diálogo inter-religioso
Religião, estado laico e democracia
As contribuições da religião para a política:
Doutrina social
INTRODUÇÃO
OS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA RELIGIÃO

 DOUTRINA (crenças): Toda religião tem uma


doutrina (oral ou escrita) sobre a origem, o
sentido e o destino do mundo.

 RITOS (cerimônias): Os ritos, os gestos e os


símbolos são formas de expressão das crenças.

 ÉTICA(leis): cada religião tem consequências para


vida individual e social. Há um conjunto de
normas de como viver como crente.
OS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA RELIGIÃO

COMUNIDADE: a religião tende a forma uma


comunidade. As comunidades podem ser
pessoais ou territoriais.

 RELAÇÃO ESPIRITUAL: cada religião, concebe


e se relaciona com o Tu divino de um modo
específico.
Portanto, as religiões moldam as relações sociais
e culturais, as suas crenças têm consequências
políticas.
HISTÓRIA DAS RELIGIÕES

Hinduísmo (6 a 4000
a. C)

Cristianismo (ano 30)


RELIGIÕES PREDOMINANTES
M
O
N
O
T
E
Í
S
M
O
S
DIVISÕES DO CRISTIANISMO
IMPÉRIO ROMANO
Antes do cristianismo Depois do cristianismo
 Diversidade religiosa  Unicidade religiosa
 Politeísmo – liberdade  Monoteísmo – restrição da
religiosa liberdade religiosa
 Escravidão  Escravidão
 Pederastia
 Só casamentos
 Assassinatos de recém- heterossexuais
nascidos, aborto
 Banhos públicos, jogos,  Fim das diversões públicas
lutas  Hospitais e asilos
 Filosofia pagã  Filosofia cristã
Conclusão:

Uma sociedade ao assumir os valores de uma


religião, suas relações sociais e seu modo de
fazer política se transformam.
A postura religiosa e a postura política estão
interligadas.
Tema 1:

ECUMENISMO E DIÁLOGO INTER-


RELIGIOSO
ECUMENISMO é o reestabelecimento da
união entre as igrejas cristãs. Não se trata da
transformação de todas igrejas numa só. Mas
do diálogo e da comunhão delas no serviço
prestado à sociedade.

ECUMÊNICO: Do mundo todo, universal. Em grego,


“oikoumene” designa a terra habitada.
E teve seu desenvolvimento através das
associações por eles criadas, a partir da
segunda metade do século XIX:
Associação Cristã de Moços e Moças
(Inglaterra e EUA, 1844 e 1854,
respectivamente);
Federação Mundial de Estudantes Cristãos
(1895)
as ligas missionárias (que levaram à criação do
Conselho Missionário Internacional, 1921),
entre outras.
 O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) é a
principal organização ecumênica em nível
internacional, fundada em 1948, em Amsterdam,
Holanda.

O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC)


nasceu no ano de 1982, em Porto Alegre (RS). Sua
criação é fruto de um longo processo de articulação
entre as igrejas Católica Apostólica Romana,
Evangélica de Confissão Luterana no Brasil,
Episcopal Anglicana do Brasil e Metodista.
As instituições membros do CONIC:

Aliança de Batistas do Brasil - ABB


Igreja Católica Apostólica Romana - ICAR
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil - IEAB
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no
Brasil - IECLB
Igreja Presbiteriana Unida – IPU
Igreja Sírian Ortodoxa de Antioquia - ISOA
Os axiomas do diálogo inter-religioso:

1 – Extra ecclesiam nulla salus: A Igreja Católica é o


único meio de salvação (Cipriano, séc. III).
2 – Extra christum nulla salus: Cristo é o único meio
de salvação. (Ecumenismo).
3 – Extra deum nulla salus: Deus é o único meio de
salvação (Diálogo inter-religioso).
4 – Extra charitatem nulla salus: O amor é o único
meio de salvação (Diálogo com o ateísmo).
Tema 2:

RELIGIÃO, ESTADO LAICO E


DEMOCRACIA
ESPAÇO DA RELIGIÃO
 No período colonial e imperial, o Brasil possuía uma
religião oficial que era o catolicismo. Ela era um
elemento cultural e político que unia o espaço privado
e o público.
 O artigo 5º da Constituição de 1824, por exemplo,
afirmava que a religião imperial era o catolicismo, às
demais religiões permitia-se apenas o culto doméstico,
sem nenhuma exteriorização.
 Já na Constituição de 1894, no artigo 72, parágrafo 3º,
lê-se que todos os indivíduos e confissões religiosas
poderiam exercer seus cultos livremente e
publicamente.
DIVERSIFICAÇÃO RELIGIOSA NO BRASIL
A presença protestante que se dedicou ao
trabalho proselitista começou na década de
1850. Congregacionais, presbiterianos,
metodistas, batistas e episcopais implantaram
missões no território brasileiro antes do final
do século XIX (p. 154).
LIBERDADE DE CULTO
Há liberdade de crença e de culto, assim como
a proteção do espaço e da expressão religiosa
(CF 88, 5, VI);
Assistência religiosa nos locais de internato
sejam as instituições civis e militares (VII);
Nenhum cidadão pode ter seus direitos
negados por motivo de crença;
O cidadão não pode utilizar a crença para se
eximir de obrigações legais;
O Estado não pode promover culto, não
impedir a sua realização e nem manter
dependência ou aliança com alguma religião.
O Estado não pode instituir impostos sobre os
cultos (150, 6, b);
O Ensino Religioso deve ser oferecido pelas
escolas públicas, mas a matrícula é facultativa
ao aluno (210).
As escolas confessionais com finalidade não-
lucrativa podem receber recursos públicos
(213).
Se o Estado não pode promover culto significa
que dentro dos espaços e dos serviços
públicos não pode existir preferência
confessional.
A religião e o Estado não podem estabelecer
aliança para promoção mútua,
principalmente, se envolver apenas um
segmento religioso.
Portanto, o espaço do religioso é na esfera
privada.
ÉTICA

 As religiões possuem valores morais que


podem entrar em choque com as posições de
parcelas da sociedade;

 A religião pode também entrar em conflito


com o próprio Estado quando este assumir
valores contrários ao consenso geral (ou à
ética).
Tema 3:

AS CONTRIBUIÇÕES DA RELIGIÃO PARA


A POLÍTICA: DOUTRINA SOCIAL
DOUTRINA SOCIAL

 Muitas igrejas possuem um conjunto de princípios éticos que


regem a prática social e política. É chamada doutrina social ou
credo social.
 A moral cristã sempre teve uma posição sobre ética social e
política. Mas os documentos modernos tiveram início da
Revolução Industrial na segunda metade do século XIX.

 Analisaremos três doutrinas sociais: a) Presbiterianismo; b)


Metodismo; c) Catolicismo.
DOUTRINA SOCIAL NO PROTESTANTISMO

 A influência dos ideiais do iluminismo foi marcante nas igrejas


evangélicas que vieram para o Brasil no século XIX.
 1932: Pastores participaram do Manifesto “Memorial –
dirigido aos crentes Evangélicos de todo o Brasil”, que visava
preparar os crentes para participar nas eleições para a
Constituinte.
 Escola Dominical, 1948: “O cristianismo é contra a opressão e
a favor da colaboração, da igualdade, da fraternidade, da
união. Quando falta o cristianismo prático, ainda que haja o
teórico e formal, o terreno está preparado para que a
opressão germine.”
 Ao ser organizado o Conselho Mundial de Igrejas
(CMI), em 1948, debateu-se a tese da “sociedade
responsável”, conclamando a Igreja a exercer, em
obediência ao Senhor, papel fundamental na
renovação da sociedade.
I – DOUTRINA SOCIAL NO PRESBITERIANISMO

Princípios do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do


Brasil (1962):
 Incentivo à participação em partidos políticos e
sindicatos;
 “Clamar contra a injustiça, a opressão e a corrupção, e
tomar a iniciativa de esforços para aliviar os sofrimentos dos
infelicitados por ma ordem social iníqua, colaborando,
também, com aqueles que, movidos por espírito de temor a
Deus e respeito à dignidade do homem, busquem esses
mesmos fins, assim como aceitando sua colaboração.” (164).
 “Lutar pela preservação e integridade da
família e pela integração de grupos
marginalizados pela ignorância e
analfabetismo, pelos vícios, pelas doenças e
pela opressão.”
 “Defender [...] a dignidade do trabalho, quer
manual quer intelectual.”
 “Fazer a proclamação profética incessante dos
princípios éticos e sociais do Evangelho de modo que
sejam denunciados todos os erros dos poderes
públicos.”
 “Defender a necessidade de mais eqüitativa
distribuição das riquezas, inclusive da propriedade de
terra, e advertir [...] aqueles cujo enriquecimento
seja fruto da exploração do próximo.”

(BRASIL PRESBITERIANO. Órgão oficial da Igreja


Presbiteriana do Brasil.)
I – DOUTRINA SOCIAL NO METODISMO

 “O documento Credo Social (CS) expressa a


doutrina social da Igreja Metodista no Brasil e
evidencia com clareza a existência de uma
teologia que acentua a responsabilidade social
da Igreja, convidando-a para viver
integralmente o Evangelho de Jesus, com
todos os riscos que isso representa. Ela chama
a Igreja à presença pública, e não somente
visibilidade social.” (p. 112).
I – DOUTRINA SOCIAL NO METODISMO

O Credo Social Metodista foi aprovado em


1960.
“7º - A Igreja Metodista considera, na presente
situação do país e do mundo, como de particular
importância para sua responsabilidade social o
discernimento das seguintes realidades:
e) A pobreza de imenso contingente da família
humana, fruto dos desequilíbrios econômicos e
estruturas sociais injustas.
“f) As excessivas disparidades culturais, sociais e
econômicas negam a justiça e põem em
perigo a paz.
g) É injusto aumentar a riqueza dos ricos e o
poder dos fortes, confirmando a miséria dos
pobres e oprimidos. É preciso combater a
discriminação, as injustiças sociais e libertar o
homem da pobreza.”
III - DOUTRINA SOCIAL NO CATOLICISMO

A DSI foi disponibilizada no Compêndio da Doutrina


Social da Igreja de 2055 e contém esses princípios:
1. Respeito pela Pessoa Humana
2. Promoção da Família
3. Proteção dos Direitos de Propriedade
4. Trabalho pelo Bem Comum
5. Princípio da Subsidiariedade
6. Respeito pelo Trabalho e pelo Trabalhador
7. Busca da Paz e Cuidado com os Pobres
DIREITO DA PESSOA HUMANA

 “A relação entre Deus e o homem reflete-se na dimensão


relacional e social da natureza humana.” “A fé cristã, ao
mesmo tempo em que convida procurar em toda a parte
o que é bom e digno do homem”.

 Direitos: Igualdade, liberdade, igualdade entre o


“masculino” e o “feminino” (146), as pessoas deficientes
têm direitos (148), os valores dos direitos humanos
(152).
DIREITO DE PROPRIEDADE

 A DSI reconhece o direito da propriedade privada,


mas toda posse tem uma função social.
 É dever do cidadão que as propriedades sejam
produtivas.
 A distribuição dos bens com os pobres não é ação de
caridade, mas de justiça.
 Os bens se destinam a todos os seres humanos.
PRINCÍPIO DO BEM COMUM

 É responsabilidade de todo ser humano assegurar


para que todos tenham a sua perfeição atingida com
o acesso irrestrito aos bens necessários.
 A busca do bem comum em nível econômico e de
harmonização da sociedade é obrigação de todos.
 O bem comum exige a realização da justiça entre os
setores da sociedade.
PRINCÍPIO DO SUBSIDIARIDADE

 Segundo este princípio deve-se respeitar a liberdade


e proteger a vitalidade dos corpos sociais
intermédios, associações espontâneas da sociedade.
 O Estado não deve interferir no corpo social e na
sociedade civil além do necessário.
 O Estado deve exercer atividade supletiva quando o
corpo social, por si, não consegue ou não tem meios
de promover determinada atividade.
 O Estado deve interferir para equilibrar as relações
sociais e evitar a injustiça.
PRINCÍPIO DO SOLIDARIEDADE

 Todos os cidadãos são responsáveis por todos e por


cada um, buscando benefiá-los e não explorá-los.
 Dever do rico: “Aqueles que contam mais, dispondo
de uma parte maior de bens e de serviços comuns,
hão de sentir-se responsáveis pelos mais fracos e
estar dispostos a compartilhar com eles o que
possuem.”
 Dever do pobre: “os mais fracos, na mesma linha de
solidariedade não devem adotar um atitude
meramente passiva ou destrutiva do tecido social;
mas, embora defendendo os seus direitos legítimos,
fazer o que lhes compete para o bem de todos.”
REFERÊNCIAS:

CREDO SOCIAL. In: Cânones da Igreja Metodista –


1998. p 51,52.
SOUZA, Silas Luiz. PENSAMENTO SOBRE AÇÃO
SOCIAL NO PROTESTANTISMO BRASILEIRO. CIÊNCIAS
DA RELIGIÃO – HISTÓRIA E SOCIEDADE, v. 9, n. 1,
2011, p. 147-170.
VATICANO. COMPÊNDIO DA DOUTRINA SOCIAL DA
IGREJA. Roma, 2005.

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