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QUINHENTISMO (SÉC.

XVI)
Os nossos primeiros escritos, no século XVI,
principalmente se destinavam à descrição da nova terra
e à apresentação das informações sobre o contato com
os habitantes nativos do Brasil – literatura de informação
– e à catequização – literatura de catequese -, ou seja,
tinham caráter informativo, documental e religioso.
Alguns jesuítas que vieram ao Brasil nessa
época também nos legaram cartas, tratados
descritivos, crônicas históricas, entre outros
documentos, cujo teor estava sempre
relacionado à catequese, à missão de difundir a
crença religiosa do colonizador.
QUESTÕES

• Assinale o tópico correto a propósito da literatura informativa no Brasil. Ela representa:


• a) o conjunto de relatos de viajantes e missionários europeus sobre a natureza e o
homem brasileiros.
• b) história dos jesuítas que aqui estiveram no século XVI.
• c) as obras escritas com a finalidade de catequese do indígena.
• d) os poemas do padre José de Anchieta.
• e) os sonetos de Gregório de Matos.
A Carta de Pero Vaz de Caminha • De acordo com o texto acima, assinale V (Verdadeiro) e F (Falso).

Num dos trechos de sua carta a D. Manuel, Pêro Vaz de Caminha descreve como foi • a) Pêro Vaz de Caminha, um dos escribas da armada portuguesa, escreve para o
o contato entre os portugueses e os tupiniquins, que aconteceu em 24 de abril de Rei de Portugal, D. Manuel, relatando como foi o contato entre os portugueses e
os tupiniquins. ( )
1500:
• b) Em (…) E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao
“O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés de uma alcatifa Capitão; nem a ninguém, fica implícito que os tupiniquins desconheciam hierarquia
por estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, muito grande, ao pescoço (…) ou categoria social lusitanas. ( )
Acenderam-se tochas. E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar
• c) O trecho (…) e acenava para a terra e novamente para as contas e para o
ao Capitão; nem a ninguém. Todavia um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer colar do Capitão, como se davam ouro por aquilo. Isto tomávamos nós nesse
acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos sentido, por assim o desejarmos, evidencia que havia problemas de comunicação
que havia ouro na terra. E também olhou para um castiçal de prata, e assim mesmo entre portugueses e tupiniquins. ( )
acenava para a terra, e novamente para o castiçal, como se lá também houvesse prata! • d) Nada, na embarcação portuguesa, pareceu despertar o interesse dos
(…) Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem, folgou muito tupiniquins. ( )
com elas, e lançou-as ao pescoço, e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e
• e) Os tupiniquins, bastante comunicativos, falaram aos marinheiros que havia
acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se muita riqueza na terra descoberta. ( )
davam ouro por aquilo. Isto tomávamos nós nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas
se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto não queríamos nós entender, • Assinale a alternativa que possui a sequência correta.
por que não lho havíamos de dar! E depois tornou as contas a quem lhas dera. E então • a) V – V – V – F – F
estiraram-se de costas na alcatifa, a dormir sem procurarem maneiras de esconder suas
• b) V – V – V – V – F
vergonhas, as quais não eram fanadas; e as cabeleiras delas estavam raspadas e feitas. O
Capitão mandou pôr por baixo de cada um seu coxim; e o da cabeleira esforçava-se por • c) F – V – V – F – F
não a estragar. E deitaram um manto por cima deles; e, consentindo, aconchegaram-se e • d) F – F – V – V – F
adormeceram”.
• e) V – V – F – F – F
(COLEÇÃO BRASIL 500 ANOS, Fasc. I, Abril, SP, 1999.)

Vocabulário: Alcatifa – tapete, carpete; Fanadas – murchas; Coxim – almofada que


serve de assento.
TEXTO I Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta
de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da
pouco começaram a vir mais. E parece-me que viriam, este dia, leitura dos textos, constata-se que
à praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles
traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou a) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das
por qualquer coisa que lhes davam. […] Andavam todos tão bem- primeiras manifestações artísticas dos portugueses
dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a
agradavam. estética literária.
CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento). b) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos
pintados, cuja grande significação é a afirmação da
TEXTO II arte acadêmica brasileira e a contestação de uma
linguagem moderna.
c) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o
olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a
pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos
nativos.
d) as duas produções, embora usem linguagens
diferentes – verbal e não verbal –, cumprem a mesma
função social e artística.
e) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de
grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo
momentos histórico, retratando a colonização.
PORTINARI, C. O descobrimento do Brasil. 1956. Óleo sobre tela, 199 x 169 cm
Disponível em: www.portinari.org.br. Acesso em: 12 jun. 2013. (Foto: Reprodução)
BARROCO
FINAL DO SÉCULO XVI E MEADOS DO SÉCULO XVIII (1580 A 1756)
• As manifestações barrocas
foram produzidas
principalmente no século XVII,
revelando como característica
essencial a tensão entre
matéria e espírito, razão e
emoção, perdão e pecado.
Consciente da efemeridade do
tempo, ou seja, de que a vida é
frágil e se esvai rapidamente, o
ser humano se vê num dilema:
ou aproveita intensamente a vida
material ou se entrega
plenamente à vida espiritual.
O BARROCO REPRESENTOU UMA
REAFIRMAÇÃO DO IMAGINÁRIO SACRO

São características da literatura barroca o jogo


de ideias, explorando as sutilezas do raciocínio e
do pensamento lógico, o rebuscamento formal, o
jogo de palavras e o uso intenso de linguagem
figurada.
• Na pintura barroca, buscou-se
uma iluminação mais teatral,
intensificou-se a dramaticidade
das imagens, os gestos se
tornaram mais expressivos e
complexos, realçou-se cada
movimento.
• Gregório de Matos Guerra estudou
no Colégio dos Jesuítas em Salvador
e, depois, em Coimbra, Portugal,
formou-se em Direito. Foi destituído
dos cargos públicos devido as suas
sátiras e por se recusar a vestir o
hábito sacerdotal. Envolveu-se em
intrigas e perseguições, o que lhe
custou a deportação para Angola.
• Seus poemas satíricos
ridicularizavam religiosos,
zombavam dos mestiços,
atacavam seus desafetos
pessoais e políticos,
motivo que o levou a ser
conhecido como “O Boca
do Inferno”.
QUESTÃO
Quando Deus redimiu da tirania Com uma elaboração de linguagem e uma visão de
Da mão do Faraó endurecido mundo que apresentam princípios barrocos, o soneto
O Povo Hebreu amado, e esclarecido, de Gregório de Matos apresenta temática expressa por
Páscoa ficou da redenção o dia.
a. visão cética sobre as relações sociais.
Páscoa de flores, dia de alegria b. preocupação com a identidade brasileira.
Àquele Povo foi tão afligido c. crítica velada à forma de governo vigente.
O dia, em que por Deus foi redimido; d. reflexão sobre os dogmas do cristianismo.
Ergo sois vós, Senhor, Deus da Bahia. e. questionamento das práticas pagãs na Bahia.

Pois mandado pela alta Majestade


Nos remiu de tão triste cativeiro,
Nos livrou de tão vil calamidade.

Quem pode ser senão um verdadeiro


Deus, que veio estirpar desta cidade
O Faraó do povo brasileiro.
DAMASCENO, D.(Org.). Melhores poemas: Gregório de Matos. São Paulo: Globo, 2006.
ARCADISMO
SÉC. XVII, 1756 A 1825
•Valorização do cotidiano e
Os pastores, 1851, de •Exaltação da natureza da vida simples, pastoril e
William Holman Hunt
ARCADISMO no campo (bucolismo)

•Crítica à vida nos centros


•Modelo clássico •Linguagem simples
urbanos
•Temas simples: amor,
•Utilização de
•Objetividade vida, casamento,
pseudônimos
paisagem
ARCADISMO

•Aurea Mediocritas
•Fugere Urbem (fugir da •Inutilia Truncat (cortar o
(mediocridade áurea/vida
cidade) inútil)
comum)
ARCADISMO
•Tomás Antônio Gonzaga (Dirceu).
Poemas Satíricos. Cartas Chilenas.
Poesia Lírico-Amorosa. Marília de
Dirceu.

•Cláudio Manuel da Costa (Glauceste


Satúrnio). Poema Épico. Vila Rica.
Poesia. Obras Poéticas.

AUTORES
•Inácio José de Alvarenga Peixoto (Eureste Fenício).
Poesia Lírico-Amorosa. Obras Poéticas – destaque para
os poemas Bárbara Heliodora e Estela e Nize.

•Frei José de Santa Rita Durão: Poema Épico. Caramuru.

•Manuel Inácio da Silva Alvarenga (Alcindo Palmireno).


Poema Heroico-Cômico. O Desertor das Letras. Poesia
Lírico-Amorosa. Glaura.

•José Basílio da Gama (Termindo Sepílio). Poema Épico.


O Uraguai.
[Dirceu e Marília]

“É bom, minha Marília, é bom ser dono Dormindo um leve sono em teu regaço.
De um rebanho, que cubra monte e prado; Enquanto a luta jogam os pastores,
Porém, gentil pastora, o teu agrado E emparelhados correm nas campinas,
Vale mais que um rebanho e mais que um trono. Toucarei teus cabelos de boninas,
Graças, Marília bela, Nos troncos gravarei os teus louvores.
Graças à minha estrela! Graças, Marília bela,
Os teus olhos espalham luz divina, Graças à minha estrela!
A quem a luz do sol em vão se atreve;
Papoula ou rosa delicada e fina GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de
Te cobre as faces, que são cor da neve. Dirceu, Rio de Janeiro: Ediouro.
Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
Teu lindo corpo bálsamos vapora.
Ah! Não, não fez o céu, gentil pastora,
Para glória de amor igual tesouro!
Graças, Marília bela,
Graças à minha estrela!
Irás a divertir-te na floresta,
Sustentada, Marília, no meu braço;
Aqui descansarei a quente sesta,
Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os
No Enem
elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale a
opção correta acerca da relação entre o poema e o momento
Torno a ver-vos, ó montes; o destino
histórico de sua produção.
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe,
Pelo traje da Corte, rico e fino.
são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o
poeta se vestiu com traje “rico e fino”.
Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
b) A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido
Vendo correr os míseros vaqueiros
entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade
Atrás de seu cansado desatino.
da terra da Colônia.
c) O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento
Se o bem desta choupana pode tanto,
estético do Arcadismo que evidencia a preocupação do poeta
Que chega a ter mais preço, e mais valia
árcade em realizar uma representação literária realista da vida
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,
nacional.
Aqui descanse a louca fantasia,
d) A relação de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, na
E o que até agora se tornava em pranto
terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a condição
Se converta em afetos de alegria.
histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia sobre a
Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos Metrópole.
inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9. e) A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil
Colônia está representada esteticamente no poema pela
referência, na última estrofe, à transformação do pranto em
alegria.

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