representativa e pluralista, assente numa Constituição democrática, e as funções governativas são atribuídas a órgãos representativos baseados em sufrágio directo e periódico dos cidadãos. O Poder Político Nos termos da actual Constituição, a República Portuguesa, é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democrática e no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais, que tem por objectivo a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento de democracia participativa Após a Revolução dos Cravos
A revolução de 25 de Abril de 1974 foi levada a cabo pelo MFA
(Movimento das Forças Armadas), que posteriormente entregou o poder a uma Junta de Salvação Nacional (JSN) (órgão revolucionário presidida pelo General António de Spínola) O objetivo declarado era o da rutura com o regime autoritário e corporativo anterior e o da consequente instauração de um regime democrático.
O processo revolucionário conheceu várias fases:
•1ª fase — de 25 de Abril a 11 de Março 1975: a confusão e indefinição iniciais do regime; •2ª fase — de 11 de Março 1975 a 25 de Novembro de 1975: as nacionalizações e o clima de pré-guerra civil; •3ª fase — de 25 de Novembro de 1975 em diante: a imposição e consolidação de um regime democrático pluralista com tendências descentralizadoras. Após a Revolução dos Cravos
Foram vários os textos constitucionais que serviram de
inspiração ao legislador constituinte português de 1976. • A Constituição alemã de 1949 (o catálogo dos direitos fundamentais); • A Constituição francesa de 1958 (os específicos contornos da figura do Presidente da República); • A Constituição italiana de 1947 (o reconhecimento da autonomia regional); • As constituições dos países de Leste (os direitos económicos, sociais e culturais) e ainda; • Genericamente, as constituições portuguesas anteriores. Constituição da República Portuguesa Os principais princípios orientadores: • Princípio republicano (art. 1º) • Princípio do Estado de Direito (art. 2º) • Princípio democrático (art. 2º) • Princípio da soberania popular (art. 3º) • Princípio da separação de poderes (art. 111º) • Princípio da autonomia regional (art. 6º) O Poder político A organização do poder político em Portugal tem a sua previsão constitucional espelhada nos artigos 108.º a 111.º da Constituição da República Portuguesa (CRP).
“o poder político pertence ao povo e é exercido nos
termos da Constituição”
“são órgãos de soberania o Presidente da República, a
Assembleia da República, o Governo e os Tribunais.” PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA
Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa
Nasceu em 12 de dezembro de 1948.
É católico
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa com a
classificação de dezanove valores.
Doutorado em Ciências Jurídico-Políticas
Professor Catedrático de nomeação definitiva em 1992, por unanimidade.
QUE FAZ O PRESIDENTE DA REPÚBLICA?
1)- O Presidente da República é o Chefe do Estado. Assim, nos termos da
Constituição, ele "representa a República Portuguesa", "garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas" e é o Comandante Supremo das Forças Armadas.
2)- No relacionamento com os outros órgãos de soberania, compete-lhe,
no que diz respeito ao Governo, nomear o Primeiro-Ministro
3)- Uma das competências mais importantes do Presidente da
República no dia-a-dia da vida do País é o da fiscalização política da atividade legislativa dos outros órgãos de soberania O PRIMEIRO MINISTRO
nasceu em Lisboa em 1961.
É licenciado em Ciências Jurídico-Políticas pela
Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, Pós-graduado em Estudos Europeus pela Universidade Católica de Lisboa e Advogado.
Foi Deputado à Assembleia da República entre 1991 e 2004.
QUE FAZ O PRIMEIRO MINISTRO? -) Dirigir a política geral do Governo, coordenando e orientando a ação de todos os Ministros
-) Dirigir o funcionamento do Governo e as suas relações de carácter geral
com os demais órgãos do Estado
-) Informar o Presidente da República acerca dos assuntos respeitantes à
condução da política interna e externa do país Os tribunais Os tribunais
Artigo 202.
Os tribunais são os órgãos de soberania com competência para administrar a
justiça em nome do povo.
Categorias de tribunais Além do Tribunal Constitucional, existem as seguintes categorias de tribunais:
a) O Supremo Tribunal de Justiça e os tribunais judiciais de primeira e de
segunda instância;
b) O Supremo Tribunal Administrativo e os demais tribunais administrativos