CINESIOTERAPIA II
DOCENTE: KALLINE CAMBOIM
REEDUCAÇÃO SENSÓRIO MOTORA
Sistema nervoso é um mecanismo sensitivo-motor
Sensibilidade é a função pela qual o organismo recebe
informações do ambiente externo indispensáveis à conservação
da funcionalidade do indivíduo.
O sucesso da reabilitação depende da eficiência da percepção e
da utilização das informações sensoriais.
Movimento,
Sistema Sistema motricidade,
habilidade,
nervoso muscular coordenação
motora
RECEPTORES SENSORIAIS
A sensibilidade do corpo baseia-se na ativação de
terminações nervosas (receptores), distribuídos na
pele, e em estruturas profundas, músculos,
articulações, vasos e vísceras.
Os receptores são órgãos sensoriais especializados ,
que transformam o estimulo mecânico, térmico,
químico ou elétrico em mensagens aferentes.
Classificadas em exteroceptivas, proprioceptivas e
interoceptores.
Exteroceptores : dor superficial, frio, calor e tato.
Proprioceptores: sensibilidade cinética, postural,
dor profunda e vibratória. Fornecem informações
sobre a posição e os movimentos da cabeça no espaço,
estado de tensão de músculos e tendões, posição da
articulação, força muscular e outros movimentos e
posições do corpo.
Interoceptores: informam o que se passa dentro do
organismo. Termorreceptores (calor e frio) e
nociceptores (dor).
Sensibilidade muscular
Estruturas:
Fuso muscular
OTG
FUSO NEUROMUSCULAR
SISTEMA
ARTICULAR
PROPRIOCEPÇÃO
Segundo Magill (1984) “a propriocepção é usada para indicar o
sentido de posição e movimento do corpo, e de partes do
corpo, assim como as forças e as pressões no corpo ou em suas
partes.
e velocidade, bem como a tensão relativa dentro dos tendões.
É a aferência neural para o SNC, que vem dos receptores de
cápsulas, ligamentos, músculos, tendões e pele.
Classificação da propriocepção
Consciente (córtex cerebral) : informação que
chega ao córtex cerebral e que permite que saibamos
como está o segmento no espaço
Inconsciente (arco reflexo): imperceptível e
que tem seus trajetos corticais específicos, realizada
pelo fuso muscular (ex: contração muscular).
A simples restauração da
ADM e da força
muscular são suficientes
para devolver a
estabilidade para as
articulações?
INTEGRAÇÃO DO CONTROLE MOTOR
NO SNC
O objetivo da reabilitação é retreinar as vias aferentes
alteradas para ampliar o controle neuromuscular.
Para isso, deve-se hiperestimular os receptores
articulares e musculares, incentivando uma máxima
descarga aferente para o SNC.
RESTABELECIMENTO DA PROPRIOCEPÇÃO E
DO CONTROLE NEUROMUSCULAR
A reabilitação proprioceptiva leva a uma melhora da
aferência perdida (ou diminuída) através de 2 fatores:
Ampliação da sensibilidade dos mecanorreceptores
intactos;
Aumento do número de mecanorreceptores
estimulados na articulação;
OBJETIVOS DO TREINAMENTO
NEUROMUSCULAR
Incentivar a co-contração (agonistas e antagonistas),
Atingir a estabilidade dinâmica,
Trabalhar consciência corporal, dar noção de esquema
corporal, evitar recidivas da lesão,
Fazer com que o paciente sinta como está seu segmento em
relação ao espaço.
Restaurar as AVDs e as habilidades específicas do esporte
(em caso de atletas), fazendo com que o paciente retorne a
seus níveis funcionais anteriores à lesão.
Promover independência funcional
PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS
Deve-se iniciar assim que uma cicatrização adequada
tenha ocorrido. Parâmetros como força, ADM e dor
não podem ser descartados.
Progressivo e gradual, iniciando com atividades
simples (apoio bipodal, andar, subir degraus) e
progredir para atividades motoras complexas (saltos,
corridas com mudança de direção, superfícies
instáveis).
Cada paciente terá seu ritmo, que dependerá,
também, do objetivo da reabilitação (prática
esportiva).
Fases do Treinamento Proprioceptivo
Fase I = Estabilização Estática
Implica em movimento articular mínimo; deve seguir
um programa de atividades em CCA, com ADM
ativa quase total. Inicia-se com apoio bipodal, com
distribuição de peso para o membro lesado. A
evolução chega a apoio unipodal (membro lesado) e
utilização de superfícies intáveis (giroplano,
almofadas, etc).
É importante trabalhar com e sem estímulo visual e
com atividades que retirem a concentração do
paciente -bolas, faixas, etc
Fase II = Estabilização de Transição
Inicia-se trabalho com alteração da angulação articular (mudança
na angulação das faixas elásticas e/ou agachamentos). Aqui
também deve-se iniciar com apoio bipodal e evoluir para
unipodal. Nos agachamentos é importante trabalhar
transferência de peso em todas as direções