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POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA: ANÁLISE DE

UMA POLÍTICA DE ENFRENTAMENTO AO RACISMO INSTITUCIONAL

Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do grau Bacharel,


Curso de Enfermagem, Setor de Ciências da Saúde, Universidade Federal do
Paraná.
Acadêmica Thais Caroline Mendes de Souza
Profa. Dra. Karla Crozeta
introdução

(Insituto Baobá, 2015)


introdução
Diante INSTITUCIONAL
RACISMO do exposto, e– DEFINIÇÃO
da necessidade dessa política ter sido
elaborada, a questão norteadora desse ensaio teórico é:
“[...] o fracasso
“Quais das de
estratégias instituições
gestão parae organizações
o combate ao em prover um
racismo
serviço profissional
institucional e adequado
foram às pessoas
implementadas em virtude
no estado de sua cor,
do Paraná,
cultura,segundo
origem bases
racialdeoudados
étnica. Ele se manifesta
científicas e livres?”.em normas,
práticas e comportamentos discriminatórios adotados no cotidiano do
trabalho, os quais são resultantes do preconceito racial, uma
atitude que combina estereótipos racistas, falta de atenção e
ignorância. Em qualquer caso, o racismo institucional sempre coloca
pessoas de grupos raciais ou étnicos discriminados em situação de
desvantagem no acesso a benefícios gerados pelo Estado e por demais
instituições e organizações”
(BRASIL, 2015)
Objetivo
Avaliar as estratégias de gestão implementadas no estado do
Paraná, no que tange ao Racismo Institucional.
Revisão de literatura

“Campo do conhecimento que busca, ao mesmo tempo, ‘colocar o governo


em ação’ e/ou analisar essa ação
DO (variável
MITO DA independente) e,quando
POLÍTICAS
ORIGEM DA
necessário, propor mudanças no rumo ou curso dessas ações (variável
DEMOCRACIA PÚBLICAS DE
DESIGUALDADE
dependente). A formulação de políticas públicas constitui-se no DA
RACIAL AO PROMOÇÃO
estágio em queNO
RACIAL os governos democráticos traduzem seus propósitos e
RACISMO IGUALDADE
plataformas eleitorais em programas e ações que produzirão resultados
BRASIL
ou mudanças no mundo real.” INSTITUCIONAL RACIAL

(SOUZA,
(AUTORA,2006)
2017)
Metodologia
CICLO DE
POLÍTICA
AVALIAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DE
PROBLEMAS

CONFORMAÇÃO
DE AGENDA FORMULAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO
DE POLÍTICA
PÚBLICA

A coleta de dados ocorreu em bases científicas (Portal da CAPES e Biblioteca


Virtual em Saúde), e não científicos (IBGE, PNAD, MS, CNS, CONSEPIR, CES) e a
abordagem da análise incluiu dados quali e quantitativos, disponíveis em
acervos públicos (avaliando fatores influenciam a implementação).
SECCHI, 2010
METODOLOGIA •A política é adequada aos termos legais para
que seja validada;
•Visualizaram-se problemas ou falhas que
impediram sua efetivação, tanto em outras
IMPLEMENTAÇÃO fases, quanto nela própria;
•Pretende-se executar um conjunto de ações que
torne as formulações em ações concretas, em
resultados passíveis de mensuração.

4.Apoio de grupos de
1. Objetivos
interesse
3. Competência Técnica
2. Estrutura legalmente dos responsáveis pela
enquadrada implementação
5. Mudanças no
contexto socio

(SERAFIM; DIAS, 2012)


METODOLOGIA
Avalia os resultados da política já implementada, o
AVALIAÇÃO que se pode mensurar de várias formas distintas a
eficácia de uma política.

Quais são os componentes da política?

Quais ações atingem o público alvo?

Quais objetivos realmente são implementados?


Resultados e discussão – implementação
1. Objetivos

O objetivo geral da política é promover a saúde integral da


população negra, priorizando a redução das desigualdades
étnico-raciais, o combate ao racismo e à discriminação nas
instituições e serviço do SUS (2009).
Resultados e discussão – implementação
2. Estrutura legalmente enquadrada

Constituição
CES 1988
Artigo
Plano 3º objetivos
Estadual de Saúdeda República Federativa do Brasil: promoção do bem de
(PES)
todos, livre de preconceitos de raça, sexo, cor idade e/ou outras formas de
CONSEPIR
discriminação. Relações internacionais:” princípios do repúdio ao terrorismo e
ao racismo.
Portaria nº 992 em 13 de maio de 2013;
Lei nº. 8080/90;
PNS 2016-2019
III Plano Operativo 2017-2019 Acesso da População Negra às Redes de Atenção à Saúde;
Promoção e Vigilância em Saúde; Educação Permanente em Saúde e Produção do Conhecimento em
Saúde da População Negra; Fortalecimento da Participação e do Controle Social e Monitoramento e
Avaliação das Ações de Saúde para a População Negra.”
Resolução nº 614/2010 - Grupo de Trabalho Executivo: “subsidiar o avanço da equidade
na Atenção à Saúde da População Negra”
Resultados e discussão – implementação
3. Competência Técnica dos responsáveis pela implementação

Curso virtual em modalidade de Ensino a Distância (EaD) denominado


Capacitação nas regionais
Módulo Multidisciplinar dede saúde.
Saúde Integral da População Negra.

A UNA-SUS, cabe ressaltar, foi instituída em 2010, sob o Decreto Nº


7.385, com o objetivo de realizar capacitação e educação permanente
de profissionais de saúde, visando sanar seus problemas diários na
atuação no SUS.

RACISMO DE MARCA X RACISMO DE ORIGEM


CONSELHO NACIONAL DE •Comissão Intersetorial de Políticas de Promoção

Resultados e discussão – implementação


SAÚDE (CNS) da Equidade| Rede Lai Lai Apejo

4.Apoio•Rede Amazônia
de grupos Negra (RAN),
de interesse
•União de Negros pela Igualdade (UNEGRO),
•Movimento Negro Unificado (MNU),
•Rede Nacional de Negras e Negros Lésbicas,
CONSELHO NACIONAL DE Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais (REDE
AFRO LBGT),
PROMOÇÃO DA
•Articulação de Organizações de Mulheres Negras
IGUALDADE RACIAL Brasileiras (AMNB),
•Coordenação Nacional de Articulação das
Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ)
•Associação Brasileira de Pesquisadores(as)
Negros(as) (ABPN).

MINISTÉRIO DA SAÚDE •Comitê Técnico de Saúde da População Negra


•Rede de Mulheres Negras do Paraná

Resultados e discussão – implementação


CONSELHO ESTADUAL DE
•Instituto Sorriso Negro dos Campos Gerais
•Centro Cultural Humaita;
•Dom da Terra AfroLGBT;
SAÚDE (CNS)
•Instituto
4.Apoio Cultural
de grupos e de Pesquisas;
de interesse
•Ilu Aye Odara;
•Associação Cultural de Negritude e Ação Social
(ACNAP).

CONSELHO ESTADUAL DE •Plano Estadual de Políticas Públicas de


PROMOÇÃO DA IGUALDADE Promoção da Igualdade Racial do Paraná –
RACIAL 2017/2019

•Comissão de Igualdade Racial e de Gênero para


atuar em casos de crimes de racismo e injúria
racial, e também cumpre o papel de prestar
orientação jurídica sobre temas ligados à
JUDICIÁRIO promoção e proteção dos direitos sociais,
culturais, civis e políticos, bem como sobre a
participação plena e igualitária em todos os
aspectos da sociedade
Resultados e discussão – implementação
5. Mudanças no contexto socioeconômico
Resultados e discussão – avaliação
Quais são os componentes da política?

A SGEP promoveu em setembro de 2017, uma reunião técnica de


“Avaliação da Implementação da Política Nacional de saúde Integral
da população Negra: indicadores de monitoramento e avaliação”, a
intenção foi construir indicadores para o monitoramento e
avaliação da PNSIPN. (BRASIL, 2017)
No Estado do Paraná o CES lançou seu relatório de gestão
2016, com as metas referentes às capacitações sobre a PNSIPN
alcanças, ou seja, aconteceram nas 22 regionais de saúde. Assim
como seminários, conversas técnicas e encontros. (BRASIL, 2016).
Resultados e discussão – avaliação
Quais ações atingem o público alvo?

Seminários Realizados pela SESA sobre a temática da saúde da


população negra envolveram cerca de 1000 pessoas;

Capacitações técnicas para profissionais e sociedade civil:

●Seminário Tereza de Benguela sobre prevenção das infecções


sexualmente transmissíveis na população negra, com 40 horas e 320
participantes;

●06 capacitações técnicas, totalizando 100 horas, com 460


participantes.
META: Implantar o Programa Nacional de Anemia Falciforme em 05

Resultados e discussão – avaliação


Regionais de Saúde, com o objetivo de possibilitar o acesso e
melhorar a qualidade dos serviços do cuidado às áreas
inclusivas no âmbito do SUS (população negra, indígena, pessoas
privadas de liberdade, população
Quais objetivos realmenteem
sãosituação de rua, migrante,
implementados?
acampados e assentados e outros).
• Videoconferências com as 22 Regionais de Saúde, cuja temática
foi Saúde da População Negra e o Programa Nacional de Anemia
Falciforme com 49 participantes, dos 84 profissionais das
áreas técnicas de 21 Regionais de Saúde.
• Envio para 22 Regionais de Saúde, para materiais técnicos,
educativos e de orientação para profissionais e comunidade,
recebidos do MS, sobre os temas População em Situação de Rua,
Povos do Campo e da Floresta e Saúde da População Negra. Além
da participação da SESA numa Roda de Conversa para estudantes
de áreas da saúde que debateu a saúde da população negra, com
recorte para população quilombola.
Resultados e discussão – avaliação EVENTOS |
CAPACITAÇÃO DENÚNCIAS
REUNIÕES

REUNIÕES
UNA-SUS DISQUE 136
TÉCNICAS

REGIONAIS DE SEMINÁRIOS
SOS RACISMO
SAÚDE TEMÁTICOS
Considerações finais
“O racismo se constitui como elemento central a ser superado
para garantir à população negra igualdade perante os não-
negros. Ainda que existam políticas públicas de promoção da
igualdade racial, seja a própria PNPIR ou a PNSIPN, ou ainda,
Plano Operativo, PNS, PES, e instâncias como CNS, CONPIR,
CES, CONSEPIR se faz necessário priorizar o combate ao
racismo, pois ele é o determinante e condicionante das
condições de vida da população negra.”
Considerações finais
“É por meio da discussão sobre a temática racial que poderá
se superar o racismo, pois se passaram apenas 129 anos de
abolição da escravidão, contra 388 anos de um regime que não
considerava o negro como ser humano. Por isso, qualquer
tentativa de desmerecer a importância do debate dessa
temática, evidencia o desconhecimento da história do país, e
dos povos que o compõe, além de dificuldades de realizar
análise de conjuntura da condição da população negra dentro
da sociedade brasileira comparada à branca, e incapacidade do
reconhecimento das barreiras impostas a uma em detrimento dos
privilégios da outra.”
Considerações finais
“A intersetorialidade entre os Poderes Executivo,
Legislativo, Judiciário e a sociedade civil constituem uma
estratégia relevante na superação dos racismos e na
implementação de fato das políticas de promoção da igualdade
racial, capaz de mudar a realidade de forma concreta.”
Referências
ADORNO, R. C.F.; ALVARENGA, A. T., VASCONCELLOS, M. P. Quesito cor no sistema de informação em saúde. Estud. AV, vol.18, n.50, 2004.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142004000100011. Acesso em 20 de maio de 2017.
ALMEIDA, M.V.B, SOUSA, M.F. Análise da política nacional de saúde integral
da população negra, 2006-2011 Revista Tempus Actas de Saúde Coletiva, vol.5, n4, 2011. Disponível em:
http://www.tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/1066. Acesso em 22 de maio de 2017.

ARAÚJO, L; RODRIGUES, M. L. Modelos de análise das políticas públicas. Sociologia, Problemas e Práticas, n. 83, 2017. Disponível em
http://spp.revues.org/. Acesso em 02 novembro 2017

BAIRROS,L.III Conferência Mundial contra o racismo.Rev. Estud. Fem, vol.10, n.1, 2002. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
026X2002000100010 Acesso em 20 de maio de.2017

BRASIL. Lei n. 3270 de 28 de setembro de 1885, decreto n. 9517 de 14 de novembro de 1885, aprovando o regulamento para nova matricula dos
escravos menores de 60 anos de idade, arrolamento especial dos de 60 anos em diante e apuração da matricula em execução. Disponível em:
http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/179463. Acesso em 10 setembro de 2017.

BRASIL. Lei nº 3.353, de 13 de maio de 1888. Decreta extinta a escravidão no Brasil. Publicado em Coleções de Leis do Império.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e
o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF,20 set. 1990. Seção 1, p.
1.8055

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico, Brasília, v. 48, n. 4. 2017. Disponível em:
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/fevereiro/17/Indicadores-de-Vigilancia-em-Saude-descritos-segundo-ra--a-cor.pdf. Acesso
em 13 de Outubro de 2017. (boletim epidemiológico)
Referências
SECCHI, L. Políticas Públicas Conceitos, Esquemas de Análise, Casos Práticos. n.,v., p., 2010. Disponível em:<>. Acesso em.

SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, ano 8, n. 16, julho/dezembro de 2006. Porto Alegre. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/soc/n16/a03n16.pdf. Acesso em 08 de Outubro de 2017.

TOKARNIA, Mariana. Educação reforça desigualdades entre brancos e negros, diz estudo. Agência Brasil. Publicado em 18 de novembro de 2016.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-11/educacao-reforca-desigualdades-entre-brancos-e-negros-diz-estudo.
Acesso em 15 de Outubro de
2017. (agência Brasil)

WERNECK, J. Racismo institucional e saúde da população negra. Saude soc. 2016, vol.25, n.3, pp.535-549. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1590/s0104-129020162610>. Acesso em 22 de outubro.

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