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1. Antecedentes da Convenção de Viena
1.1. UNIDROIT
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1.3. CNUDCI
Em 1966 foi criada a CNUDCI (Comissão das Nações Unidas sobre Direito de
Comércio Internacional) com o propósito de promover uma ampla adesão às
convenções de Haia.
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2. Características e objectivos da Convenção de Viena
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Art.1º:
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3. Delimitação do âmbito espacial de aplicação da Convenção
3.1.1. Requisitos de aplicação espacial:
• Carácter internacional dos contratos de compra e venda
Art.1º/1:
“A presente Convenção aplica-se aos contratos de compra e venda de
mercadorias celebrados entre partes que tenham o seu estabelecimento em
Estados diferentes”
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• Os Estados sejam subscritores da Convenção
Art.1º/1 a):
“ Quando estes Estados sejam Estados contratantes”
Esta incerteza é substituída pela aplicação de uma única lei uniforme a que
ambos os países se vincularam.
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• Regras de Direito Internacional Privado levem à aplicação da
lei de um Estado contratante
Art.1º/1 b):
“Quando as regras de direito internacional privado conduzam à aplicação da
lei de um Estado contratante.”
Esta alínea vale para os casos em que pelo menos uma das partes não tem
estabelecimento num Estado contratante.
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O art.1º/1 b) provocou contestações com fundamento no facto de que basear
a aplicabilidade da convenção em regras de direito internacional privado iria
frustrar o principal objectivo da convenção: certeza legal (jurídica).
Art.95º
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Efeitos da escolha de se fazer, ou não, a reserva do art.95º
Hipótese:
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Se as regras de conflito de o Estado A apontassem para o Estado B, o Estado A
aplicaria a lei interna do Estado B.
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Se, perante o direito internacional privado de o Estado contratante do foro,
que subscreveu a reserva do art.95º, for competente a lei do foro, a
Convenção não se aplica.
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Caso de Portugal:
Exemplo:
É celebrado um contrato de venda de mercadorias entre uma sociedade
estabelecida em França e uma sociedade estabelecida em Portugal. As partes
designam o direito francês para reger o contrato. A sociedade francesa tem
uma pretensão de indemnização por incumprimento do contrato por parte da
sociedade portuguesa, junto de um tribunal português. Perante o direito de
conflitos português, é competente o direito francês. Na ordem jurídica
francesa vigora a Convenção e, embora uma das partes tenha
estabelecimento num Estado não contratante, o direito internacional privado
francês remete para a lei francesa. Por conseguinte, a Convenção de Viena é
aplicável por força do art.1º/1 b). O tribunal português deve aplicar as regras
da Convenção enquanto regras aplicáveis ao caso na ordem jurídica francesa.
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• A não aplicação da Convenção quando as partes têm
estabelecimentos em Estados diferentes, sendo que tal facto
não ressalta do contrato, das transacções ou das informações
trocadas entre as partes (art.1º/2)
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• Irrelevância da nacionalidade das partes e da natureza civil ou
comercial das partes ou do contrato para efeitos de
determinação do âmbito espacial (art.1º/3)
Objectivo:
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3.1.2. Requisitos de aplicação material
Art.2º:
“ A presente Convenção não regula as vendas:
a) De mercadorias compradas para uso pessoal, familiar ou doméstico, a
menos que o vendedor, em qualquer momento anterior à conclusão do
contrato ou na altura da conclusão deste, não soubesse nem devesse saber
que as mercadorias eram compradas para tal uso;
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b) Em leilão;
c) Em processo executivo;
d) De valores mobiliários, títulos de crédito e moeda;
e) De navios, barcos, hovercraft e aeronaves;
f) De electricidade.”
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Exemplo:
Um vendedor, que vende equipamento fotográfico no Estado A, aceita uma
encomenda do comprador, residente do Estado B, de equipamento fotográfico
complexo do tipo que é normalmente usado por profissionais. Numa
controvérsia por causa da venda, quando o vendedor invoca a Convenção, o
comprador evidencia que comprou o equipamento para uso pessoal, visto ser
ele um amador.
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Art.2º b) – Exclusão de vendas em leilão:
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Art.2º e) – Exclusão de vendas de navios, barcos, hovercraft e aeronaves:
Esta alínea deve ser lida sem fazer qualificações. Embarcações de recreio,
como barcos à vela e barcos de remo, caem fora do âmbito da Convenção.
• Contratos mistos
Art.3º:
“ São considerados de compra e venda os contratos de fornecimento de
mercadorias a fabricar ou a produzir, a menos que o contraente que as
encomende tenha de fornecer uma parte essencial dos elementos materiais
necessários para o fabrico ou produção.
2. A presente Convenção não se aplica aos contratos nos quais a parte
preponderante da obrigação do contraente que fornece as mercadorias
consiste num fornecimento de mão-de-obra ou de outros serviços.”
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Excluem-se os contratos de fornecimento de mercadorias que se aproximam
de uma prestação de serviços ou de um contrato de trabalho (art.3º).
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Questões de grau:
O facto de o crómio ser necessário para a produção do bem não leva, por si
só, à exclusão desta venda.
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• Restrição da regulação da Convenção a questões de formação
do contrato e direitos e obrigações das partes
Art.4º:
“ A presente Convenção regula exclusivamente a formação do contrato de
compra e venda e os direitos e obrigações que esse contrato faz nascer entre
o vendedor e o comprador. Salvo disposição expressa em contrário da
presente Convenção, esta não diz respeito, em particular:
a) À validade do contrato ou de qualquer das suas cláusulas, bem como à
validade dos usos;
b) Aos efeitos que o contrato pode ter sobre a propriedade das mercadorias
vendidas.”
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Matérias excluídas da Convenção:
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• Sobressai deste artigo a ideia presente na Convenção de Haia de 1964, um
dos antecedentes da Convenção de Viena: a separação entre duas
matérias. Por um lado, a venda de mercadorias, propriamente dita; por
outro, a formação do contrato de venda de mercadorias.
• Tal significa que os Estado podem optar por não ficarem vinculados às
regras convencionais relativas à formação do contrato (parte II) ou às
obrigações das partes (parte III).
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• Exclusão da responsabilidade do vendedor pela morte ou
lesões corporais causadas pelas mercadorias (art.5º)
Art.5º:
“ A presente Convenção não se aplica à responsabilidade do vendedor pela
morte ou lesões corporais causadas pelas mercadorias a quem quer que
seja”
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• Possibilidade de as partes excluírem, derrogarem ou
modificarem as disposições da Convenção (art.6º).
Art.6º:
“As partes podem excluir a aplicação da presente Convenção ou, sem prejuízo
do disposto no artigo 12º, derrogar qualquer das suas disposições ou
modificar-lhe os efeitos.”
Pode haver exclusões ou modificações implícitas. Tal não tem de ser expresso.
Exemplo:
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Visto que os lugares de estabelecimento de ambas as partes são em Estados
contratantes, o art.1º/1 a) determina que a Convenção se aplica a não ser que
as partes tenham acordado excluir a sua aplicação (art.6º).
Contratos ambíguos:
Num contrato determina-se que este será regulado pela lei do Estado X. Se o
Estado X aderiu à Convenção surge a questão de saber se as partes, com esta
afirmação, pretendiam invocar a Convenção ou a lei interna do Estado X.
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Não há nenhuma disposição que se refira à questão de saber se as partes
podem fazer com que a Convenção se aplique a contratos que caem fora do
âmbito dos artigos 1º a 5º.
A Convenção não regula os efeitos dos contratos que saem do seu âmbito de
aplicação. Assim, a aplicação da Convenção depende inteiramente do
contrato.
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Disposições gerais (Capítulo II)
Art.7º:
“ 1. Na interpretação da presente Convenção ter-se-á em conta o seu carácter
internacional bem como a necessidade de promover a uniformidade da sua
aplicação e de assegurar o respeito da boa fé no comércio internacional.
2. As questões respeitantes às matérias reguladas pela presente Convenção e
que não são expressamente resolvidas por ela serão decididas segundo os
princípios gerais que a inspiram ou, na falta destes princípios, de acordo com
a lei aplicável em virtude das regras de direito internacional privado.”
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“Carácter internacional e uniformidade”:
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Interpretação da Convenção para promover a boa fé no comércio
internacional:
Esta disposição foi adoptada com vista ao compromisso entre dois pontos de
vista divergentes:
Foi decidido que a disposição sobre a boa fé não devia ser confinada à
formação do contrato e não devia ser imposta em termos gerais, mas sim
devia ser restrita a um princípio para interpretar a Convenção.
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Preenchimento de lacunas: princípios gerais versus lei estadual (art.7º/2):
Art.8º:
“1. Para os fins da presente Convenção, as declarações e os outros
comportamentos de uma parte devem ser interpretados segundo a intenção
desta quando a outra parte conhecia ou não podia ignorar tal intenção.
2. Se o parágrafo anterior não for aplicável, as declarações e outros
comportamentos de uma parte devem ser interpretados segundo o sentido
que lhes teria dado uma pessoa razoável, com qualificação idêntica à da
contraparte e colocada na mesma situação.
3. Para determinar a intenção de uma parte ou aquilo que teria
compreendido uma pessoa razoável, devem ter-se em conta todas as
circunstâncias pertinentes, nomeadamente as negociações que possa ter
havido entre as partes, as práticas que se tenham estabelecido entre elas, os
usos e todo e qualquer comportamento ulterior das partes.”
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O nº 1 é construído sob a abordagem subjectiva: os comportamentos de uma
parte devem ser interpretados segundo a intenção desta, mas só quando a
outra parte conhecia ou não podia ignorar tal intenção.
Mas a maior parte dos problemas de interpretação serão regulados pelo nº2,
que segue uma abordagem objectiva: os comportamentos de uma parte
devem ser interpretados segundo o sentido que lhes teria dado uma pessoa
razoável, colocada na mesma situação.
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Interpretação à luz de circunstâncias circundantes:
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3. Relevância dos usos e práticas das partes (art.9º)
Art.9º:
“ 1. As partes estão vinculadas pelos usos em que consentiram e pelas
práticas que entre elas se estabeleceram.
2. Salvo convenção em contrário das partes, entende-se que estas
consideram tacitamente aplicáveis ao contrato, ou à sua formação, todo e
qualquer uso de que tinham ou devessem ter conhecimento e que, no
comércio internacional, seja largamente conhecido e regularmente observado
pelas partes nos contratos do mesmo tipo, no ramo comercial considerado.”
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Segundo o art.9º/1 o comportamento de uma parte (A) em transacções
passadas pode criar a expectativa na contraparte (B) de que A vai-se vincular
a um futuro contrato. A não ficará vinculado se notificar B de que houve
alterações antes de B entrar num novo contrato.
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A Convenção dá efeito aos usos somente se, numa base objectiva, constituir
uma parte das expectativas contratuais das partes.
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Exemplo: um uso determina uma altura ou um local para a entrega ou uma
altura para a transferência do risco que difere das regras dos arts.31º,33º, 67º
da convenção.
Qual deles é aplicável?
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4. Pluralidade e ausência de estabelecimento (art.10º)
Art.10º:
“ Para os fins da presente Convenção:
a) Se uma parte tiver mais de um estabelecimento, o estabelecimento a
tomar em consideração é aquele que tiver a relação mais estreita com o
contrato e respectiva execução, tendo em vista as circunstâncias
conhecidas das partes ou por elas consideradas em qualquer momento
anterior à conclusão do contrato ou na altura da conclusão deste;
b) Se uma parte não tiver estabelecimento, revela para este efeito a sua
residência habitual.”
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Exemplo: um vendedor tem um estabelecimento tanto no Estado A como no
Estado B. O comprador tem um estabelecimento no Estado B.
O art.10º assenta na ideia de que uma das partes (como uma sociedade)
tenha múltiplos estabelecimentos localizados em vários Estados e que a
selecção do respectivo estabelecimento se baseia na relação com um
contrato individual de compra e venda.
O art.10º deve ser aplicado com base no especial papel que desempenha em
determinar a aplicabilidade da Convenção.
Vários artigos da Convenção (24º, 31º, 42º, 69º) mostram que este termo
refere-se a um local de contínua condução de negócios.
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5. Forma do contrato (artigos 11º, 12º e 13º)
Art.11º:
“O contrato de compra e venda não tem de ser concluído por escrito nem de
constar de documento escrito e não está sujeito a nenhum outro requisito de
forma. O contrato pode ser provado por qualquer meio, incluindo a prova
testemunhal.”
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Art.12º:
“ Qualquer disposição dos artigos 11º e 29º ou da segunda parte da presente
Convenção que permita uma forma diversa da forma escrita, para a
conclusão, modificação ou extinção por acordo de um contrato de compra e
venda, ou para qualquer proposta contratual, aceitação ou outra
manifestação de intenção, não se aplica desde que uma das partes tenha o
seu estabelecimento num Estado contratante que tenha feito uma declaração
nos termos do artigo 96º da presente Convenção. As partes não podem
derrogar o presente artigo nem modificar-lhe os efeitos.”
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Art.96º:
“ Qualquer Estado contratante cuja legislação exija que os contratos de
compra e venda sejam concluídos por escrito ou constem de documentos
escritos, pode declarar em qualquer momento, de acordo com o artigo 12º,
que qualquer disposição dos artigos 11º e 29º, ou da segunda parte da
presente Convenção, que permita uma forma diversa da forma escrita para a
conclusão, modificação ou extinção por acordo dum contrato de compra e
venda, ou para qualquer proposta contratual, aceitação ou outra
manifestação de intenção, se não aplica desde que uma das partes tenha o
seu estabelecimento nesse Estado.”
Exemplo:
O vendedor, do Estado S, afirma que ele e o comprador, do Estado B,
acordaram na venda de um tractor. Este acordo não revestiu forma escrita. O
Estado B requer a forma escrita e fez uma declaração ao abrigo do art.12º e
96º, rejeitando o art.11º. O Estado S não requer a forma escrita nem
nenhuma outra formalidade.
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O vendedor enviou o tractor ao comprador, cujo estabelecimento se localiza
no Estado B, que fez a reserva de o acordo ter a forma escrita. O comprador
recusou receber o tractor e pagar com base no facto de o alegado acordo não
ter a forma escrita. O vendedor processou o comprador no Estado B. Na
ausência de outros factos parece que o tribunal, no Estado B, recusa a
pretensão do vendedor.
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Art.13º:
“ Para os fins da presente Convenção, o termo “escrito” abrange as
comunicações enviadas por telegrama ou por telex.”
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