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CONTEÚDOS:
- TIRE DE LETRA
Como são feitas as refeições no Brasil?
Churrasco: Não há churrasco igual ao feito no Rio Grande do Sul – pelo menos
segundo os gaúchos. Os mais tradicionalistas abominam rodízio (ou espeto corrido)
e torcem o nariz para bufê de salada. Para eles, a farinha de mandioca é a melhor
companhia para a carne. Também não têm interesse pelo filé-mignon - suas
preferências são a costela e a picanha. Muitas churrascarias de Porto Alegre servem,
à la carte, carnes de boi, porco, carneiro e galeto no espeto, temperadas só com sal
grosso, que impede o ressecamento e garante sabor e maciez.
Feijoada: Presente em cardápios de todo o país e famosa até no exterior, ela faz jus ao
título de prato nacional. Embora existam muitas versões da receita, prevalece a servida
na cidade do Rio de Janeiro, onde surgiu o primeiro registro do termo "feijoada". Na
panela, acrescido de carne-seca, paio, linguiça, lombo, costela, pé, orelha e rabo de
porco, o feijão-preto rende um saboroso e consistente caldo, servido com arroz,
laranja, torresmo e couve (em diversos lugares, também com linguiça frita e banana à
milanesa). Antes de ir para o fogão, as carnes precisam ser dessalgadas, processo que
deve começar pelo menos um dia antes do cozimento.
Carne de sol: Um banquete de carne de sol inclui sempre feijão-
verde, macaxeira, farofa dágua, pirão de leite e vinagrete. Mas não se
deixe enganar pelo nome do ingrediente principal: a carne salgada
descansa previamente na geladeira ou em câmara fria, e não no sol,
que a deixaria mais dura e desidratada, originando a famosa carne-
seca. Extraída de coxão mole ou duro, a peça é assada na grelha ou
frita na manteiga de garrafa.
Tucupi: Principal ingrediente da cozinha do Pará, o tucupi é extraído do suco da raiz da
mandioca-brava, que precisa ser fervido demoradamente para perder o venenoso ácido
cianídrico. No último estágio adicionam-se chicória, alfavaca e sal. É no equilíbrio entre esses
temperos e o tempo de fervura que se obtém o líquido fundamental na receita do pato no
tucupi. No tacacá, um caldo inspirado na culinária indígena, o tucupi dá um toque na
combinação entre goma de mandioca, camarão seco, pimenta-de-cheiro e jambu
Acarajé: Chamado de acará na língua iorubá, o bolinho de feijão-
fradinho, frito em azeite de dendê, é recheado com vatapá, camarão
seco e vinagrete. Paladares desacostumados devem responder "Não" à
pergunta "Com pimenta?", repetida pelas baianas nas barracas
de Salvador. As melhores ficam no Farol da Barra, e costumam
aparecer por lá à noitinha.
Frango ao molho pardo: Antes de ir à mesa, a ave guisada (ensopada) e em pedaços é
acrescida do próprio sangue, colhido no momento do abate e misturado ao vinagre para não
coagular. O resultado é um molho escuro - daí o nome do prato. Em Portugal, de onde a
receita foi trazida, se chama "galinha à cabidela", e a técnica de preparo com sangue
estende-se a aves como pato, ganso e marreco. Na cozinha mineira, o frango aparece em
outras duas receitas tradicionais, com folhas de ora-pro-nóbis e com quiabo.
Peixes do Pantanal: De carne consistente, o pintado pode ser saboreado
grelhado, à urucum (com creme de leite, leite de coco, molho de tomate e
mussarela), ensopado com mandioca, no prato conhecido como mojica de
pintado. Já o dourado solta as espinhas se for assado lentamente. Do pacu se
comem as longas costelas fritas (ventrechas). E a piraputanga é assada na
brasa e servida sem espinhas.
Moqueca capixaba: Carro-chefe da maioria dos restaurantes da costa
do Espírito Santo, a moqueca capixaba é feita na tradicional panela de
barro - comprada, de preferência, na Associação das Paneleiras de
Goiabeiras, em Vitória. Nela, cozinha-se um bom filé de peixe em
molho à base de tomate, coentro, cebola, cebolinha, azeite e urucum.
Em muitos locais, camarões e outros frutos do mar também entram no
preparo. Levado à mesa na panela fumegante, o prato é acompanhado
de pirão, moqueca de banana e arroz.
Cozinha açoriana Enraizada em Santa Catarina, a cozinha açoriana
ganhou novas feições em 1777, quando os espanhóis
invadiram Florianópolis e forçaram os imigrantes a fugir para outros
pontos do litoral. Na Baía de Itapocorói, atual Penha, o contato com os
índios ampliou o alcance dessa culinária, baseada em peixes, frutos do
mar e temperos como pimenta e coentro. A farinha de mandioca, tão
indígena, foi parar no pirão. A tradição reza que as postas de peixe
devem ser servidas em um recipiente de barro, de boca larga,
chamado alguidar.
Arroz com pequi: A culinária goiana é semelhante à mineira, mas também tem suas peculiaridades.
Entre elas, a mais famosa é o pequi, uma fruta típica do cerrado que já fazia parte do cardápio dos
índios da região, e que foi incorporada às receitas dos bandeirantes que desbravaram o Estado. Uma
das maneiras mais goianas de preparar o pequi é cozinhando-o com arroz. Ele fica amarelinho e com
cheiro e sabor bem característicos. É preciso ter cuidado ao comer o pequi, já que a semente do fruto
contém milhares de pequenos espinhos em seu interior. Para saboreá-lo, basta roer sua superfície
com cuidado, retirando a polpa e descartando o caroço, sem mordê-lo.
NÚMEROS E NUMERAIS
Exemplos:
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim,
quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas
palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns
exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena.
FLEXÃO DOS NUMERAIS
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam
centenas de duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas,
etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em número: milhões, bilhões,
trilhões, etc. Os demais cardinais são invariáveis.
Os numerais ordinais variam em gênero e número: