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A ERA FHC

Alunos:
Ana Paula Borges Gonçalves
Carolina Curitiba
Jéssica Diniz Cuzzuol
Matheus Bernades
Mirelle Francesca Barcelos
Ravennie Santos Oliveira
Thaís Dalapicola Feliciano
Thaís Martins de Pinho
Thamiris Salles dos Santos

Turma: 3M4
Eleição Presidencial
Brasileira de 1994
FHC sucedeu Itamar Franco a eleição de 1994 foi a
segunda eleição direta após o regime militar e foi
a quarta realizada após a Constituição de 1988. O
candidato Fernando Henrique Cardoso, amparado
por uma coligação que incluía alguns dos maiores
partidos da época (PSDB) (PFL) (PTB) – foi eleito
em primeiro turno com cerca de 54% dos votos
válidos. Em segundo lugar, ficou Luiz Inácio Lula
da Silva do Partido dos Trabalhadores (PT) com
quase 27% dos votos. Éneas Carneiro, presidente
do Partido de Reedificação da Ordem Nacional
(PRONA), veio em terceiro lugar, com mais de 4
milhões de votos (mais de 7% do total). Esta foi a
ultima eleição presidencial a fazer o uso de
cédulas eleitorais.
Lula aparecia como candidato preferido à
presidência nas pesquisas de opinião,
entretanto, a implantação do Plano Real no
governo de Itamar Franco pelo Ministério da
Fazenda, chefiado por FHC, alavancou a
candidatura deste, pois o plano foi o mais
bem sucedido em reflexo aos planos Collor,
Cruzado, Bresser e Verão, e conseguiu,
gradativamente, terminar a crise econômica
que assolava a economia brasileira desde o
declínio do Milagre econômico brasileiro em
1974, com a Segunda Crise do Petróleo.
As Privatizações do Governo
FHC
   Foi no governo FHC que surgiram as privatizações, que é
o processo de venda de uma empresa ou instituição do setor
público para uma empresa privada. A privatização foi
importante na atração de capitais estrangeiros, e foi criada
para pagar parte da dívida interna do país, para possibilitar
os investimentos que o Estado não conseguia mais viabilizar
e para melhorar a qualidade dos produtos e
serviços.  Segundo o governo federal, de 1991 a 1998 o país
teria arrecadado 85 bilhões de reais com as privatizações,
mas, cálculos mostram que o governo perdeu pelo menos 87
bilhões com as privatizações.
   Embora tenha produzido um abatimento contábil na dívida
interna, a privatização aumentou a dívida externa do país.
Por exemplo, com os empréstimos contraídos no exterior por
empresas privadas que compraram estatais. Além da dívida
externa, cresce também o passivo externo do país: quando
uma estatal é vendida para proprietários estrangeiros, os
novos donos remetem lucros e dividendos para o exterior.  A
remessa de lucros e dividendos  para o exterior triplicou: de
9 bilhões de dólares, no período de 1981 a 1990, para 27,3
bilhões de dólares no período de 1991 a 1999.
  Além disso, as ex-estatais passaram a comprar dos
fornecedores habituais dos novos proprietários
que eram estrangeiros, o que aumentou as
importações e, portanto, o déficit comercial. As
controladoras estrangeiras vendem no mercado
interno brasileiro (em reais) mas compram dos
seus fornecedores habituais no exterior (em
dólares). Muitas empresas privadas também
foram vendidas para controladores estrangeiros,
com um resultado similar ao das privatizações:
mais remessa de lucros e mais importações.
   Com a abertura comercial (desde 1990) e com o
dólar valorizado (desde 1994), o país gerou um
déficit comercial acumulado de 23,5 bilhões de
dólares durante o primeiro mandato de Fernando
Henrique Cardoso (1995 a 1998). Estas
importações foram possíveis graças ao fluxo de
capitais estrangeiros: o consumo presente (em
reais) foi “financiado” por uma dívida futura (em
dólares).  
A inundação de importados, somada aos altos
juros, levou um grande número de empresas ao
fechamento ou ao “ajuste”: demissões,
ampliação de jornada, “flexibilização” de direitos
e redução salarial.
   Grande parte do capital estrangeiro que entrou
no Brasil destinou-se à especulação e à
aquisição de patrimônio já existente, não
resultando, portanto, em novo investimento e
crescimento econômico. O governo brasileiro
incentivou o chamado investimento estrangeiro
direto, por meio de subsídios e renúncias fiscais.
Bancos públicos emprestaram dinheiro para que
empresas estrangeiras comprassem nossas
estatais.
   Na chamada guerra fiscal, governos estaduais
emprestam dinheiro, doam terrenos e concedem
isenção de impostos, para atrair empresas
sediadas em outras unidades da federação,
beneficiando também empresas estrangeiras.
 Acontece que a maior parte das empresas beneficiárias
orienta suas vendas para o mercado interno (que não
gera dólares), ao mesmo tempo que aproveita os
recursos públicos para especular e aumentar sua
margem de lucro. Mas o governo estudou a adoção de
maiores incentivos às exportações: as empresas
exportadoras (turbinadas por subsídios públicos)
venderiam ao Estado (a preço de mercado) os dólares
obtidos na exportação, tornando-se detentoras de
títulos públicos e, portanto, credoras do mesmo
Estado que as subsidiou.
  O efeito agregado dessas políticas foi: crise social,
desemprego e outras medidas concentradoras de
renda, além da redução dos investimentos públicos.

Principais empresas privatizadas: Vale do Rio Doce,


Embraer, Telebrás, Embratel
O Esvaziamento do Estado

De acordo com o Ministério do Trabalho, “terceirização é a


contratação de serviços por meio de empresa,
intermediária entre o tomador de serviços e a mão-de-
obra, mediante contrato de prestação de serviços”. Não é
de hoje que essa forma de contrato toma conta de nossa
máquina pública. Trata-se da principal consequência da
política adotada ao longo do governo do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, cujos efeitos no
funcionalismo público sentimos até hoje.
A terceirização é o câncer da máquina pública. Ele se
estabelece na forma de precarização dos serviços, na
medida em que essa forma de contrato se desvia de sua
maior finalidade: garantir a eficiência para reduzir custos
de mão-de-obra. Além de nociva à Administração, a
prática é também dispendiosa, onerosa, uma vez que
resulta em diminuição da qualidade do serviço,
decorrente da falta de empenho dos terceirizados no
exercício das atribuições. 
 “ENXUGAMENTO” DA MÁQUINA PÚBLICA
O modelo neoliberal de gestão administrativa,
implementado a partir do início da década de 1990,
preconizava a redução do funcionalismo em função de
diversos fatores, entre os quais, a ineficiência do
quadro administrativo, o que era avaliado como
função de um conjunto de fatores de desestímulo à
otimização do trabalho dos servidores públicos. A
burocratização, a hierarquização e a morosidade eram
itens presentes na lógica corporativa do funcionalismo
estatal. Após décadas sucessivas de políticas
patrimoniais que se expressaram no interior da
máquina pública através da ampliação do nepotismo e
do empreguismo, a construção de um corpo funcional
eficiente e meritocraticamente preparado para o
exercício pleno das funções atribuídas aos cargos
específicos foi minada, tornando efetivos e estáveis
funcionários “fantasmas” e incompetentes, o que
gerou problemas operacionais que refletiram em
morosidade, falta de qualidade dos serviços,
privilégios e altos gastos públicos, sem entretanto, a
contrapartida na ampliação da qualidade dos serviços
ou do número de atendimentos.
Quanto mais inchada a máquina governamental com
funcionários de livre indicação, entrados na malha
burocrática sem a execução de concursos públicos,
maiores as dificuldades de controle dos gastos
governamentais e menor a capacidade proporcional de
fazer frente às, cada vez maiores, demandas sociais.
Embora o paradigma burocrático, preponderante no
interior do Estado desde a década de 1930, preveja a
escolha meritocrática como forma regular de seleção
de servidores, da mesma forma como se previa na Carta
de 1988, que exige o concurso público para a escolha
do funcionalismo estatal, inúmeras formas de
flexibilização dos preceitos constitucionais foram
colocadas em ação pelos diversos governos, no sentido
da ampliação desmesurada de cargos comissionados e
de livre indicação, burlando os preceitos normativos
burocráticos pressupostos. Essa lógica sem dúvida
prejudicou por décadas o funcionamento dos
mecanismos administrativos do Estado, dando
oportunidade para a disseminação do discurso anti-
estatista, fundado na Anais do Evento
Apagão Elétrico
A crise do apagão foi uma crise nacional
ocorrida no Brasil, que afetou o
fornecimento e distribuição de energia
elétrica. Ocorreu nos dois últimos anos
do governo de Fernando Henrique
Cardoso, em 2001 e 2002, sendo causado
por falta de chuvas, que deixaram várias
represas vazias, impossibilitando a
geração de energia, e falta de
planejamento e investimentos em
geração de energia.
O Tribunal de Contas da União (TCU)
mostrou que o apagão elétrico ocorrido
em 2001 e 2002 gerou prejuízo real de R$
45,2 bilhões, quando descontava a
inflação no período.
A analise do TCU mostrou também que 60%
dos custos com o apagão foram pagos
pelo consumidor, por meio de reajustes
tarifários. O restante, porém, ficou por
conta do Tesouro Nacional, que saldou a
dívida com as distribuidoras de energia.
Os Programas Sociais
FHC assentou milhares de famílias do MST ! Como:
Vale-Escola, vale-gás e outros. Depois "unificaram"
tudo e virou bolsa-família no governo seguinte. O
plano de estabilização da moeda, ou seja inflação a
baixíssimo nível (era de 80% ao mês) foi o maior
dos programas sociais de FHC. Todos sabemos que
o maior inimigo do assalariado é a inflação.

O maior programa social do governo FHC foi acabar


com hiper-inflação, pois o povo morria de fome e
não havia como ajudar. Pois imagine um tempo,
onde os preços de mercadorias e comidas
chegavam a mudar duas ou três vezes ao dia. Você
olhava um pacote de macarrão, ia até o fundo do
super-mercado, e quando voltava o macarrão
estava com preço diferente, bem maior.
O governo de FHC era para colocar o país para a frente, fazendo o
povo melhorar seu nível de vida, trabalhar, ganhar dinheiro e se
desenvolver, sem necessidade de "programas sociais". Os ganhos
sociais do governo FHC ficaram comprometidos por alguns
indicadores ruins. Um deles é o desemprego, que cresceu nos
últimos anos e atingiu as taxas mais altas da história. Na década de
80, os desempregados equivaliam a 5% da força de trabalho. Hoje, a
taxa quase dobrou. Está em 9,4%. No mundo inteiro há uma
tendência à diminuição de postos de trabalho, como resultado do
ganho de eficiência na produção. No Brasil acontece o mesmo, mas,
por trás da explosão no índice, está o baixo crescimento econômico.
O desemprego só cairá se o Brasil voltar a crescer. O crescimento só
virá se os juros caírem. E os juros só cairão se o governo cortar seus
gastos, aumentando o superávit primário. Alguns dos programas
sociais criados no governo de Fernando Henrique Cardoso foram: A
Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e o Vale Gás. 
No governo de FHC entrou em vigor a lei de responsabilidade fiscal
(LRF) que caracterizava-se pelo rigor exigido na execução do
orçamento público, que limitava o endividamento dos estados e
municípios e os gastos com o funcionalismo público. 
Os salários dos funcionários públicos também não tiveram reajustes
significativos, uma forma de evitar a inflação e controlar os gastos
públicos.  
A Favelização das Periferias
e o Fortalecimento do
Tráfico e do Crime
Os problemas sociais dos oito anos de governo
Fernando Henrique Cardoso sem dúvida deixaram
marcas na sociedade brasileira. A principal delas foi,
talvez, o aumento da violência. Para se ter uma idéia
da escalada da violência nesse período, em 1980 a
taxa de homicídios entre jovens.
A explicação mais plausível para o aumento da
criminalidade foi o crescimento da desigualdade
social no país. O desemprego, a miséria e a fome são
conseqüências sociais que, diretamente ou
indiretamente, ajudaram muito o aumento da
violência no Brasil. Embora tenha aumentado a
criminalidade nas classes média e alta, a principal
vítima da violência continua a ser a população de
baixa renda que vive na periferia das grandes cidades.
O aumento da violência foi acompanhado de um
crescimento cada vez maior da capacidade
organizacional dos criminosos. Foi na era FHC que
apareceram organizações como o PCC (Primeiro
Comando da Capital) em São Paulo. A época do revólver
calibre 38 foi deixada para trás. Agora, criminosos e
traficantes encomendam fuzis e mísseis por telefones
celulares de dentro das principais penitenciárias do país.
Sem dúvida alguma, o narcotráfico, o principal viés da
violência na sociedade brasileira, utilizou-se do processo
de urbanização desordenada, que se intensificou nos
anos 1990, para se instalar nas favelas dos grandes
centros urbanos. Somente na cidade do Rio de Janeiro,
considerada por muitos um símbolo do tráfico no país,
mais de 18% da população vive em favelas. Renegada
pelo Estado, as ocupações transformaram-se num prato
cheio para alimentar a atividade criminosa. Nessas
regiões, o tráfico assumiu o lugar do Estado, bancando a
alimentação, a saúde e o lazer da população. A segurança
das pessoas fica à mercê da vontade dos criminosos.
Na era FHC, a disputa de favelas pelas facções
criminosas transformou o Rio de Janeiro
numa cidade dominada pelo medo. Além do
CV (Comando Vermelho), criado na década
de 1970, os cariocas convivem com o TC
(Terceiro Comando) e com o ADA (Amigo dos
Amigos), surgidos nos anos 1980 e 1990
através de rachas no CV. O poder das facções
é tão grande que nos presídios os detentos
têm que ficar separados obedecendo a essa
divisão, sob o risco de serem torturados e
mortos por rivais. 
A resposta do governo federal para barrar o aumento
da violência seria concretizada apenas em 2000
com a criação do Plano Nacional de Segurança
Pública. Promessa de Fernando Henrique ainda na
campanha eleitoral de 1994, o projeto somente foi
colocado em prática após a repercussão do
seqüestro do ônibus 174 no Rio de Janeiro em
2000, da onda de seqüestros e das greves policiais.
Apesar dos quase R$ 1 bilhão investidos, o Plano não
gerou qualquer redução significativa nos índices de
criminalidade no país. Sem dúvida, a falta de
políticas públicas eficientes que levem à segurança
fez com que vários centros urbanos brasileiros se
transformassem, no fim da era FHC, em
verdadeiras praças de guerra.
O Sucateamento da
Educação
Fernando Henrique Cardoso era professor e por esse motivo a
população esperava que sua prioridade fosse a educação, mas
não foi bem assim.
Ele criou alguns programas e metas que não foram concluídos ou
não tiveram êxito como, por exemplo, a universalização do
ensino fundamental que consiste em um documento assinado
por vários países em uma conferência mundial que tem como
objetivo a erradicação do analfabetismo.
A análise das tendências da educação brasileira, nas últimas
décadas, indica significativos crescimento e melhoria geral de
indicadores quantitativos. Para melhor compreender tal
evolução, deve-se considerar algumas variáveis importantes
que contextualizam esta tendência de crescimento,
identificada em todos os países, como característica da
evolução da humanidade e das necessidades de expansão do
capitalismo, especialmente na última metade do século XX,
quando a proposta da globalização surge como alternativa de
revitalização do projeto capitalista.
O ensino fundamental foi restrito às crianças de sete a
quatorze anos, negando àqueles que não tiveram acesso
ou não concluíram na idade própria este nível de ensino,
o que representa a exclusão de 47 milhões de brasileiros
analfabetos ou subescolarizados. Nesse cenário, são
lamentáveis, ainda, as taxas elevadas de evasão e
repetência, os resultados desastrosos nas avaliações de
desempenho dos alunos nos exames nacionais, a exemplo
do ENEM, do PROVÃO (avaliação do ensino superior),
bem como do Programa Internacional Avaliação- PISA.
FHC também propôs emendas constitucionais que não
permitiam o acesso de jovens e adultos ao ensino médio,
onde também foi mantida a significativa diferença entre
o ensino público e particular, com desempenho melhor
para este último, devido às condições da rede física, a
manutenção de recursos didáticos e da valorização do
magistério revelada pelos indicadores de carreira e
salário. No ensino superior, constatam-se a manutenção
da seletividade socioeconômica e a supremacia
quantitativa das IES privadas sobre as públicas.
Em outubro de 1995, ao invés de fixar o piso salarial do
professor, como previa o Acordo Nacional de Valorização
do Magistério e da Educação Básica, o Presidente envia
ao Congresso Nacional Proposta de Emenda
Constitucional - a PEC-233/95. Esta PEC antecipava
algumas definições contidas na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação, esvaziando-a em vários aspectos como o
custo-aluno-mínimo/ano no valor de trezentos reais, valor
esse que a Confederação Nacional de Trabalhadores da
Educação – CNTE - e outras entidades discutiam não ser
suficiente para garantir a qualidade de ensino almejada.
Em 12 de setembro de 1996, é aprovada a Emenda
Constitucional nº 14, regulamentada pela Lei 9.424/96,
que por seu turno regulamentava o FUNDEF (Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e
de Valorização do Magistério), porém o presidente passou
anos do seu governo anunciando o plano,criando
condições para implementação no último ano do seu
governo, que era, por mera coincidência, ano eleitoral.
O FUNDEF foi implantado no ano de 1998 com grande
repercussão e sem que a sociedade, ainda sob impacto da
propaganda, tivesse tempo para avaliá-lo na sua eficácia.
Em 1998, o valor-mínimo-anual por aluno foi fixado pelo
governo federal em R$ 315,00 (trezentos e quinze reais)
e o valor calculado segundo a Lei foi de quatrocentos e
dezenove reais. Isto representou para o ensino
fundamental uma perda de R$ 1,8 bilhões, prejudicando
Estados e Municípios.
No final de 1998, os professores já manifestavam sua
frustração quanto às expectativas de valorização
profissional no País. Para a maioria das entidades
envolvidas na educação, as medidas de reajustes salariais
foram modestas, a não ser nos municípios com média
salarial muito aquém da média nacional. A maior parte
dos reajustes foi concedida sob a forma de abono, para
evitar a constituição de um piso salarial, com impacto na
carreira e características de irredutibilidade.
A mídia também foi um instrumento notável. Dados da
Agência de Notícias dos Direitos da Infância – ANDI -
mostraram que em 1999 cerca de 32% (trinta e dois por
cento) das matérias sobre educação, veiculadas nas
principais revistas e jornais brasileiros, foram originados
nos órgãos oficiais; no extremo oposto, a sociedade civil
provocou a pauta em 8,6% (oito virgula seis por cento)
dos casos.
As pesquisas da ANDI revelam um dado ainda mais
preocupante: em 1998, ano eleitoral, essa inserção
aumentou 235% (duzentos e trinta e cinco por cento). Em
2001, de 20.923 inserções nos jornais, a voz do governo
foi ouvida em 58,86% (cinqüenta e oito virgula oitenta e
seis por cento) das matérias. A opinião das organizações
civis aparece em 31,05% (trinta e um virgula zero cinco
por cento) das reportagens. Os jornalistas quase não
ouviram diretores, professores, alunos e associações de
pais e mestres. As fontes escolares tiveram 4,5% (quatro
virgula cinco por cento) de presença. A propaganda no
governo FHC se constituiu num instrumento estratégico,
associado a uma enxurrada de números, estatísticas para
imobilizar a oposição, hipnotizar a população, criando
uma corrente de opinião favorável e acrítica.
Chegado o segundo mandato pesquisas mostraram que os
programas implantados não tiveram êxito algum, o
FUNDEF, programa que FHC “apostava todas as suas
fichas”, foi estudado e as estatísticas comprovaram que
não trouxe nenhum crescimento educacional para o país,
assim foram propostas algumas reformas e já eram dados
indícios de privatizações de algumas instituições
educacionais.
Alinhamento com os EUA
na Era FHC.
Independentemente dos resultados, as negociações da
ALCA(Acordo de livre comércio das Américas). A Alca fez criar
para a sociedade, a discussão sobre comércio internacional,
antes restrita apenas para as elites empresariais e de
especialistas acadêmicos. O projeto Alca não foi uma escolha
brasileira, mas, à medida que se apresenta, força o país a
escolhas custosas numa ou noutra direção. A evolução das
negociações e a posição brasileira, tanto no plano governamental
como privado. Trata-se, nessa seção, da agenda de negociações e
dos principais temas sensíveis e a estratégia/postura do governo
FHC. Nas fases iniciais das negociações da Alca, que coincidiram
com o ingresso de Fernando Henrique Cardoso à presidência, a
primeira reação da diplomacia brasileira foi a de negar a
consistência e a viabilidade do projeto de integração hemisférica.
A segunda reação foi marcada por uma certa apatia e
desmobilização, ainda na crença de que o distanciamento
brasileiro ajudasse a esvaziar o processo. Na medida em que as
negociações ganharam determinado dinamismo, a tática da não-
participação perdeu razão de ser. A diplomacia brasileira
desenvolveu uma estratégia e passou, então, a negociar de fato.
O Brasil utilizou-se, até onde foi possível, de uma
"estratégia de contenção" fundamentada em três
pilares. No primeiro defendeu uma metodologia de
negociações que resguardasse o equilíbrio do
processo fortemente assimétrico pelo diferencial
entre os EUA e ou demais participantes. Graças a
esses esforços, definiu-se que as negociações da
Alca fossem feitas com base no princípio do single
undertaking, contrariamente à proposta norte-
americana de adoção do modelo early haverst
(colheita breve); que as negociações fossem feitas
com base nos blocos já constituídos (building blocs),
em contraposição ao hub-and-spoke, e que
prevalecesse o princípio da Cláusula da Nação mais
Favorecida Regional. O segundo pilar foi fortalecer a
integração sub-regional; e o terceiro foi a estratégia
da diversificação de parcerias. As linhas mestras das
estratégias adotadas pelo Brasil nas negociações da
Alca foram estruturadas ao longo dos dois mandatos
de FHC.
É possível dizer que, durante o governo FHC, duas fases,
claramente distintas no curso das negociações da
Alca. Na primeira fase, que pode ser demarcada da
Cúpula de Miami (1994) à Cúpula de Québec (2001),
prevaleceu uma postura fundamentalmente
protelatória, de oposição e reativa aos
acontecimentos.
(na Cúpula de Miami em 2003, desentendimentos
entre EUA e Brasil resultaram na aprovação de regras
mais flexíveis para as futuras negociações. A nova
versão da Alca autorizava cada país a negociar à parte
acordos bilaterais(manobra políticas em que ambos os
lados tem poder de decisão e se beneficiam
mutuamente) sobre a liberalização de mercado).
Contudo, durante a Cúpula de Québec, pela primeira
vez, a diplomacia brasileira abandonou a postura
defensiva e a substituiu por uma atuação mais
propositiva,
passando a dizer efetivamente o que queria das
negociações e em que condições, iniciando assim a
segunda fase da orientação diplomática comercial do
governo FHC
Na primeira fase, prevaleceu o discurso de que
a Alca era um projeto distante; não
necessariamente benéfico para o país,
sobretudo porque o Executivo norte-
americano não tinha conseguido o fast track,
atualmente denominado Trade Promotion
Authority (TPA). Na base desse discurso,
estavam alguns princípios de política externa
brasileira, tais como: a defesa de uma
inserção internacional diversificada,
identificada pelo auto-reconhecimento do
país como global trader; a negação de
alinhamentos automáticos com qualquer uma
das grandes potências mundiais; a defesa do
multilateralismo e o fortalecimento da
integração sub-regional a partir do Mercosul.
Com base nesses princípios, a diplomacia brasileira
buscou fortalecer os vários fóruns alternativos à
Alca: Mercosul-Bolívia; Mercosul-Chile; Mercosul-
Comunidade Andina, entendimentos entre a União
Européia e o Mercosul, iniciados com o acordo-
quadro de 1995; e a OMC, fórum multilateral
considerado pela diplomacia brasileira a melhor
opção em termos de inserção internacional.
As incertezas quanto às reais possibilidades reais de a
Alca vingar tornaram propícia a estratégia
diplomática brasileira de apostar no adiamento da
integração hemisférica. A partir da Cúpula de
Santiago (1998), o contexto das negociações foi
mudando de forma a tornar ineficazes posturas
protelatórias.
Duas mudanças foram cruciais. Primeiro, a despeito de
o Executivo norte-americano continuar mostrando-se
incapaz de obter o fast track, o processo foi tomando
força, e a hipótese de esgotamento e paralisia saiu
do cenário. Segundo, a Cúpula de Santiago deu início
ao processo de negociações formais e são
constituídos os grupos de negociações.
Uma a uma, as opções estratégicas brasileiras foram
demonstrando dificuldades para avançar: a crise no
Mercosul, as dificuldades nas negociações União
Européia-Mercosul e instabilidades na região andina
que tornariam ainda mais custosa a expansão do
Mercosul para a América do Sul, que chegou a ser
batizado de Alca (Área de Livre Comércio Sul-
Americana).
O avanço desses dois fatores – progresso nas negociações
hemisféricas e a retração da viabilidade das outras opções
estratégicas – foi importante para a mudança da postura
brasileira no processo de negociação da Alca.
Qualitativamente, essa mudança, que começa a ser operada
no encontro de Belo Horizonte (Reunião Ministerial, maio de
1997), foi na direção de um maior engajamento nas mesas de
negociação e de críticas "por dentro" do processo
negociador. Nessa fase, as críticas foram particularmente
dirigidas aos EUA e eram de duas ordens principais.
A primeira foi quanto ao problema da reciprocidade dos EUA
em termos de concessões efetivas, em prol da integração
continental. Uma vez que os EUA já possuíam níveis elevados
de liberalização tarifária, os ganhos efetivos com a ALCA
seriam representados apenas por garantias efetivas de
redução de barreiras não-tarifárias ao produto brasileiro e
pela revisão da legislação antidumping e medidas
compensatórias – instrumento do unilateralismo norte-
americano em comércio internacional. A outra ordem de
críticas deu-se sobre a tendência norte-americana
de tentar promover, no âmbito da Alca, regulamentação mais
rígida do que as existentes no âmbito da OMC (do tipo OMC-
plus).
A partir da Cúpula de Québec (2001), o Brasil
consolidou uma postura mais propositiva, tornando
mais evidentes os seus interesses nas negociações.
Resumidamente, a partir desse momento, tornou-se
possível dizer em quais temas, do ponto de vista
substantivo, os interesses brasileiros eram ofensivos
ou defensivos.
Do lado ofensivo o acesso a mercado para produtos
agrícolas, particularmente via eliminação de
barreiras não-tarifárias,picos tarifários e subsídios à
produção. eliminação do uso abusivo de ações
antidumping e de direitos
compensatórios,liberalização continental no setor de
têxtil, em que o Brasil é competitivo
internacionalmente. No campo dos interesses
defensivos estavam: a abertura de determinados
setores da indústria e a inclusão, na pauta de
negociações da Alca, dos side agreements
(vinculação dos temas meio ambiente e cláusula
trabalhista às disciplinas de comércio).
Quanto à metodologia, o Brasil defendeu que as negociações
se baseassem no princípio do (pacote único). Em outros
termos, o acordo de qualquer um dos temas ou grupo de
negociações não seria levado adiante ou implementado
antes de se chegar a um acordo sobre os demais. Isso
traduz uma preocupação brasileira quanto ao equilíbrio do
processo negociador e o temor de que se avançasse apenas
nos temas de maior interesse dos norte-americanos e dos
canadenses.
Na fase final, o governo FHC mudou de postura e passou a
ser mais assertivo. Começou a ser demandante nas
negociações. Uma mudança substantiva no debate ocorreu
com a conquista do Trade Promotion Authority (TPA) por
parte dos EUA, em novembro de 2001. O governo brasileiro
fez uma série de críticas sobre a discricionalidade do TPA
quanto a temas considerados delicados (agricultura, meio
ambiente, cláusulas trabalhistas etc.). Mas a partir deste
instante a postura diplomática brasileira mudou de forma
significativa.
Embora ainda seja necessário um mapeamento setorial
mais amplo dos impactos da Alca no setor industrial
brasileiro, é possível identificar grupos de setores com
maior ou menor potencial de ganhos. O grupo
potencialmente beneficiado é constituído pelos
segmentos em que o Brasil tem vantagens competitivas
absolutas ou relativas e que, simultaneamente,
encontram barreiras às exportações, como o caso da
agroindústria, têxteis, calçados etc. No pólo oposto,
estão os setores que têm uma lógica de produção voltada
para o mercado interno e com alto custo de
investimentos, tais como eletroeletrônica, química
industrial e bens de capital.
O maior desafio do Brasil nas negociações da Alca não é,
em si, a assimetria de poder com os Estados Unidos, mas
a assimetria associada a uma agenda temática
extremamente ambiciosa que, em muitos aspectos,
supera a complexidade dos avanços conquistados no
âmbito da OMC. Não apenas em acesso a mercados, o
que seria evidente dado que acordos regionais são, por
definição, OMC-plus, mas também o que temas que
incidem sobre regulamentação doméstica e figuram
como muito delicados, principalmente em se
considerando desafios para o desenvolvimento
econômico e social do país. Cabe ressaltar os principais.
Investimentos : sobre regras de investimentos
internacionais5 figura como um dos mais delicados das
negociações da Alca, tanto para o Brasil como para os
EUA, por razões distintas. Para os EUA, um acordo de
investimentos na Alca visaria, como no Nafta, a garantir
aos investidores privados um ambiente de negócios
marcado pela "certeza jurídica". Para o Brasil, o tema é
delicado, sobretudo para um governo de corte
desenvolvimentista como o do PT, pelo potencial de
restringir políticas industriais.
Há claras divergências entre a posição brasileira e a
norte-americana nesse assunto das negociações. Os
Estados Unidos enfatizam que um acordo de
investimentos no âmbito da Alca deve respeitar dois
princípios fundamentais: o da proteção total e o da
liberdade. O tema da indenização trata de regras
indenizatórias em caso de expropriação e estatização de
empresas estrangeiras; o da liberdade relaciona-se aos
acordos de Trims da OMC, no sentido de preconizar
liberdade de remessas de lucros e rejeitar os
mecanismos de performance (desempenho de
exportações, transferência de tecnologia etc.), além do
tratamento não discriminatório.
Indicadores Sociais
 Índice de Desenvolvimento Humano
Entre 1995 e 2000, o Brasil melhorou seu IDH (Índice
de Desenvolvimento Humano) de 0,753 para 0,789. 
 Saúde - Primeiro e segundo mandatos de FHC

O Governo FHC teve avanços importantes no setor da


Saúde, sobretudo quando José Serra assumiu o
Ministério da Saúde em1998. O programa de combate
à AIDS implantado na sua gestão foi copiado por
outros países e apontado como exemplar pela ONU.[9]
No período, foi criada também a lei de incentivo
aos medicamentos genéricos, o que possibilitou a
queda preço dos medicamentos no Brasil.
Eliminou os impostos federais dos medicamentos de uso
continuado. Foi regulamentada ainda a lei de patentes, com
resolução resolução encaminhada à Organização Mundial do
Comércio para licenciamento compulsório de fármacos em caso
de interesse da saúde pública. Foi organizado também o Sistema
Nacional de Transplantes e a Central Nacional de Transplantes.
Durante o Governo FHC, foi enviado ao Congresso Nacional o
projeto de lei 3.156, de 2000, que tornava mais rigorosa a política
anti-tabagista no Brasil, com a proibição da publicidade e a
introdução das imagens de impacto em embalagens de cigarro.
Aprovado o projeto, foi sancionado dando origem à Lei nº 10.167,
de 2000, regulamentada em 2001 pela Anvisa. Também foi
introduzida a vacinação dos idosos contra a gripe e criada
a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e aAgência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
 Lei de Responsabilidade Fiscal
Criada pelo governo Fernando Henrique Cardoso, a Lei de
Responsabilidade Fiscal provocou uma mudança substancial na
maneira como é conduzida a gestão financeira dos três níveis de
governo. Até então, o governo federal não tinha mecanismos para
medir o endividamento total do país, pois a hiperinflação maquiava
perdas e ganhos. Como medida de contingenciamento para a
implantação da LRF, o governo tomou para si as dívidas públicas
estaduais e municipais (o que, obviamente, gerou o aumento
nominal da dívida pública federal), tornando-se credor dos estados
e municípios altamente endividados. Com a LRF, impediu que os
prefeitos e governadores endividassem novamente os estados e
municípios além da capacidade de pagamento. Ao final dos oito
anos de mandato, o Estado passou a ter um controle muito mais
elaborado das dívidas dos governos federal, estadual e municipal.
 Salário Mínimo
O salário mínimo passou, em oito anos, de 70 para 200 reais (aumento de
186%).

 
 PIB
A taxa média de crescimento do PIB do período FHC foi de 2,3% ao ano .
 
 
 Aumento da dívida pública
 A dívida pública do Brasil, que era de US$ 60 bilhões em julho de 1994,
saltou para US$ 245 bilhões em novembro de 2002, principalmente
devido as altas taxas de juros e pela absorção da dívidas dos estados
da federação com a Lei de Responsabilidade Fiscal 
 ÁGUA
97,9% dos municípios brasileiros têm rede de abastecimento de água
pesquisa revelou que 116 municípios brasileiros, ou 2% do total, não têm
abastecimento de água por rede geral; a maior parte deles situada nas
regiões Norte e Nordeste.
Brasileiro recebe em média 260 litros de água por dia
Em comparação com 1989, o número absoluto de ligações com medidores
cresceu 81,8% nacionalmente, refletindo um aumento expressivo em todas as
regiões. A região Sudeste apresenta o mais alto índice de medição, com 91%
das ligações medidas. O índice mais baixo se encontra na região Norte, com
37% de ligações medidas.
Proporção do volume de água não tratada cresceu entre 1989 e 2000
3,9% não eram tratados. Em 2000, a proporção de água não tratada quase
dobrou, passando a representar 7,2% do volume total
ESGOTO
No Brasil, 52% dos municípios e 33,5% dos domicílios têm serviço de
coleta de esgoto
Fim! 

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