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DISCIPLINA: LPV 0622 – OLERICULTURA II

Aula: Cultura da Batata


Paulo César Tavares de Melo
Professor Associado
ESALQ/USP
Departamento de Produção Vegetal

09/08/17
Características da cultura da
batata no Brasil
 1ª hortaliça em área plantada;
 95% da produção destina-se ao consumo doméstico;
 Relevante importância sócioeconômica;
 Disponibilidade do produto o ano todo  três safras;
 100% das cultivares em uso importadas da Europa e América
do Norte;
 Novas fronteiras de produção  grandes produtores x alta
tecnologia;
 Zonas tradicionais de produção  médios e pequenos
produtores;
 Elevado custo de produção.
Estimativa do Valor Bruto da Produção Agrícola
Produção de batata no Brasil
TOTAL BRASIL (2016)
Área: 134.130 ha
Produção: 3.934.288 t
Rendimento: 29,3 t/ha

Área colhida: 5,3%


Produção: 8,0%

Área colhida: 4,4%


Produção: 6,0%

Área colhida: 49,0%


Produção: 51,3%

Produção (MG): 32%


Área colhida: 41,3%
Produção: 34,7%

Fonte: IBGE, Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, 2017.


Produção vs. consumo de batata no Brasil

Ano* Produção População Disponib. Consumo


(milhões t) (milhões hab.) (kg/hab./ano) (kg/família)
80’s 2,0 130,0 15,4 13,0
90’s 2,5 160,0 15,6 9,2
00’s 3,2 190,7 16,6 5,4**
*Médias das décadas; **Ano base 2003

DISPONIBILIDADE X CONSUMO DOMICILIAR

Fonte: CEPEA/ESALQ/USP
Importância da batata como alimento

• Alimento universal;
• 3ª fonte de alimento depois do trigo e arroz;
Consumo de alimentos
(kg/habitante/ano)
1° Trigo 66
2° Arroz 53,3
3° Batata 32,6
4° Milho 17,1

• Uso culinário altamente versátil;


• Alto conteúdo proteico  1,4 kg/ha de proteína;
• Fonte importante de K, P, vitamina C e vitaminas do
complexo B;
• Importante fonte energética
Valor nutricional da batata*

* Amostra de tubérculo: 200g


Comparação do valor nutricional da
batata com outros alimentos

Argumento para promoção


Carbos Fibra Vit. C* K Cal.
HF (g) (g) (%) (mg)
Batata 26 2 45 620 110

Banana 27 3 17 400 105

Maça 25 4 14 195 95

Arroz int. 22 2 0 42 110

Spaghetti 22 1 0 31 110
*Valores percentuais baseados em uma dieta de 2.000 calorias
Fonte: www.idahopotato.com
Batata: calorias vs. forma de preparo

Kcal Gordura Fibra


Forma de preparo (100 g) (g) (g)

Batata cozida 76 2,3 3,1

Croquete de batata 235 12 3,2

Rodelas fritas (chips) 223 10,9 3,2

Palito frito (French fries) 309 15,4 3,2

Fonte:http://en.csr.hzpc.com/csr-2014
Centro de Origem e Domesticação
Centro de origem: região andina, na América do Sul  quando os
espanhóis conquistaram a zona andina, a batata já era a base da
alimentação dos povos americanos pré-colombianos;

Domesticação e área provável de domesticação: ocorreu há mais


de 7.000 anos no altiplano andino do sul do Peru, abrangendo a bacia
do Lago Titicaca, fronteira de Peru e Bolívia  achados arqueológicos
são escassos;

Origem das espécies cultivadas: a partir do complexo Solanum


brevicaule se derivaram todas as espécies de batata com a seleção
de tipos livres de glicoalcalóides e, portanto, com melhor
palatabilidade  Solanum stenotumum a primeira espécie cultivada;

Distribuição: as espécies de batata distribuem-se por uma grande


gama de habitats que vão desde o sul dos EUA até o sul do Chile. A
maioria das espécies ocorre na América do Sul.
Centro de origem e difusão mundial

..
Ilhas Canárias
1565

Lago Titicaca
(Solanum tuberosum
subsp. andigena)

Ilha de Chiloé
(Solanum tuberosum
subsp. tuberosum)

Centro de Origem Difusão mundial


Botânica sistemática
Família: Solanaceae
Gênero: Solanum
Espécie: tuberosum
Adaptada a condições de dias Subespécie: tuberosum
longos  maior parte das
cultivares em cultivo no mundo

Maior variabilidade e amplitude


de adaptação entre as espécies Subespécie: andigena
cultivadas; depende de
fotoperíodo curto para tuberizar

Existem cerca de 200 espécies silvestres consideradas taxonomicamente


distintas, a maioria forma tubérculo;
O número cromossômico varia desde o nível diplóide (2n = 2x = 24) até o
hexaplóide (2n = 2x = 72).
Botânica sistemática
• São reconhecidas oito espécies cultivadas
de batata:
– Solanum stenotomum
– S. phureja
– S. gonicalyx
– S. x ajanhuiri
– S. x juzepzuchii
– S. x chaucha
– S. tuberosum
– S. x curtilobum

Fonte: CIP
Fonte: CIP
Diversidade Genética: Papa Andina
Origem vs. Adaptação
• Na região onde se originou e foi domesticada, a batata é
adaptada a condições de DIAS CURTOS e variações
acentuadas de temperatura durante o dia e a noite;

• As cultivares líderes de cultivo no Brasil atualmente foram


selecionadas na Europa e América do Norte, sob condições
de DIAS LONGOS e demais características do clima
temperado;

• O comportamento dessas cultivares em regiões tropicais e


subtropicais sofre alterações na fisiologia da planta que
afetam a ADAPTAÇÃO e o RENDIMENTO;

• Existe a necessidade de intensificação dos programas


nacionais de melhoramento genético visando a OBTENÇÃO
DE CULTIVARES DE BATATA ADAPTADAS às condições
edafoclimáticas das regiões de cultivo brasileiras.
Centro de origem vs. adaptação

Europa
- Clima temperado
- Dias longos
- Temperaturas amenas

Cordilheira dos
Andes
- Dias curtos
- Amplitude térmica
(dia vs. noite)
MORFOLOGIA DA BATATEIRA

Flores

Frutos

Estolões
dos estolões...

Tubérculos
Flores e frutos da batateira
Estádios fenológicos ou de desenvolvimento
da batateira

• O conhecimento de fatores fisiológicos que afetam o


comportamento da cultura da batata em condições
subótimas de cultivo contribui para o sucesso dessa
atividade;
• Em condições naturais, a batateira é uma planta
PERENE que sobrevive de um ano para o outro no
solo como tubérculo; quando sob cultivo, comporta-se
como uma planta ANUAL e apresenta diferentes
exigências e respostas fisiológicas nas fases de seu
desenvolvimento;
• O conhecimento da fenologia da planta, com os
eventos relevantes e às exigências em cada uma das
fases de seu desenvolvimento, permitirá orientar com
eficiência as práticas de manejo da cultura em
condições tropicais e subtropicais.
Estádios fenológicos da batateira
Estádio I

– Período relativamente curto  vai do plantio do


tubérculo-semente à emergência das hastes
(dura 10 dias);
– Fonte de energia provém do tubérculo-mãe;
– Fotossíntese não ativa;
Estádios fenológicos da batateira

Estádio II - Crescimento vegetativo

– As hastes e as folhas se desenvolvem;


– A fotossíntese é iniciada;
– As reservas do turbérculo-mãe continuam
a ser usadas para crescimento e
formação de raízes e hastes (até 30 dias);
– Ao final dessa fase, efetua-se a adubação
de cobertura e posteriormente a
AMONTOA.
Estádios fenológicos da batateira
Estádio III – Início da tuberização
• Inicia-se 2 a 4 semanas após a emergência dos
brotos  5 a 7 semanas após o plantio ;
• Os produtos da fotossíntese são usados no
crescimento dos estolões, desenvolvimento das
hastes, e início da formação dos tubérculos;
• Período relativamente curto  10 a 15 dias e
termina com o início do florescimento;
• É uma fase muito crítica para a ocorrência de
doenças, pragas, deficiências nutricionais, estresse
hídrico, danos por geadas que promovem danos
irreparáveis.
Estádios fenológicos da batateira
Estádio IV - Enchimento dos tubérculos

– A folhagem atinge desenvolvimento máximo;


– Fotoassimilados direcionados para o
enchimento dos tubérculos  aumenta cerca
de 1 t/dia/ha;
– Crescimento por expansão celular
• Acúmulo de H2O, CH2O e Nutrientes;
– Os tubérculos se tornam dominantes
canalizadores (drenos) de carboidratos e
nutrientes inorgânicos.
Estádios fenológicos da batateira
Estádio V – Senescência e maturação
– Todos fotoassimilados  tubérculos;
– O teor de matéria seca atinge o máximo;
– Folhagem torna-se amarelada até secar por
completo;
– Redução gradual da atividade fotossintética;
– Redução do crescimento dos tubérculos;
– A colheita inicia duas semanas após a morte da
planta  esperar que a periderme (pele) do
tubérculo se firme para evitar perda de qualidade
por esfolamento;
– O ponto de maturação é atingido de 90 a 110 dias
após o plantio  varia conforme a cultivar;
– Gemas entram em estado de dormência.
Épocas de plantio e colheita
No Brasil, planta-se e colhe-se batata o ano todo

Safras Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
das águas1 P P P P P
da seca2 P P P P
de inverno3 P P P
1 Localidades
altas (> 800 m), clima ameno ou frio (não irriga); 2 alta e média altitudes (chuva + irrigação
complementar); 3 altitudes variadas, inclusive baixa (irrigação necessária)
P = Plantio

Safras Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
das águas1 C C C C C
da seca2 C C C C
de inverno3 C C C
1 MG;PR; SC; RS – 2 MG; Sudoeste SP; PR; RS – 3 MG; Sudoeste SP; Vargem G. do Sul, SP
Chapada Diamantina, BA colhe batata o ano todo; cerrado goiano colhe de abril a novembro
C = Colheita
Escalonamento da produção

Final de ciclo
Meio de ciclo
Recém plantada
Considerações gerais sobre as cultivares de
batata em uso

 Existe pouca oferta de novas cultivares para


atender às demandas do produtor, da indústria e
do consumidor;
 O mercado brasileiro prioriza o produto mais
pela aparência que pela qualidade culinária 
cultivares que não atendam às exigências do
“mercado” são excluídas mesmo que
apresentem vantagens para o produtor e para o
consumidor.
Escolha da cultivar
 Características que distinguem as cultivares:
 Fomato do tubérculo;
 Coloração do tubérculo  interna e externa;
 Aspereza e brilho da película  lisa/brilhante,
lisa/fosca e áspera/fosca;
 Profundidade das gemas (“olhos”)  rasas e
profundas;
 Aptidão culinária  consumo domiciliar e uso
industrial;
 Ciclo de maturação (precoce, semi-precoce, semi-
tardio e tardio).
IMPORTANTE: a escolha da cultivar capaz de propiciar bons resultados
agronômicos e econômicos em determinada localidade e época de plantio,
está condicionada a uma avaliação prévia de seu desempenho.
Fonte: Filgueira, 1982
Tipos de película e “olhos” de tubérculos de batata

Brilhante (desejável) Opaca (indesejável) Áspera (indesejável)

“Olhos” profundos “Olhos” superficiais


(indesejável) (desejável)
Participação no mercado e características das
principais cultivares de batata, 2015

% do Formato do Teor de
Cultivar Uso culinário
mercado tubérculo matéria seca
Agata 60 Oval Muito baixo Cozimento a vapor
Cupido 15 Oval Muito baixo Cozimento
Cozimento e fritura (palito
Asterix 15 Oval alongado Alto
e palha)
Cozimento e fritura (palito
Markies 3 Oval alongado Médio-Alto
e palha)
Cozimento e fritura (palito
Caesar 2 Oval alongado Médio-Alto
e palha)
Rodelas fritas (chips) e
Atlantic* 3 Arrendondado Muito alto
batata palha
Outras** 2
* Uso industrial (chips e palha)
** Mondial, Vivaldi, Monalisa, Bintje, Baraka
Fonte: Jornal Entreposto, fev. 2015
Principais cultivares de batata para consumo
doméstico no Brasil

Agata Cupido Asterix

Fonte: Nivaa, exceto Cupido


Markies Caesar Atlantic
Exigências climáticas

Fatores climáticos que afetam a fisiologia


da planta e a produção:
- Temperatura do solo;
- Temperatura do ar;
- Comprimento do dia (fotoperíodo);
- Interação fotoperíodo/temperatura;
- Intensidade luminosa.
Exigências de temperatura

• Temperatura do solo ideal  15 oC a 18 oC


• Temperatura do ar
– mínima para inibir a brotação do tubérculo-mãe  3 a 4 oC
– média ótima para o início da tuberização 17 oC
– > 30 oC são raros os tubérculos formados e a < 6 oC, também
– temperaturas noturnas acima de 20 oC inibem a tuberização
– altas temperaturas causam maior incidência de anomalias
fisiológicas
• Temperatura ótima para a fotossíntese  20 a 25 oC
• A cada aumento de 5 oC  redução de 25% na taxa de
fotossíntese
• A cada 10 oC  dobra a taxa de respiração foliar
Efeito do comprimento do dia sobre a
cultura da batata
• Comprimento do dia (fotoperíodo)  altera
consideravelmente o desempenho das cultivares de batata;
• Cada cultivar tem o seu próprio fotoperíodo crítico;
• Melhores produções  regiões de fotoperíodo longo e
temperatura amena (15 a 20 oC) durante o crescimento;
• Em dias curtos  cultivares tardias são mais afetadas que as
de maturação precoce;
• Produção diária  maior em fotoperíodo longo do que em
curto  maior quantidade de energia interceptada.
Sob condições de dias curtos as plantas apresentam:
- redução do desenvolvimento vegetativo;
- estolões curtos;
- supressão do florescimento;
- tuberização precoce;
- enchimento rápido dos tubérculos;
- maturação precoce.
Intensidade Luminosa

 A batata é planta C3 não necessitando de alta energia solar


para a assimilação de carbono;
 A distribuição da interceptação da luz na planta de batata é
a seguinte:
 10% das folhas superiores interceptam 60% da luz;
 60% das folhas intermediárias interceptam 30% da luz;
 30% das folhas inferiores interceptam 10% da luz.
 Há uma relação linear entre a produção e a matéria seca,
com a quantidade de energia luminosa interceptada a
eficiência é muito menor em regiões tropicais do que nas
temperadas.
Distribuição da interceptação da luz

60% 10%

30% 60%

10% 30%

% interceptação % da folhagem
da luz

Obs. Existe uma redução de 15% na fotossíntese diária nas cultivares da subespécie
tuberosum, com folhas mais amplas, em relação às da subespécie andigena cujas folhas
são mais eretas.
Propagação da batateira

 Em escala comercial  exclusivamente por


tubérculos-semente;
 Propagação por sementes botânicas: em geral, é
empregada em programas de melhoramento
genético.
Fatores-chave para o sucesso da cultura da batata
em condições tropicais e subtropicais

O rendimento de uma lavoura de batata resulta:

do potencial
genético e da
adaptação da
cv. plantada
da qualidade
e da idade das condições
fisiológica do edafoclimáticas
tubérculo-semente locais

do manejo
cultural
adequado
Implantação da cultura
 Plantio do tubérculo-semente ou batata-semente
brotada;
 O produtor deve adquirir sempre batata-semente
produzida com tecnologia específica, em regiões
de clima favorável, sob rigoroso controle
fitossanitário;
 Existem três classes de batata-semente:
 Básica
 Registrada CERTIFICADA

Material de plantio que deve ser empregado pelo produtor


Implantação da cultura
 Existem seis categorias de tubérculo-semente (TS), conforme o
diâmetro do tubérculo  relação direta com o peso médio do
TS.
Classe Diâmetro do tubérculo
(mm)

Tipo 0 > 60

Tipo 1 50 a 60

Tipo 2 40 a 50

Tipo 3* 30 a 40

Tipo 4 23 a 30

Tipo 5 16 a 23

*Tipo 3 é o tamanho médio, preferido pelos


produtores.
Fonte: HIRANO, 2003
Quantidade de sementes por unidade de área

 O peso e tamanho do tubérculo-semente podem


variar amplamente  quanto maiores, maior é a
quantidade de caixas que devem ser adequeridas,
onerando o custo de implantação da cultura;
 Como o tubérculo-semente é vendido por peso, e não
por número de de tubérculos, uma caixa contendo
tubérculos menores possibilitará rendimento de
plantio maior;
 Quantidade de tubérculo-semente por unidade de
área varia conforme o espaçamento e o tipo de
semente.
Fonte: MELO et al., 2012
Quantidade de sementes por unidade de área

Sementes Quantidade de Espaçamento


Tipo
(tubérculo/ha) caixas de 30 kg/ha (cm)
1 25.000 110 80 x 50
2 31.250 74 80 x 40
3 41.667 52 80 x 30
Densidade populacional vs. número de hastes

 Espaçamento de plantio  indicador da densidade de plantas;


 Tubérculo-semente  origina número variável de hastes principais
provenientes do desenvolvimento das gemas  cada haste se
comporta como uma planta independente;
 Haste  considerada a unidade de densidade de plantas (DP) e
pode ser definida como o número de hastes por unidade de área;
 Número de hastes por unidade de área  condiciona o rendimento
e o tamanho dos tubérculos colhidos;
 Densidade de hastes (DH)  afetada principalmente pelo
espaçamento de plantio e tamanho da batata-semente aumento
da DH acarretará aumento da produção total e da taxa de
multiplicação e diminuição do tamanho (peso) médio dos tubérculos
produzidos.
Densidade de Hastes (DH)

 A batateira tem diferentes tipos de hastes (principais,


secundárias e terciárias)  a produção depende
basicamente do número de hastes subterrâneas
principais;
 Fatores que favorecem o desenvolvimento de hastes
principais:
 Número de brotos do tubérculo-semente (TS)  brotação
múltipla;
 Tamanho do TS  TS grande produz maior número de brotos
e hastes que TS pequeno;
 Cultivar  existem cultivares cujos TS produzem mais brotos.
Densidade de plantio vs. espaçamento

 A DP afeta diretamente a DH;


 Variação do espaçamento  entre
fileiras de plantio ou entre tubérculos-
semente (TS) dentro da fileira;
 Redução do espaçamento  maior
número de TS por unidade de área, que
resultará em maior número de hastes;
 DH baixa  maior número de estolões
e de tubérculos por haste e menor
número total por unidade de área  o
contrário ocorre em alta DH.
Brotação da batata-semente

Gemas laterais

Gemas (olhos) apicais


Qualidade fisiológica da batata-semente vs. emergência
Produção real vs. produção potencial

Washington, USA Holanda São Paulo


Plantio 12 de março 1 de abril 1 de maio
Colheita 12 de outubro 1 de outubro 10 de agosto
Ciclo (dias) 215 185 100
Prod. real (t/ha) 65 45 35
Prod. potencial (t/ha) 140 100 ?
Realização (%) 46,4 45,0 ?
Produção diária (kg/ha) 302,3 243,2 350,0
Matéria seca (MS) (%) 22 22 18
MS (ha/dia) 66,5 53,5 63,0
Fonte: adaptado de van der Zaag, 1984
Estádio fisiológico do tubérculo-semente

 Dormência: não há brotação  depende de vários fatores;


 Dominância apical: inibição da brotação das gemas laterais,
surgindo apenas um ou poucos brotos apicais;
 Brotação normal: brotos do ápice ramificados  ocorre
brotação nas gemas laterais;
 Senescência: brotos laterais muito ramificados e finos.

Dormência Dom. apical Brotação Senescência

Fonte: www.aardappelpagina.nl
Estádio fisiológico do tubérculo-semente

 Dormência: período compreendido entre a


colheita e o início da brotação do tubérculo;
 Fatores que afetam o período de dormência:
 Cultivar  as tardias apresentam período mais
prolongado de dormência do que as precoces;
 Maturidade do tubérculo na colheita  tubérculos
imaturos apresentam maior dormência;
 Condição ambientais durante o cultivo  período de
dormência é menor em cultivo sob dias curtos e
temperaturas elevadas;
 Condição de armazenamento  sob temperaturas
baixas, aumenta o período de dormência.
Estádio fisiológico do tubérculo-semente

Estádio fisiológico Dormência Dom. apical Brot. normal Brot. normal Senescência
Brotos em
excesso,
Vários brotos
Ausência de Apenas brotos Poucos finos,
Broto com
brotos apicais brotos ramificados,
ramificação
formação de
tubérculos
Ausência de Poucas
Plantas com Várias hastes Muitas hastes
Condição de campo emergência hastes por
uma haste por planta e fracas
ou tardia planta
Prod. cv. precoce Ausente Baixa Média-alta Alta Baixa-ausente
Prod. cv. tardia Muito baixa Rel. baixa Muito alta Rel. alta Baixa-ausente
Fonte: adaptado de STRUIK & WIERSEMA, 1999.
Idade fisiológica do tubérculo-semente
vs. desenvolvimento da planta
 A idade fisiológica do
tubérculo-semente (IFTS)
afeta em grande
extensão o
desenvolvimento da
batateira;
 A IFTS é determinada
pelas condições de
cultivo, idade
cronológica do tubérculo
e condições de

Fonte: www.aardappelpagina.nl
armazenamento.
Plantas originadas de TS-1 mostram vigor, mas o número de hastes é limitado; TS-2 e TS-3 originam
plantas vigorosas, número de hastes normal e colheita de acordo com o ciclo da cultivar; em TS-4,
todos os TS emergem, mas originam plantas fracas, pouco vigorosas, com elevado número de hastes,
colheita antecipada, baixo rendimento e tamanho do tubérculo pequeno; os TS-5 mostram
emergência atrasada ou não emergem produzindo plantas fracas.
Resposta de tubérculo-semente (TS)
fisiologicamente jovem e velho

Ainda não foi desenvolvido um método preciso para determinar a idade


fisiológica do TS. Todavia, sabe-se que os principais fatores associados são:
 Estresses causados pelas condições de cultivo  umidade baixa, alta
temperatura, fertilidade inadequada, geada, pressão de doenças;
 Injúrias  danos ao TS aumentam a taxa de respiração e acelera o processo de
envelhecimento;
 Temperatura de armazenamento  oscilação de temperatura acarreta aumento
da taxa respiratória e contribui para acelerar o envelhecimento do TS.

Jovem Idade do tubérculo-semente Velho


Tardia ... Emergência ... Precoce
Alto ... Vigor ... Baixo
Poucas ... hastes por cova ... Muitas
Maior ... período de enchimento ... Menor
Maior ... tamanho de tubérculo ... Menor
Quebra de dormência

 Finalidade da operação: uniformizar a brotação e a emergência;


 Métodos para forçar brotação da semente:
Químico
 Bissulfureto de carbono: as caixas de sementes devem ser tratadas em
câmaras de expurgo ou em valetas tipo silos-trincheira ou, simplesmente,
cobertas com lona plástica; a dosagem varia de 20 a 30 mL/m3, durante
cerca de 3 dias; o tratamento de indução deve ser feito 2 a 3 semanas após
a colheita, sendo mais utilizado por produtores de batata-semente ;
 Ácido giberélico: concentração de 5 a 15 ppm (5 a 15 g em 1000 L de
água)  imersão dos tubérculos durante 10 a 15 minutos; tempo varia
conforme a cultivar;

Outros
 Choque de temperaturas: manter a semente sob temperatura de 2 a 4
oCe 85% de UR por 30 dias; em seguida deixar a semente alguns dias em
temperatura ambiente.
Tratamento para quebra de dormência
de tubérculos-semente

A imersão dos TS em solução de ácido giberélico na dosagem de 5-15 mg/L por


10 a 15 minutos promove a uniformização da emergência das brotações.
Fim da 1ª parte da aula

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