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Os Maias, de Eça de Queirós

O JANTAR NO HOTEL CENTRAL

CAPÍTULO VI
Objectivos

Homenagear o banqueiro Jacob Cohen;

Retratar a sociedade lisboeta (portuguesa) da

segunda metade do séc. XIX, isto é, apresentar a


visão crítica de alguns problemas sociais;
Proporcionar a Carlos um primeiro contacto com

essa sociedade.
Intervenientes

João da Ega (promotor da homenagem e representante do


Realismo / Naturalismo);
Cohen (o homenageado, representante das finanças, judeu,
banqueiro, marido enganado);
Tomás de Alencar (o poeta ultra-romântico, patriota e
sentimental);
Dâmaso Salcede (o chique pacóvio, representante dos vícios
do novo-riquismo burguês, “a catedral dos vícios”);
Carlos da Maia (o médico e o observador crítico, a quem será
confiado o “ponto de vista interno” do romance);
Craft (o inglês, representante da cultura artística e britânica).
O Jantar no Hotel Central
Os temas discutidos

A literatura / a crítica literária;

As finanças;

A história e a política.
A literatura e a crítica literária

TOMÁS DE ALENCAR JOÃO DA EGA

 Opositor do Realismo /  Defensor do Realismo /


Naturalismo; Naturalismo;
 Incoerente: condena no
presente o que cantara no  Exagerado: defende o
passado (os vícios da cientifismo na literatura;
sociedade);
 Desfasado do seu tempo;
 Não distingue Ciência e
 Preocupado com aspectos
Literatura.
formais em detrimento da
dimensão temática.
A literatura e a crítica literária

CARLOS E CRAFT O NARRADOR

 Recusam o ultra-  Recusa o ultra-


romantismo de Alencar; romantismo de Alencar;
 Recusam, igualmente, o  Recusa a distorção do
exagero de Ega; Naturalismo contido nas
 Carlos acha intoleráveis os afirmações de Ega;
ares científicos do  Afirma uma estética
realismo; próxima da de Craft
 Craft defende a arte pela «estilos novos, tão
arte. preciosos e tão dúcteis».
As finanças

 A ocupação dos ministérios é “cobrar o imposto” e

“fazer o empréstimo”; o país sente necessidade de


contrair empréstimos ao estrangeiro;
Cohen é calculista e cínico: tendo responsabilidades

pelo cargo que desempenha, lava as mãos e aceita


que o país caminha direitinho para a bancarrota,
como diz Carlos.
A história e a política

TOMÁS DE ALENCAR JOÃO DA EGA

 Teme a invasão espanhola  Aplaude as afirmações de


(é um perigo para a Cohen;
independência nacional);  Delira com a bancarrota
 Defende o romantismo como determinante da
político: agitação revolucionária;
 Uma república governada por  Defende a invasão
génios; espanhola e o afastamento
 A fraternização dos povos;
violento da Monarquia;
 Esquece o adormecimento
 Aplaude a instalação da
geral do país. República.
João da Ega

PRÓXIMO DE EÇA QUE DEFENDE

U M A C A T Á S T R O FE N A C I O N A L C O M O

F O RM A D E A C O RD A R O P A ÍS .
A história e a política

JACOB COHEN DÂMASO SALCEDE

 Considera que:  Acha que:

 Há gente séria nas  Se acontecesse a invasão


camadas políticas espanhola, ele “raspava-
dirigentes; se” logo para Paris;

 Ega é um exagerado.  Toda a gente fugiria como


uma lebre.
Significado do episódio

Este episódio representa o esforço frustrado de uma

certa camada social para assumir um


comportamento digno e requintado. Só que as
limitações culturais e morais não se ocultam à custa
de emendas afrancesadas, divãs de marroquim ou
ramos de camélias.
Significado do episódio

Por outro lado, assiste-se ao confronto entre duas

maneiras opostas de encarar a literatura,


representadas pelas personagens Ega e Alencar.

Este episódio surge, portanto, como figuração dos

incidentes literários que opuseram Antero de


Quental a Castilho, na chamada «Questão Coimbrã».
Função do episódio

O jantar no Hotel Central, organizado por Ega


em homenagem a Jacob Cohen, serviu ao narrador
para colocar frente a frente duas correntes literárias
opostas: o Ultra-romantismo e o
Realismo/Naturalismo, e para traçar uma
radiografia do estado político e económico do país.
Função do episódio

Este episódio reveste-se ainda de extrema


importância para o desenvolvimento da intriga
principal, uma vez que é aqui que Carlos vê pela
primeira vez aquela que para sempre ficará
gravada na sua consciência, a “sua deusa”,

Maria Eduarda.
Conclusões

A falta de personalidade de algumas personagens:


 Alencar muda de opinião quando Cohen quer;
 Ega muda de opinião quando Cohen quer;
 Dâmaso, cuja a divisa é “sou forte”, opta pelo caminho fácil
– a fuga.
A incoerência – Alencar e Ega chegam a vias de facto
e, momentos depois, abraçam-se como se nada
tivesse acontecido;
A falta de cultura e de civismo que domina as classes
mais destacadas (à excepção de Carlos e Craft).

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