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A

Memória
em
Aristóteles
Informações preliminares
• Aristóteles (384 – 322 a.C) é um expoente do
Realismo, filosofia que contrapõe-se ao
Idealismo de seu mestre Platão.

• Aristóteles foi tutor de Alexandre, o Grande. Seu


pensamento atravessou a antiguidade e
dominou grande parte do período medieval
tendo em Tomás de Aquino, Averróis, Avicena e
Maimônides grandes comentadores do que
denominavam “O Filósofo”.

• A obra Parva Naturalia é composta por 9


tratados. O segundo tratado (Da memória e da
Reminiscência) é ο foco da nossa investigação.
Queremos compreender os conceitos de
Memória, Recordação e Reminiscência.
A MEMÓRIA
• O que dá conteúdo à memória?

• Futuro: objeto de conjectura, expectativa, pensamento.


• Presente: objeto de percepção sensorial.
• Passado: objeto da memória.
“Memória, portanto, não é nem percepção sensorial nem pensamento,
sendo sim um estado ou afecção de uma ou outro no decorrer do tempo.”
(ARISTOTELES, 2012, p.76 - Grifo nosso)

“Toda memória, portanto, implica o decorrer do tempo. Consequentemente,


pode-se dizer que somente os seres vivos que têm percepção do tempo se
recordam e que o fazem com a parte de si que dele tem percepção.”
(ARISTOTELES, 2012, p.76 - Grifo nosso)
A MEMÓRIA
• Como a memória se constitui?

• Aristóteles entende a memória como a afecção cujo estado seja duradouro, isto
é, uma imagem impressa na mente.

• “Assim, em alguns indivíduos, devido à paixão ou devido à idade, a memória não


se processa mesmo sob um estímulo intenso, como se o estímulo ou sinete fosse
aplicado em água corrente; por outro lado, no caso de outros, devido ao desgaste
semelhante ao de velhas paredes nas construções, ou devido à dureza da
superfície receptora, não ocorre a impressão. O resultado é os jovens e os velhos
terem memória falha, já que ambos se acham num estado de fluxo, os jovens em
função de seu desenvolvimento, enquanto os velhos devido ao seu declínio. Por
razão análoga, nem os demasiado rápidos nem os demasiado lentos parecem
contar com boa memória; enquanto os primeiros são excessivamente úmidos, os
segundos são excessivamente duros, o que resulta na impermanência da imagem
na alma, no caso dos demasiado rápidos, e impossibilidade de impressão dela, no
caso dos demasiado lentos.” (ARISTOTELES, 2012, p.78)
A MEMÓRIA

• O que temos até aqui?

• 1) O que dá conteúdo à memória é o passado.

• 2) A memória se constitui através de imagens impressas na alma e


naquela parte do corpo que é a sua sede.
A RECORDAÇÃO
• Se a memória é compreendida como uma coleção de ícones que se
armazenam em nossa mente, quando nos recordamos de algo, o
fazemos por causa da imagem ou independentemente dela?

• “[...] do mesmo modo, devemos conceber a imagem mental no nosso


interior tanto como um objeto em si quanto como uma imagem
mental de alguma outra coisa” (ARISTOTELES, 2012, p.79)
A MEMÓRIA E A RECORDAÇÃO

• O que temos até aqui?

• 1) O que dá conteúdo à memória é o passado.

• 2) A memória se constitui através de imagens impressas na alma e


naquela parte do corpo que é a sua sede.

• 3) A recordação é a capacidade de representação a partir de uma


imagem.
A REMINISCÊNCIA
• A reminiscência é um ato interno de “mover-se”.

• “Conclui-se que, quando alguém quer revocar qualquer coisa, seu


procedimento será o seguinte: procurará descobrir um ponto de partida
para um movimento que o conduzirá àquele que ele busca. Isso explica
porque atos de revocação, quando têm como ponto de partida o começo
de uma série, obtêm a mais rápida realização e o maior êxito; tal como os
objetos estão mutuamente relacionados numa ordem de sucessão, assim
também estão os movimentos. Em consonância com isso, matérias
dispostas ordenadamente, como aquelas das matemáticas, são as que
apresentam o menor grau de dificuldade para serem revocadas, ao passo
que assuntos dispostos deficientemente são revocados com elevado grau
de dificuldade.” (ARISTOTELES, 2012, p.82)
A MEMÓRIA, RECORDAÇÃO E REMINISCÊNCIA
• CONCLUSÃO:

• 1) O que dá conteúdo à memória é o passado.

• 2) A memória se constitui através de imagens impressas na alma e naquela


parte do corpo que é a sua sede.

• 3) A recordação é a capacidade de representação a partir de uma imagem.

• 4) A reminiscência é o ato pelo qual de forma ordenada podemos percorrer


uma cadeia de movimentos até atingir a imagem esperada.
CONTEXTUALIZAÇÃO
• A memória, recordação e reminiscência aplicadas ao álbum de
figurinhas da copa do mundo de 2018!
Referências bibliográficas
• AQUINO, Tomás de. Comentário sobre a Memória e a Reminiscência de Aristóteles. Tradução Paulo Faintin e
Bernardo Veiga. São Paulo: EDIPRO, 2015.
• ARISTÓTELES. Parva Naturalia. Tradução, textos adicionais e notas Edson Bini. São Paulo: EDIPRO, 2012.
• NICOLA. Abbagnano. Dicionário de Filosofia: Nicola Abbagnano. 6. ed. São Paulo : WMF Martins Fontes,
2012.
• REALE, G. ; ANTISERI, D. História da Filosofia: Filosofia pagã antiga, v.1. Tradução Ivo Storniolo. São Paulo:
Paulus, 2003.

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