Instalações de produção

II semestre/2018 – Prof. Silveira Victorino

 Informações gerais

 Professor: Silveira Victorino

 Contacto: silveira_victorino10@hotmail.com
 Horário:
- Terça-Feira: 15:35 as 18:10
- Quinta-feira: 14:35 as 16:20
- 1 Intervalos de 10 minutos em cada um dos dias
 Bibliografia Obrigatória: Slides distribuídos pelo professor no final de cada aula. É
Importante realçar que este material não substitui os livros de referência, serve
apenas como um guia para facilitar o aprendizado e aplicação das metodologias de
forma concisa.

 Livros de Referência:
- Danesh, A.: “PVT and Phase Behaviour of Petroleum Reservoir Fluids”. Elsevier
Science,1998.
- Perry, R. H.; Chilton, C. H.: “Perry's Chemical Engineers’Handbook”. McGraw-Hill
Professional, 1997.
- Separators-Technique. “Oil and Gas Separation Teory, Application and design”.
AIME, 1977.
- Worley, S.M. & Lawrence, L. L.: “Oil and Gas Separation is a cience”. 16th ed.
(1983). J. Pet. Tech, 1957).
 Programa da cadeira

Desenvolvimento dos campos de petróleo e gás

- Layout submarino dos campos petrolíferos
- Equipamentos submarinos

 Unidade de produção offshore

- Tipos de plataformas
- Sistemas de ancoragem de plataformas flutuantes

 Processamento de fluidos
* Tratamento do óleo
- Dimensionamento de separadores e tratadores eletrostáticos
* Tratamento do gás produzido
- Desidratação e adoçamento do gás produzido
* Tratamento do água produzida
- Para descarte
- Para injecção no reservatório
 Principais unidades de grandezas físicas

Unidades de distância Unidades de massa, força e pressão

1 km = 1000 m 1 lb = 0,454 kg
1 ft = 0,3048 m 1 slug = 14,59 kg
1 ft (pé) = 12 in (polegadas) 1 tonelada = 1000 kg
1 in = 0,0254 m 1 libra = 4,448 N
1 kN = 1000 N
Unidades de volume 1 libra força = 0,454 kgf
1 kgf = 9,81 N
1 bbl (barril) = 42 gal (galão) 1 dyn (Dina) = 10-5 N
0,159 m3 = 159 litros 1 atm = 1,013x105 Pa
1 gal = 3,785 litros 1,013 bar = 1,033 kgf/cm2
1 m3 = 1000 dm3 1 mmHg = 133 Pa
1 litro = 1 dm3 1 PSI = 6895 Pa
1 m3 = 1000 litros
1 litro = 0,0353 ft3 = 61,02 in3
 Tratamento do gás produzido

Gás natural

Pode ser basicamente definida como sendo uma mistura constituída predominantemente
por hidrocarbonetos leves com até 6 átomos de carbono e que permanece no estado
gasoso nas condições atmosféricas normais.

Apresenta, também pequenas quantidades de componentes diluentes, como o nitrogênio,

vapor d`água e outros contaminantes (gás sulfídrico e dióxido de carbono). Em geral, o teor
de hidrocarbonetos é superior a 90 %.
 Tratamento do gás produzido

O gás natural pode ocorrer na natureza associado ou não ao petróleo; é um composto mais
leve do que o ar, não tem cheiro e a sua combustão fornece cerca de 8.000 a 10.000 kcal/m3
de energia. Os seus principais contaminantes são:

• Presença de água - Provoca formação de hidratos.

• Compostos de enxofre (H2S, CS2) - Corrosão dos equipamentos/tubulações.

• Gás carbônico (CO2) - Corrosão dos equipamentos/tubulações e CO2 reduz o poder

calorífico do gás natural quando presente em alto teor.

Outros contaminantes: Mercúrio (Hg), Nitrogênio (N2), etc.

 Tratamento do gás produzido

Tipos de campos de produção

O Gás natural pode ocorrer na natureza associado ou não ao petróleo.

A presença de água na fase vapor (umidade) é um problema de fundamental importância

para indústria do gás natural porque pode provocar a formação de hidratos.
 Tratamento do gás produzido

Distribuição das reservas mundiais de gás natural. Fonte: BP, 2010

 Tratamento do gás produzido

Porque tratar o gás natural?

Após as etapas de separação e compressão do gás proveniente da separação trifásica, é

necessário que este seja tratado antes de ser reinjetado no reservatório, servir de gas-lift,
consumo ou até mesmo antes de ser enviado para seu tratamento final através de gasodutos.
Caso este tratamento não ocorra, o gás pode ocasionar uma série de problemas, tais como:

- A formação de hidratos sólidos sob certas condições específicas, causando o bloqueio da

passagem de gás pelos dutos;

- A corrosão dos dutos através da presença de gases ácidos como CO2 e H2S;

- A formação de gotas de líquidos com a erosão dos dutos;

Atualmente, há diversos métodos para a desidratação (remoção de gotas de líquidos) e
dessulfurização (remoção de gases carbônicos e compostos de enxofre) do gás.
Tratamento do gás produzido
 Tratamento do gás produzido

Desidratação

A desidratação pode ser feita através dos processos de absorção ou adsorção;

A absorção é realizada numa torre Absorvedora, onde o gás flui em contra-corrente a uma
solução de glicol de grande poder higroscópico (O trietileno glicol é o mais utilizado - TEG),
que é posteriormente regenerada através de aquecimento, retornando ao processo.
A remoção de água através do processo de adsorção é feita com materiais que apresentam,
dentre outras características, grande área superficial e afinidade pela água, tais como a
alumina, a sílica-gel e as peneiras moleculares.
 Tratamento do gás produzido
Planta de desidratação (Glicóis)
 Tratamento do gás produzido
Planta de desidratação (sólidos dessecantes)
 Tratamento do gás produzido

Processo de sweeting

A remoção de gases ácidos (CO2 e compostos de enxofre) pode ser efetuada através dos
processo de absorção química. Os processos químicos reversíveis que utilizam soluções de
aminas são mais usados.

Processo acontece de maneira semelhante ao processo de desidratação usando soluções

de glicóis, é realizada numa torre absorvedora também, onde o gás flui em contra-corrente
a uma solução de aminas (a monoetilamina), que é posteriormente regenerada,
retornando ao processo;
 Tratamento do gás produzido
Sweeting plant (remoção de compostos ácidos do gás)
 Exercício

Óleo de um campo foi testado em um separador de teste. Os resultados dos testes

em termos de Gas Oil Ratio e gravidade específica do gás separado, são dados na
tabela abaixo. Calcule a gravidade do gás separado.

Separador Pressão Temperatura RGO (scf/STB) Gravidade específica

Primário 660 150 724 0,743
Intermediário 75 110 202 0,956
Stock tank 0 60 58 1,296