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Psicologia Jurídica

O divórcio dos pais: efeitos sobre os filhos


• Impactos do divórcio

• Acordos em relação aos filhos

• A visita como forma de convivência

• Os pontos de encontro
• Separação: situação sempre possível de
acontecer entre pessoas que estiveram unidas.
• Divórcio: processo judicial ou administrativo
de dissolução do casamento civil. Envolve um
conjunto de atos destinados a resolver um
conflito legal, a partir de uma ação formalmente
ajuizada, que conterá a exposição de
determinados fatos, o embasamento legal e os
pedidos.
O divórcio como processo psicojurídico
• A separação, enquanto separação de fato, e o
divórcio, enquanto condição jurídica, implicam
também um processo psicológico que
corresponde a um conjunto de sentimentos,
pensamentos e comportamentos destinados à
resolução do conflito emocional entre duas
pessoas.
• É de natureza interna e sua resolutividade
depende da personalidade, dos mecanismos
conscientes e principalmente inconscientes que
são utilizados para a busca do equilíbrio, bem
como das estratégias que cada pessoa põe em
ação para superar a perda, elaborá-la e
aproveitá-la como uma experiência de vida
interior.
• Os processos jurídicos e psicológicos de
separação de fato e de divórcio não são
necessariamente paralelos, mas inter-
relacionam-se, interpenetram-se
reciprocamente.
• O divórcio é o ápice de um processo que se inicia
com uma crescente perturbação do casamento e,
após a sua concretização, demoram-se anos até
que os ex-cônjuges consigam conquistar uma
estabilidade emocional.

• Se a prolação da sentença põe fim ao


processo judicial, o processo psicológico,
que pode ter iniciado bem antes da ação
jurídica, costuma prolongar-se por muito
mais tempo.
• Se o processo judicial se resolve com a
sentença, o processo psicológico só se
encerra com a elaboração do luto.
• O período de tempo que parece razoável para
elaboração dos conflitos emocionais dos adultos,
corresponde a uma parte significativa da
experiência de vida da criança.

• Os filhos veem-se com pouco controle sobre as


mudanças impostas pelo divórcio.

• Com o divórcio, há uma diminuição da


capacidade parental.
• Os filhos sentem-se vulneráveis, rejeitados,
culpados, solitários, sendo muitas vezes usados,
para agravar a situação, como suporte emocional
de um ou ambos os genitores, responsabilidade
esta que não se sentem prontos a assumir.

• De acordo com Seijo e Farina (2000), os


possíveis efeitos para as crianças, da separação
de seus pais, podem ser assim organizados:
• Problemas escolares
• Sentimentos de abandono
• Sentimentos de impotência
• Insegurança
• Condutas regressivas
• Comportamentos disruptivo e antissocial
• Medo e depressão – somatizações,
isolamento, perda de apetite
• Dentro desse complexo processo psicojurídico, a
Psicologia Jurídica pode contribuir para tornar a
Justiça mais sensível.
• A Psicologia Jurídica pode auxiliar os cônjuges,
e principalmente os filhos menores, a enfrentar
as incertezas e os problemas da separação e do
divórcio.
• Pode incentivar a pesquisa e difundir as suas
competências científicas.
• Pode auxiliar ainda a justiça a se tornar mais ágil
e eficaz, evitando a judicialização de fatos
passíveis de serem resolvidos na instância da
mediação, promovendo a superação da crise no
sentido da reconstrução familiar.

• Promover valores humanos como a


dignidade e a cidadania.
A visita como forma de convivência
• O direito da criança em manter contato com
os genitores é dever do adulto.
• Na regulamentação de visitas, busca-se evitar os
modelos rígidos, burocráticos e preconcebidos
de relacionamento.
• O psicólogo pode sugerir ao Juiz a ampliação das
visitas para os dias da semana, de modo a
facilitar a participação do genitor descontínuo
no cotidiano dos filhos.
• Em diversos países existem instituições sociais
que facilitam o direito de visita nas situações de
divórcio e separação, ou ainda nos casos em que
a criança foi retirada da família.

• Pontos de encontro. O objetivo em geral é


manter ou restabelecer um laço positivo e
regular da criança com seus genitores,
protegendo-a em seus direitos e, ao mesmo
tempo, responsabilizando aqueles que
respondem por elas.
A Guarda dos Filhos
• As situações que envolvem a guarda de crianças
são, com muita frequência, objeto de demandas
e disputas judiciais.
• Para ter melhores condições de decidir em
benefício da criança (paradigma que determina
o interesse e a proteção integral dos filhos), o
juiz pode solicitar um estudo psicológico do
caso.
• Melhor interesse da criança e a proteção
integral.
• A maioria dos países ocidentais assume e regula
que ambos os progenitores são responsáveis por
cuidar e velar pelo crescimento saudável dos
filhos. Do ponto de vista legal, denomina-se
Poder Familiar, previsto no Código Civil
Brasileiro.
• Até o séc. XIX, no caso de dissolução do
casamento, a guarda era outorgada ao pai, que
se presumia estar em melhores condições
econômicas para sustentar os filhos, que junto
com a mãe, eram propriedade sua.

• No séc. XX, o fator determinante passou a ser o


melhor interesse da criança (Declaração
Universal dos Direitos da Criança, 1959).

• Brasil: Constituição Federal de 1988.


• Conforme Huss (2009), o critério do Melhor
Interesse da Criança é suscetível a diferentes
interpretações e geralmente criticado por ser
muito vago.

• Indicadores para a proteção do melhor interesse


da criança e como critérios de avaliação para se
proceder à decisão sobre a guarda, de acordo
Arce, Farinã e Seijo (2000):
• 1. Histórico de abuso à criança ou a terceiros
• 2. Idade e gênero da criança
• 3. Ajuste da criança ao ambiente
• 4. Tempo disponível para a criança e qualidade
dos cuidados oferecidos
• 5. Desejo da própria criança
• 6. Desejo dos pais
• 7. Posição econômica dos pais
• 8. Necessidades educacionais da criança
• 9. Acordo entre os pais
• 10. Separação dos irmãos
• 11. Saúde física e mental dos pais
• 12. Flexibilidade de um pai frente ao outro
• 13. Aspectos religiosos (positivos e negativos)
• 14. Possibilidade de que o genitor-custódio
“aliene”o filho contra o outro genitor,
provocando a Alienação Parental
Tipos de Guarda
• Guarda exclusiva ou simples: ambos os
genitores mantêm o poder familiar, mas as
decisões recaem sobre o genitor que detiver a
guarda. O genitor guardião assume
majoritariamente os direitos e deveres que
ambos exerciam conjuntamente na constância
da união matrimonial.
• Aninhamento ou nidação: é um tipo de
guarda raro, no qual os pais se revezam,
mudando para a casa onde vivem as crianças em
períodos alternados de tempo.
• Guarda alternada: os pais detêm a guarda
física e legal exclusiva da criança em períodos
alternados, conforme acordo determinado entre
os genitores no que concerne ao tempo que cada
um ficará com a criança.
Guarda Compartilhada
• “A criança tem o direito de ter contato, ser educada e
ser conservada na responsabilidade legal de seus
genitores, mesmo que separados, salvo quando o seu
interesse torna necessária a guarda unilateral.”
• O questionamento dos tradicionais papéis de
gênero, que fixam a convivência infantil à mãe, e o
fim do critério da falta conjugal no estabelecimento
da guarda são fatores importantes que ganham
expressão na guarda compartilhada.
• Não há presunção legal de que a mãe é
mais qualificada que o pai.
• O dispositivo de guarda conjunta tem o objetivo
de reforçar os sentimentos de responsabilidade
dos pais separados que não habitam com os
filhos.
• Guarda legal compartilhada: “é a
responsabilização conjunta e o exercício
de direitos e deveres do pai e da mãe que
não vivam sob o mesmo teto,
concernentes ao poder familiar dos filhos
comuns” (Código Civil 2002, art.1583)Lei
11.698.
Vantagens da guarda compartilhada
• Motta (2010):
• Os pais compartilham a guarda e todas as
responsabilidades, dentro das possibilidades
reais de cada um.
• Evita sentimentos de sobrecarga, injustiça e
revolta por parte de um dos pais.
• Evita que os pais usem os filhos como meio de
pressão sobre o ex-cônjuge.
• Diminui os conflitos de lealdade.
• Diminui a angústia produzida pelo sentimento
de perda do genitor que não tem a guarda.
• Ajuda a diminuir eventuais sentimentos de
tristeza, solidão e rejeição por parte dos filhos,
uma vez que possibilita o acesso sem
dificuldades, a ambos os pais.
• O trabalho profissional do psicólogo pode ser
utilizado tanto para realização de laudos que
auxiliem o julgador em sua difícil tarefa de
decidir, quanto no doloroso processo judicial
como um todo.

• Neste ponto, esclarece Sottomayor (2003): “o


psicólogo é capaz de articular perante o
tribunal emoções difíceis de exprimir
pelas próprias partes”.
Síndrome de alienação parental
• Richard Gardner: corresponde às ações de um
dos genitores, normalmente o guardião, que
“programa a criança” para odiar o outro sem
qualquer justificativa. Identificando-se com o
alienador, a criança aceita como verdadeiro tudo
que ele lhe informa.
• São implantadas na criança “falsas memórias” a
respeito do genitor alvo das acusações.
• A instauração da SAP pode produzir nas
crianças problemas como depressão crônica,
incapacidade de adaptação em ambientes,
transtornos de identidade e imagem, desespero,
sentimento incontrolável de culpa, sentimento
de isolamento, comportamento hostil, falta de
organização e, em casos extremos, levar ao
suicídio.
• A alienação parental nem sempre se faz através
de atos voluntários e conscientes.
• No Brasil foi sancionada a lei 12.318, que pune a
conduta dos pais e parentes alienadores –
advertência, multa, perda da guarda e suspensão
da autoridade parental.
• Art.2 Parágrafo único. Formas exemplificativas
de AP:
• Realizar campanha de desqualificação da
conduta do genitor no exercício da
paternidade ou maternidade;
• Dificultar o exercício da autoridade
parental.
• Dificultar contato de criança ou
adolescente com genitor.
• Dificultar o exercício do direito
regulamentado de convivência familiar.
• Omitir deliberadamente a genitor
informações pessoais relevantes sobre a
criança ou adolescente, inclusive
escolares, médicas e alterações de
endereço.
• Apresentar falsa denúncia contra genitor,
contra familiares deste ou contra avós,
para obstar ou dificultar a convivência
deles com a criança ou adolescente.
• Mudar o domicílio para local distante,
sem justificativa, visando a dificultar a
convivência da criança ou adolescente
com o outro genitor, com familiares deste
ou com avós.
• A AP constitui uma forma grave de abuso contra
a criança, contra a pessoa do alienado e contra a
família.

• Por isso, o alienador deve ser responsabilizado


perante a justiça civil e perante o juízo criminal.
• Tratamento psicológico

• Valente (2007) ressalta que é preciso ouvir os


pais alienadores com respeito e acuidade...

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