CRIMES DISPOSIÇÕES
DIFAMAÇÃO
CONTRA A HONRA COMUNS
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Honra: é o conjunto de predicados ou condições da pessoa que lhe conferem consideração social e
estima própria.
• Os crimes contra a honra são: calúnia (art. 138); difamação (art. 139) e injúria (art. 140).
Calúnia
4) Tipo objetivo: imputar falsamente fato definido como crime ou propalar ou divulgar tal fato,
sabendo falsas as imputações. O fato atribuído deve ser específico e determinado, sendo a
falsidade da imputação requisito essencial.
5) Tipo subjetivo: O dolo direto ou eventual na conduta de imputar e o dolo direto ou dolo direto
ou eventual na hipótese de propalar ou divulgar, além do elemento subjetivo do tipo “propósito de
ofender”. Não existe modalidade culposa.
6) Tipos de calúnia:
a) inequívoca ou explícita;
b) equívoca ou implícita;
c) reflexa.
Difamação
4) Tipo objetivo: atribuir ou imputar conduta que seja capaz de macular a reputação do sujeito
passivo, mas que não corresponda fato criminoso, e o fato deve ser determinado. A imputação
não necessita ser falsa. O delito é comissivo e pode ser praticado por qualquer meio. Entende-se
que o propalador realiza nova difamação.
5) Tipo subjetivo: dolo (direto ou eventual) e elemento subjetivo do tipo “intenção de ofender”.
Não admite modalidade culposa.
Injúria
1) Bem jurídico: a honra subjetiva (sentimento que cada pessoa tem a respeito de seu decoro ou
dignidade).
3) Sujeito passivo: qualquer pessoa física. A pessoa jurídica não possui honra subjetiva.
4) Tipo objetivo: imputar qualidade ou opinião negativa a respeito do ofendido e não fato. Havendo
dúvida a respeito de atribuição de fato ou qualidade negativa, deve-se optar pela injúria. Não precisa
ser levada ao conhecimento de terceiro, basta que o ofendido tome conhecimento. Pode ser praticado
por qualquer forma (verbal, escrita, gestos, ações).
5) Modalidades de injúria:
a) direta
b) oblíqua
c) simbólica
d) reflexa
e) dubitativa
f) implícita
6) Tipo subjetivo: dolo (direto ou eventual), e intenção de ofender. Não há a forma culposa.
8) Confronto: O crime de desacato (art. 331) se diferencia da injúria por exigir a presença física do
funcionário público, bem como que o fato ocorra em razão e por ocasião do exercício da função.
Ausente o funcionário, o fato constituirá injúria qualificada (art. 141, II).
10) Injúria real: É a praticada mediante violência ou vias de fato, aviltantes. Absorve a contravenção
das vias de fato, mas há concurso com as eventuais lesões corporais, graves ou leves.
Disposições comuns:
2) Formas majoradas: as penas aumentam-se de 1/3 (um terço), se qualquer dos crimes é cometido:
contra o Presidente da República ou contra Chefe de governo estrangeiro; contra funcionário público,
em razão de suas funções; na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da
calúnia, da difamação ou da injúria; contra pessoa maior de 60 anos ou portadora de deficiência.