DOR AGUDA
DOR CRÔNICA
Fishbain, 1996
Tang & Crane, 2006
Neurônios tipo A-delta – associados à pressão
mecânica e altas temperaturas
Manejo
inadequado
da Dor
Consequências
Procedimentos sem analgesia
Lisabelle Mariano Rossato Subtratamento
Escola de Enfermagem da USP
Perspectivas Éticas no cuidado à
criança em situação de dor
“Ele é um
“Ele é forte, não
menino grande”
vai chorar”
“Vamos tomar a
“Ela é boazinha” injeção bem quietinha
para ir para casa logo”
“Este curativo não dói,
não precisa chorar!”
“Não acredito que você
esteja chorando de novo, por
causa desse curativo. Ele não
dói!”
Fatores Culturais Sociais
Religiosos
Emocionais
Situacionais Econômicos
MEDO DA DOR
sexo
qualidade idade
localização
intensidade nível de conhecimento
duração aprendizado da família
cultura
McGRATH (1990)
“Tenho medo de ficar doente....
De internar, como eu estou
hoje... tenho medo de picar
(apontando o jelco), dói como
uma picada de formiga, só que
dói muito, eu não gosto!”
“Tia, pára, pára o curativo,
deixa eu respirar, (pergunto
se está doendo, pois não
tinha começado ainda) ele
responde “não, ainda não
está doendo, mas eu tenho
medo que dói”
Observação
Expressão
Facial
Fatores
socioculturais Reações
fisiológicas
Choro
Avaliação da dor Escalas
Idade
Auto-avaliação
Questionamento
Reações
comportamentais
Fronte saliente
Fenda palpebral estreitada
Sulco naso-labial aprofundado
Boca estirada
Língua tensa
Protusão da língua
Tremor de queixo
(Granau & Craig, 1987)
Instrumento Multidimensional
de avaliação da dor em RN
Expressão facial
Choro
Respiração
Braços
Pernas
Estado de consciência
(LAWERENCE,1993)
Escala comportamental
Face - face
Legs - pernas
Activty - atividade
Cry - choro
Consolability - consolabilidade
Instrumentos Multidimensionais
de avaliação da dor em RN
Escalas de faces
Escala de copos
0 1 2 3 4
0 1 2 3 4
(CLARO, 1993)
(WHALEY;CLARO
WONG, (1993)
1989)
WHALEY;WONG (1989)
Instrumentos Unidimensionais
ESCALA DE FACES
McGrath (1984)
Instrumentos Unidimensionais
Instrumentos Unidimensionais
ESCALA DE COPOS
Instrumento Multidimensional
INVENTÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA DOR McGill
•Avalia,
•Discrimina e
•Mensura
as diferentes dimensões da experiência dolorosa
Dimensões
Sensorial: a sensação física da dor
- Onde se localiza, sua intensidade, sua duração,
e sua qualidade (queimando, pulsando)
• 4 grandes grupos
• Sensorial, Afetivo, Avaliativo e Miscelânea
• 20 subgrupos
• os componentes sensorial (subgrupos de 1 a 10),
• os componentes afetivo (subgrupos de 11 a 15),
• os componentes avaliativo (subgrupo 16) e
• os componentes miscelânea (subgrupos de 17 a 20)
INVENTÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA DOR McGILL
1 5 9 13 17
1-vibração 1-beliscão 1-mal 1-castigante 1-espalha
2-tremor 2-aperto localizada 2-atormenta 2-irradia
3-pulsante 3-mordida 2-dolorida 3-cruel 3-penetra
4-latejante 4-cólica 3-machucada 14 4-atravessa
5-como batida 5-esmagamento 4-doída 1-amedrontadora 18
6-como 6 5-pesada 2-apavorante 1-aperta
pancada 1-fisgada 10 3-aterrorizante 2-adormece
2 2-puxão 1-sensível 4-maldita 3-repuxa
1-pontada 3-em torção 2-esticada 5-mortal 4-espreme
2-choque 7 3-esfolante 15 5-rasga
3-tiro 1-calor 4-rachando 1-miserável 19
3 2-queimação 11 2-enlouquecedora 1-fria
1-agulhada 3-fervente 1-cansativa 16 2-gelada
2-perfurante 4-em brasa 2-exaustiva 1-chata 3-congelante
3-facada 8 12 2-que incomoda 20
4-punhalada 1-formigamento 1-enjoada 3-desgastante 1-aborrecida
5-em lança 2-coceira 2-sufocante 4-forte 2-dá náusea
4 3-ardor 5-insuportável 3-agonizante
1-fina 4-ferroada 4-pavorosa
2-cortante 5-torturante
3-estraçalha
COMPONENTE AVALIATIVO
Forte
CARTÕES DE QUALIDADE DA DOR (Rossato et al, 1996)
COMPONENTE MISCELÂNIA
Fisiológicas Comportamentais
•taquicardia •agitação
•taquipneia •irritabilidade
•aumento da •hostilidade
pressão sanguínea •choro
•sudorese •franzir a testa
•rubor cutâneo •cerrar os olhos
•midríase •abrir a boca
Posturais
•criança indica a
localização da dor
REAÇÕES DA CRIANÇA FRENTE
À DOR CRÔNICA
Comportamentais
Fisiológicas
•tristeza
•depressão •imperceptíveis
•inapetência
•desânimo Posturais
•agressividade •idem à dor aguda
•cerrar os lábios
Assistência de Enfermagem
Descrença
Negação Ansiedade
Reações da família
frente à dor da criança
Força
Medo
Culpa Frustração
Assistência de Enfermagem
“É muito difícil, mas eu tenho que
ser forte”
Assistência Não-Farmacológica
ASSISTÊNCIA
DE
ENFERMAGEM Relaxamento
Preparo
Fármacos opiáceos
Fármacos não-opiáceos
Assistência Farmacológica
INTERVENÇÕES NÃO
FARMACOLÓGICAS DA DOR
Tratamento Não Farmacológico
(SHAH et al., 2012, HOLSTI; OBERLANDER; BRANT, 2011). (LEITE et al., 2009)
(CAMPBELL; FERNANDES; JOHNSTON, 2011).
Saturação Sensorial ou Estímulo Multissensorial
Jogos e brincadeiras
• Enquanto brincam as crianças projetam seus mundos
internos e expressam seus sentimentos
• Jogos livre e dirigido permitem, além de brincar, explorar
sentimentos e relacionamentos
Intervenções não-farmacológicas
Mágica
Ajuda a estabelecer o relacionamento com a criança e
fornece distração efetiva durante intervenções
dolorosas
Intervenções não-farmacológicas
Desenho
• Espontâneo e o dirigido
• O desenho é uma janela aberta para o mundo da criança, tal como
ela pensa que ele é
• A criança desenha para si própria, mas seu desenho sempre se
dirige a alguém real ou imaginário
Intervenções não-farmacológicas
Desenho
• O valor do desenho enquanto forma de comunicação e de relação
entre a criança e o adulto se configura na possibilidade do diálogo
• No momento em que a criança desenha, ela materializa, em seu
desenho, a imagem que criou internamente para dar conta das suas
emoções
Intervenções não-farmacológicas
Livros
Livros
• Avalie o desenvolvimento cognitivo da criança para
escolher o livro
Amigos
Video VACINA
Objetivos
• A criança sente-se:
• acolhida
• aceita
• aliviada de seus sentimentos difíceis
• percebe um clima de confiança e
TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO DA DOR
Tratamento Farmacológico
Indicações do fármaco
Vias de administração
Doses adequadas
Reduz as respostas
Sedação comportamentais
decorrentes da
ocorrência de dor.
Tratamento Farmacológico
Terapêutica
intervencionista
Analgésicos
opióides
fortes
Analgésicos
opióides
fracos
Analgésicos
não-opióides
Escada Analgésica para
+ Adjuvantes o tratamento da dor
oncológica, proposta
pela OMS.
Analgésicos Não-Opióides
Particularidades:
Metabolismo hepático
Ibuprofeno Cetorolaco
Dipirona AAS
Paracetamol
Naproxeno Diclofenaco
Indometacina
Analgésicos Opioides
Receptores Receptores
específicos no específicos na
SNC medula
Inibição da Inibição da
transmissão do aferência da dor
estímulo e ativação das
nociceptivo aos vias inibitórias
centros
superiores
Analgésicos Opioides
Morfina Fentanil
Meperidina Tramadol
Sedativos
Verificar FR, P, PA
Requisitos mínimos do enfermeiro no
cuidado da criança com dor e sua
família
Saber
Empatia
reconhecer
Saber distinguir Desenvolver Disponibilidade
reações relacionamento assistência
• Autoestima
humor, relacionamento afetivo, atividade sexual e
as repercussões sobre o trabalho
LUTO: A DOR DA PERDA
• O processo de luto é uma reação à perda de algo efetivamente
importante, seja a morte de alguém querido ou a perda do
emprego
• Não existe uma forma de certa de fazer o luto
• Sempre traz sofrimento
O profissional deve apresentar, principalmente,
sensibilidade :
(Franco, 2002)
“Todos nós crescemos convencidos de que o grande
vale mais do que o pequeno...É chato esticar-se todo na
ponta dos dedos e não conseguir alcançar o objeto
almejado; é duro, para as pernas curtas, tentar
acompanhar os adultos a passos miúdos; o copo teima
em cair da mãozinha pequena... quanto esforço para
sentar numa cadeira, subir uma escada...olhar pela
janela, apanhar um objeto...tudo está sempre alto
demais. É incômodo ser pequeno, é chato. Para
conquistar respeito e admiração é preciso ser grande,
ocupar muito espaço. O que é pequeno é banal e
desinteressante.
Gente pequena, necessidades pequenas. A criança é
pequena, é leve, é pouca coisa...Pior ainda, a criança é
fraca...Se ela não obedece, temos força de sobra para
impor a nossa vontade. Basta dizer “não se afaste, não
toque, passe para lá”... A criança já sabe que não há
como resistir...A sensação de impotência faz surgir o
culto pela força...É através do nosso exemplo que a
criança aprende a menosprezar aquilo que é fraco”.
KORCZAK (1994)