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Manejo da dor em pediatria

Profa Dra Lisabelle Mariano Rossato


Depto Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo
rossato@usp.br
Objetivos
• Proporcionar espaço de discussão sobre manejo da
dor e desafios da prática diária.

• Subsidiar profissionais com ferramentas disponíveis


para o movimento de implantação da avaliação e
manejo adequados da dor.
Definição de dor

“Dor é o que o paciente diz


ser e existe quando ele diz
existir” McCAFFERY (1983)
Definição de dor IASP, (1979)

“Dor é uma experiência


sensorial e emocional
desagradável, associada a
lesões reais ou potenciais.
A dor é sempre subjetiva”
TIPOS DE DOR

DOR AGUDA

 Uma sensação de curta duração (menos


de 6 meses), em resposta a um trauma
específico

 Tem a função de alertar de um perigo e


ensinar

Lisabelle Mariano Rossato


Escola de Enfermagem da USP
TIPOS DE DOR

DOR CRÔNICA

 Dura mais de 6 meses


 Abuso de medicamentos
 Insônia
 Impede a execução de outras funções
 Sensação de desamparo e desespero
 Depressão
 Possibilidade de suicídio

Lisabelle Mariano Rossato


Escola de Enfermagem da USP
DOR CRÔNICA E SUICÍDIO

 A dor crônica pode ser mais debilitante fisicamente e


emocionalmente do que o próprio trauma.

 Dor crônica é relacionada à depressão e catastrofismo.

 Dor crônica significa risco maior de:


 Pensamentos suicidas.
 Tentativas de suicídio.
 Suicídios bem sucedidos.
 MÊS DE PREVENÇÃO de suicidio

Fishbain, 1996
Tang & Crane, 2006
 Neurônios tipo A-delta – associados à pressão
mecânica e altas temperaturas

 Largos, mielinizados, velocidade de 4-30m/seg


 Breves, agudos, de curta duração, localizados

 Neurônios tipo C – associados a estímulos


químicos, mecânicos e térmicos

 Estreitos, não mielinizados, velocidade de


transmissão 0,5-2,0m/seg
 Início demorado, difuso, pulsante
O desenvolvimento do substrato anatômico
necessário para transmissão da dor

O desenvolvimento das vias anatômicas


necessárias para a transmissão da dor ocorre,
principalmente, na vida fetal e nos primeiros
meses de vida

A terminação nervosa nociceptiva cutânea do


recém-nascido é igual ou maior que a de um
adulto a partir de 20 semanas
O desenvolvimento do substrato anatômico
necessário para transmissão da dor

A mielinização incompleta tem sido um dos


argumentos de que o recém-nascido não tem
capacidade de percepção da dor,
mas mesmo nos adultos, 75% da
transmissão se faz por fibras não
mielinizadas e apesar deste tipo de
transmissão ser mais lenta,
no RN as vias são mais curtas, de forma que
a transmissão se faz na mesma velocidade.
O desenvolvimento do substrato anatômico
necessário para transmissão da dor

Hoje sabe-se, portanto, que o recém-nascido


tem os componentes funcionais e anatômicos
necessários para perceber um estímulo
doloroso

 O desenvolvimento que acontece após o


nascimento das vias da dor envolvem o
refinamento destas conexões sensoriais com
o sistema límbico e as áreas afetivas e
associativas da córtex cerebral
Evolução da nocicepção

Puchalski M, 2002 (www.paulomargotto.com.br)


Formação das vias neuronais de
percepção e resposta à dor:
Receptores sensoriais começam a
surgir na pele em volta da boca na
7ª semana. Na 20ª semana já estão
presentes em todas superfícies
cutâneas e mucosas.

Neurônios sensitivos estão


presentes na medula antes da 13ª
semana.
Formação das vias neuronais de
percepção e resposta à dor:
As vias de condução da dor até o
cérebro estão completamente
mielinizadas na 30ª semana.

O prematuro conduz a dor até o


cérebro igual a um adulto, porém as
vias descendentes inibitórias só
amadurecem mais tardiamente, o que
faz com que o RNPT sinta dor mais
prolongada e intensa.
Porque avaliar a dor em criança?
- Dor traz danos e limitações às crianças;

- Aliviar a dor é uma necessidade humana básica;

- Toda criança tem o direito a não sentir dor;


Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
Resolução nº 41 de 13/10/1995
Direitos da Criança e do Adolescente Hospitalizados:
Artigo 7º - "Direito a não sentir dor, quando existem meios
para evitá-la”.

- Para saber qual a conduta a ser implementada;


- Questões humanitárias.
“O sofrimento somente é intolerável se ninguém
cuida” (Saunders, C)
Mitos
Falta de conhecimentos recém-nascido e criança
Ellis et al 2004
Van Hulle, 2005
Marche et al 2004
Griffin, Polit, Byrne, 2008
Van Hulle, 2005
Jacob, Puntillo, 1999
Hamers et al,1998

Falha na formação Rotinas cristalizadas


Van Hulle, 2005 Gaffney, Dunne,1987
Griffin et al 2008 Van Hulle, Denyes, 2004
Jacob, Puntillo, 1999 Salantera et al1999
Hamers et al 1998 Broome et al1992

Manejo
inadequado
da Dor

Consequências
Procedimentos sem analgesia
Lisabelle Mariano Rossato Subtratamento
Escola de Enfermagem da USP
Perspectivas Éticas no cuidado à
criança em situação de dor

• O alívio da dor é um dever ético


Johnson, 2004

• Impacto do subtratamento da dor da criança

• Necessidade de um engajamento efetivo do


enfermeiro com a criança
Gaffney, 1987
Ellis 2002

• Utilização de práticas baseadas em evidência


para manejar a dor da criança e aliviar seu
sofrimento
Olmstead et al, 2010
EVITE esses comentários

“Você é “Menino não chora”


corajosa”

“Ele é um
“Ele é forte, não
menino grande”
vai chorar”

“Vamos tomar a
“Ela é boazinha” injeção bem quietinha
para ir para casa logo”
“Este curativo não dói,
não precisa chorar!”
“Não acredito que você
esteja chorando de novo, por
causa desse curativo. Ele não
dói!”
Fatores Culturais Sociais
Religiosos

Emocionais
Situacionais Econômicos

MEDO DA DOR

ESTÍMULO SENSAÇÃO DE DOR


DOLOROSO DA CRIANÇA

sexo
qualidade idade
localização
intensidade nível de conhecimento
duração aprendizado da família
cultura
McGRATH (1990)
“Tenho medo de ficar doente....
De internar, como eu estou
hoje... tenho medo de picar
(apontando o jelco), dói como
uma picada de formiga, só que
dói muito, eu não gosto!”
“Tia, pára, pára o curativo,
deixa eu respirar, (pergunto
se está doendo, pois não
tinha começado ainda) ele
responde “não, ainda não
está doendo, mas eu tenho
medo que dói”
Observação
Expressão
Facial
Fatores
socioculturais Reações
fisiológicas

Choro
Avaliação da dor Escalas

Idade

Auto-avaliação
Questionamento
Reações
comportamentais

Lisabelle Mariano Rossato


Escola de Enfermagem da USP
INSTRUMENTO UNIDIMENSIONAL DE
AVALIAÇÃO DA DOR EM RN

NFCS (Sistema de Codificação da Atividade Facial


Neonatal)

 Fronte saliente
 Fenda palpebral estreitada
 Sulco naso-labial aprofundado
 Boca estirada
 Língua tensa
 Protusão da língua
 Tremor de queixo
(Granau & Craig, 1987)
Instrumento Multidimensional
de avaliação da dor em RN

NIPS (Neonatal Infant Pain Scale)

 Expressão facial
 Choro
 Respiração
 Braços
 Pernas
 Estado de consciência
(LAWERENCE,1993)
Escala comportamental

FLACC (Merkel, University of Michigan Health System)

Face - face

Legs - pernas

Activty - atividade

Cry - choro

Consolability - consolabilidade
Instrumentos Multidimensionais
de avaliação da dor em RN

PIPP (Premature Infant Profile)


 Observação do RN
 Estado de alerta
 Alterações comportamentais
(STEVENS et al, 1996)

CRIES (crying, requires O2 for saturation above


95%, increased vital signs, expression and
sleeplessness)
(KRECHEL & BILDNER, 1995)
Instrumentos Unidimensionais X Quantidade
Intensidade

Escalas de faces
Escala de copos

Instrumento Multidimensional X Qualidade


Sensorial
Afetiva
Avaliativa

Inventário para avaliação da dor McGill


Instrumentos Unidimensionais
ESCALA DE FACES

Ilustração: Mauricio de Souza

0 1 2 3 4

0 1 2 3 4
(CLARO, 1993)
(WHALEY;CLARO
WONG, (1993)
1989)

WHALEY;WONG (1989)
Instrumentos Unidimensionais
ESCALA DE FACES

McGrath (1984)
Instrumentos Unidimensionais
Instrumentos Unidimensionais
ESCALA DE COPOS
Instrumento Multidimensional
INVENTÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA DOR McGill

Três dimensões da dor


Sensorial-discriminativa
Motivacional-afetiva
Cognitiva-avaliativa

•Avalia,
•Discrimina e
•Mensura
as diferentes dimensões da experiência dolorosa
Dimensões
 Sensorial: a sensação física da dor
- Onde se localiza, sua intensidade, sua duração,
e sua qualidade (queimando, pulsando)

 Afetiva:a sensação emotiva da dor


- Assustadora, preocupante

 Avaliativa:A intensidade subjetiva global da dor


- Insuportável, estressante
INVENTÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA DOR
McGill

• Compreende 78 palavras (descritores)

• 4 grandes grupos
• Sensorial, Afetivo, Avaliativo e Miscelânea

• 20 subgrupos
• os componentes sensorial (subgrupos de 1 a 10),
• os componentes afetivo (subgrupos de 11 a 15),
• os componentes avaliativo (subgrupo 16) e
• os componentes miscelânea (subgrupos de 17 a 20)
INVENTÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA DOR McGILL
1 5 9 13 17
1-vibração 1-beliscão 1-mal 1-castigante 1-espalha
2-tremor 2-aperto localizada 2-atormenta 2-irradia
3-pulsante 3-mordida 2-dolorida 3-cruel 3-penetra
4-latejante 4-cólica 3-machucada 14 4-atravessa
5-como batida 5-esmagamento 4-doída 1-amedrontadora 18
6-como 6 5-pesada 2-apavorante 1-aperta
pancada 1-fisgada 10 3-aterrorizante 2-adormece
2 2-puxão 1-sensível 4-maldita 3-repuxa
1-pontada 3-em torção 2-esticada 5-mortal 4-espreme
2-choque 7 3-esfolante 15 5-rasga
3-tiro 1-calor 4-rachando 1-miserável 19
3 2-queimação 11 2-enlouquecedora 1-fria
1-agulhada 3-fervente 1-cansativa 16 2-gelada
2-perfurante 4-em brasa 2-exaustiva 1-chata 3-congelante
3-facada 8 12 2-que incomoda 20
4-punhalada 1-formigamento 1-enjoada 3-desgastante 1-aborrecida
5-em lança 2-coceira 2-sufocante 4-forte 2-dá náusea
4 3-ardor 5-insuportável 3-agonizante
1-fina 4-ferroada 4-pavorosa
2-cortante 5-torturante
3-estraçalha

NÚMERO DE DESCRITORES ÍNDICE DE DOR


SENSORIAL 1-10 SENSORIAL
AFETIVO 11-15 AFETIVO
AVALIATIVO 16 AVALIATIVO
MISCELÂNIA 17-20 MISCELÂNIA
TOTAL TOTAL
“É uma dor como se fosse
arrebentar”
(explicando como é a dor do
vômito)
‘É uma dor pesada, não podia
descansar”
(explicando a dor da perna
antes da desarticulação)
“A dor da gengiva doía como
uma formiga picando, daquelas
grandes”

“Na perna é dor normal, só que


dói muito, igual a dor de
cabeça, só que dói mais”
CARTÕES DE QUALIDADE DA DOR (Rossato et al, 1996)
COMPONENTE SENSORIAL COMPONENTE SENSORIAL

Formigamento Repuxa Agulhada


Latejante Dolorida

Queimação Fisgada Mordida


CARTÕES DE QUALIDADE DA DOR (Rossato et al, 1996)
COMPONENTE AFETIVO COMPONENTE AFETIVO

Apavorante Enlouquecedora Cansativa Enjoada Atormenta

COMPONENTE AVALIATIVO

Forte
CARTÕES DE QUALIDADE DA DOR (Rossato et al, 1996)

COMPONENTE MISCELÂNIA

Em Aperto Fria Aborrecida Espalha


Resposta causada pela dor

 liberação de catecolaminas, hormônio de


crescimento, glucagon, cortisol, aldosterona;

 supressão da liberação de insulina, tendo como


consequência o aumento da frequência cardíaca e
respiratória, pressão arterial e intracraniana e
diminuição da oxigenação.
REAÇÕES DA CRIANÇA FRENTE
À DOR AGUDA

Fisiológicas Comportamentais

•taquicardia •agitação
•taquipneia •irritabilidade
•aumento da •hostilidade
pressão sanguínea •choro
•sudorese •franzir a testa
•rubor cutâneo •cerrar os olhos
•midríase •abrir a boca

Posturais
•criança indica a
localização da dor
REAÇÕES DA CRIANÇA FRENTE
À DOR CRÔNICA

Comportamentais
Fisiológicas
•tristeza
•depressão •imperceptíveis
•inapetência
•desânimo Posturais
•agressividade •idem à dor aguda
•cerrar os lábios
Assistência de Enfermagem

Descrença
Negação Ansiedade

Reações da família
frente à dor da criança
Força
Medo
Culpa Frustração

Assistência de Enfermagem
“É muito difícil, mas eu tenho que
ser forte”
Assistência Não-Farmacológica

Aplicação calor/frio Distração

ASSISTÊNCIA
DE
ENFERMAGEM Relaxamento
Preparo

Fármacos opiáceos
Fármacos não-opiáceos

Assistência Farmacológica
INTERVENÇÕES NÃO
FARMACOLÓGICAS DA DOR
Tratamento Não Farmacológico

São métodos de controle da dor que


envolvem a utilização de intervenções
não farmacológicas.
Podem ser dividias em sensoriais, que
têm como foco criar um ambiente
confortável e estímulos sensoriais
agradáveis (ex.: sucção não nutritiva,
contenção facilitada, soluções
adocicadas), e maternas (ex.: posição
canguru, amamentação)
(FERNANDES et al., 2011).
Soluções adocicadas
Possuem forte nível de evidência científica, sendo de
fácil administração e eficiente poder analgésico em
procedimentos de dor leve a moderada, tal como
punção de calcâneo, punção venosa, injeção
intramuscular, entre outros (STEVENS et al., 2013).
Idade gestacional do recém-nascido Dosagem de sacarose 24%
por procedimento
Entre 24–26 semanas 0,1 mL
Entre 27–31 semanas 0,25 mL
Entre 32–36 semanas 0,5 mL
Mais de 37 semanas 1 mL
Fonte: ANAND et al., 2011.

Recomenda-se a administração via oral com


seringa, no terço anterior da língua ou lateral.
Não ultrapassar 10 doses em 24h.
Método pele a pele

Consiste em colocar o recém-nascido vestido somente


de fralda em contato pele-a-pele direto com o tórax da
mãe ou outro cuidador, antes do procedimento
doloroso, e manter essa posição durante e após a
realização do mesmo até que o bebê se recupere.

É um método natural e de baixo custo de implantação,


é necessária uma cadeira confortável para a mãe.
Promove efeitos benéficos na redução da mímica facial
de dor, menor tempo de choro e menor elevação da
frequência cardíaca (WARNOCK et al., 2010).
Contenção Facilitada
Consiste em conter os braços e pernas do recém-
nascido, mantendo-os em uma posição fletida em linha
média, próximos ao tronco.
Recomenda-se iniciar a contenção 03 minutos antes do
procedimento doloroso e permanecer durante 03
minutos após ou até o bebê se recuperar
completamente. São necessárias duas pessoas para
realizar essa intervenção: uma pessoa irá abraçar com
as mãos a parte posterior da cabeça do bebê, e a outra
mão irá abraçar as nádegas do bebê; e a outra pessoa
fará o procedimento. A mãe ou outro membro da família
pode auxiliar na contenção. Na ausência de uma
segunda pessoa, a contenção pode ser feita com a ajuda
de rolos e coxins. A combinação da contenção facilitada
com a sacarose e a sucção não nutritiva facilita o sono
profundo do recém-nascido durante um procedimento
doloroso.
(LIAW et al., 2012; AXELIN et al., 2009); (HARTLEY; MILLER; GEPHART, 2015; OBEIDAT
et al., 2009)
Amamentação
Indicada para o alívio da dor em recém-nascidos a
termo até 6 meses de idade, e pré-termo, estáveis e
que tenham capacidade de sucção eficiente, durante
procedimentos de dor leve a moderada, tal como,
punção de calcâneo, punção venosa ou injeção
intramuscular.
Recomenda-se que o bebê seja estimulado a sugar o
seio materno cerca de 5 minutos antes do
procedimento dolorosos, e continue até a
recuperação após o termino do procedimento. A
amamentação pode ser tão efetiva quanto a sacarose,
ou até possuir maior potencial analgésico, constituindo-
se em uma alternativa eficaz, segura e natural para o
alívio da dor neonatal, além de também incentivar o
aleitamento materno.

(SHAH et al., 2012, HOLSTI; OBERLANDER; BRANT, 2011). (LEITE et al., 2009)
(CAMPBELL; FERNANDES; JOHNSTON, 2011).
Saturação Sensorial ou Estímulo Multissensorial

Refere-se à combinação de diversão intervenções para


o alívio da dor, tal como solução adocicada, toque, e
estímulo auditivo.
Recomenda-se que a mãe ou profissional fale com o
bebê para atrair sua atenção, massageie a bochecha
do bebê enquanto administra algumas gotas de
solução adocicada na língua para estimular que o bebê
sugue, e quando o bebê estiver estabelecido um
padrão de sucção, realize o procedimento e continue
estimulando o bebê.

(BELLIENI; TEI; BUONOCORE, 2012); (CAMPBELL-YEO; FERNANDES; JOHNSTON,


2011)
Escada Analgésica para Neonatos
Intervenções não-farmacológicas

Jogos e brincadeiras
• Enquanto brincam as crianças projetam seus mundos
internos e expressam seus sentimentos
• Jogos livre e dirigido permitem, além de brincar, explorar
sentimentos e relacionamentos
Intervenções não-farmacológicas

Mágica
Ajuda a estabelecer o relacionamento com a criança e
fornece distração efetiva durante intervenções
dolorosas
Intervenções não-farmacológicas

Desenho
• Espontâneo e o dirigido
• O desenho é uma janela aberta para o mundo da criança, tal como
ela pensa que ele é
• A criança desenha para si própria, mas seu desenho sempre se
dirige a alguém real ou imaginário
Intervenções não-farmacológicas

Desenho
• O valor do desenho enquanto forma de comunicação e de relação
entre a criança e o adulto se configura na possibilidade do diálogo
• No momento em que a criança desenha, ela materializa, em seu
desenho, a imagem que criou internamente para dar conta das suas
emoções
Intervenções não-farmacológicas

Livros

 O livro pode ser usado em um processo terapêutico


ou de apoio
 Oportunidade para a criança explorar um evento
igual ao seu próprio
Intervenções não-farmacológicas

Livros
• Avalie o desenvolvimento cognitivo da criança para
escolher o livro

• Esteja familiarizado com o conteúdo do livro

• Leia o livro para a criança

• Explore o significado do livro com a criança


Intervenções não-farmacológicas

Amigos
Video VACINA
Objetivos

• Estabelecer relação de confiança com a criança


• Ajudar a criança a se sentir segura no momento de
enfrentar a situação dolorosa
• Facilitar a percepção e a comunicação da criança em
relação à experiência
Objetivos

• Substituir conceitos errados ou fantasias relativas a


qualquer situação difícil
• Permitir que a criança expresse suas emoções de
forma segura
• Deixar transparecer para criança e seus pais que são
considerados como pessoas
Objetivos

• Diminuir o medo, ajudar a liberar tensão antes,


durante e após a experiência difícil
• Tentar fornecer meios para que a experiência
seja o menos traumática possível,
transformando-se até em oportunidade de
amadurecimento para a criança e seus pais
Efeitos da Intervenção efetiva

• A criança sente-se:
• acolhida
• aceita
• aliviada de seus sentimentos difíceis
• percebe um clima de confiança e
TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO DA DOR
Tratamento Farmacológico

Embora a enfermeira não prescreva os


fármacos, é fundamental que ela
conheça:

 Indicações do fármaco

 Vias de metabolismo e excreção

 Vias de administração

 Doses adequadas

 Possíveis eventos adversos


Tratamento Farmacológico

Atua diretamente nas


Analgesia vias de dor, reduzindo
sua ocorrência.

Reduz as respostas
Sedação comportamentais
decorrentes da
ocorrência de dor.
Tratamento Farmacológico
Terapêutica
intervencionista

Analgésicos
opióides
fortes

Analgésicos
opióides
fracos

Analgésicos
não-opióides
Escada Analgésica para
+ Adjuvantes o tratamento da dor
oncológica, proposta
pela OMS.
Analgésicos Não-Opióides

Tratamento da dor leve a moderada, na


presença de processo inflamatório, como
tratamento adjuvante na redução da
dose total de analgésicos potentes ou
em situações em que a depressão
respiratória pode ser desencadeada
pelos opióides.
Analgésicos Não-Opióides

Particularidades:

 Os anti-inflamatórios não esteroidais atuam


mediante inibição da ciclooxigenase e bloqueiam a
síntese de prostaglandinas. Possuem efeito
analgésico, anti-inflamatório e antipirético. Pico de
ação em torno de 60 minutos

 Metabolismo hepático

 Risco de toxicidade hepática na administração de


doses elevadas ou repetidas
Analgésicos Não-Opioides

Ibuprofeno Cetorolaco

Dipirona AAS
Paracetamol

Naproxeno Diclofenaco

Indometacina
Analgésicos Opioides

Tratamento da dor moderada a intensa,


no pós-operatório de grandes cirurgias e
crianças criticamente enfermas.
Analgésicos Opioides

Receptores Receptores
específicos no específicos na
SNC medula

Inibição da Inibição da
transmissão do aferência da dor
estímulo e ativação das
nociceptivo aos vias inibitórias
centros
superiores
Analgésicos Opioides

Morfina Fentanil

Meperidina Tramadol
Sedativos

Indicados principalmente para a realização


de exames diagnósticos, que requerem
imobilidade da criança.
Reduzem agitação, atividade motora e
movimentação.
Não reduzem a dor.
Sedativos

Os sedativos mais utilizados crinaças


incluem:
Midazolan
Hidrato de cloral
Qual o papel do Enfermeiro?

Avaliar a ocorrência de dor (junto da aferição de


dados vitais e na suspeita de dor ou conforme
protocolo institucional);
 Prescrever medidas não-farmacológicas;
Conhecer protocolos de administração do fármacos;
Prescrever intervenções de enfermagem para prevenir
e tratar eventuais eventos adversos;
Comunicar à equipe médica caso os escores de dor
mantenham-se significativos, mesmo após a
associação de métodos farmacológicos e não-
farmacológicos.
Os pacientes submetidos a esses medicamentos
devem ser monitorizados

Verificar FR, P, PA
Requisitos mínimos do enfermeiro no
cuidado da criança com dor e sua
família

Saber
Empatia
reconhecer
Saber distinguir Desenvolver Disponibilidade
reações relacionamento assistência

Compartilhar a experiência da criança


com dor e sua família
A equipe deve tentar sempre
“falar a mesma língua”
A DOR ENVOLVE PERDAS
• Autonomia
sono, apetite, movimentação, lazer, atividade
física e autocuidado para higiene e alimentação

• Autoestima
humor, relacionamento afetivo, atividade sexual e
as repercussões sobre o trabalho
LUTO: A DOR DA PERDA
• O processo de luto é uma reação à perda de algo efetivamente
importante, seja a morte de alguém querido ou a perda do
emprego
• Não existe uma forma de certa de fazer o luto
• Sempre traz sofrimento
O profissional deve apresentar, principalmente,
sensibilidade :

• pela pessoa total;


• para problemas de dor e desconforto;
• para buscar comunicação honesta e aberta;
• pela autonomia e necessidades do indivíduo;
• pelas diferenças culturais;
• pelos objetivos;
• pelas famílias
• pelos diferentes grupos etários e étnicos
LUTO: A DOR DA PERDA:
visão dos profissionais

• Luto da equipe: revelações dos profissionais de enfermagem sobre


o cuidado à criança/adolescente no processo de morte e morrer

(Costa, Lima 2005)

• Compartilhando o processo de morte com a família: a experiência


da enfermeira na UTI pediátrica

(Poles, Bousso 2006)


LUTO: A DOR DA PERDA:
visão da família

O processo de luto tem início a partir do


momento em que é recebido o diagnóstico de
uma doença fatal ou potencialmente fatal.

(Franco, 2002)
“Todos nós crescemos convencidos de que o grande
vale mais do que o pequeno...É chato esticar-se todo na
ponta dos dedos e não conseguir alcançar o objeto
almejado; é duro, para as pernas curtas, tentar
acompanhar os adultos a passos miúdos; o copo teima
em cair da mãozinha pequena... quanto esforço para
sentar numa cadeira, subir uma escada...olhar pela
janela, apanhar um objeto...tudo está sempre alto
demais. É incômodo ser pequeno, é chato. Para
conquistar respeito e admiração é preciso ser grande,
ocupar muito espaço. O que é pequeno é banal e
desinteressante.
Gente pequena, necessidades pequenas. A criança é
pequena, é leve, é pouca coisa...Pior ainda, a criança é
fraca...Se ela não obedece, temos força de sobra para
impor a nossa vontade. Basta dizer “não se afaste, não
toque, passe para lá”... A criança já sabe que não há
como resistir...A sensação de impotência faz surgir o
culto pela força...É através do nosso exemplo que a
criança aprende a menosprezar aquilo que é fraco”.
KORCZAK (1994)

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