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Josedilson Amorim | Consultor Tributário-Fiscal

Josedilson@jhaconsulting.com.br
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Josedilson Amorim
Consultor Tributário-Fiscal

Josedilson Amorim | Consultor Tributário-Fiscal


JHA Consulting - Consultoria Tributária e Fiscal
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PIS e COFINS
Regime Cumulativo

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JHA Consulting - Consultoria Tributária e Fiscal 3
PREVISÃO CONSTITUCIONAL DAS CONTRIBUIÇÕES

As Contribuições Sociais estão previstas na


Constituição Federal de 1988, nos artigos
149, 195, além do art. 34, § 1º do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.

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PIS e COFINS – Cumulativo e Não-Cumulativo
INSTITUIÇÃO DO PIS

O PIS - Programa de Integração Social foi


instituído pela Lei Complementar nº 7, de 7 de
setembro de 1970, portanto, anteriormente à
Constituição Federal atualmente vigente, de
1988.
Atualmente, tem o objetivo de custear o seguro-
desemprego e do abono aos empregados com média de
até dois salários mínimos de remuneração mensal, além
de financiar programas de desenvolvimento econômico
através do BNDES.

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PIS e COFINS – Cumulativo e Não-Cumulativo
INSTITUIÇÃO DA COFINS

A COFINS foi instituída pela Lei complementar nº 70, de


30 de dezembro de 1991. Sucedeu ao FINSOCIAL -
Fundo de Investimento Social, criado pelo Decreto-lei nº
1940 de 1.982, declarado inconstitucional pelo STF em
controle difuso de constitucionalidade, e extinto pela LC
nº 70 de 1991.

Destina-se exclusivamente às despesas com atividades-fins


das áreas de saúde, previdência e assistência social, ou seja,
o financiamento da seguridade social.

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PIS e COFINS – Cumulativo e Não-Cumulativo
MODALIDADES DO PIS/COFINS
A contribuição para o PIS compreende três
modalidades:
1- sobre o faturamento;
2- sobre a folha de pagamento;
3- sobre importação.
•Na modalidade faturamento, os contribuintes são as pessoas
jurídicas de direito privado, e todas as pessoas a elas
equiparadas.

•Na modalidade folha de pagamento, contribuem as entidades


sem fins lucrativos que tenham empregados.
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MODALIDADES DO PIS/COFINS

A COFINS, existe nas seguintes modalidades:

1- sobre o faturamento;
2- sobre importação.

O regime cumulativo incide sobre o faturamento, sem direito


a quaisquer deduções de créditos.

O regime não-cumulativo, por sua vez, constitui-se em


sistema de créditos e débitos, onde um compensa o outro.

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FATO GERADOR E PERIODICIDADE

O fato gerador das contribuições é


auferir receita.
Assim, sempre que uma pessoa
jurídica auferir receitas, ressalvadas
as exclusões, isenções, ou outros
benefícios, estará sujeita ao
pagamento de PIS e de COFINS.

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FATO GERADOR E PERIODICIDADE

A periodicidade dessas
contribuições é MENSAL, de forma
que mensalmente deve-se verificar as
receitas auferidas, para fins de
verificação da incidência da
contribuição para o PIS/PASEP e da
COFINS.

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BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES
A base de cálculo das contribuições é o
faturamento, que corresponde à receita bruta.
 A receita deve ser tomada sem o IPI, mas sem
dedução do ICMS destacado, que integra a
receita bruta.

queO a§ receita
1º do art. 3º da Lei nº 9.718 de 1998, que dispunha
bruta compreende a totalidade das receitas
auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo
de atividade por ela exercida e a classificação contábil
adotada para as receitas, foi revogado pela Lei nº 11.941
de 27.05.2009.
11
BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Na prática, a partir de 28.08.2009, não


há mais a incidência das contribuições
sobre receitas não compreendidas em
seu objeto social (Receitas não
operacionais).

 Mas, para reaver os valores pagos


no passado a esse título, o contribuinte
deverá ingressar com ação individual
no Poder Judiciário.
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BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Regime de Competência
 Como regra geral, as receitas devem ser
consideradas por regime de competência, ou
seja, independentemente de sua realização.
 Dessa forma, mesmo sem reflexos no caixa da
empresa, as receitas auferidas no período de
apuração devem ser consideradas para fins de
cálculo das contribuições.
 Esse regime deve ser seguido ainda por todas as
empresas do Lucro Real, que não tem a opção pelo
regime de caixa, que veremos a seguir.

13
BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Regime de Caixa
As pessoas jurídicas optantes pelo lucro
presumido poderão adotar o regime de
caixa, para fins de apuração da base de
cálculo mensal do PIS e da COFINS, desde
que também tenham adotado este regime
para apuração trimestral do IRPJ e da CSLL.

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BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Regime de Caixa

Assim, ressalvadas as empresas tributadas


pelo Lucro Real, pode-se considerar as
receitas observando tal regime (em
consonância, portanto, com a realização da
receita).

15
BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Regime de Caixa
Os valores recebidos antecipadamente, por
conta da venda de bens ou da prestação de
serviços, somente serão computados como
receita:
 No mês em que se der o faturamento; ou
 Na entrega do bem ou da conclusão dos
serviços.
Sempre o que primeiro ocorrer.
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BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Exclusões admitidas
Para efeito de apuração da base de cálculo
do PIS e da COFINS, podem ser excluídos
ou deduzidos da receita bruta, quando a
tenham integrado, os valores:

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BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES
Exclusões admitidas
 as vendas canceladas;

 os descontos incondicionais concedidos;

o ICMS - substituto tributário, quando


destacado em nota fiscal e cobrado pelo
vendedor;
 a parcela do ICMS recolhida antecipadamente,
por ocasião da importação do exterior ou da
aquisição de Estado não signatário nos
termos do Protocolo ICMS nº 46, de 2000.
(Trigo)

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BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Exclusões admitidas

 Ver também:
 Exclusões e Deduções Específicas
 Disposições Especiais sobre Receitas

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ALÍQUOTAS

As alíquotas do PIS e COFINS para as pessoas


jurídicas ou para as receitas não inseridas na
sistemática da "não-cumulatividade" são de:

 0,65% para o PIS/PASEP; e

 3,00% para a COFINS.

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ALÍQUOTAS

Alíquota Zero
 Há na legislação, de forma esparsa, diversas
receitas amparadas pela alíquota zero no que
se refere à tributação de PIS e de COFINS.
 Para ver os produtos e serviços beneficiados, e
seus fundamentos legais, veja o Anexo:
Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS -
Produtos e serviços sujeitos à alíquota zero.

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ISENÇÃO E NÃO INCIDÊNCIA DO PIS E DA COFINS

O PIS/PASEP e a COFINS não incidirão sobre as


receitas decorrentes:
 da exportação de mercadorias para o exterior;
 dos serviços prestados à pessoa física ou jurídica
residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento
represente ingresso de divisas;
 do fornecimento de mercadorias ou serviços para uso
ou consumo de bordo em embarcações e aeronaves
em tráfego internacional, quando o pagamento for
efetuado em moeda conversível;
 do transporte internacional de cargas ou passageiros;

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ISENÇÃO E NÃO INCIDÊNCIA DO PIS E DA COFINS

 auferidas pelos estaleiros navais brasileiros nas


atividades de construção, conservação
modernização, conversão e reparo de embarcações
pré-registradas ou registradas no Registro Especial
Brasileiro - REB, instituído pela Lei nº 9.432, de 8 de
janeiro de 1997;
 de frete de mercadorias transportadas entre o País e
o exterior pelas embarcações registradas no REB, de
que trata o art. 11 da Lei nº 9.432, de 1997;

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ISENÇÃO E NÃO INCIDÊNCIA DO PIS E DA COFINS

 de vendas realizadas pelo produtor-vendedor às


empresas comerciais exportadoras nos termos do
Decreto-Lei nº 1.248, de 29 de novembro de 1972, e
alterações posteriores, desde que destinadas ao fim
específico de exportação para o exterior;
 de vendas, com fim específico de exportação para o
exterior, a empresas exportadoras registradas na
Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Em conformidade com as regras que vimos


anteriormente, vamos exemplificar o cálculo da
contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.
EXEMPLO - EMPRESA COMERCIAL:
Tributação pelo Lucro Presumido

25
CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Receita decorrente do comércio: R$ 10.000,00


Venda de veículo do imobilizado: R$ 22.000,00

Cálculo do PIS
Base de Cálculo do PIS R$ 10.000,00
Aliquota do PIS 0,65%
Valor do PIS R$ 65,00

Cálculo da COFINS
Base de Cálculo da COFINS R$ 10.000,00
Aliquota da COFINS 3,00%
Valor da COFINS R$ 300,00

26
CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Em conformidade com as regras que vimos


anteriormente, vamos exemplificar o cálculo da
contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.
EXEMPLO - EMPRESA INDUSTRIAL:
Tributação pelo Lucro Presumido

27
CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Receita total decorrente de atividade industrial: R$ 200.000,00


Receita decorrente de exportação: R$ 100.000,00
Valor do ICMS recolhido pelo industrial
na condição de substituto tributário: R$ 10.000,00
Venda de terreno do ativo permanente: R$ 100.000,00

Cálculo do PIS
Base de Cálculo do PIS R$ 90.000,00
Alíquota do PIS 0,65%
Valor do PIS R$ 585,00

Cálculo da COFINS
Base de Cálculo da COFINS R$ 90.000,00

Aliquota da COFINS 3,00%


Valor da COFINS R$ 2.700,00
28
DEDUÇÕES DO VALOR DEVIDO

Diferentemente do regime não-cumulativo,


onde há créditos a serem deduzidos do valor do
débito, no regime cumulativo, em regra, o valor
apurado conforme as regras acima,
corresponderá ao valor a ser pago.
 Contudo, há ainda alguns valores que poderão ser
deduzidos ou compensados:
 Retenções na fonte de PIS e COFINS sofridas;
 Valores pagos a maior ou indevidamente.

29
DEDUÇÕES DO VALOR DEVIDO

As retenções de PIS e COFINS serão sofridas:


 quando da prestação de serviços
especificados no art. 30 da Lei nº 10.833 de
2003; e
 quando da venda ou prestação de serviços a
órgãos públicos federais, sociedades de
economia mista, empresas públicas, e demais
entidades, em conforme Instrução Normativa
480/2004.
30
DEDUÇÕES DO VALOR DEVIDO

A compensação de débitos de PIS e


COFINS com valores pagos a maior ou
indevidamente deve ser feita,
necessariamente, por meio do envio da
DCOMP (Instrução Normativa SRF nº 900
de 2008).

31
FORMA E PRAZO PARA PAGAMENTO

As contribuições ao PIS/Pasep e a COFINS


devem ser pagas através de DARF, de
forma centralizada na matriz, até o
vigésimo quinto dia do mês subseqüente
ao mês de ocorrência dos fatos geradores.
 Na prática, todo dia 25, caso o dia do
vencimento não seja dia útil, deve haver a
antecipação do vencimento para dia útil
anterior.

32
Códigos do DARF – Regime Cumulativo

PIS/Pasep – Cumulativo 8109


COFINS – Cumulativo 2172

33
Exemplo DARF – PIS CUMULATIVO

34
Exemplo DARF – COFINS CUMULATIVO

35
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Em regra, como decorrência das contribuições para o
PIS e a COFINS, o contribuinte deverá enviar à Receita
Federal do Brasil, as seguintes
declarações/demonstrativo:
 DACON Mensal - deve ser apresentado até o 5º
(quinto) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao
mês de referência, de forma centralizada pelo
estabelecimento matriz da pessoa jurídica;
 DCTF Mensal – deve ser apresentado até o 15º (décimo
quinto) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao
mês de ocorrência dos fatos geradores.

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PIS e COFINS
Regime Não -Cumulativo

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JHA Consulting - Consultoria Tributária e Fiscal 37
BREVE HISTÓRICO
Até 2002, o PIS/PASEP e a COFINS, incidentes
sobre o faturamento das empresas, eram
apurados somente na sistemática cumulativa,
sendo vedado o desconto créditos. O que mudou
com a MP nº 66/2002, convertida posteriormente
na Lei nº 10.637, de 30.12.2002, que introduziu a
sistemática não-cumulativa do PIS/PASEP.

A não-cumulatividade da COFINS veio em


seguida, por meio da Medida Provisória nº 135, de
30.12.2003, convertida na Lei 10.833, de
29.12.2003.

38
BREVE HISTÓRICO

 Com isso, a partir de 1º.12.2002, em relação ao


PIS/PASEP, e 1º.02.2004, em relação à COFINS,
passando a existir dois regimes de apuração das
contribuições:
Regime Cumulativo, e
Regime Não-cumulativo.

39
BREVE HISTÓRICO

 Foi adotado dentre as sistemáticas de não-


comutatividade (neutralidade tributária)
desenvolvidas pela doutrina, para o caso da
Contribuição para o PIS e da COFINS, de
forma expressa, conforme Exposição de
Motivos da Medida Provisória nº 135, o
Método Subtrativo Indireto.

40
BREVE HISTÓRICO

 No Método Subtrativo Indireto, a não-


comutatividade é obtida por meio da
concessão de crédito fiscal sobre as compras
(custos e despesas) definidas em lei, na
mesma proporção da alíquota que registra as
vendas (receitas).

41
BREVE HISTÓRICO

 Refere-se, assim, de uma sistemática diferente


daquela adotada pela legislação do IPI e do ICMS,
para os quais se aplica o Método de Imposto
contra Imposto (método de crédito do tributo), isto
é, compensa-se o montante devido na saída (vendas)
com o valor efetivamente recolhido por ocasião da
entrada (compras).

42
BREVE HISTÓRICO

 A nova sistemática de cálculo, todavia, ignorando


o princípio da não-cumulatividade, preferiu listar os
créditos passíveis de dedução das contribuições.
Dessa forma, a cada apuração, o contribuinte deverá
analisar quais créditos poderá utilizar para deduzir
do montante devido das contribuições.

43
BREVE HISTÓRICO

Essa técnica, além de majorar a tributação em


relação a determinados setores, dificultou
sobremaneira a assimilação do conteúdo do
novo sistema, haja vista o grande emaranhado
de atos legais e normativos.

44
PESSOAS JURÍDICAS SUJEITAS À SISTEMÁTICA

A nova sistemática de cálculo das contribuições


não aboliu definitivamente a sistemática
cumulativa. Dessa forma, como já mencionado,
a par da cumulatividade passamos a conviver
também com a não-cumulatividade.

45
PESSOAS JURÍDICAS SUJEITAS À SISTEMÁTICA

A primeira questão a ser analisada em relação à


não-cumulatividade, portanto, refere-se à sua
abrangência.

Conforme se deduz da análise das Leis nº


10.637 e 10.833, a não-cumulatividade aplica-
se somente às pessoas jurídicas tributadas
pelo imposto de renda com base no lucro real,
seja trimestral ou anual.

46
PESSOAS JURÍDICAS SUJEITAS À SISTEMÁTICA
A forma "não-cumulativa" de apuração do
PIS/PASEP e da COFINS não se aplica:
 às pessoas jurídicas que apuram o imposto de
renda com base no lucro presumido ou arbitrado;
 às microempresas e empresas de pequeno porte
optantes pelo Simples Nacional;
 às pessoas jurídicas imunes a impostos

 templos religiosos, partidos políticos, inclusive


suas fundações, entidades sindicais dos
trabalhadores, instituições de educação e de
assistência social, sem fins lucrativos que
atendam os requisitos legais.
47
PESSOAS JURÍDICAS SUJEITAS À SISTEMÁTICA

As entidades relacionadas no art. 13 da Medida


Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001,
isentas da COFINS, se tributadas pelo lucro real
e auferirem receitas não decorrentes de suas
atividades próprias, estarão sujeitas à
sistemática da "não-cumulatividade" em relação
a essas receitas, haja vista que somente as
pessoas jurídicas imunes a impostos estão
excluídas desta sistemática.

48
PESSOAS JURÍDICAS SUJEITAS À SISTEMÁTICA

As pessoas jurídicas não sujeitas à sistemática da


"não-cumulatividade", permanecem sujeitas às
normas de apuração da contribuição para o
PIS/PASEP e da COFINS previstas
anteriormente, em especial nas Leis nº 9.715/98
e 9.718/98 (Cumulatividade).

49
OUTRAS PESSOAS JURÍDICAS NÃO SUJEITAS À
SISTEMÁTICA

A sistemática da "não-cumulatividade" também não se


aplica às seguintes pessoas jurídicas:

a) bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de


desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos
e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil,
cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de
crédito e entidades de previdência privada abertas e
fechadas;
50
OUTRAS PESSOAS JURÍDICAS NÃO SUJEITAS À
SISTEMÁTICA

b) empresas de securitização de créditos;

c) operadoras de planos de saúde;

d) empresas particulares que explorem serviços de


vigilância e transporte de valores na forma da Lei nº
7.102, de 20 de junho de 1983 (Instrução Normativa
SRF nº 358/2003);

51
OUTRAS PESSOAS JURÍDICAS NÃO SUJEITAS À
SISTEMÁTICA

e) órgãos públicos, as autarquias e fundações


públicas federais, estaduais e municipais, e as
fundações cuja criação tenha sido autorizada por
lei, referidas no art. 61 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias da Constituição de
1988;

f) sociedades cooperativas, exceto as agropecuárias


e as de consumo.

52
RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

As receitas a seguir relacionadas, ainda que


auferidas por pessoa jurídica tributada pelo
lucro real, não devem compor a base de cálculo
do PIS/PASEP e da COFINS "não-cumulativas",
embora devam ser computadas na base de
cálculo do PIS/PASEP e da COFINS normal ou
do regime próprio a que se sujeitam:

53
RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS COFINS “NÃO-
CUMULATIVAS”

a) sujeitas à substituição tributária;


Os produtos sujeitos à substituição tributária
são:
Cigarros;
Veículos autopropulsados descritos nos
códigos 8432.30 (semeadores, plantadores e
transplantadores) e 87.11(motocicletas), ambos da
TIPI (Tabela do IPI).

54
RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

b) relativas às operações de venda de veículos


usados, adquiridos para revenda, bem assim dos
recebidos como parte do preço da venda de veículos
novos ou usados, quando auferidas por pessoas
jurídicas que tenham como objeto social, declarado
em seus atos constitutivos, a compra e venda de
veículos automotores;

c) decorrentes da prestação de serviços de


telecomunicação;
55
RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

d) decorrentes de venda de jornais e periódicos;


e) decorrentes de prestação de serviços das
empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de
sons e imagens;
f) sujeitas à sistemática própria de tributação
aplicável ao Mercado Atacadista de Energia Elétrica
(MAE), nos termos dos arts. 21, 41 e 42 da Instrução
Normativa SRF nº 247/2002, com redação dada pela
Instrução Normativa SRF nº 358/2003;
56
RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

g) relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de


outubro de 2003:

1. Com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de


planos de consórcios de bens móveis e imóveis,
regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil;

2. Com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por


empreitada ou de fornecimento, a preço
predeterminado, de bens ou serviços;

57
RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

3. De construção por empreitada ou de fornecimento, a


preço predeterminado, de bens ou serviços contratados
com pessoa jurídica de direito público, empresa
pública, sociedade de economia mista ou suas
subsidiárias, bem assim os contratos posteriormente
firmados decorrentes de propostas apresentadas em
processo licitatório até aquela data; e

58
RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

Conforme o art. 109 da Lei nº 11.196/2005, para fins do


disposto nas alíneas "b" e "c", o reajuste de preços em
função do custo de produção ou da variação de índice que
reflita a variação ponderada dos custos dos insumos
utilizados, nos termos do inciso II do § 1º do art. 27 da Lei
nº 9.069/1995, não será considerado para fins da
descaracterização do preço predeterminado. O disposto
nesta "nota" aplica-se desde 1º de novembro de 2003.
Para maiores detalhes sobre a tributação das operações
relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de
outubro de 2003, consulte a IN SRF nº 658/2006.
59
RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

4. decorrentes da atividade de revenda de imóveis,


desmembramento ou loteamento de terrenos,
incorporação imobiliária e construção de prédio
destinado à venda.

60
RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

h) decorrentes de prestação de serviços de transporte


coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e
aquaviário de passageiros;

De acordo com o Ato Declaratório Interpretativo nº


27/2008, as receitas decorrentes da prestação de
serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário,
ferroviário e aquaviário de passageiros, inclusive na
modalidade de fretamento ou para fins turísticos,
submetem-se ao regime de apuração cumulativa do
PIS/PASEP e da COFINS.
61
RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

Referido ADI revogou o ADI nº 23/2008, o qual


estabelecia que somente as receitas decorrentes
da prestação de serviços públicos de transporte
coletivo de passageiros, executados sob o regime
de concessão ou permissão, em linhas regulares
e de caráter essencial, submetiam-se ao regime
cumulativo dessas contribuições.

62
RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

i) decorrentes de serviços prestados por


hospital, pronto-socorro, clínica médica,
odontológica, de fisioterapia e de
fonoaudiologia, e laboratório de anatomia
patológica, citológica ou de análises clínicas,
bem assim os serviços de diálise, raios X,
radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e
de banco de sangue;

63
RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

j) decorrentes de prestação de serviços de educação infantil,


ensinos fundamental e médio e educação superior;
k) das lojas francas referidas no art. 15 do Decreto-lei nº
1.455/76;
l) decorrentes de prestação de serviço de transporte coletivo
de passageiros, efetuado por empresas regulares de linhas
aéreas domésticas, e as decorrentes da prestação de serviço
de transporte de pessoas por empresas de táxi aéreo;

64
RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

m) auferidas por pessoas jurídicas, decorrentes da edição de


periódicos e de informações neles contidas, que sejam
relativas aos assinantes dos serviços públicos de telefonia;

n) decorrentes de prestação de serviços com aeronaves de


uso agrícola inscritas no Registro Aeronáutico Brasileiro -
RAB;

o) decorrentes de prestação de serviços das empresas de call


center, telemarketing, telecobrança e de teleatendimento
em geral;
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RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

p) decorrentes da execução por administração,


empreitada ou subempreitada de obras de construção
civil, até 31 de dezembro de 2010 (Lei nº 11.945);

q) auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de


serviços de hotelaria e de organização de feiras e
eventos, conforme será definido em ato conjunto dos
Ministérios da Fazenda e do Turismo;

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RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

r) decorrentes da prestação de serviços postais e


telegráficos prestados pela Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos;

s) decorrentes de prestação de serviços públicos de


concessionárias operadoras de rodovias;

t) decorrentes da prestação de serviços das agências de


viagem e de viagens e turismo;

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RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

u) auferidas por empresas de serviços de informática,


decorrentes das atividades de desenvolvimento de software
e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem
como de análise, programação, instalação, configuração,
assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou
atualização de software, compreendidas ainda como
softwares as páginas eletrônicas

A exclusão não alcança a comercialização, licenciamento ou


cessão de direito de uso de software importado.

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RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS
“NÃO-CUMULATIVASS”

No período de 1º de fevereiro de 2004 e até 31 de março de


2005 (vigência da revogação do art. 90 da Lei nº
10.833/2003) estavam excluídas da "não-cumulatividade" da
COFINS e do PIS/PASEP as pessoas jurídicas que, no ano
calendário imediatamente anterior, tivessem auferido
receita bruta igual ou inferior a R$ 100.000,00 (cem mil
reais) multiplicado pelo número de meses de efetiva
atividade, e se dedicassem exclusiva e cumulativamente à
atividade de desenvolvimento, instalação, suporte técnico e
consultoria de software, desde que não detivessem
participação societária em outras pessoas jurídicas, nem
tivessem sócio ou acionista pessoa jurídica ou pessoa física
residente no exterior. 69
FATO GERADOR E PERIODICIDADE

Semelhante à sistemática cumulativa, o PIS/PASEP e a


COFINS não-cumulativos têm como fato gerador o
faturamento mensal da empresa, assim entendido o
total das receitas auferidas pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou
classificação contábil.

O aspecto material de incidência das contribuições,


portanto, é o auferimento de receitas; e seu aspecto
temporal, ou seja, seu período de apuração é MENSAL.

70
FATO GERADOR E PERIODICIDADE

A contribuição incidente na hipótese de contratos, com


prazo de execução superior a 1 (um) ano, de construção
por empreitada ou de fornecimento, a preço
predeterminado, de bens ou serviços a serem
produzidos, será calculada sobre a receita apurada de
acordo com os critérios de reconhecimento adotados
pela legislação do imposto de renda, previstos para a
espécie de operação.
Em relação aos contratos anteriores a 31.10.2003, ver
subtópico II.2, que prevê a incidência das contribuições
no regime cumulativo.
71
BASE DE CÁLCULO

A base de cálculo da contribuição é o valor do


faturamento mensal da empresa, que abrange o total
das receitas auferidas pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou
classificação contábil.

O total das receitas, conforme prevê as Leis nº 10.637 e


10.833, compreende a receita bruta da venda de bens e
serviços nas operações em conta própria ou alheia e
todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica.

72
BASE DE CÁLCULO

Portanto, além das receitas próprias da atividade da


pessoa jurídica ("faturamento" em sentido estrito),
deverão ainda ser adicionadas à base de cálculo as
demais receitas auferidas, como é o caso, por exemplo,
das receitas oriundas do aluguel de imóveis
pertencentes ao contribuinte.

73
BASE DE CÁLCULO

É importante observar que a receita deve ser tomada


sem o IPI, mas sem dedução do ICMS destacado, que
integra a receita bruta. Isso se justifica uma vez que o
IPI é calculado por fora, enquanto que o ICMS é
calculado por dentro, ou seja, está dentro do valor
correspondente à receita. Portanto, somente se
considera receita aquilo que faz parte do preço. Nesse
sentido o ICMS de operação própria faz parte do preço
(pois é calculado por dentro), logo, é receita. Já o IPI
não faz parte do preço (pois é calculado por fora), logo,
não é receita.
74
BASE DE CÁLCULO

Ainda assim, destaca-se a existência de discussões


judiciais visando a exclusão do ICMS da base de cálculo
das contribuições.

É importante considerar que se o pleito é no sentido de


excluir o ICMS da operação própria da base de cálculo,
o crédito também seria apurado desconsiderando o
ICMS.

75
REGIME DE COMPETÊNCIA

Na modalidade não-cumulativa as receitas devem


ser consideradas por regime de competência, ou
seja, independentemente de sua realização. Dessa
forma, mesmo sem reflexos no caixa da empresa, as
receitas auferidas no período de apuração devem
ser consideradas para fins de cálculo das
contribuições.
Não cabe nesta sistemática a adoção do regime de
caixa, admitida em relação às contribuições
apuradas pela cumulatividade.
76
EXCLUSÕES ADMITIDAS

Não integram a base de cálculo, ou seja, poderão ser


excluídas na apuração das contribuições, as receitas:

a) isentas ou não alcançadas pela incidência da


contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero);

b) não operacionais, decorrentes da venda de ativo


permanente;

77
EXCLUSÕES ADMITIDAS

c) auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda


de mercadorias em relação às quais a contribuição seja
exigida da empresa vendedora, na condição de substituta
tributária;

Os produtos sujeitos à substituição tributária são:


Cigarros (Art. 5º da Lei nº 9.715, de 25.11.1998);

Veículos autopropulsados descritos nos códigos 8432.30


(semeadores, plantadores e transplantadores) e
87.11(motocicletas), ambos da TIPI (Art. 43 da Medida
Provisória nº 2.158-35/2001).
78
EXCLUSÕES ADMITIDAS

d) referentes a:
1. vendas canceladas e aos descontos incondicionais
concedidos;
2. reversões de provisões e recuperações de créditos
baixados como perda que não representem ingresso de
novas receitas, o resultado positivo da avaliação de
investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os
lucros e dividendos derivados de investimentos
avaliados pelo custo de aquisição que tenham sido
computados como receita.
79
EXCLUSÕES ADMITIDAS

e) correspondentes ao Imposto sobre Operações


relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), quando
destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos
bens ou prestador dos serviços na condição de
substituto tributário;

80
EXCLUSÕES ADMITIDAS

f) da parcela do ICMS recolhida antecipadamente, nos


termos do parágrafo único da Cláusula Primeira do
Protocolo ICMS nº 46, de 2000, por ocasião da
importação do exterior ou da aquisição de Estado não
signatário do aludido Protocolo, a título de substituição
tributária, de trigo em grão, farinha de trigo e mistura
de farinha de trigo (ADI SRF nº 19/2004);

81
EXCLUSÕES ADMITIDAS

A dedução também é permitida para o ICMS que não


seja destacado no documento fiscal que acobertar as
saídas internas e interestaduais dos produtos para
Estados signatários, como determina o aludido
Protocolo, desde que a legislação interna do Estado
signatário estipule expressamente o percentual relativo
à condição de contribuinte e o relativo à condição de
substituto tributário.

82
EXCLUSÕES ADMITIDAS

g) decorrentes da transferência onerosa, a outros


contribuintes do ICMS, de créditos de ICMS originados
de operações de exportação, conforme o disposto no
inciso II do § 1º do art. 25 da Lei Complementar nº 87,
de 13 de setembro de 1996.

1. Conforme determina o art. 18 da Instrução Normativa


SRF nº 247 de 2002, na apuração da base de cálculo do
PIS/PASEP e da COFINS, não integram a receita bruta:
83
EXCLUSÕES ADMITIDAS

a) do doador ou patrocinador, o valor das receitas


correspondentes a doações e patrocínios, realizados sob a forma
de prestação de serviços ou de fornecimento de material de
consumo para projetos culturais, amparados pela Lei nº 8.313, de
23 de dezembro de 1991, computados a preços de mercado para
fins de dedução do imposto de renda; e
b) a contrapartida do aumento do ativo da pessoa jurídica, em
decorrência da atualização do valor dos estoques de produtos
agrícolas, animais e extrativos, tanto em virtude do registro no
estoque de crias nascidas no período, como pela avaliação do
estoque a preço de mercado.
84
EXCLUSÕES ADMITIDAS

Destaca-se a existência de discussões judiciais que


pretendem excluir o ICMS da base de cálculo das
contribuições.

3. O ICMS relativo à substituição tributária poderá


ser excluído pelo substituto tributário para fins de
cálculo de PIS e de COFINS (o ICMS decorrente de
operação própria, contudo, deve ser considerado
para cálculo das contribuições).
85
EXCLUSÕES E DEDUÇÕES ESPECÍFICAS

Empresas transportadoras de carga


As empresas transportadoras de carga, para
efeito da apuração da base de cálculo das
contribuições, podem excluir da receita bruta o
valor recebido a título de Vale-Pedágio, quando
destacado em campo específico no documento
comprobatório do transporte.
Fundamentação: art. 2º da Lei nº 10.209 de 2001.

86
EXCLUSÕES E DEDUÇÕES ESPECÍFICAS

Agências de publicidade e propaganda


As agências de publicidade e propaganda poderão
deduzir da base de cálculo do PIS/PASEP e da
COFINS as importâncias pagas diretamente ou
repassadas a empresas de rádio, televisão, jornais e
revistas, atribuída à pessoa jurídica pagadora e à
beneficiária responsabilidade solidária pela
comprovação da efetiva realização dos serviços.
Fundamentação: Lei nº 10.925/2004, art. 13.

87
EXCLUSÕES E DEDUÇÕES ESPECÍFICAS

Factoring
Nas aquisições de direitos creditórios, resultantes
de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços, efetuadas por empresas de fomento
mercantil (Factoring), a receita bruta corresponde à
diferença verificada entre o valor de aquisição e o
valor de face do título ou direito creditório
adquirido.
Fundamentação: § 3º do art. 10 do Decreto nº 4.524
de 2002.
88
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE RECEITAS

Receitas decorrentes da compensação de créditos,


ressarcimento e restituição de indébitos.

O Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 25/2003,


esclareceu que não há incidência da COFINS e do
PIS/PASEP sobre os valores recuperados a título de
tributo pago indevidamente;

Os juros incidentes sobre o indébito tributário


recuperado é receita nova e, sobre ela, incidem a
COFINS e PIS/PASEP;
89
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE RECEITAS

A receita decorrente dos juros de mora devidos sobre o


indébito reconhecido judicialmente deve compor as bases
tributáveis da COFINS e do PIS/PASEP, observado o
seguinte:

a) se a sentença que julgar a ação de repetição de indébito já


definir o valor a ser restituído, é, no seu trânsito em julgado,
que passam a ser receita tributável os juros de mora
incorridos até aquela data e, a partir dali, os juros incorridos
em cada mês deverão ser reconhecidos como receita
tributável do respectivo mês;
90
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE RECEITAS

b) se a sentença que julgar a ação de repetição de


indébito não definir o valor a ser restituído, é, no
trânsito em julgado da sentença dos embargos à
execução fundamentados em excesso de execução (art.
741, inciso V, do Código de Processo Civil), que passam
a ser receita tributável os juros de mora incorridos até
aquela data e, a partir dali, os juros incorridos em cada
mês deverão ser reconhecidos pelo regime de
competência como receita tributável do respectivo mês;

91
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE RECEITAS

c) se a sentença que julgar a ação de repetição de


indébito não definir o valor a ser restituído e a
Fazenda Pública não apresentar embargos à
execução, os juros de mora sobre o indébito passam
a ser receita tributável na data da expedição do
precatório.

Fundamentação: Ato Declaratório Interpretativo


SRF nº 25/2003
92
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE RECEITAS

Operações realizadas em mercados de


liquidação futura

A partir de 30 de dezembro de 2004, para efeito de


determinação da base de cálculo da COFINS e do
PIS/PASEP, os resultados positivos ou negativos
incorridos nas operações realizadas em mercados
de liquidação futura, inclusive os sujeitos a ajustes
de posições, serão reconhecidos por ocasião da
liquidação do contrato, cessão ou encerramento da
posição.
93
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE RECEITAS

O resultado positivo ou negativo será constituído pela


soma algébrica dos ajustes, no caso das operações a
futuro sujeitas a essa especificação, e pelo rendimento,
ganho ou perda, apurado na operação, nos demais
casos.

Este tratamento aplica-se, no caso de operações


realizadas no mercado de balcão, somente àquelas
registradas nos termos da legislação vigente.
Fundamentação: art. 32 da Lei nº 11.051 de 2004.
94
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE RECEITAS

Faturamento antecipado e venda para entrega


futura

Neste tema destacam-se duas situações que ocorrem


usualmente nas operações comerciais entre as
empresas, podendo gerar dúvida quanto ao momento
de reconhecimento das receitas para fins de tributação.

95
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE RECEITAS

O artigo 1.267 do Código Civil (Lei nº 10.406/2002), diz


que, ‘o contrato de compra e venda não é capaz de, por
si só, transferir o domínio da coisa vendida, não
produzindo efeitos reais, mas apenas obrigacionais’, ou
seja, a propriedade das coisas não se transfere pelos
negócios jurídicos antes da tradição. A tradição, por sua
vez, caracteriza-se pela entrega efetiva (física) do bem
objeto do contrato de compra e venda, ao adquirente.
Vejamos.

96
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE RECEITAS

O artigo 1.267 do Código Civil (Lei nº 10.406/2002), diz


que, ‘o contrato de compra e venda não é capaz de, por
si só, transferir o domínio da coisa vendida, não
produzindo efeitos reais, mas apenas obrigacionais’, ou
seja, a propriedade das coisas não se transfere pelos
negócios jurídicos antes da tradição. A tradição, por sua
vez, caracteriza-se pela entrega efetiva (física) do bem
objeto do contrato de compra e venda, ao adquirente.
Vejamos.

97
VENDA PARA ENTREGA FUTURA

 Há situações, entretanto, em que o bem é


colocado à disposição do comprador, mas
por pacto entre as partes permanece em
poder do vendedor - trata-se da venda para
entrega futura.
 Nesse caso, o produto já está disponível em
estoque, mas por conveniência do próprio
comprador ainda não foi entregue.

98
VENDA PARA ENTREGA FUTURA

As operações relativas à denominada venda


para entrega futura de produto
caracterizam-se pelos seguintes aspectos:

a) contrato de compra e venda realizado


em um determinado momento; e
b) entrega da mercadoria acordada,
efetivada em um momento posterior.

99
VENDA PARA ENTREGA FUTURA

 Em geral, nas operações de venda para entrega


futura, poderá ser emitida nota fiscal, para
simples faturamento e por ocasião da efetiva
saída global ou parcial da mercadoria, o
vendedor emitirá nota fiscal em nome do
adquirente, indicando, além dos demais
requisitos exigidos, como natureza da
operação: "Remessa - Entrega Futura", bem
como os dados da nota fiscal relativa ao simples
faturamento (número, data e valor da operação).

100
VENDA PARA ENTREGA FUTURA

 Ressalte-se que para o reconhecimento da receita


de venda de mercadorias ou produtos deve ser
observado se a empresa vendedora possui ou não a
mercadoria ou o produto, objeto da compra e
venda em seu estoque.
 Havendo esse produto em estoque, há que se
reconhecer a receita no momento da pactuação da
venda (contrato de compra e venda ou na emissão
de nota fiscal para simples faturamento), e não no
momento da entrega efetiva do produto (que se dará
posteriormente).
101
VENDA PARA ENTREGA FUTURA

Assim, na venda para entrega futura:


a) o produto vendido já está disponível para o
comprador;
b) por conveniência das partes a entrega não se
deu no momento do faturamento, mas será feita
em momento posterior;
c) o reconhecimento da receita para fins de
tributação deve ser feita no momento do
faturamento, e não por ocasião da entrega da
mercadoria.

102
FATURAMENTO ANTECIPADO

O faturamento antecipado ocorre


quando o faturamento é realizado em
momento onde o bem objeto da
operação ainda não está disponível
fisicamente para o comprador.

 Trata-se de faturamento antecipado, para


entrega futura.

103
FATURAMENTO ANTECIPADO

Nesse caso, a receita somente deve ser reconhecida


no período de apuração em que o bem for
produzido ou for adquirido, no caso de revenda,
ficando disponível para o comprador, ou seja, não
há que se falar em tributação pelas contribuições
antes da disponibilização física do bem para o
adquirente.
 Em suma, nesse caso, quando não há a
mercadoria/produto à disposição (no estoque) não
cabe o reconhecimento como receita, inclusive para
fins tributários.

104
BONIFICAÇÕES RECEBIDAS

As mercadorias recebidas em bonificação


são remessas feitas a um determinado
estabelecimento, muitas vezes vinculadas a
promoções, cotas atendidas de vendas ou
fidelidade de fornecedores, entre outros.
 Para a pessoa jurídica que recebe essas
bonificações, é importante considerar sua
natureza, a fim de evitar a incidência das
contribuições para o PIS/PASEP e COFINS.
 Neste
sentido, é preciso distinguir algumas diferentes
formas de bonificação.

105
BONIFICAÇÕES RECEBIDAS
 Há aquela bonificação que é recebida
juntamente ou de forma vinculada a uma
operação de compra.
 Nesse caso, pode-se tratá-la como a
chamada "dúzia de treze", onde o valor da
bonificação acaba por diminuir o custo
unitário de cada produto recebido, não
gerando receita para quem recebe os
produtos.

106
BONIFICAÇÕES RECEBIDAS
 Esse mesmo tipo de bonificação pode ser
considerado como desconto incondicional,
desde que constem da nota fiscal e não
dependam de evento posterior à emissão do
documento.
 Nessa hipótese, também não há que se falar
de incidência das contribuições.
 Note a Solução de Consulta.

107
BONIFICAÇÕES RECEBIDAS
Há, no entanto, a possibilidade de recebimento
de bonificações de forma isolada, desvinculada
de qualquer compra.
 Nessa situação, por não haver aquisição
juntamente ou vinculada à bonificação, a
contabilização desse benefício acaba por
influenciar a receita da empresa que a recebe,
podendo, dessa forma, gerar dúvidas no que se
refere à incidência das contribuições.

108
ALÍQUOTAS

Sobre a base de cálculo das contribuições,


determinada na forma do tópico IV, serão
aplicadas as alíquotas de:

 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco


centésimos por cento) para o PIS/PASEP; e
 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento)
para a COFINS.

109
ALÍQUOTA ZERO
Há na legislação, de forma esparsa, diversas
receitas amparadas pela alíquota zero no
que se refere à tributação de PIS e de
COFINS.

 Para ver os produtos e serviços beneficiados, e


seus fundamentos legais, acesse nos anexos a tabela:
Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS -
Produtos e serviços sujeitos à alíquota zero.

110
CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Neste tópico é exemplificado o cálculo do


PIS/PASEP e da COFINS, em conformidade
com as regras que vimos anteriormente.

 Exemplo 1: Empresa comercial Tributação pelo


Lucro Real

 Receita decorrente do comércio: R$ 10.000,00


 Venda de veículo do imobilizado: R$ 22.000,00

111
CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

CÁLCULO DO PIS
 10.000 X 1,65% = R$ 165,00

CÁLCULO DA COFINS
 10.000 X 7,6% = R$ 760,00
 Como as receitas decorrentes de venda do ativo
permanente não fazem parte da base de cálculo, não
consideramos a venda do veículo para calcular as
contribuições.

112
CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Exemplo 2: Empresa prestadora de serviços -


Tributação pelo Lucro Real:
 Receita total decorrente de
atividade industrial:............................. R$200.000,00
 Valor do ICMS recolhido
pelo industrial na condição de
substituto tributário:................................R$10.000,00
 Receita decorrente de exportação:......R$100.000,00
 Venda de terreno do
ativo permanente: .................................R$ 100.000,00

113
CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

CÁLCULO DO PIS:
 BASE DE CÁLCULO

 200.000 - 10.000 - 100.000 = 90.000


 90.000 X 1,65% = 1.485
 PIS = R$ 1.485,00

114
CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

CÁLCULO DA COFINS:
 BASE DE CÁLCULO

 200.000 - 10.000 - 100.000 = 90.000


 90.000 X 7,6% = 6.840
 COFINS = R$ 6.840,00

115
CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

 Neste cálculo excluímos da receita total, por


não sofrer a incidência das contribuições os
valores:
 decorrente de exportação e o valor do ICMS
cobrado na condição de substituto tributário.
 decorrente da venda de ativo permanente
não foi considerado.

116
CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

 Tendo em vista que as contribuições foram


apuradas na sistemática não-cumulativa,
dos valores acima poderão ser deduzidos
créditos determinados na forma apresentada
a seguir.

117
CRÉDITOS DO PIS/PASEP E DA COFINS "NÃO-CUMULATIVAS“
Embora o título desta modalidade de
contribuição sugira a implantação da não-
cumulatividade, ressalte-se que a não-
cumulatividade ora instituída difere daquela
aplicável para o IPI e para o ICMS.
 Em verdade, as Leis nº 10.637/2002 e nº 10.833/2003
preferiram a técnica de listar as operações que
geram e as que não geram direito a crédito.
 De qualquer forma, alguns princípios podem ser
identificados.

118
REGRAS BÁSICAS

 Como regra geral, o direito ao crédito do


PIS/PASEP e da COFINS nasce com a
aquisição, em cada mês, de bens e serviços
que, na fase anterior da cadeia de produção
ou de comercialização, se sujeitaram às
mesmas contribuições e cuja receita da
venda ou da revenda integrem a base de
cálculo do PIS/PASEP e da COFINS "não-
cumulativas".

119
REGRAS BÁSICAS

 As vendas efetuadas com suspensão, isenção,


alíquota 0 (zero) ou não incidência do PIS/PASEP
e da COFINS não impedem a manutenção, pelo
vendedor, dos créditos vinculados a essas
operações (art. 17 da Lei nº 11.033/2004).

120
RESTRIÇÕES

 Não geram créditos:

 a)para a pessoa jurídica revendedora, as


aquisições de mercadorias em relação às
quais a contribuição seja exigida do
fornecedor, na condição de substituto
tributário;

121
RESTRIÇÕES

 Os produtos sujeitos à substituição


tributária são:

a) cigarros (Art. 5º da Lei nº 9.715, de 25.11.1998);

b) veículos autopropulsados descritos nos


códigos 8432.30 (semeadores, plantadores e
transplantadores) e 87.11(motocicletas), ambos
da TIPI (Art. 43 da Medida Provisória nº 2.158-
35/2001).
122
RESTRIÇÕES

 b) as aquisições de bens ou serviços não sujeitos ao


pagamento da contribuição, inclusive no caso de
isenção, esse último quando revendidos ou
utilizados como insumo em produtos ou serviços
sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não
alcançados pela contribuição;
 A aquisição de bens ou serviços isentos, quando
revendidos ou utilizados como insumos em
produtos ou serviços tributados, permitem o
desconto normal de créditos.

123
RESTRIÇÕES

c) o pagamento de que trata o art. 2º da Lei nº


10.485/2002, devido pelo fabricante ou importador,
ao concessionário, pela intermediação ou entrega
dos veículos classificados nas posições 87.03 e
87.04 da TIPI; e
d) as aquisições de produtos que, nas fases
anteriores da cadeia, se submeteram à incidência
monofásica da contribuição.

124
RESTRIÇÕES

Os produtos adquiridos para revenda que não


geram direito a crédito, porque estão incluídos
na incidência monofásica da contribuição,
são:

a) gasolinas e suas correntes, exceto gasolina de


aviação, óleo diesel e suas correntes e gás liquefeito
de petróleo (GLP) derivado de petróleo e gás
natural;
b) produtos farmacêuticos, de perfumaria, de
toucador ou de higiene pessoal;

125
RESTRIÇÕES

c) máquinas e veículos classificados nos códigos 84.29,


8432.40.00, 84.32.80.00, 8433.20, 8433.30.00,
8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e
87.06, da TIPI (art. 1º da Lei nº 10.485/2002);
d) autopeças relacionadas nos Anexos I e II da Lei nº
10.485/2002;
e) produtos classificados nas posições 40.11 (pneus novos
de borracha) e 40.13 (câmaras-de-ar de borracha), da
TIPI (art. 5º da Lei nº 10.485/2002);
f) querosene de aviação (art. 2º da Lei nº 10.560/2002);

126
RESTRIÇÕES

g) embalagens destinadas ao envasamento


de água, refrigerante e cerveja, classificados
nos códigos 22.01, 22.02 e 22.03, todos da
TIPI;
h) água, refrigerante, cerveja e preparações
compostas classificados nos códigos 22.01,
22.02, 22.03 e 2106.90.10 Ex 02, todos da
TIPI; e
i) álcool, inclusive para fins carburantes.

127
RESTRIÇÕES

Na apropriação dos créditos, a pessoa jurídica


deverá observar ainda os seguintes princípios que
decorrem da regra geral:
a) só geram direito a crédito os dispêndios com
aquisições internas de mercadorias e serviços
junto a outra pessoa jurídica, domiciliada no
país;
b) não geram direito a crédito as aquisições e os
pagamentos efetuados a pessoas físicas
domiciliadas no país, por serviços prestados,
como assalariado ou não, ou por compras
realizadas.
128
RESTRIÇÕES

 Com o início da incidência do PIS/PASEP e da


COFINS na importação, em 1º.05.2004, as pessoas
jurídicas sujeitas à apuração das contribuições
internas pela sistemática da "não-cumulatividade"
passaram a poder descontar crédito, para fins de
determinação dessas contribuições, em relação às
importações tributadas.

129
RESTRIÇÕES

 Destaca-se que em relação às contribuições incidentes


na importação, é possível descontar créditos inclusive
nos pagamentos efetuados a pessoas físicas, desde que
tenha havido incidência do PIS/PASEP-Importação e
da COFINS-Importação.
1. As importações que geram direito a crédito
obedecem às mesmas regras das aquisições internas.
2. O crédito sobre os bens importados é tomado pelas
mesmas alíquotas da incidência interna.

130
CRÉDITOS BÁSICOS

 Do valor das contribuições a pagar apurado pela


aplicação das alíquotas sobre a base de cálculo, a
pessoa jurídica pode descontar créditos, determinados
mediante a aplicação das seguintes alíquotas sobre a
base de cálculo dos créditos:

a) de 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos


por cento) para o PIS/PASEP; e

 b) de 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento) para


a COFINS.

131
CRÉDITOS BÁSICOS


 1. Na hipótese de contratos com prazo de execução
superior a 1 (um) ano, de construção por
empreitada ou de fornecimento, a preço
predeterminado, de bens ou serviços a serem
produzidos, o crédito a ser descontado na
sistemática da "não-cumulatividade" somente
poderá ser utilizado na proporção das receitas
reconhecidas.

132
CRÉDITOS BÁSICOS

 2. No caso de construção por empreitada ou de


fornecimento a preço predeterminado de bens ou
serviços, contratados por pessoa jurídica de direito
público, empresa pública, sociedade de economia
mista ou suas subsidiárias, a pessoa jurídica
optante pelo regime previsto no art. 7º da Lei nº
9.718, de 27.11.1998, somente poderá utilizar o
crédito a ser descontado na proporção das receitas
efetivamente recebidas.
 A base de cálculo dos créditos é encontrada pela
soma dos seguintes valores:
133
CRÉDITOS BÁSICOS

 2. No caso de construção por empreitada ou de


fornecimento a preço predeterminado de bens ou
serviços, contratados por pessoa jurídica de direito
público, empresa pública, sociedade de economia
mista ou suas subsidiárias, a pessoa jurídica
optante pelo regime previsto no art. 7º da Lei nº
9.718, de 27.11.1998, somente poderá utilizar o
crédito a ser descontado na proporção das receitas
efetivamente recebidas.

134
AQUISIÇÕES EFETUADAS NO MÊS

 a) de bens para revenda, exceto em relação às


mercadorias e aos produtos sujeitos à incidência
monofásica e à substituição tributária;
 b) de bens e serviços, inclusive combustíveis e
lubrificantes, utilizados como insumos:
 b.1) na produção ou fabricação de bens ou
produtos destinados à venda; ou
 b.2) na prestação de serviços.

135
AQUISIÇÕES EFETUADAS NO MÊS

 Em relação ao PIS, aplicam-se as disposições do


item "b.2" somente para aquisições efetuadas a
partir de 1º de janeiro de 2003 (art. 16, parágrafo
único, da Lei nº 10.833/03).

 1) Não gera direito ao crédito o valor da mão-de-
obra paga a pessoa física, empregado ou não.

136
AQUISIÇÕES EFETUADAS NO MÊS

 2) O IPI incidente na aquisição, quando


recuperável, não integra o custo dos bens.
3) O ICMS integra o custo dos bens e das
mercadorias, exceto quando cobrado pelo
vendedor na condição de substituto tributário.
4) Integram o custo de aquisição dos bens e das
mercadorias o seguro e o frete pagos na aquisição,
quando suportados pelo comprador.

137
EXEMPLO

 Considerando que no mês foram adquiridos R$


10.000,00 de mercadorias para revenda, o valor a
ser descontado de créditos será:

 PIS: R$ 10.000,00 x 1,65% = R$ 165,00

 COFINS: R$ 10.000,00 x 7,6% = R$ 760,00

138
EXEMPLO

 Considerando que no mês foram adquiridos R$


10.000,00 de mercadorias para revenda, o valor a
ser descontado de créditos será:

 PIS: R$ 10.000,00 x 1,65% = R$ 165,00

 COFINS: R$ 10.000,00 x 7,6% = R$ 760,00

139
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 a) com energia elétrica e energia térmica, inclusive


sob a forma de vapor, consumidas nos
estabelecimentos da pessoa jurídica;
 NOTA:

 1. Em relação ao PIS só gera direito a crédito a
energia elétrica consumida a partir de 1º de
fevereiro de 2003.

140
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 2. Até 14 de junho de 2007, esse crédito somente


abrangia a energia elétrica. A energia térmica
(inclusive sob a forma de vapor) passou a constituir
direito de crédito a partir de 15.06.2007, em
decorrência da Lei nº 11.488/2007.

3. Este crédito abrange toda energia consumida nos
estabelecimentos da pessoa jurídica, inclusive no
setor administrativo.

141
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 b) com aluguéis de prédios, máquinas e


equipamentos, pagos à pessoa jurídica, utilizados
nas atividades da empresa;
 NOTA:
 É vedado, a partir de 31.07.2004, o crédito relativo
a aluguel e contraprestação de arrendamento
mercantil de bens que já tenham integrado o
patrimônio da pessoa jurídica (art. 31 da Lei nº
10.865/2004.)

142
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 c) até 31.07.2004, com despesas financeiras


decorrentes de empréstimos e financiamentos
tomados de pessoa jurídica, exceto quando esta fosse
optante pelo Simples Federal (Lei nº 9.317/96);
 NOTA:

 A partir de 1º de agosto de 2004, é vedado o crédito do
PIS e da COFINS "não-cumulativas" sobre despesas
financeiras decorrentes de empréstimos e
financiamentos, tendo em vista que as alíquotas
incidentes sobre essas receitas estão reduzidas a zero
(Decreto nº 5.442/2005).
143
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 d) com contraprestação de operações de


arrendamento mercantil pagas a pessoa jurídica; e
 NOTA:

 1. É vedado, a partir de 31.07.2004, o crédito relativo
a aluguel e contraprestação de arrendamento
mercantil de bens que já tenham integrado o
patrimônio da pessoa jurídica (art. 31 da Lei nº
10.865/2004).

144
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 2. Em relação ao PIS só geram direito a crédito as


contraprestações pagas a partir de 1º de fevereiro de
2003.
 3. O desconto de crédito em relação à contraprestação
de operações de arrendamento mercantil não se
aplicava aos pagamentos efetuados a contribuintes que
optavam pelo Simples Federal. Entendemos que essa
restrição aplica-se atualmente em relação ao Simples
Nacional, embora a mencionada atividade esteja
impedida de optar pelo regime unificado, o que torna
praticamente nula a exceção.

145
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 e) com armazenagem de mercadoria e frete na


operação de venda e na prestação de serviços,
quando o ônus for suportado pelo vendedor;
 NOTA:

1) Até a eficácia da Lei nº 10.833/2003, 1º de fevereiro
de 2004, em relação ao PIS, não havia previsão
específica para o cômputo na base de cálculo dos
créditos dos custos e despesas com armazenagem
de mercadoria e frete.

146
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 2) O ADI SRF nº 2/2005, esclareceu que os valores


dos gastos com seguros, nas operações de vendas
de produtos ou mercadorias, ainda que pagos ou
creditados a pessoas jurídicas domiciliadas no
País, por falta de previsão legal, não geram direito a
crédito a ser descontado dos valores do PIS/PASEP
e da COFINS devidos pela vendedora.

147
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 f) com vale-transporte, vale-refeição ou vale-


alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos
aos empregados por pessoa jurídica que explore as
atividades de prestação de serviços de limpeza,
conservação e manutenção.
 NOTA:

 1. O crédito previsto na letra "f" foi introduzido
pela Lei nº 11.898, de 08.01.2009, com vigência a
partir de 09.01.2009.

148
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 2. O crédito da letra "f" é exclusivo de pessoa


jurídica que explore as atividades de prestação de
serviços de limpeza, conservação e manutenção.
As demais pessoas jurídicas não poderão descontar
créditos em relação a tais custos e despesas.

149
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 EXEMPLO

 Considerando as seguintes despesas:

a) Energia elétrica: R$ 3.000,00

 b) Aluguel: R$ 5.000,00

 c) Arrendamento mercantil: R$ 2.000,00

150
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 O valor a ser descontado de créditos será:

 PIS: (3.000 + 5.000 + 2.000) x 1,65% = R$ 165,00

 COFINS: (3.000 + 5.000 + 2.000) x 7,6% = R$


760,00

151
BONOFICAÇÃO

 Pode ocorrer que por ocasião da compra de


mercadorias para revenda, o adquirente seja
beneficiado por uma bonificação recebida em
produtos. Tal bonificação se refere, normalmente,
a um acréscimo no número de produtos recebidos,
ou seja, a "dúzia de treze".

152
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 Nesse caso, considerando que a bonificação


recebida está vinculada a uma compra efetiva, e
considerando ainda, que na contabilização dessas
mercadorias adquiridas o procedimento será o de
redução de custo unitário (ou seja, pelo preço de
12, será dado entrada em 13 produtos), para a
tomada de créditos de PIS/PASEP e COFINS, o
procedimento será o normal: do valor dos
produtos, há o direito ao crédito normalmente, já
com a redução unitária de cada produto. Assim, o
valor do crédito não se alterará.
153
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 Contudo, sendo o caso de recebimento de


bonificação desvinculada de qualquer compra
efetiva, não haverá direito ao crédito. Nesse
sentido, transcrevemos a seguinte decisão em
processo de consulta:

154
DESPESAS E CUSTOS INCORRIDOS NO MÊS

 BONIFICAÇÃO EM MERCADORIAS. DIREITO A


CRÉDITO. COMPOSIÇÃO DA RECEITA BRUTA. As
mercadorias recebidas em bonificação não podem ser
descontadas como crédito na sistemática da não-
cumulatividade. A base de cálculo dos créditos deve
ser construída a partir do valor efetivamente pago ao
fornecedor, que não inclui as mercadorias recebidas
em bonificação.
 Estas mercadorias também não compõem a receita
bruta, base de cálculo da contribuição. (Processo de
Consulta nº 118/07 - SRRF / 9a. Região Fiscal)
 Este mesmo procedimento deverá ser adotado em
relação aos bens utilizados como insumo.

155
A Instrução Normativa SRF nº 457/2004, publicada no
DOU. de 05.11.2004, consolidou as normas relativas à
utilização de créditos calculados em relação aos encargos
de depreciação de máquinas, equipamentos, vasilhames
de vidro retornáveis e outros bens incorporados ao ativo
imobilizado, para fins de apuração do PIS/PASEP e da
COFINS pelas pessoas jurídicas na sistemática da "não-
cumulatividade".
A seguir serão analisadas essas regras, bem assim as
normas posteriores não incorporadas à IN SRF 457/2004.

156
MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E OUTROS BENS, ADQUIRIDOS A
PARTIR DE 1º DE MAIO DE 2004

 As pessoas jurídicas sujeitas à incidência não-


cumulativa do PIS/PASEP e da COFINS, em relação
aos serviços e bens adquiridos no País ou no
exterior a partir de 1º de maio de 2004, podem
descontar créditos calculados sobre os encargos de
depreciação de:
 a) máquinas, equipamentos e outros bens
incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou
fabricados para locação a terceiros, ou para
utilização na produção de bens destinados à venda
ou na prestação de serviços; e
157
MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E OUTROS BENS, ADQUIRIDOS A
PARTIR DE 1º DE MAIO DE 2004

 Conforme alterações promovidas às Leis nºs


10.637/2002 (art. 3º, § 13) e 10.833/2003 (art. 3º, §
21), pelos artigos 43 e 45 da Lei nº 11.196/2005, a
partir de 1º.12.2005, não integram o valor das
máquinas, equipamentos e outros bens fabricados
para incorporação ao ativo imobilizado, na forma
acima, os custos de que tratam os incisos do § 2º
do artigo 3º das Leis nºs 10.637 e 10.833/2003, a
saber:
I - mão-de-obra paga a pessoa física; e

158
MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E OUTROS BENS, ADQUIRIDOS A
PARTIR DE 1º DE MAIO DE 2004

 II - aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao


pagamento da contribuição, inclusive no caso de
isenção, esse último quando revendidos ou
utilizados como insumo em produtos ou serviços
sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não
alcançados pela contribuição.
 b) edificações e benfeitorias em imóveis próprios
ou de terceiros, utilizados nas atividades da
empresa.

159
CÁLCULO DOS ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO, BASE DE
CÁLCULO DOS CRÉDITOS
 A) Depreciação normal
 Os encargos de depreciação devem ser
determinados mediante a aplicação da taxa de
depreciação fixada pela Receita Federal em função
do prazo de vida útil do bem, nos termos das
Instruções Normativas SRF nº 162/98, e nº 130/99,
observadas todas as demais regras fiscais aplicáveis
no âmbito da legislação do imposto de renda.

160
CÁLCULO DOS ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO, BASE DE
CÁLCULO DOS CRÉDITOS
 Podem ser aplicados os seguintes coeficientes de
aceleração da depreciação em função dos turnos de
trabalho:

a) um turno de oito horas: 1,0;

 b) dois turnos de oito horas: 1,5; e

 c) três turnos de oito horas: 2,0.

161
CÁLCULO DOS ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO, BASE DE
CÁLCULO DOS CRÉDITOS
 B) Depreciação acelerada incentivada –
Opções

 Opcionalmente, e somente para fins de apuração
do PIS/PASEP e da COFINS, o contribuinte pode
calcular créditos sobre o valor de aquisição dos
bens do ativo imobilizado no prazo de:
 a) 4 anos, no caso de máquinas e equipamentos
destinados ao ativo imobilizado; ou

162
CÁLCULO DOS ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO, BASE DE
CÁLCULO DOS CRÉDITOS
 b) 2 anos, no caso de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos, novos, relacionados
no Decreto nº 6.909/2009 (conforme disposto no
art. 2º da Lei nº 11.051/2004), adquiridos a partir de
1º de outubro de 2004, destinados ao ativo
imobilizado e empregados em processo industrial
do adquirente.

163
CÁLCULO DOS ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO, BASE DE
CÁLCULO DOS CRÉDITOS

 Até 22.07.2009, os bens destinados ao ativo


imobilizado beneficiados com a depreciação acelerada
em 2 anos estavam relacionados nos Decretos nº 4.955,
de 15 de janeiro de 2004, e nº 5.173, de 6 de agosto de
2004 (conforme disposto no Decreto nº 5.222, de 30 de
setembro de 2004).

 É vedado tomar créditos sobre os encargos de
depreciação acelerada incentivada, a que se refere o
art. 313 do Regulamento do Imposto de Renda - RIR de
1999 e na hipótese de aquisição de bens usados.
164
CÁLCULO DOS ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO, BASE DE
CÁLCULO DOS CRÉDITOS

 c) 1 (um) ano - 12 meses - no caso de máquinas e


equipamentos novos, destinados à produção de bens e
serviços adquiridos ou recebidos a partir do mês de
maio de 2008.
 Os créditos calculados sobre 1/12 foram inseridos pela
MP 428, convertida na Lei nº 11.774, de 17.09.2008.
 As máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, cujas depreciações geram direito ao
crédito a que se refere a letra "b" anterior estão assim
identificados:
165
CÁLCULO DOS CRÉDITOS SOBRE OS ENCARGOS DE
DEPRECIAÇÃO

 Os créditos devem ser calculados mediante a


aplicação, a cada mês, das alíquotas de 1,65% para
o PIS/PSEP e de 7,6% para a COFINS sobre o valor:
 a) dos encargos de depreciação incorridos no mês,
relativos à depreciação normal; e
 b) da depreciação acelerada incentivada, assim
obtida:
 b1) 1/48 (um quarenta e oito avos) do valor de
aquisição de máquinas e equipamentos destinados
ao ativo imobilizado; ou
166
CÁLCULO DOS CRÉDITOS SOBRE OS ENCARGOS DE
DEPRECIAÇÃO

 Os créditos devem ser calculados mediante a


aplicação, a cada mês, das alíquotas de 1,65% para
o PIS/PSEP e de 7,6% para a COFINS sobre o valor:
 a) dos encargos de depreciação incorridos no mês,
relativos à depreciação normal; e
 b) da depreciação acelerada incentivada, assim
obtida:
 b1) 1/48 (um quarenta e oito avos) do valor de
aquisição de máquinas e equipamentos destinados
ao ativo imobilizado; ou
167
CÁLCULO DOS CRÉDITOS SOBRE OS ENCARGOS DE
DEPRECIAÇÃO

 b2) 1/24 (um vinte e quatro avos) do valor de


aquisição máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, acima relacionados,
adquiridos a partir de 1º de outubro de 2004 e
empregados no processo industrial.
 b3) 1/12 (um doze avos) do valor de aquisição de
máquinas e equipamentos novos, destinados à
produção de bens e serviços, adquiridos ou
recebidos a partir do mês de maio de 2008.

168
CÁLCULO DOS CRÉDITOS SOBRE OS ENCARGOS DE
DEPRECIAÇÃO

 No cálculo dos créditos não podem ser


computados os valores decorrentes da reavaliação
de máquinas, equipamentos e edificações.
 Considera-se efetuada a opção, de forma
irretratável, com o recolhimento das contribuições
apuradas na forma de "b1" ou "b2".
 Na data da opção pelos créditos de "b1" ou "b2", em
relação aos bens neles referidos, parcialmente
depreciados, as alíquotas devem ser aplicadas,
conforme o caso, sobre a parcela correspondente a
1/48 ou 1/24 do seu valor residual.
169
CÁLCULO DOS CRÉDITOS SOBRE OS ENCARGOS DE
DEPRECIAÇÃO

 O critério adotado para a recuperação dos créditos


decorrentes da aquisição de bens do ativo
imobilizado deve ser o mesmo para o PIS/PASEP e
para a COFINS.
 EXEMPLO

 Considerando um bem adquirido por R$


120.000,00, sujeito à taxa de depreciação de
10% ao ano, o valor a ser descontado
mensalmente de créditos será de:

170
CÁLCULO DOS CRÉDITOS SOBRE OS ENCARGOS DE
DEPRECIAÇÃO

 1. Depreciação anual:
 120.000 / 10 = R$ 12.000
 2. Depreciação mensal:
 12.000 / 12 = 1.000
 3. Créditos Mensais:
 a) PIS: 1.000 x 1,65% = R$ 16,50
 b) COFINS: 1.000 x 7,6% = R$ 76,00

171
CÁLCULO DOS CRÉDITOS SOBRE OS ENCARGOS DE
DEPRECIAÇÃO

 Caso o bem admita depreciação acelerada incentivada


em 24 meses, por exemplo, o valor dos créditos será:

 1. Depreciação mensal
 120.000 / 24 = 5.000
 2. Créditos Mensais:
 a) PIS: 5.000 x 1,65% = R$ 82,50
 b) COFINS: 5.000 x 7,6% = R$ 380,00

 O valor dos créditos, em qualquer das modalidades, será o


mesmo. A diferença está no prazo em que esses créditos
poderão ser descontados

172
GUARDA DE DOCUMENTOS

 Conforme determina o art. 9º da Instrução Normativa


SRF nº 457 de 2004, as pessoas jurídicas devem manter,
durante o prazo de 10 anos, em boa guarda, à
disposição da Receita Federal, os registros contábeis ou
planilhas que permitam a comprovação da utilização
dos créditos sobre as depreciações.
 Na hipótese de o contribuinte não adotar o mesmo
critério de apuração de créditos das contribuições para
todos os bens do seu ativo imobilizado, deverá manter
registros contábeis ou planilhas em separado para cada
critério.

173
DEVOLUÇÕES

 O crédito também poderá ser calculado sobre o


valor dos bens recebidos em devolução, no
mês, cuja receita de venda tenha integrado o
faturamento do mês ou de mês anterior, e
tenha sido tributada na sistemática da "não-
cumulatividade". O valor do crédito será
calculado mediante aplicação da alíquota
incidente na venda, e será apropriado no mês
do recebimento da devolução.

174
DEVOLUÇÕES

 No caso de bens recebidos em devolução,


tributados antes do início da sistemática da
"não-cumulatividade", ou da mudança do
regime de tributação que tenha obrigado a
pessoa jurídica a ingressar na sistemática, serão
considerados como integrantes do estoque de
abertura, devendo o crédito ser utilizado
parceladamente a partir da data da devolução,
na forma disciplinada no tópico XIV.

175
BENS FURTADOS, ROUBADOS, INUTILIZADOS, DETERIORADOS
OU DESTRUÍDOS - ESTORNO DE CRÉDITOS

 Em decorrência da inserção do § 13 ao art. 3º da Lei


nº 10.833/2003 pelo art. 21 da Lei nº 10.865/2004,
deverá ser estornado o crédito do PIS/PASEP e da
COFINS relativo a bens adquiridos para revenda ou
utilizados como insumos na prestação de serviços
e na produção ou fabricação de bens ou produtos
destinados à venda, que tenham sido furtados ou
roubados, inutilizados ou deteriorados, destruídos
em sinistro ou, ainda, empregados em outros
produtos que tenham tido a mesma destinação.

176
AQUISIÇÃO DE RESÍDUOS, APARAS OU DESPERDÍCIOS DE PAPEL,
COBRE, ALUMÍNIO, DENTRE OUTROS

 A) Vedação ao crédito para contribuições não-


cumulativas
 É vedada, desde 1º.03.2006, a constituição do crédito do
PIS/PASEP e da COFINS no regime não-cumulativo,
referente à aquisição de desperdícios, resíduos ou aparas de
plástico, de papel ou cartão, de vidro, de ferro ou aço, de
cobre, de níquel, de alumínio, de chumbo, de zinco e de
estanho, classificados respectivamente nas posições 39.15,
47.07, 70.01, 72.04, 74.04, 75.03, 76.02, 78.02, 79.02 e 80.02
da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos
Industrializados - TIPI, e demais desperdícios e resíduos
metálicos do Capítulo 81 da TIPI (Art. 47 da Lei nº
11.196/2005), a serem utilizados como insumos.
177
AQUISIÇÃO DE RESÍDUOS, APARAS OU DESPERDÍCIOS DE PAPEL,
COBRE, ALUMÍNIO, DENTRE OUTROS

 B) Suspensão da incidência do PIS/PASEP e


da COFINS
 Por outro lado, desde 1º.03.2006, como já foi
mencionado, a incidência do PIS/PASEP e da
COFINS passou a ser suspensa no caso de
venda de desperdícios, resíduos ou aparas
tratados acima, para pessoa jurídica que apure
o imposto de renda com base no lucro real (Art.
48 da Lei nº 11.196/2005).

178
AQUISIÇÃO DE CONTRIBUINTES DO SIMPLES NACIONAL

A Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, prevê que


as microempresas e as empresas de pequeno porte
optantes pelo Simples Nacional não farão jus à
apropriação nem transferirão créditos relativos a
impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples
Nacional.
Diante de tal vedação, ficou a dúvida se poderia
haver desconto de créditos do PIS/PASEP e da
COFINS em relação às aquisições de
contribuintes optantes pelo Simples Nacional,
haja vista que tais tributos estão inseridos no
regime unificado.

179
AQUISIÇÃO DE CONTRIBUINTES DO SIMPLES NACIONAL

 Para resolver o impasse foi publicado o Ato


Declaratório Interpretativo RFB nº 15, de 26.09.2007,
estabelecendo que as pessoas jurídicas sujeitas ao
regime de apuração não-cumulativa do PIS/PASEP e da
COFINS, observadas as vedações previstas e as demais
disposições da legislação aplicável, podem descontar
créditos calculados em relação às aquisições de bens e
serviços de pessoa jurídica optante pelo Simples
Nacional.
 Portanto, neste caso, o Fisco resolveu a questão de
forma favorável ao contribuinte.

180
AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA

 Conforme já mencionado, as agências de


publicidade e propaganda poderão deduzir da base
de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS as
importâncias pagas diretamente ou repassadas a
empresas de rádio, televisão, jornais e revistas,
atribuída à pessoa jurídica pagadora e à
beneficiária responsabilidade solidária pela
comprovação da efetiva realização dos serviços.
 Neste caso, é vedado o aproveitamento do crédito
em relação às parcelas excluídas (Art. 13 da Lei nº
10.925/2004).
181
CONCEITO DE INSUMO

 Esta é uma definição importante porque é decisiva


para esclarecer quais os custos que geram direito a
crédito na sistemática do PIS/PASEP e da COFINS
"não-cumulativos", principalmente para as pessoas
jurídicas prestadoras de serviço.

182
NA ATIVIDADE INDUSTRIAL

 Além dos combustíveis e lubrificantes, são


insumos:
 a) as matérias primas, os produtos intermediários,
o material de embalagem e quaisquer outros bens
que sofram alterações, tais como o desgaste, o
dano ou a perda de propriedades físicas ou
químicas, em função da ação diretamente exercida
sobre o produto em fabricação, desde que não
estejam incluídas no ativo imobilizado; e
 b) os serviços prestados por pessoa jurídica
domiciliada no País, aplicados ou consumidos na
produção ou fabricação do produto.
183
NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

 Após diversas alterações, o dispositivo que trata do


desconto de créditos em relação a insumos está
assim redigido:
 "Art. 3º Do valor apurado na forma do art. 2º a
pessoa jurídica poderá descontar créditos
calculados em relação a:
(...)
II - bens e serviços, utilizados como insumo na
prestação de serviços e na produção ou fabricação
de bens ou produtos destinados à venda, inclusive
combustíveis e lubrificantes (...);"
184
NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

 Significa que, além dos combustíveis e


lubrificantes, são insumos:
 a) os bens aplicados ou consumidos na prestação
de serviços, desde que não estejam incluídos no
ativo imobilizado; e
 b) os serviços aplicados ou consumidos na
prestação do serviço.

185
NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

 Não será possível o crédito quando os serviços


contratados junto a terceiros, ainda que pessoas
jurídicas, se destinem a atividades-meio da pessoa
jurídica contratante.
 Exemplo: Contratação de uma empresa de
auditoria como atividade necessária à prestação do
serviço a terceiro dará direito a crédito. Por outro
lado, a contratação de uma empresa de auditoria
para auditar o próprio prestador dos serviços não
dará direito a crédito.

186
NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

 Não é demasiado destacar que o direito ao crédito


somente se aplica nas hipóteses em que
preenchidos todos os requisitos mencionados
anteriormente. Dessa forma, não basta termos
uma simples despesa com aluguel de máquinas, é
necessário que o bem seja utilizado nas atividades
da empresa.

187
CRÉDITO PRESUMIDO ÀS TRANSPORTADORAS NA
SUBCONTRATAÇÃO DE TRANSPORTE DE CARGAS

 A empresa de serviço de transporte rodoviário de


carga que subcontratar serviço de transporte de
carga prestado por:
 a) pessoa física, transportador autônomo, poderá
descontar, da COFINS e do PIS/PASEP devidos em
cada período de apuração, crédito presumido
calculado sobre o valor dos pagamentos efetuados
por esses serviços;

188
CRÉDITO PRESUMIDO ÀS TRANSPORTADORAS NA
SUBCONTRATAÇÃO DE TRANSPORTE DE CARGAS

 b) pessoa jurídica transportadora, optante pelo


Simples Federal, poderá descontar, da Cofins e do
PIS/PASEP devidos em cada período de apuração,
crédito calculado sobre o valor dos pagamentos
efetuados por esses serviços.
 Por ser anterior à Lei Complementar nº 123/2006,
as Leis nº 10.637 e 10.833 não prevêem a
possibilidade de desconto de créditos em relação
ao serviço de transporte de carga prestado por
transportadora optante pelo Simples Nacional.

189
DETERMINAÇÃO DO CRÉDITO

 O montante do crédito presumido será


determinado mediante aplicação, sobre o valor dos
pagamentos aos subcontratados, de alíquota de
5,7% para a COFINS, e de 1,23% para o PIS/PASEP.

190
CRÉDITOS SOBRE O ESTOQUE EXISTENTE NA DATA DE INÍCIO DA SISTEMÁTICA DA "NÃO-
CUMULATIVIDADE" - ESTOQUE DE ABERTURA

 A pessoa jurídica contribuinte do PIS/PASEP e da


COFINS, na sistemática da "não-cumulatividade",
terá direito aos créditos referentes ao estoque de
bens e serviços utilizados como insumos de que
tratam os incisos I e II do caput do art. 3,
respectivamente, das Leis nºs 10.637/02 e 10.833/03,
adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País,
existentes em:

191
CRÉDITOS SOBRE O ESTOQUE EXISTENTE NA DATA DE INÍCIO DA SISTEMÁTICA DA "NÃO-
CUMULATIVIDADE" - ESTOQUE DE ABERTURA

 a) 1º de dezembro de 2002, em relação ao


PIS/PASEP; e
 b) 1º de fevereiro de 2004, em relação à COFINS.
 O montante de crédito presumido será igual ao
resultado da aplicação do percentual de 0,65%
para o PIS/PASEP e de 3,0% para a COFINS sobre o
valor do estoque.
 O crédito sobre o estoque será utilizado em doze
parcelas mensais, iguais e sucessivas, a partir de 1º
de dezembro de 2002 para o PIS/PASEP e a partir
de 1º de fevereiro de 2004 para a COFINS.
192
CRÉDITOS SOBRE O ESTOQUE EXISTENTE NA DATA DE INÍCIO DA SISTEMÁTICA DA "NÃO-
CUMULATIVIDADE" - ESTOQUE DE ABERTURA
 EXEMPLO:
 Considerando que o valor dos estoques existentes em
1º.12.2002 fosse de R$ 120.000,00, o valor de créditos do PIS
a ser descontado seria:
 120.000 x 0,65% = R$ 780,00
 Esse montante deverá ser apropriado em 12 parcelas
mensais de R$ 65,00.
 Considerando que houvesse o mesmo valor de estoque em
1º.02.2004, o valor dos créditos a serem descontados da
COFINS seria:
 120.000 x 3% = R$ 3.600,00
 Esse montante deverá ser apropriado em 12 parcelas
mensais de R$ 300,00.
193
SAÍDA DO PRESUMIDO OU SIMPLES E INGRESSO NO LUCRO
REAL

 A pessoa jurídica que, tributada com base no lucro


presumido ou optante pelo Simples Nacional (ou pelo
extinto Simples Federal), passar a ser tributada com
base no lucro real, na hipótese de sujeitar-se à
incidência "não-cumulativa" do PIS e da COFINS, terá
direito ao aproveitamento do crédito presumido,
calculado sobre o estoque de abertura dos bens,
quando adquiridos para revenda ou utilizados como
insumo na fabricação de produtos destinados à venda
ou na prestação de serviços que geram direito ao
aproveitamento de crédito, devidamente comprovado,
na data da mudança do regime de tributação.
194
SAÍDA DO PRESUMIDO OU SIMPLES E INGRESSO NO LUCRO
REAL

 A pessoa jurídica deverá realizar o inventário e


valorar o estoque segundo os critérios adotados
para fins do imposto de renda, fazendo os devidos
lançamentos contábeis, na data em que adotar o
regime de tributação com base no lucro real.
 O crédito presumido assim apurado será utilizado
em 12 parcelas mensais, iguais e sucessivas, a partir
do primeiro mês de apuração das contribuições na
sistemática da "Não-cumulatividade".

195
BENS RECEBIDOS EM DEVOLUÇÃO

 Os bens recebidos em devolução, tributados antes


do início da aplicação da sistemática da "não-
cumulatividade", ou da mudança do regime de
tributação, serão considerados como integrantes
do estoque de abertura, devendo o crédito ser
utilizado parceladamente a partir da data da
devolução.

196
CÁLCULO DOS CRÉDITOS

 Neste tópico é exemplificado o cálculo dos créditos


do PIS/PASEP e da COFINS, em conformidade com
as regras que vimos anteriormente.
 Exemplo: Empresa comercial - Tributação pelo
Lucro Real
• Aquisição de mercadorias: R$ 5.000,00
• Despesas com energia elétrica: R$ 500,00
• Aluguéis de prédios: R$ 500,00
• Depreciação: R$ 300,00

197
CÁLCULO DOS CRÉDITOS

 Cálculo dos créditos do PIS

 (5.000 + 500 + 500 + 300) X 1,65% = 103,95

 Cálculo dos créditos da COFINS

 (5.000 + 500 + 500 + 300) X 7,6% = R$ 478,80

198
CÁLCULO DOS CRÉDITOS

 Considerando os débitos apurados no exemplo 1, o


montante devido após as deduções será:
a) PIS: R$ 165,00 - R$ 103,95 = R$ 61,05

 b) COFINS: R$ 760,00 - 478,80 = R$ 281,20

 NOTA:

 Os créditos do PIS/PASEP não podem ser
utilizados na dedução da COFINS, e vice-versa.

199
EXCEDENTE DE CRÉDITOS

 Havendo excedente de créditos, este será transferido para o


mês seguinte.

 NOTA:

 O aproveitamento de crédito na dedução das contribuições


a recolher não ensejará atualização monetária ou
incidência de juros sobre os respectivos valores.
 Caso o valor excedente ainda seja superior às contribuições
apuradas em meses seguintes, e esteja vinculado a
operações não-tributadas, tais como exportação e
beneficiadas por alíquota zero, haverá possibilidade de
ressarcimento e/ou compensação de tais créditos.

200
PAGAMENTO DO PIS/PASEP E DA COFINS "NÃO-CUMULATIVOS"

 Deduzidos os créditos do valor do PIS/PASEP e da COFINS


devidos, a pessoa jurídica poderá, ainda, reduzir o valor a
pagar por:
 a) valores de PIS/PASEP e da COFINS retidos na fonte por
outras pessoas jurídicas para as quais prestou serviços
sujeitos à retenção ou por órgãos públicos e estatais
federais ou estaduais sobre os recebimentos decorrentes de
fornecimento de bens ou prestação de serviços em geral,
inclusive obras;
 b) pagamentos indevidos ou a maior em períodos
anteriores, de PIS/PASEP e da COFINS ou de outros
tributos e contribuições, mediante preenchimento da
Declaração de Compensação (PerDcomp) a que se refere a
Instrução Normativa RFB nº 900/2008.
201
CÓDIGOS DO DARF

 O PIS/PASEP a pagar deverá constar em DARF sob o


Código 6912.
 A COFINS a pagar deverá constar em DARF sob o Código
5856.
 Fundamentação: ADE CORAT 80/2003; ADE CORAT
26/03.

202
PRAZO PARA PAGAMENTO

 As contribuições ao PIS/Pasep e a COFINS devem ser pagas


de forma centralizada na matriz, até o vigésimo quinto dia
do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos
geradores. Na prática, todo dia 25.

 Caso o dia do vencimento não seja dia útil, deve haver a
antecipação do vencimento para dia útil anterior.

203
PRAZO PARA PAGAMENTO


 1. Até os fatos geradores ocorridos em setembro de 2008
(vencimento em outubro de 2008), o prazo para
recolhimento dessas contribuições correspondia ao último
dia útil do segundo decêndio subsequente ao mês de
ocorrência dos fatos geradores. Na prática, todo dia 20.
2. Anteriormente a 22 de janeiro de 2007, esse prazo era até
o último dia útil da primeira quinzena do mês subsequente
ao de ocorrência dos fatos geradores.
 Fundamentação: Art. 10 da Lei nº 10.637/2002 e art. 11 da
Lei nº 10.833/2003.

204
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS


 Em regra, como decorrência das contribuições para
o PIS e a COFINS, o contribuinte deverá enviar à
Receita Federal do Brasil, as seguintes
declarações/demonstrativo:

205
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS


 DACON Mensal - onde informará diversos valores
que permitirão a averiguação da forma de cálculo
das contribuições. O DACON Mensal deve ser
apresentado até o 5º (quinto) dia útil do 2º
(segundo) mês subsequente ao mês de
referência, de forma centralizada pelo
estabelecimento matriz da pessoa jurídica
(Instrução Normativa nº 1.015/2010).

206
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS


 DCTF Mensal - onde informará o valor do débito já
líquido das retenções sofridas, bem assim, a forma
de quitação do débito. As pessoas jurídicas devem
apresentar a DCTF até o 15º (décimo quinto)
dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao
mês de ocorrência dos fatos geradores.
(Instrução Normativa 974/2009);

207
PIS E COFINS NA IMPORTAÇÃO


 A Lei 10.865/2004 instituiu, a partir de
01.05.2004, a incidência do PIS e da COFINS sobre
a importação de bens ou serviços.

208
INCIDÊNCIA

 INCIDÊNCIA SOBRE SERVIÇOS


 Os serviços tributáveis são os provenientes do
exterior prestados por pessoa física ou pessoa
jurídica residente ou domiciliada no exterior, nas
seguintes hipóteses:
 I - executados no País; ou
 II - executados no exterior, cujo resultado se
verifique no País.

209
INCIDÊNCIA

 PRODUTOS ESTRANGEIROS
 Consideram-se também estrangeiros:
 I - bens nacionais ou nacionalizados exportados,
que retornem ao País, salvo se:
 a) enviados em consignação e não vendidos no
prazo autorizado;
 b) devolvidos por motivo de defeito técnico, para
reparo ou para substituição;
 c) por motivo de modificações na sistemática de
importação por parte do país importador;
210
INCIDÊNCIA

 d) por motivo de guerra ou de calamidade pública;


ou
 e) por outros fatores alheios à vontade do
exportador;
 II - os equipamentos, as máquinas, os veículos, os
aparelhos e os instrumentos, bem como as partes,
as peças, os acessórios e os componentes, de
fabricação nacional, adquiridos no mercado
interno pelas empresas nacionais de engenharia, e
exportados para a execução de obras contratadas
no exterior, na hipótese de retornarem ao País.
211
NÃO INCIDÊNCIA

 As contribuições instituídas não incidem sobre:


 I - bens estrangeiros que, corretamente descritos nos
documentos de transporte, chegarem ao País por erro
inequívoco ou comprovado de expedição, e que forem
redestinados ou devolvidos para o exterior;
 II - bens estrangeiros idênticos, em igual quantidade e
valor, e que se destinem à reposição de outros
anteriormente importados que se tenham revelado,
após o desembaraço aduaneiro, defeituosos ou
imprestáveis para o fim a que se destinavam, observada
a regulamentação do Ministério da Fazenda;

212
NÃO INCIDÊNCIA

 III - bens estrangeiros que tenham sido objeto de pena


de perdimento, exceto nas hipóteses em que não sejam
localizados, tenham sido consumidos ou revendidos;
 IV - bens estrangeiros devolvidos para o exterior antes
do registro da declaração de importação, observada a
regulamentação do Ministério da Fazenda;
 V - pescado capturado fora das águas territoriais do
País, por empresa localizada no seu território, desde
que satisfeitas as exigências que regulam a atividade
pesqueira;

213
NÃO INCIDÊNCIA

 VI - bens aos quais tenha sido aplicado o regime de


exportação temporária;
 VII - bens ou serviços importados pelas entidades
beneficentes de assistência social, nos termos do § 7º
do art. 195 da Constituição, observado o disposto no
art. 10 da Lei 10.865/2004;
 VIII - bens em trânsito aduaneiro de passagem,
acidentalmente destruídos;

214
NÃO INCIDÊNCIA

 IX - bens avariados ou que se revelem imprestáveis para os


fins a que se destinavam, desde que destruídos, sob
controle aduaneiro, antes de despachados para consumo,
sem ônus para a Fazenda Nacional; e
 X - o custo do transporte internacional e de outros serviços,
que tiverem sido computados no valor aduaneiro que
serviu de base de cálculo da contribuição.

215
FATO GERADOR

 O fato gerador será:


 I - a entrada de bens estrangeiros no território
nacional; ou
 II - o pagamento, o crédito, a entrega, o emprego
ou a remessa de valores a residentes ou
domiciliados no exterior como contraprestação por
serviço prestado.
 Consideram-se entrados no território nacional os
bens que constem como tendo sido importados e
cujo extravio venha a ser apurado pela
administração aduaneira, exceto em relação:
216
FATO GERADOR

 a) às malas e às remessas postais internacionais;


e
 b) à mercadoria importada a granel que, por sua
natureza ou condições de manuseio na
descarga, esteja sujeita a quebra ou a
decréscimo, desde que o extravio não seja
superior a 1% (um por cento).
 Na hipótese de ocorrer quebra ou decréscimo
em percentual superior ao fixado acima, serão
exigidas as contribuições somente em relação ao
que exceder a 1% (um por cento).
217
OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR

 Considera-se ocorrido o fato gerador:


 I - na data do registro da declaração de importação
de bens submetidos a despacho para consumo (o
disposto aplica-se, inclusive, no caso de despacho
para consumo de bens importados sob regime
suspensivo de tributação do imposto de
importação);
 II - no dia do lançamento do correspondente
crédito tributário, quando se tratar de bens
constantes de manifesto ou de outras declarações
de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria for
apurado pela autoridade aduaneira;
218
OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR

 III - na data do vencimento do prazo de


permanência dos bens em recinto alfandegado, se
iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de
aplicada a pena de perdimento, na situação prevista
pelo art. 18 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999;

 IV - na data do pagamento, do crédito, da entrega,


do emprego ou da remessa de valores na hipótese de
contraprestação por serviço prestado.

219
CONTRIBUINTES

 São contribuintes:
 I - o importador, assim considerada a pessoa física ou
jurídica que promova a entrada de bens estrangeiros no
território nacional;
 II - a pessoa física ou jurídica contratante de serviços de
residente ou domiciliado no exterior; e
 III - o beneficiário do serviço, na hipótese em que o
contratante também seja residente ou domiciliado no
exterior.
 Equiparam-se ao importador o destinatário de remessa
postal internacional indicado pelo respectivo remetente
e o adquirente de mercadoria entrepostada.
220
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

 São responsáveis solidários:


 I - o adquirente de bens estrangeiros, no caso de importação
realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa
jurídica importadora;
 II - o transportador, quando transportar bens procedentes
do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso
interno;
 III - o representante, no País, do transportador estrangeiro;
 IV - o depositário, assim considerado qualquer pessoa
incumbida da custódia de bem sob controle aduaneiro; e
 V - o expedidor, o operador de transporte multimodal ou
qualquer subcontratado para a realização do transporte
multimodal.
221
BASE DE CÁLCULO

 BENS
 A base de cálculo será o valor aduaneiro, assim
entendido, para os efeitos desta Lei, o valor que
servir ou que serviria de base para o cálculo do
imposto de importação, acrescido do valor do
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação - ICMS incidente no desembaraço
aduaneiro e do valor das próprias contribuições.

222
BASE DE CÁLCULO

 SERVIÇOS
 A base de cálculo será o valor pago, creditado,
entregue, empregado ou remetido para o exterior,
antes da retenção do imposto de renda, acrescido
do Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza -
ISS e do valor das próprias contribuições.

223
BASE DE CÁLCULO

 FÓRMULAS DE CÁLCULO
 A IN SRF 572/2005, a partir de 22.11.2005,
determinou as fórmulas de cálculo do PIS e e
COFINS na importação.
 De 14.10.2005 até 21.11.2005 - No período de
14.10.2005 a 21.11.2005, a fórmula de cálculo era
determinada pela IN RFB 571/2005.

224
BASE DE CÁLCULO

 De 16.06.2005 até 13.10.2005 - No período de


16.06.2005 a 13.10.2005, a fórmula de cálculo era
determinada pela Instrução Normativa SRF
552/2005.
 De 01.05.2004 a 15.06.2005 - No período de
01.05.2004 a 15.06.2005, a fórmula de cálculo era
determinada pela Instrução Normativa SRF
436/2004.

225
BASE DE CÁLCULO

 PLANILHA PARA CÁLCULO


 A Norma de Execução COANA 2/2005 adotou a
planilha eletrônica auxiliar para determinação do
PIS e COFINS Importação, a partir de 27.06.2005.
Para acessar a planilha, clique aqui.
 Até 26.06.2005, a planilha de cálculo utilizada era a
constante na Norma de Execução COANA 6/2004.

226
BASE DE CÁLCULO

 REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO


 A base de cálculo fica reduzida:
 I - em 30,2% (trinta inteiros e dois décimos por
cento), no caso de importação, para revenda, de
caminhões chassi com carga útil igual ou superior a
1.800 kg (mil e oitocentos quilogramas) e caminhão
monobloco com carga útil igual ou superior a 1.500
kg (mil e quinhentos quilogramas), classificados na
posição 87.04 da Tabela de Incidência do Imposto
sobre Produtos Industrializados - TIPI, observadas
as especificações estabelecidas pela Secretaria da
Receita Federal; e
227
BASE DE CÁLCULO

 II - em 48,1% (quarenta e oito inteiros e um


décimo por cento), no caso de importação, para
revenda, de máquinas e veículos classificados
nos seguintes códigos e posições da TIPI: 84.29,
8432.40.00, 8432.80.00, 8433.20, 8433.30.00,
8433.40.00, 8433.5, 87.01, 8702.10.00 Ex 02,
8702.90.90 Ex 02, 8704.10.00, 87.05 e 8706.00.10
Ex 01 (somente os destinados aos produtos
classificados nos Ex 02 dos códigos 8702.10.00 e
8702.90.90).
228
BASE DE CÁLCULO

 ICMS NA BASE DE CÁLCULO


 O ICMS incidente comporá a base de cálculo das
contribuições, mesmo que tenha seu recolhimento
diferido.

229
BASE DE CÁLCULO

• ALÍQUOTAS
 As contribuições serão calculadas mediante
aplicação, sobre a base de cálculo, das
alíquotas de:

 I - 1,65%, para o PIS/PASEP-Importação; e


 II - 7,6 %, para a COFINS-Importação.

230
BASE DE CÁLCULO

 ALÍQUOTAS ESPECIFICADAS
 Para os produtos e situações seguintes, observar as
diferentes alíquotas especificadas, sendo que a
vigência das mesmas será a partir de 01.08.2004
(conforme artigo 45 da Lei 10.865/2004), exceto em
relação àquelas alíquotas já anteriormente previstas
pela MP 164/2004:

231
FIM

232

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