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Dor

Abdominal
Seminário de propedêutica em
Gastrenterologia
Gabriel Ferro Roque

Qualquer manifestação sensorial e
emocional desagradável, associada
à lesão tecidual existente, potencial
ou descrita em função de uma lesão
na região abdominal
Dor Abdominal

▸ 70% dos diagnósticos gastroenterológicos são feitos com


a história clínica

▸ 90% associando-se ao exame físico

▸ A incidência anual de dor abdominal crônica é de 15 casos


para 1.000 indivíduos.
Dor Abdominal

▸ A sensação de dor representa uma interfase entre os


eventos fisiopatológicos e psicossociais

▸ Devem ser considerados desde a natureza do estímulo


doloroso, o tipo de receptores envolvidos e até o tipo de
personalidade, fatores étnicos e culturais.
Classificação quanto à
duração:

1- Aguda

2- Crônica

3- Crônica Persistente
Classificação quanto à
duração:

1- Aguda
▸ De início súbito
▸ Procura de tratamento imediatamente
após o início dos sintomas
▸ Duração de até 7 dias
(Pancreatite Aguda, Colecistite Aguda, Apendicite
Aguda)
Classificação quanto à
duração:

2- Crônica
▸ Episódios dolorosos com duração de
minutos, horas ou dias
▸ Alternância com períodos
assintomáticos
(Síndrome do Intestino Irritável, Cólica Ureteral,
Doença Calculosa Biliar)
Classificação quanto à
duração:

3- Crônica Persistente
▸ Duração maior do que 7 dias
▸ Ausência de períodos assintomáticos
(Herpes Zoster; Câncer Gástrico Avançado)

Herpes Zoster Câncer gástrico avançado


Nociceptores

▸ Dois tipos de fibras relacionadas:


 Fibras A Delta
 Fibras C ▸ Distribuídas na pele e nos
músculos
▸ Transmitem dores súbitas,
agudas e bem localizadas

▸ Envolvidas nas dores somatoparietais dos


músculos, periósteo, mesentério e
vísceras
▸ Dores mal definidas, de intensidade
gradual e maior duração
Nociceptores

Viscerais
▸ Estimulados por distensão mecânica:
 Rápida distensão das vísceras ocas ou da cápsula/serosa dos
órgãos sólidos
 Contração muscular rigorosa

Parietais
▸ Respondem a estímulos de agressão como: corte e laceração
▸ Respondem a estímulos químicos (íons h+ e k+, histaminas,
prostaglandinas).

Resposta à lesões mecânicas, inflamatórias,


isquêmicas e térmicas
Classificação quanto ao
padrão nociceptivo:

1- Visceral

2- Somatoparietal

3- Referida
Classificação quanto ao
padrão nociceptivo:

1- Visceral
▸ Inervação multissegmentar
▸ Reduzido número de terminações nervosas
▸ É de difícil localização, geralmente próximo da linha mediana
▸ Pode ser sentida como:
 Corrosão
 Queimação  Pode ser provocada por
 Cólica isquemia e inflamação

 Vaga e imprecisa
Dor Abdominal Visceral

▸ Podem ser subdivididas em:

Intestino Anterior Intestino Médio


▸ Dor na região epigástrica ▸ Dor na região mesogástrica
(Fígado; Estômago; Duodeno; Trato (Intestino Delgado; Rins; Ureteres;
Biliar) Apêndice Cecal)

Intestino Posterior
▸ Dores nas regiões hipogástrica e
suprapúbica
(Colons; Trato Genitourinário)
Dor Abdominal Visceral

 Pode sofrer modificações quanto à irradiação,


indicando diferentes fases evolutivas da doença.

Exemplo: Dor periumbilical pode implicar fase inicial de apendicite


aguda por distensão do apêndice inflamado.

Transição gradual para dor parietal


no quadrante inferior direito
Dor Abdominal Visceral

▸ É na maioria das vezes acompanhada


por:
• Sudorese
• Náuseas
• Vômito
• Palidez cutânea
Classificação quanto ao
padrão nociceptivo:

2- Somatoparietal
▸ Causada por fibras que inervam o peritônio parietal
▸ É de maior intensidade e mais bem localizada
▸ A dor pode ser lateralizada

 Com a progressão da doença desenvolve-se peritonite localizada,


traduzida por rigidez da parede abdominal
Classificação quanto ao
padrão nociceptivo:

3- Referida
▸ Dores distantes dos órgãos afetados
▸ É irradiada a partir do ponto de origem
▸ Percebidas pela pele ou órgãos mais profundos
▸ A dor é ipsilateral
Dor Abdominal Referida

Exemplo 1: Dor de origem duodenal ou pancreática


pode ser referida ao dorso

Exemplo 2: Dor originada nas vias biliares pode ser


referida para o ombro direito ou região posterior
direita do tórax

Exemplo 3: Dor de origem pleural ou de infarto do


miocárdio pode ser referida para a região epigástrica
Dor Abdominal Referida
Diagnóstico
A história clínica é fundamental para o diagnóstico
1- Localização

▸ Geralmente classificada de dois modos distintos:

 É considerada generalizada quando acomete os quadrantes simultaneamente


Causas mais prováveis
segundo a localização
QUADRANTE SUPERIOR DIREITO QUADRANTE SUPERIOR ESQUERDO
Hepatites Abscesso esplênico
Colecistite Infarto esplênico
Colangite Gastrite
Sindrome de Budd-Chiari úlcera gástrica
Pneumonia/enfisema pleural Pancreatite
Abscesso subdiafragmático QUADRANTE INFERIOR ESQUERDO
QUADRANTE INFERIOR DIREITO Diverticulite
Apendicite Salpingite
Salpingite Gravidez ectópica
Gravidez ectópica Hérnia inguinal
Hérnia inguinal Nefrolitíase
Nefrolitíase Sindrome do intestino irritável
Doença inflamatória pélvica (DIP) Doença inflamatória intestinal (DIP)
Adenite mesentérica
Causas mais prováveis
segundo a localização

EPIGÁSTRICA DIFUSA

Gastrenterite
Doença ulcerosa péptica Isquemia mesentérica
Refluxo gastroesofagico Metabólica
Gastrite Malária
Pancreatite Obstrução Intestinal
IAM Peritonite
Pericardite Síndrome do intestino irritável
Ruptura de aneurisma de aorta
PERIUMBILICAL
Quadro inicial das apendicites
Gastroenterites Obstipação
Obstrução intestinal
Ruptura de aneurisma de aorta
2- Irradiação

▸ Local de aparecimento da dor


▸ Local de surgimento posterior da dor

Exemplo:
▸ A dor visceral pode sofrer modificações quanto à irradiação, o
que indica diferentes fases evolutivas da doença.
3- Caráter da dor
▸ Peso
 Falta de relaxamento ou atraso de esvaziamento gástrico
 Distensão de vísceras ocas ou da cápsula de órgãos sólidos
▸ Cólica
 Padrão crescente/decrescente
▸ Contínua
 Comprometimento da serosa peritoneal
▸ Queimação
▸ Pontada
4- Aparecimento

Súbito
▸ o paciente consegue estabelecer o momento de
aparecimento da dor
▸ em geral, resultam de uma catástrofe intra-abdominal
(perfuração visceral, infarto mesentérico ou ruptura aneurismática)

Gradual
▸ Pode levar dias a semanas para ser valorizada pelo paciente
5- Intensidade

▸ Depende da sensibilidade dos centros de percepção e aspectos


individuais:
 experiências dolorosas prévias,
 diferenças na personalidade
 Cultura dos pacientes

▸ Considerar a escala de dor:


6- Duração

▸ Possibilita localizar a origem do sintoma


▸ Aguda, crônica ou persistente

Exemplos:
▸ Afecções agudas infecciosas apresentam período limitado e
determinado
▸ Dores neoplásicas ou inflamatórias são progressivas e mais
duradouras.
7- Ritmicidade

▸ Relação intima da dor com alimentação


▸ Dores pontuais

Exemplo: Úlcera péptica


▸ Pode ocorrer em 3 ou 4 tempos:
 3 tempos: Úlcera Gástrica
(dói - come - passa)
 4 tempos: Úlcera Duodenal
(bem - come - dói - passa)
7- Ritmicidade

▸ Os horários mais frequentes são:


 Pela manhã - 10:00
 À tarde - de 15:00 à 17:00
 De madrugada - de 1:00 à 3:00
(pacientes relatam ser acordados pela dor) - Clocking

 A dor cessa após a ingestão de alimento ou antiácidos


8- Periodicidade

▸ Expressão das modificações da dor observada ao


longo de determinado intervalo de tempo.

▸ Comportamento durante o ano:


 Períodos de calmaria intercalados com
períodos de dor

 O desaparecimento da dor pode perdurar por meses


9- Fatores de piora e de melhora

▸ Certas posições adotadas pelo paciente podem agravar ou


aliviar a sintomatologia na dependência da víscera
comprometida

▸ Afecções digestórias intra-abdominais são capazes de produzir


variação na intensidade da dor com respiração

▸ A qualidade do alimento ingerido também pode precipitar ou


aliviar o sintoma doloroso
9- Fatores de piora e de melhora

▸ Peritonite apresenta-se com exacerbação da dor a qualquer movimentação


(Pacientes com atitude mais quieta)

▸ Pacientes com dor de origem biliar e cólica renal apresentam-se inquieto


(Procura por posição de alívio)

▸ Melhora da dor generalizada com


 Evacuações,
 quando mais frequentes no período diurno,
 exacerbação ao estresse,
sugerem Síndrome do intestino irritável
10- História médica pregressa

▸ A concomitância de sintomas como:


 icterícia
 sangramento digestivo
 vômitos precoces ou tardios
 lesões perianais
 sinais e sintomas extra-abdominais como:
• perda ponderal
• febre e lesões cutâneas

sugere o tipo de lesão existente no trato digestivo


Considerações finais

▸ Existem dores abdominais diagnosticáveis ou


não
▸ Todas as dores apresentarem caráter
intermitente ou contínuo
▸ A investigação laboratorial e de imagem será
direcionada para a suspeita clínica com base
nesses dados.
Referências bibliográficas
Bates - Propedêutica Médica - Lynn
S. Bickley. 11ª Edição. 2015. Editora
Guanabara Koogan.

Semiologia Médica - Celmo Celeno


Porto - 7ª Edição. 2013. Editora
Guanabara Koogan

http://www.bibliomed.com.br/biblio
med/bmbooks/cirurgia/livro4/cap/se
c01-04.htm - Acessado em 15/02/2018

Kearney DJ. Approach to the patient


with gastrointestinal disorders. In:
Friedman L, McQuaid KR, Grendell
JH. Current Diagnosis and Treatment
in Gastroenterology. McGraw-Hill,
2002, 2nd edition

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