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Solicitamos a divulgação URGENTE pelos diretores de turma dos

11º e 12º anos da seguinte informação:

O prazo de inscrição para os exames é de 10 a 19 de março,


sendo que será anunciado o calendário específico por turma
(cada turma irá fazer a sua inscrição no dia estabelecido pelo
secretariado de exames).

Na 2ª feira, dia 10 de março, todos os alunos destes anos


deverão trazer 1 euro para adquirirem o boletim na papelaria
ou, se preferirem, podem comprar à professora (Filipa
Deodato) que irá às salas de aula fazer a pré-inscrição de
todos os alunos na turma, entre o dia 10 e 11.

A pré-inscrição ocorrerá numa aula aleatoriamente, sendo


que a coordenadora do SE informará por mail o professor em
cuja aula a mesma terá lugar.
Rochas sedimentares

Arquivos da
Histórica da
Terra
As rochas sedimentares:
- estratificadas
- fossilíferas
- estruturas que nos fornecem pistas
sobre as condições ambientais de
outras épocas geológicas.

Estruturas associadas às juntas de


estratificação:
✰ Marcas de ondulação (ripple
marks)
✰ Fendas de dessecação ou fendas
Pegadas de dinossauros, Bolívia de retração
✰ Marcas das gotas da chuva
✰ Pegadas de animais, pistas de
reptação, fezes fossilizadas, etc.

Vale dos dinossauros, Brasil


Reconstituir o passado do nosso planeta implica

- Datação
Interpretação
- Reconstituição de paleoambientes ( conjunto
das estruturas
de condições ambientais reinantes aquando da
sedimentares
formação das rochas sedimentares ).

Na reconstituição da história da Terra e da Vida aplica-se o princípio


das causas atuais ou do atualismo – pode explicar-se o passado a
partir do que se observa no presente.
Marcas de ondulação ou ripple marks

Marcas provocadas pelas ondas das praias (durante a subida e as


descidas das marés), preservadas em arenitos antigos, idênticas às que
se podem observar nas praias atuais.

 ambiente sedimentar em que a rocha se formou;


 posição original das camadas;
 direção das correntes que as produziram.
Marcas de ondulação numa praia atual
Marcas de ondulação preservadas
Marcas de ondulação preservadas
Fendas de dessecação ou fendas de retração (mud crackers)

Fendas que se formam em terrenos argilosos, devido à perda


de água, por evaporação, das argilas sedimentadas.

 Podem encontrar-se preservadas em


rochas antigas evidenciado variações do
nível das águas, no passado.
Fendas de retração
Fendas de retração
Marcas das gotas da chuva ou
gotas de chuva impressas

Impressas na superfície de
sedimentos macios. Podem ficar
preservadas nas rochas antigas,
com aspeto idêntico ao que
acontece atualmente.
Marcas das gotas da chuva ou
gotas de chuva impressas
Icnofósseis ou marcas fósseis - pegadas de animais, pistas de reptação, coprólitos e ovos

Pegadas de animais e pistas


de reptação

Marcas fósseis que fornecem


indicações importantes sobre
ambientes sedimentares do
passado e hábitos dos animais.
Cruzianas - rastos de trilobites

Pegadas de dinossauros
Pegadas de animais e pistas de reptação

Pegadas de dinossauro — pedreira do Galinha, Ourém


Pegadas de dinossauros saurópodes

As pegadas permitem, não só, determinar o peso e a altura do animal a que


pertenceram, mas também , nos podem indicar se o animal era bípede ou
quadrúpede e se era solitário ou vivia em manada.
Pistas de locomoção de trilobites — Penha Garcia, Idanha-a-Nova
Ovos de dinossauros

Os ovos fossilizados fornecem-nos valiosas informações sobre a reprodução


dos animais.
Os dinossauros eram semelhantes à maioria dos répteis na forma de se
reproduzir.

Eram ovíparos, ou seja, os seus embriões eram desenvolvidos fora do


organismo da fêmea, dentro de ovos que eram depositados em ninhos.
O Museu da Lourinhã, que possui ovos e embriões de dinossauros únicos
na Europa e dos mais antigos do mundo, está a aplicar tecnologia médica
de Tomografia Axial Computorizada (TAC) aos embriões de dinossauro.

Segundo disse à Lusa um dos especialistas do museu, Octávio Mateus, o


objetivo «é descobrir se existem mais ovos com embriões, contendo ossos
de dinossauros antes de nascerem».

A tecnologia TAC vai permitir estudar os embriões através de raios X a


três dimensões, evitando destruir os ovos fósseis. Octávio Mateus disse
que este tipo de tecnologia aplicada ao estudo dos dinossauros já foi
utilizada nos Estados Unidos da América e que é a primeira vez que é
aplicada em Portugal.

O equipamento de TAC foi disponibilizado por duas clínicas há uma


semana e está a ser utilizado pelos médicos Francisco Rita e José Miguel
Costa. Os resultados só deverão ser conhecidos após a análise detalhada
das imagens.

Fonte: Lusa 28 de fevereiro de 2003


Significado ambiental de algumas estruturas sedimentares

Marcas de corrente

Fornecem indicações sobre o dinamismo do agente e o seu sentido.

Ripples (marcas de corrente) assimétricas nas dunas


Ripples
(marcas de ondulação)
simétricas nas praias
Estratificação entrecruzada

A presença de estratificação entrecruzada em depósitos eólicos indica as


mudanças na direção do vento aquando da deposição dos sedimentos.
Estratificação gradativa

Sequência negativa

A estratificação gradativa (elementos finos na base e grosseiros no topo) sugere aumento na


capacidade de transporte.

Sequência positiva

A estratificação gradativa (elementos grosseiros na base e finos no topo) sugere diminuição


na capacidade de transporte.
Imbricação de calhaus Indica o sentido de
correntes glaciares ou
fluviais.

Boa calibragem

Indica que os sedimentos sofreram um


transporte prolongado.

Má calibragem

Indica que os sedimentos sofreram um curto


transporte.
ESTRUTURAS SEDIMENTARES
Reconstrução de Paleoambientes

Fácies da rocha - conjunto de características litológicas ( mineralogia,


espessura, textura, etc. ) e fossilíferas de um estrato sedimentar que
permitem definir o ambiente de formação e sedimentação das rochas.
Diferentes tipos de fácies  diferentes ambientes sedimentares
Entende-se por fácies de uma rocha
sedimentar, o conjunto de características

texturais mineralógicas químicas paleontológicas outras

que permitem definir o ambiente de


sedimentação dessa rocha.
Ambientes de
sedimentação
Ambientes de sedimentação

Detríticos, quimiogénicos e biogénicos – distribuem-se pela superfície da


Terra, nomeadamente nos continentes, nos mares e nos oceanos, bem
como nas respetivas zonas de transição.
Ambientes de
sedimentação
A cada local de sedimentação correspondem determinados tipos litológicos com
características próprias.

Nestes termos, há tantos tipos de fácies quantos os ambientes sedimentares.

Assim, numa primeira grande divisão consideram-se fácies continental, fácies


marinha e fácies de transição (na zona de sobreposição das influências
continental e marinha).

Dentro destas podem estabelecer-se as seguintes subdivisões principais.


Canal de escoamento: via Bacia de receção: arroios que
que conduz a água até às recebem a água de zonas
zonas baixas. São próximas e canalizam-na no canal
igualmente importantes a de escoamento. Predomina a
erosão e o transporte. erosão.
As torrentes são
pequenos cursos
de água
temporários (só
ativos por
ocasião das
chuvas).

Cone de dejeção: depósito dos Fácies


materiais transportados, na zona baixa
da torrente. torrencial
CARACTERIZAÇÃO DE AMBIENTES DE SEDIMENTAÇÃO

Analise, atentamente, as imagens que se seguem.


A figura A representa marcas de riple (marcas de ondulação,
ripple marks, em inglês) numa praia e a figura B lamas
secas, onde se formaram fendas de dessecação e halite.

1. a) Caracterize o ambiente de sedimentação A;


1. a) Detrítico de transição (praia).

1. b) Caracterize o ambiente de sedimentação B.

1. b) Detrítico e quimiogénico (evaporítico),


predominantemente continental, dada a aridez associada.
2. a) Indique os principais sedimentos de A;
2. a) Areias (origem detrítica).

2. b) Indique os principais sedimentos de B;

2. a) Argilas (origem detrítica) e sal-gema (origem


quimiogénica)
CARACTERIZAÇÃO DE AMBIENTES DE SEDIMENTAÇÃO

3. a) Tente explicar a formação das estruturas evidenciadas


em A.

3. a) As estruturas de A (marcas de ondulação ou ripple


marks) formam-se em resultado da ação do movimento
oscilatório das ondas sobre os depósitos arenosos (praias).
Registam a ação das ondas durante a subida e a descida das
marés.

3. b) Tente explicar a formação das estruturas


evidenciadas em B.

3. b) As estruturas de B (fendas de dessecação) são causadas


pela perda de água, por evaporação, das argilas
sedimentadas; evidenciam variações, no passado, no nível
das águas.

4. Indique outro ambiente de sedimentação onde também


se pode observar a estrutura da figura A.

4. Um deserto (ambiente detrítico continental). As marcas


de ondulação são formadas pela ação do vento, enquanto
agente de transporte.
CARACTERIZAÇÃO DE AMBIENTES DE SEDIMENTAÇÃO

Analise, atentamente, as imagens que se seguem.

5. Discuta a importância da preservação fóssil destas


estruturas.

5. A eventual preservação destas estruturas permitirá, num


futuro geológico, a caracterização do ambiente,
nomeadamente a reconstituição das correntes que
condicionaram, no passado, a sedimentação.
Marcas de ondulação preservadas sobre estratos calcários, resultantes de
ambientes de sedimentação marinhos pouco profundos, podem encontrar-se
em montanhas atuais, erguidas através da colisão de placas.
Deserto – ambiente detrítico continental; principais sedimentos: areias; as
“marcas de ondulação”, idênticas às que se podem formar em zonas costeiras,
são causadas pela ação do vento, enquanto agente de transporte.
Ambiente detrítico continental – principais sedimentos: argilas
Classificação genética dos sedimentos
Fácies da sequência
estratigráfica A
- terá ficado emergido (ex.
praia) onde ocorreu a
deposição de areias que
consolidaram em arenitos.

Fácies da sequência
estratigráfica B
- possível ambiente de
sedimentação marinho (águas
quentes e pouco profundas :
ambiente favorável à formação
de calcários e à existência de
espécies como as que se
encontram fossilizadas.
Fósseis e a reconstituição do passado
Os fósseis são restos ou vestígios de seres vivos, que viveram em
épocas geológicas anteriores à atual, que ficaram preservados na
rocha de cuja génese são contemporâneos.
Condições necessárias para que se formem fósseis:

a) Inerentes ao meio:

1. Sepultura rápida
2. Cobertura com sedimentos finos
3. Cobertura com sedimentos impermeáveis
4. Ausência de ações erosivas
5. Ambiente redutor
6. Temperatura baixa
7. Humidade reduzida

b) Inerentes ao ser que foi fossilizado:

1. Ser rico em substâncias minerais


2. Presença de partes duras
Será que todos os fósseis se formam do mesmo modo?
Processos de fossilização

Mineralização

Mumificação

Moldagem

Marcas fósseis
ou icnofósseis
Substituição (ou Epigenia)
Mineralização Os constituintes de partes duras, como ossos, conchas, etc, são
substituídos por minerais transportados em solução nas águas
subterrâneas e que precipitam.

Trilobite
Amonite

Cabeça de dinossauro
mineralizada
Mineralização Substituição (ou Epigenia)

Os troncos de árvores aparecem, por vezes, completamente silicificados (constituídos por sílica).

Os tecidos vegetais foram substituídos, partícula a partícula, por sílica, de tal modo que a
estrutura do órgão é perfeitamente mantida.

Troncos silicificados

Recristalização

Um mineral transforma-se noutro, frequentemente um


polimorfo (sem modificar a composição química).

Por exemplo a aragonite transforma-se em calcite.


TRONCO PETRIFICADO – tecidos
vegetais substituídos por sílica.
Mineralização
Dentes de cavalo Vértebra de dinossauro
Dente

Mineralização
Mineralização
O organismo é completamente
Mumificação preservado, por exemplo, por
resinas, pelo gelo ou pelo
alcatrão.

Conservação em âmbar
Mumificação Insetos preservados em âmbar

Aranha preservada em âmbar


Esta aranha encontra-se totalmente conservada,
mesmo no que diz respeito aos seus órgãos
internos.

A resina, viscosa, ao escorrer pelo tronco da


conífera aprisionou a aranha.

Após um certo tempo, a resina fossilizou,


convertendo-se em âmbar e contendo o
aracnídeo.
Mumificação
Um outro exemplo de mumificação, também muito raro, é o dos mamutes encontrados na
Sibéria totalmente preservados pelo gelo .

Fóssil de mamute bebé


(mumificação) encontrado Reconstituição de um
na Rússia mamute da Sibéria

Os paleontólogos descobriram que um destes mamutes continha ainda erva no estômago.

Foram encontrados mamutes em tão bom estado de conservação que a sua carne foi comida
por cães, sinal de que o seu estado de conservação era perfeito.
Mumificação

Este animal encontrado na Sibéria é um mamute, uma espécie de elefante pré-histórico.


O animal é do sexo masculino e encontra-se em bom estado, por isso os cientistas
optaram por levar o exemplar para uma caverna localizada em Khatanga na Sibéria,
onde a temperatura se mantém sempre abaixo de 0 ºC.
O organismo está apenas representado pelo seu molde externo
Moldagem ou interno, os quais podem revelar pormenores da sua
estrutura e morfologia.

Reprodução da estrutura
interna  Molde interno.

Reprodução da estrutura
externa  Molde externo.
Moldagem Moldes de gastrópodes

Molde interno de Turritela


Molde interno - os sedimentos preenchem a concha que,
posteriormente, é dissolvida, ficando apenas o molde da
superfície interna.

Molde externo de Turritela


Molde externo - a concha imprime o molde da superfície
externa nos sedimentos, sendo depois removida.
Moldagem

Moldes de conchas de gastrópodes marinhos — praia das Bicas, Sesimbra


Moldagem Molde

Interno

Molde Externo

Molde Externo

Molde Interno
Molde externo
Contramoldes

Podem formar-se contramoldes dos moldes internos e dos moldes externos, se estes
forem, posteriormente, preenchidos por sedimentos.
Trilobite - molde externo e contramolde
Certos órgãos achatados, como folhas de plantas, asas de insetos, podem
fossilizar por um tipo especial de moldagem, designado por impressão.

Impressões de folhas de fetos com


cerca de 300 milhões de anos —
amostra colhida em São Pedro da
Cova e exposta no museu mineiro
desta localidade.
Impressão de folhas
Impressão de folhas
Libélula Folha de feto

Folha de feto Folha de árvore


INCARBONIZAÇÃO

Os tecidos moles podem sofrer modificações químicas, enriquecendo em carbono


por perda dos voláteis e formando películas finas de carbono semelhante ao
carvão.
MARCAS FÓSSEIS OU ICNOFÓSSEIS

Constituem o tipo de fossilização mais abundante.

São vestígios da atividade dos seres vivos (locomotora, nutritiva,


reprodutiva ), impressos nas rochas.

Fornecem informações importantes sobre o modo de vida dos


seres vivos.

Podem ser:
 Pegadas de dinossauros
 Fezes fossilizadas
 Ovos fossilizados
Pegadas de dinossauros
A análise dos coprólitos
permite, por vezes,
determinar o tipo de
alimentação do animal
que os originou.

Já foram encontrados
restos de insetos e de
plantas em coprólitos.
Ovo de dinossauro Pegada de dinossauro

Coprólitos
Ovos fossilizados
Fezes fossilizadas - Coprólitos

Dinossauro herbívoro do período Jurássico

Tartaruga do período Miocénico


Fósseis
Permitem estudar a evolução da vida na Terra
Permitem datar as rochas ( idade relativa ) e determinar ambientes
antigos (paleoambientes ).

Coral
500 M.a. – atualidade
Vivem apenas em ambientes
Amonite de águas calmas, quentes e
248 M.a. – 66 M.a. pouco profundas

Fóssil de Idade Fóssil de Fácies


Distinguem-se dois tipos de fósseis:

Fósseis de idade Fósseis de fáceis

. Indicadores da idade dos estratos . Indicadores dos paleoambientes


. Grande distribuição geográfica . Pequena distribuição geográfica
(horizontal) (horizontal)
. Pequena distribuição estratigráfica . Grande distribuição estratigráfica
(vertical) (vertical)
Fóssil de idade ou característico
Distribuição
estratigráfica
de
foraminíferos
planctónicos
(35 tipos
diferentes),
utilizados
como fósseis
de idade em
materiais
sedimentares
com menos
de 5 milhões
de anos.
Fósseis de Idade ou Estratigráficos

Caraterísticas:
Ampla distribuição geográfica (horizontal);
Curto período de vida geológico / pequena distribuição
estratigráfica (vertical)
Bons indicadores da idade dos estratos
Amonite Fósseis da Era Mesozoica

Brachiossaurus
Fósseis de Fácies

Caraterísticas:
Pequena distribuição geográfica (horizontal);
Longo período de vida geológico / grande distribuição estratigráfica
(vertical)
Bons indicadores de paleambientes

São fósseis de seres caraterísticos de determinados ambientes


– que viveram apenas em condições do meio muito restritas e
que permitem reconstituir os ambientes em que as rochas que
os contêm se formaram (por exemplo, estratos com fósseis de
corais indicam ambientes marinhos de baixa profundidade e
águas tépidas ).
Princípios da Estratigrafia

Permite fazer uma datação relativa das formações geológicas.

Baleal, Peniche
Princípio da da
Princípio Sobreposição dosdos
sobreposição Estratos
estratos

Numa sequência estratigráfica, na sua posição original, ou seja, não


deformada, qualquer estrato é mais recente do que os estratos que estão
abaixo dele e mais antigo do que os estratos que a ele se sobrepõem.

Mais recente

Mais antigo

Praia da Bafureira, Cascais


F  E  D  C  deformação  erosão  B  A
Observe o esquema e a figura

Com base no esquema e na figura, classifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as
afirmações seguintes.
a) Os estratos mais antigos encontram-se na base da escarpa.
b) Os estratos mais antigos encontram-se no cimo da escarpa.
c) Os estratos mais antigos ocupam o meio da escarpa.
d) Os estratos mais recentes estão no cimo da escarpa.
e) Os estratos que se formaram recentemente estão na base da escarpa.
Princípio da horizontalidade original

A deposição de materiais, pela ação da


gravidade, caso não ocorram perturbações,
processa-se horizontalmente.
Princípio da continuidade lateral

O princípio da continuidade lateral defende que um estrato tem a mesma idade em toda
a sua extensão.

Isto é válido, mesmo nos casos em que se deteta, ao longo de um estrato, uma variação
litológica lateral, que corresponde a uma variação lateral de fácies, por terem existido,
simultaneamente, condições de sedimentação diferentes, na área correspondente à da
formação do referido estrato.
Princípio da Continuidade
Princípio Laterallateral
da continuidade

Permite estabelecer correlações de idade entre estratos localizados em lugares


eventualmente distanciados.
Um estrato tem sempre a mesma idade ao longo de toda a sua extensão,
independentemente da ocorrência da variação horizontal (lateral) de fácies. Isto
ocorre devido a variações nas condições de sedimentação de um local para outro.
Correlação entre estratos distanciados lateralmente
Se, por exemplo, se reconhece que as rochas, embora distanciadas, estão intercaladas em
rochas idênticas, pode estabelecer-se uma correlação de idade.
A variação vertical de fácies (I) traduz mudança nas condições de sedimentação, ao
longo do tempo, ao passo que a variação lateral de fácies (II) traduz mudança nas
condições de sedimentação, ao longo do espaço.
Princípio da
Princípio da Identidade
Identidade Paleontológica
Paleontológica

Estratos com o mesmo conteúdo fossilífero apresentam a mesma idade e tiveram


a sua origem em ambientes semelhantes.
Princípioda
Princípio da Identidade
Identidade Paleontológica
Paleontológica
Princípio da interseção ou corte

Estruturas geológicas (como intrusões ígneas ou falhas) que intersetam outras


são mais recentes do que estas.
Princípio
Princípio dada Interseção
interseção ou Corte
Toda a estrutura geológica ( filão, intrusão magmática, etc ) que
interseta outra é mais recente do que ela.

O filão α interseta as camadas A, B e C  Filão na praia da Adraga,


Sintra
logo, é mais novo que estas.
Princípio
Princípioda
daInclusão
inclusão

Fragmentos rochosos incorporados numa rocha são mais antigos do


que a rocha que os engloba.

Na intrusão C existem fragmentos das


camadas A e B  as camadas A e B são
mais antigas do que a intrusão C.
Princípio da inclusão

Um fragmento incorporado num outro é mais antigo do que este. Por exemplo: nas
rochas magmáticas é comum encontrar fragmentos de outras rochas - xenólitos - que
foram incorporados aquando da consolidação do magma que originou as rochas onde
estão inseridos.
A ordem cronológica das estruturas é C, B, D, A e E. Os estratos da sequência C foram os
primeiros a depositar-se, na Era Paleozóica, dado terem fósseis de trilobites. Foram desviados da
sua posição inicial e sobre eles depositaram-se os estratos da sequência B ( na Era Mesozóica,
dado terem fósseis de amonites ). Posteriormente, surgiu uma intrusão magmática ( D ) que
atravessou as estruturas geológicas C e B, consolidando. Após erosão superficial depositou-se a
sequência estratigráfica A ( na Era Cenozóica ), que foi erodida na zona E por um curso de água.
Os filões são intrusões magmáticas mais recentes do que as rochas que intersetam — São
Pedro do Estoril, Cascais.
Numa brecha vulcânica, os fragmentos arrancados às paredes da chaminé, durante a subida do
magma, são de rochas mais antigas do que a própria brecha, onde estão incluídos — Papoa,
Peniche.
Datação relativa — princípios utilizados
1. Observe atentamente os esquemas que se encontram no quadro I.
Quadro I
Diferentes situações em que é possível estabelecer a cronologia relativa entre estruturas
geológicas distintas.

Quadro I

1.1. Procura, em cada esquema, estabelecer uma ordem cronológica entre as diferentes estruturas
geológicas, respondendo às perguntas que lhe são colocadas.

1.2. Estabeleça uma correspondência entre os esquemas representados no Quadro I e os


princípios presentes no Quadro II.
Quadro II

Alguns dos princípios utilizados pelos geólogos na cronologia relativa das rochas

Princípio Descrição

Princípio da Sobreposição - Numa sequência não deformada de rochas


sedimentares o estrato mais antigo é o que se situa
mais inferiormente, sendo as camadas suprajacentes
sucessivamente mais recentes.

Princípio da Identidade - Estratos com o mesmo conteúdo fossilífero


Paleontológica apresentam a mesma idade e tiveram a sua origem em
ambientes semelhantes.

Princípio da Interseção - Estruturas geológicas (como intrusões ígneas ou


ou Princípio do Corte falhas) que intersetam outras são mais recentes do que
estas.

Princípio da Inclusão - Um fragmento incorporado num outro é mais antigo


do que este. Por exemplo: nas rochas magmáticas é
comum encontrar fragmentos de outras rochas -
xenólitos - que foram incorporados aquando da
consolidação do magma que originou as rochas onde
estão inseridos.
As superfícies de descontinuidades no
registo geológico, marcadas pela
ausência de camadas mais ou menos
espessas, designam-se por lacunas
estratigráficas.
Discordâncias estratigráficas ou lacunas estratigráficas – descontinuidades no
As lacunas
registo estratigráficas
geológico, podem
marcadas ser ausência
pela de sedimentação, se não
de estratos, houve,à de
devido facto,
não depósito,de
ocorrência
ou ser de erosão,
sedimentação noquando
local oua camada se de
à erosão formou e foique
estratos posteriormente
existiam. erodida.

Correlação temporal e espacial de estratos


Se após a formação
da primeira série de
estratos a sua
posição for alterada
por ação de forças
tectónicas, perdendo
a horizontalidade, e
se, posteriormente,
ocorrer a deposição
de outra série de
estratos, a superfície
de separação das
duas séries designa-
-se por
discordância
angular.

Esta designação
evidencia o ângulo
entre as duas séries
sedimentares.
Correlação temporal e espacial de estratos
A separação entre as duas sequências estratigráficas é feita por uma superfície de erosão
que interseta a sequência inferior, sendo, por isso, mais recente do que ela — praia do
Telheiro, Vila do Bispo.
Exceções ao princípio da sobreposição dos estratos

Cavalgamento Intrusões

Terraços fluviais Depósitos em grutas


O estrato A, que é mais recente do que B e C, encontra-se localmente abaixo deles devido à
deformação a que o conjunto foi sujeito.

O princípio da sobreposição de estratos não é válido em certas situações, nomeadamente


de inversão estratigráfica, ou seja, quando as rochas foram de tal modo deformadas que as
mais antigas se passaram a sobrepor às mais recentes.
Exceções ao princípio da sobreposição dos estratos
O QUE NOS CONTAM AS
ROCHAS SEDIMENTARES SOBRE
O PASSADO DA TERRA?

1. Admitindo que os estratos


representados em A não foram
desviados da sua posição inicial,
como varia a idade dos mesmos
no sentido ascendente?
- Qual o princípio da Geologia em
que se baseou para responder?

1. A idade dos estratos diminui


no sentido ascendente.
Princípio de sobreposição dos
estratos - cada estrato é mais
recente do que os estratos que
estão abaixo dele e mais antigo
do que os estratos que o
recobrem.
O QUE NOS CONTAM AS ROCHAS SEDIMENTARES SOBRE O PASSADO DA TERRA?

2. Que informações nos pode fornecer cada uma das situações representadas?

2. Em A e B – as rochas sedimentares são, em regra, estratificadas e originalmente os


estratos são horizontais e paralelos.
2. Em C e D - tal como hoje acontece, no passado existiram marcas de ondulação que
ficaram preservadas em certas rochas antigas, dando informações sobre o ambiente em
que se formaram.
Em E e F - no passado também se formaram fendas de dessecação em rochas argilosas tal
como acontece em vasas argilosas atuais.
Todas as características referidas tornam as
rochas sedimentares fundamentais na
reconstituição da história da Terra e da vida,
aplicando o princípio das causas atuais ou
princípio do atualismo.

Segundo este princípio, pode explicar-se o


passado a partir do que se observa hoje, isto é,
causas que provocaram determinados
fenómenos no passado são idênticas às que
provocam o mesmo tipo de fenómenos no
presente.
Como se formam os fósseis?

1. Observe atentamente as figuras. Elas pretendem mostrar como pode fossilizar


uma simples pegada humana.

As pegadas em Ao longo de milhões À superfície da Terra


cinzas vulcânicas de anos, várias tudo se transforma:
húmidas camadas de rochas a erosão deixa a
endurecem. Mais sedimentares descoberto as
tarde outras cinzas depositam-se e antigas pegadas,
cobrem-nas e soterram as agora fósseis.
preservam-nas. pegadas.

2. A fim de compreender melhor como se forma um fóssil e, também, como pode


um molde reproduzir as particularidades da superfície externa de uma concha,
execute a seguinte atividade:
Material
Concha de bivalve
Plasticina ou argila
Substância gordurosa
(vaselina ou outra)
Gesso
Espátula
Vareta
Copo
Água
Pincel

Procedimento
1. Cubra a parte externa da concha com a substância gordurosa. Prima-a na
plasticina de modo a obter uma impressão.

2. Retire a concha. Passe sobre a impressão (molde) um pouco da substância


gordurosa, usando o pincel.
3. Lentamente, junte gesso à água do copo. Mexa com a vareta até obter uma pasta
semelhante a um creme.
4. Encha a impressão com a pasta. Alise o topo e
deixe secar.

5. Quando o gesso estiver duro desenforme-o. Está em


presença de um molde natural do exterior da concha
(contra-molde).
Quais as informações fornecidas pelos estratos?
O perfil estratigráfico apresentado resultou de um depósito fluvial
formado há vários milhões de anos.
O local em que afloram estas rochas carateriza-se por ser um
deserto onde não existe atualmente nenhum curso de água capaz
de originar os depósitos agora descobertos pelos cientistas.
1. Identifique os sedimentos que foram depositados pelo rio.

1. Da base para o topo: balastros - areias - siltes - argilas.


2. Indique, justificando, a ordem de deposição dos diferentes estratos.

2. Os primeiros estratos formados são os que se encontram na base da


sequência, enquanto que os mais recentes se encontram no topo.
Assim, primeiro depositaram-se os sedimentos mais grosseiros
(balastros e areias) e no topo os sedimentos detríticos mais
finos (siltes e argilas).
3. Os depósitos apresentados sofreram diagénese. Comente a afirmação.

3. A afirmação está correta pois os sedimentos encontram-se


agregados sob a forma de rochas sedimentares consolidadas, que
tiveram que sofrer um processo de diagénese.

4. Colocando-se no papel de um geólogo, responda às seguintes


perguntas:
a. Como varia a granulometria dos sedimentos ao
longo do tempo?

a. A granulometria dos sedimentos diminui ao


longo do tempo.

b. A que se deve a variação detetada?

b. Deve-se à redução da capacidade de transporte.


c. Em que medida, o perfil representado indica que o rio que formou os
depósitos drenava uma região que apresentava temperaturas amenas
responsáveis pela intensa meteorização química?

c. As temperaturas amenas são importantes para incrementar a


meteorização química, que é revelada pela presença de minerais de
argila, de reduzidas dimensões, que resultam desse tipo de
meteorização.

Em ambientes com reduzidas temperaturas a


meteorização física é predominante.
d. Em que secção do rio (troço superior, médio ou inferior) terá ocorrido a
formação dos depósitos?
d. No troço médio porque o agente de transporte perde a capacidade
de transportar balastros.
A redução da capacidade de transporte (por exemplo, a redução do
caudal na época de estiagem) poderá permitir a deposição de
materiais mais finos.

e. Que estudos efetuar para obter informações


sobre as rochas parentais que originaram os
sedimentos depositados?

e. Analisar detalhadamente os balastros e areias


presentes no depósito, determinando a sua litologia e
grau de meteorização, bem como estudar os minerais
de argila e inferir sobre as rochas iniciais (composição,
mineralogia, localização, condições ambientais a que
se encontram expostas).
5. Comente criticamente a afirmação: "A sequência apresentada
representa um acontecimento contínuo de deposição”.

5. A sequência não corresponde a um fenómeno contínuo de


deposição, pois a deposição de areias não foi contínua, existindo
fenómenos de erosão que estão registados no topo do estrato de
arenitos e que indicam pausas no processo de deposição.
6. Em síntese, resuma a história geológica regional com base no registo
estratigráfico apresentado.

6. Um rio, provavelmente no seu percurso médio possui elevada


capacidade de transporte e deposita materiais mais grosseiros
misturados com alguns materiais mais finos.

Provavelmente, a redução do caudal do rio


reduziu a sua capacidade de transporte com
deposição de areias.

No topo da camada de areias ocorreu um


Aqui 14-03-12 processo de erosão e deposição de novas areias
com uma estratificação diferente das camadas
inferiores.

A redução da capacidade de transporte levou à deposição de


depósitos de material mais fino, que se formaram por
processos de meteorização intensa.

Desde a sua formação até à atualidade as condições


climatéricas mudaram, e a região tornou-se mais árida e
sem escoamento superficial nas proximidades do depósito.
COMO SEQUENCIAR NO TEMPO UM CONJUNTO DE ACONTECIMENTOS GEOLÓGICOS?
1. Em que consiste o princípio da sobreposição?
1. Numa sequência de estratos na sua posição original, cada estrato é mais recente do que
aqueles que estão por baixo e mais antigo do que aqueles que o recobrem.
2. Refira a idade relativa das rochas C, D e E.
2. C é a mais antiga, depois a E e D é a mais recente.
3. O filão F é mais recente do que A, B, C, D e E. Porquê?
3. O filão F atravessa as camadas A, B, C, D, E e portanto formou-se depois delas.
4. Que significado atribui ao termo ”discordância”?

4. Superfícies de separação entre uma sequência de rochas mais antigas, que foram
deformadas e erodidas, e uma sequência mais recente que se depositou posteriormente
sobre essa superfície já erodida.
5. Justifique a expressão "As rochas são arquivos da história da Terra“.
5. As rochas, pelas suas caraterísticas, conservam informações sobre o passado da Terra, não
só sobre as condições ambientais em que se formaram, como também sobre a vida que
existia aquando da sua formação.
Correlação temporal e espacial de estratos
Correlação temporal e espacial de estratos
1) Rochas com fósseis de
dinossauros são mais recentes
do que rochas que têm
trilobites.

1) Os dinossauros viveram
apenas durante o Mesozoico
enquanto que as trilobites
existiram no Paleozoico, e
portanto as rochas com fósseis
de dinossauros são mais
recentes do que as rochas com
fósseis de trilobites.
2) Fósseis de tubarões não são
bons fósseis de idade.
2) O grupo dos tubarões tem
uma longa longevidade pois
existem desde o Devónico até
à atualidade e portanto não
são bons fósseis de idade.
3) As trilobites são caraterísticas
da Era Paleozoica.
3) As trilobites aparecem no
início do Paleozoico e
extinguiram-se definitivamente
no fim dessa era.

4) Rochas com trilobites do


género Olenellus formaram-se
no Câmbrico.

4) O género Olenellus apenas


existiu durante o Câmbrico e por
isso as rochas que contém
fósseis desse género tiveram de
se formar nesse período.
5) Trilobites do género Elrathia são melhores fósseis de idade do que trilobites do género
Phacops.

5) O género Elrathia apenas existiu


durante parte do Câmbrico
enquanto que o género Phacops
existiu desde o Silúrico até ao fim
do Devónico.

Como o género Elrathia teve


longevidade mais curta é melhor
fóssil de idade.
Datação dos estratos

Corte
esquemático
de uma região

1. Coloque por ordem de deposição os estratos representados na figura.


1. 13-11-9-8-7-6-5-4-3-2-1
2. Em que princípio se baseou para responder à pergunta anterior?
2. Princípio da sobreposição dos estratos.
Corte
esquemático
de uma região

3. Com base na figura, classifique as seguintes afirmações em verdadeira ou falsa, justificando


com os princípios estudados.
a. O dique e o corpo plutónico são mais recentes do que a falha representada. a. Falsa.

O dique e o corpo plutónico são cortados (intersetados) pela falha, pelo que são mais antigos
que esta.
3. b. Os estratos são todos mais antigos do que a falha e o dique. b. Verdadeira.
A falha e o dique intersetam todos os estratos, pelo que são mais recentes.
c. Os fragmentos que compõem o conglomerado (estrato 6) são mais recentes do que o estrato.
3. c. Falsa. Os fragmentos que compõem o estrato 6 são mais antigos do que o próprio
estrato em que estão incluídos (Princípio da inclusão).
3. d. O dobramento dos estratos ocorreu após a intrusão do corpo magmático e antes do
aparecimento da falha.
d. Falsa.
Embora a dobra seja mais antiga do que a falha, pois é intersetada por esta, não é mais recente
do que a intrusão magmática, pois esta intersecta a dobra, como é visível pela instalação do
dique que é posterior ao dobramento de todos os estratos.
QUE INFORMAÇÕES NOS
PODEM FORNECER OS
FÓSSEIS DE FÁCIES?
1. A que grupo de animais
pertencem os fósseis
encontrados?
1. Moluscos.
2. Qual a parte do
organismo que foi
fossilizada?

2. Conchas.
3. Mencione prováveis
condições ambientais em
que se formou a rocha A.

3. Deve ter-se formado


em água pouco profunda,
temperada ou quente.
4. E o calcário B, em que
condições se formou?
4. Deve ter-se formado em
zonas de água doce (lagos,
charcos).

5. Refira o princípio da
Geologia em que se
baseou para fazer as
inferências relativas às
perguntas 3 e 4.

5. Princípio das causas


atuais ou
Princípio do atualismo.
Escala do Tempo Geológico
A escala contém dois Éons
(unidade geocronológica mais
ampla):

Criptozoico (com rochas sem


fósseis )

Fanerozoico (com rochas


fossilíferas).

Os Éons subdividem-se em Eras


(reconhecidas pelo grupo de
animais que nelas dominam), e
estas, por sua vez, subdividem-se
em períodos.
O início do Fanerozoico («vida visível»), que corresponde, também, ao começo da era
paleozoica, é marcado por uma grande diversificação dos seres multicelulares, um
fenómeno que hoje é designado por «explosão câmbrica», numa alusão ao primeiro
período daquela era — o Câmbrico.

De entre os invertebrados marinhos tipicamente paleozoicos, destacam-se as trilobites e


os graptólitos.

Fóssil de graptólito — Canelas, Arouca

Fósseis de trilobites em placas de lousa - louseira


de Canelas.
No paleozoico surgiram, também, diversos grupos de vertebrados, a começar pelos peixes.

Com a conquista dos continentes, apareceram novas formas de vida, incluindo plantas que,
no período carbónico, formavam densas florestas, cuja fossilização foi responsável pelos
mais importantes jazigos de carvão atualmente existentes.

No final da era paleozoica, e ao que se pensa, em menos de milhão de anos, 96% das
espécies marinhas, dois terços das famílias de anfíbios e de répteis terrestres, e um terço dos
insetos desapareceram para sempre.

Diversos fenómenos podem ter contribuído para esta extinção em massa, como:

acentuada descida do nível do mar

violentas erupções vulcânicas

aumento significativo da concentração de dióxido de carbono


Durante a era mesozoica, os répteis sobreviventes da era paleozoica evoluíram
rapidamente, dando origem a um grupo muito bem sucedido — o dos dinossauros —, de
cuja evolução terão resultado as aves.

Os cefalópodes, como as amonites e as belemenites, são os invertebrados marinhos


dominantes.

O grupo de plantas mais evoluídas — as angiospérmicas, plantas com flor — aparece


ainda no decurso desta era.

Rostro de belemenite fossilizado — cabo


Mondego, Figueira da Foz.
Fóssil de amonite -- cabo
Mondego, Figueira da Foz. O esquema permite reconhecer, a sombreado,
a posição dessa parte da concha interna, a
qual continua a existir nalguns cefalópodes
atuais.
Constituição de uma belemenite

Pro-ostracum

prolongamento dorsal do
Pro-ostracum fragmocone.
Fragmocone

Porção oca da concha dividida por


septos em câmaras.

Fragmocone Área que acumula e troca gases que


vão permitir a flutuabilidade.

Rostro

rodeia o fragmocone

Rostro
Ordem
Diversos rostros de belemenites
As belemnites eram carnívoras com um corpo suave em redor de uma concha interna,
semelhantes às atuais lulas.

Evoluíram no período Carbónico e pensa-se que tenham evoluído dos mesmos


antepassados que as amonites.

As belemnites eram comuns no início período do Jurássico até ao fim do Cretácico, há


aproximadamente 65 milhões de anos.

As belemnites eram eficientes a capturar peixes pequenos e animais marinhos com os


seus tentáculos, e comiam-nos com as suas mandíbulas em forma de bico.

Apesar de serem consideradas antepassados das lulas os seus tentáculos eram


diferentes dos das lulas modernas.

A diferença é que que tinham ganchos em vez de ventosas para agarrar as presas.
Contudo, há 65 milhões de anos, uma nova grande crise ecológica global determina a
extinção da maioria das espécies então existentes — cerca de 80%.

Duas causas são dadas como as mais plausíveis:

um grande impacto meteorítico, produzido, na


região do golfo do México, por um corpo com
10 quilómetros de diâmetro

uma atividade vulcânica excecionalmente intensa.


Qualquer um destes fenómenos, por si só, ou os dois,
em conjunto, podem ter sido responsáveis pelo

lançamento de finas partículas para a atmosfera

capazes de reter a radiação solar


a ponto de provocar

um acentuado e generalizado arrefecimento climático

a inibição da atividade fotossintética.


A extinção em massa, ocorrida há mais ou menos 65 milhões de anos, marca o fim
do período Cretácico (K) e o início do período Terciário (T) é conhecida por extinção K-T
ou evento K-T.

O registo estratigráfico mostra que o desaparecimento abrupto das espécies que foram
extintas coincide com um nível estratigráfico, denominado nível K-T, rico em irídio, um
elemento químico pouco abundante na Terra e geralmente associado a corpos
extraterrestres ou a fenómenos vulcânicos.

Formação em Drumheller, Canadá, onde


se observa o nível K-T, registo da
passagem do Cretácico para o Terciário.
A partir de 1989, a Comissão Internacional de Estratigrafia deixou de reconhecer o
período Terciário - já que em seu lugar foi estabelecido o período Paleogénico - e, com
isso, muitos geólogos passaram a adoptar o termo extinção K-Pl (onde Pl representa o
período Paleogénico) em substituição ao termo extinção K-T.

Os mamíferos, pouco expressivos até então, ganham agora, no início de uma nova era —
a era cenozoica —, e beneficiando da extinção dos grandes répteis, um novo impulso
evolutivo que culmina com o aparecimento da espécie humana.
Escala do tempo geológico
Escala do tempo geológico
1. Localize no tempo as
quatro principais crises
biológicas.

1.
D - 443 M.a. - fim do
Ordovícico.

C - 359 M.a. - fim do Devónico.

B - 251 M.a. - fim do Pérmico.

A - 65,5 M.a. - fim do Cretácico.

2. Como varia a duração das


eras no sentido ascendente do
tempo? Interprete essa
variação.

2. São cada vez mais curtas,


pois existe maior número de
dados fósseis que permitem
datar mais facilmente as
formações.
3. A quantas grandes extinções
sobreviveram os amonoides?
3. Três extinções.

4. Quando se consumou a
extinção definitiva dos
dinossauros?

4. No fim do Cretácico.
5. Refira os grupos que mais se
expandiram no Cenozoico.
5. Peixes e Mamíferos.
6. Durante o Ordovícico houve
grande diversificação de famílias.
Justifique esta afirmação.

6. O número de famílias
aumentou significativamente,
passando de cerca de 170 famílias
para cerca de 500.
Quais os principais acontecimentos do passado da Terra?

Coluna cronoestratigráfica
1. No Câmbrico aparecem os primeiros seres vivos com revestimentos externos compostos por
materiais resistentes.
a. Qual a importância deste facto na fossilização?

a. Os revestimentos externos duros são mais resistentes, facilitando o seu registo nas rochas.
1. No Câmbrico aparecem os primeiros seres vivos com revestimentos externos compostos por materiais
resistentes.
b. É correto afirmar que antes do Câmbrico existiam poucas espécies tendo em conta o registo fóssil?

b. Embora sejam conhecidas poucas formas de vida, não implica que não tenham existido muitas mais, pois
podem não ter ficado registadas, devido à fragilidade das suas estruturas e à destruição que pode ter
ocorrido, no longo espaço de tempo que decorreu entre a sua morte e a atualidade.
2. Em que medida a figura reflete a importância dos fósseis para datar as rochas e os principais
eventos que ocorrem na Terra?
2. A formação de associações específicas de fósseis ao longo do tempo permite imediatamente
datar as rochas em que estas associações estão presentes.
3. Em que momentos ocorreram as principais extinções?

3. Nos limites: Pérmico - Triásico; Ordovícico - Silúrico; Devónico -Carbónico; Cretácico -


Paleogénico eTriásico - Jurássico.
4. Comente a afirmação: "Após uma extinção verifica-se uma "explosão" de Vida, que permite
definir um novo período da história da Terra."
4. Após uma extinção novas espécies surgem, o que permite estabelecer um novo período,
com uma associação caraterística de fósseis.

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