EMPREENDEDORISMO
Professor Moisés Phillip Botelho
moises.botelho@senaimt.edu.br
PLANO DE ENSINO
Empreendedorismo A natureza e a importância dos
- Conceitos. empreendedores;
- A revolução do empreendedorismo. - a mentalidade empreendedora e intra-
- Análise histórica do empreendedorismo. empreendedora;
- Desenvolvimento do perfil do empreendedor. O indivíduo empreendedor;
- O processo empreendedor. - Questões legais para o empreendedor;
- Identificando oportunidades. - Análise do ambiente empresarial;
- Fundamentos sócio históricos e filosóficos e sua - Análise de oportunidades de mercado.
relevância para o desenvolvimento - Análise ambiental e social na organização
socioeconômico local e regional. O plano de negócios
- Cultura do empreendedorismo. Compreensões acerca do Cooperativismo e do
- O perfil do empreendedor de sucesso. Associativismo:
- A atividade empreendedora e a globalização Possibilidades de oportunidades empreendedoras,
- Gestão empreendedora estímulo à criatividade e à inovação para o mundo
- Desafios atuais do Empreendedor do trabalho
- Empreendedorismo individual e coletivo e as
tecnologias sociais
ESCLARECIMENTO DE DÚVIDAS
Reflexão
“Qualquer individuo que tenha a frente uma decisão a tomar pode aprender
a ser um empreendedor e se comportar empreendedoramente. O
empreendimento é um comportamento, e não um traço de personalidade.
E suas bases são o conceito e teoria, e não a intuição.”
Peter Drucker
Questão chave
“É aquele que faz acontecer, se antecipa aos fatos e tem uma visão
futura da organização” José Dornelas (2001)
Empreendedor
• “É uma pessoa que se engaja num processo de
criação de riqueza e agregação de valor, através do
desenvolvimento de idéias, da combinação de
recursos e de fazer as coisas acontecerem.”
– Realidade:
• Enquanto a maioria dos empreendedores nasce com um certo nível de inteligência, empreendedores de sucesso acumulam
relevantes habilidades, experiências e contatos com o passar dos anos.
• A capacidade de ter visão e perseguir oportunidades aprimora-se com o tempo.
– Realidade:
• tomam riscos calculados
• evitam riscos desnecessários
• compartilham o risco com outros
• dividem o risco em “partes menores”
MITOS SOBRE O EMPREENDEDOR
– Realidade:
• São ótimos líderes
• Criam times
• Desenvolvem excelente relacionamento no trabalho com colegas, parceiros, clientes,
fornecedores e muitos outros
MITOS E VERDADES
• Relacionamento/networking: VERDADE
MITOS E VERDADES
• Ganhar dinheiro: MITO
Globalização
Globalização
Acirramento da concorrência
remodelação de mecanismos de produção e gerenciamento;
empresas de sucesso:
• cada vez menores, especializadas (mas, versáteis) eficientes e rápidas
....
A importância do Empreendedorismo no Mundo Globalizado
Eduardo Bom Angelo (2003)
Legislação
Governo
Bancos
RECURSOS Economia
Angels Infra-estrutura
*Macroambiente
(Variáveis incontroláveis)
*Microambiente
(Variáveis controláveis)
Macroambiente
São variáveis sociais incontroláveis que influenciam o microambiente das empresas. As
empresas, seus fornecedores, distribuidores, os clientes, os concorrentes e os demais públicos
operam em um macroambiente de forças que dão forma a oportunidades e ameaças no
mercado. Este ambiente interfere não apenas em uma empresa, mas em diversas. Desta
forma as empresas devem monitorar estas forças e antecipar possíveis ações que reduzam os
riscos ou aumentem as suas possibilidades de sucesso.
• Natural
• Demográfico
• Econômico
• Tecnológico
• Socio-cultural
• Político-legal
Demográfico
Composto pelas características da população em geral. Podem auxiliar na determinação de
públicos-alvo. Exemplos de Variáveis demográficas: etnia, faixa etária, grau de instrução,
profissão, renda, índice de natalidade, número de habitantes, taxa de crescimento, taxa de
natalidade, etc
● Mercados étnicos
Econômico
Características tanto da economia nacional quanto global.
Variação em termos de nível e distribuição de renda dos países e estados
● Condições de pagamento
● Concessão de crédito
● Crises, Recessões
Sociocultural
De acordo com os gostos e com as preferências das pessoas, o poder de compra é
direcionado para determinados bens e serviços em detrimentos de outros. A sociedade
molda crenças, valores e normas que definem, em grande parte, estes gostos e
preferências. Ex: produtos ligados ao esporte, música, religião, lazer, hábitos familiares,
etc.
Exemplos de mudança culturais/sociais: Cigarros com baixo teor, Alimentos light e funcionais, mais tempo em
casa, maior utilização do computador, violência, prostituição, rebeliões, atentados, características receptivas da
população, etc
Sociocultural visões dos consumidores
● Visões das pessoas de si mesmas: busca de realização
● Visões das outras pessoas: influências dos grupos de pressão
● Visões sobre as empresas/produtos: determinam escolhas e fidelidade
● Visões sobre a sociedade: busca por segurança, grupos menores e mais
confiáveis
● Visão da natureza: busca por produtos que não interfiram na harmonia natural
● Visões do universo: sentido de existência x consumismo
Natural
Envolvem os recursos naturais disponíveis para a empresa ou afetados por ela. Água, o
ar, o verde, fauna, etc. Um dos principais elementos determinantes do produto turístico
influenciando, inclusive, a sazonalidade da demanda
● Clima
● Chuvas
● Secas
● Tempestades
● Pragas
● Escassez de matéria-prima
● Custo da energia – produção, transporte
Tecnológico
As inovações em produtos e processos são fortes elementos de
transformação das características dos mercados.
● Tecnologias de comunicação
● Acesso rápido e facilitado
● Condições melhores de infra-estrutura
● Novos serviços de apoio e suporte
● Novos sistemas de informação e gestão (DBM, ERP)
Político-legal
Políticas públicas, leis, regulamentações, código de defesa do consumidor, etc
EX: o decreto de uma região de preservação ambiental pode impossibilitar a ampliação das
instalações de uma empresa; a impossibilidade de construir vias de acessos mais facilitadas pode
restringir o potencial de exploração
● Políticas públicas
● leis
● Regulamentações
● Código de defesa do consumidor
● Práticas sanitárias de manipulação, armazenamento
e oferta de alimentos
Microambiente
Forças/elementos/fatores próximos às empresas e que afetam a sua
capacidade de servir aos seus clientes. Variáveis “controláveis”
• Composto de Marketing (Marketing Mix)
Conjunto de ações e estratégias relacionadas à Preço, Produto, Praça e Promoção de um
produto / serviço de uma empresa
• A empresa e seus departamentos
Alta administração, Finanças, Compras, Produção, Contabilidade, Atendimento, etc.
A velha história “Não adianta fazer propaganda se a própria empresa não sabe o que está
acontecendo”
• Fornecedores
São eles que provêm os recursos necessários para a empresa produzir os bens e serviços
• Intermediários de Marketing
São aqueles que ajudam a empresa a promover, vender e distribuir seus produtos aos
consumidores finais (agências de propaganda, agências de viagem, operadoras, Setur,
Convention e Visitors Bureau, etc)
Microambiente
• Clientes
Devem ser motivo de profundo conhecimento da empresa – comportamento do cliente,
segmentação
• Concorrentes
Os profissionais de Marketing não devem apenas visar às necessidades e os desejos dos
consumidores-alvos; devem alcançar vantagens estratégicas, posicionando suas ofertas
contra as de seus concorrentes na mente dos consumidores.
• Públicos (Stakeholders)
São todos os públicos envolvidos, impactados pelo negócio da empresa ou que tem
potencial para auxiliar no processo.
Financeiros: (Bancos, empresas de investimentos e acionistas)
Mídia: (opinião pública, jornais, televisão, rádio, etc)
Governo (ministérios, secretarias)
Geral (cria uma imagem da empresa) influenciadores indiretos
Interno (empregados, advogados, diretores, voluntários)
Ambiente de Marketing
Competitivo
Objetivo principal:
Distribuição
Econômico Tecnológico • AMEAÇAS
MERCADO
Produto ALVO Preço
•OPORTUNIDADES
Promoção
Político- Sócio
Legal Cultural
Segmentação do Tamanho do Localização Tamanho do Mercado Potencial
público alvo segmento geográfica mercado
Naturalistas/ 45.250 pessoas Em bairros de 40.725 16.290 pessoas
Vegetarianos classe A e B pessoas
Espíritas 282.300 Todas as regiões da 33.876 pessoas 16.938 pessoas
pessoas cidade.
Concorrência:
A concorrência
É forte ou fraca?
Equipe: a equipe
Gerencial possui
Capacidade de executar
O previsto no plano?
Produto: o produto
Possui um diferencial
Demanda: a demanda
Frente a concorrência?
Pelo produto é grande
E crescente, ou pequena?
Cenários
Ameaça
É uma força ambiental externa, que cria
obstáculo às ações estratégicas, mas que pode
ser evitada ou minimizada, desde que conhecida
em tempo hábil.
Ponto Forte
É a diferenciação conseguida pela organização, que
proporciona uma vantagem operacional no ambiente
empresarial.
Ponto Fraco
62%
50%
46%
38%
27%
(2008)
Mortalidade de Empresas
A Cultura do Empreendedorismo
Joseph Alois Schumpeter nasceu em 8 de
fevereiro de 1883 no Império Austro-Húngaro e
morreu em 8 de janeiro de 1950.
Foi um importante economista e cientista político.
Dentre os conceitos desenvolvidos por ele, e que
influenciaram muito a visão econômica da época, um
dos principais foi: a ideia de que para que a economia
saia de um estado de equilíbrio e comece a se
expandir é necessário um ato empreendedor que
traga alguma inovação ao mercado.
Empreendedorismo na visão Shumpeteriana
É a cultura aprendida por pessoas que têm a chamada
"personalidade empreendedora": tem energia e auto-confiança;
iniciativa, aceitam responsabilidades e riscos ; formam equipes,
não aceitam as medidas impostas e buscam recursos diferentes;
têm atitude positiva diante do fracasso. Não é um dom divino
que contempla os super inteligentes, mas algo ao alcance de
gente comum, pessoas normais; algo que pode ser aprendido e
organizado sistematicamente por qualquer um que não seja um
“iluminado”.
A Cultura do Empreendedorismo
Atitude Empreendedora
1 – Visualizar obstáculos como desafios
2 – Ver o erro como um aprendizado, não como um
fracasso
3 – Curioso. Explorar e saber como funcionam as
coisas
4 – Iniciativa
5 – Ser ambicioso. Explorar os bons resultados e
conquistas
6 – Ter coragem
7 – Ser pró-ativo
8 - Persuasivo
9 – Saber o que faz e porque faz
Diferenças conceituais entre empreendedor e
intraempreendedor
• Adaptar, substituir, combinar, ampliar reduzir, eliminar e reverter são algumas das
palavras que se utilizam para mostrar como pode ser feita um inovação
•Positividade
•Organização
•Criatividade
•Inovação
•Foco
Empreendimentos
por necessidade e oportunidade
•A motivação para iniciar uma atividade empreendedora é um dos
temas relevantes, principalmente para se conhecer melhor a natureza
do empreendedorismo em países em desenvolvimento.
MICRO
Cobertura
Previdenciária
MEI CRÉDITO
Benefícios
Custos
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL - MEI
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/
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Compreensões acerca do Associativismo e
Cooperativismo
“O HOMEM É UM
SER SOCIAL
POR NATUREZA”
ASSOCIAR E COOPERAR
O QUE É ASSOCIAR?
pôr junto; reunir, agregar, fazer entrar ou entrar,
reunir(-se) em sociedade.
O QUE É COOPERAR?
atuar, juntamente com outros, para um mesmo fim;
contribuir com trabalho, esforços, auxílio; colaborar
Entenda as diferenças entre associação e
cooperativa
• A primeira une-se em prol de objetivos sociais e a segunda, de objetivos
econômicos.
b ) Descrição da companhia
A principal informação ao leitor refere-se aos detalhes do negócio.
Devem ser consideradas informações sobre a situação legal da cia.,
acionistas/sócios controladores, produtos ou serviços, objetivos etc.
Business Plan
Componentes do B.P. (Cont.)
c ) Análise e tendências da indústria
Nenhuma cia. opera isolada. As forças que afetam a indústria, inevitavelmente irão
afetar o seu negócio.
O plano deve conter:
Descrição da indústria
Aspectos econômicos
Tendências
Oportunidades
d ) Conhecer e definir o mercado alvo
A análise do mercado difere do plano de marketing. A análise permite
identificar e entender seus consumidores; o plano de marketing mostra como
deve alcançar os consumidores.
Com base nessa visão, deve ser definido o mercado alvo que se pretende
operar.
Business Plan
Componentes do B.P. (Cont.)
e ) Concorrência
No mundo dos negócios é importante saber quem está ganhando de você. É melhor
estar prevenido do que ser surpreendido por um repentino desaparecimento das
vendas.
Os administradores de empresas novas tendem a subestimar o impacto da
concorrência e quase sempre falham.
Se um BP não considerar a concorrência, os investidores poderão considerar que o
plano não é realista ou não há mercado para o seu produto.
f ) As condições da empresa e a avaliação dos riscos
Além de saber administrar uma empresa é importante saber qual é o tipo de negócio
que está sendo administrado. Qual é o market-share, relação com clientes, com canais
de distribuição, e que vantagens possui sobre os concorrentes diretos.
É importante também avaliar os riscos de mercado (há mercado para os
produtos/serviços), da concorrência, tecnologia, produtos concluídos a tempo,
operacionais (administrativos) e de capital.
Business Plan
Componentes do B.P. (Cont.)
“90% do sucesso vem da execução
h ) Operações apropriada dos planos”
Há duas categorias de negociantes: os que são fascinados pelos números e os que se apavoram com
eles. Cada decisão reflete em números, quer no business plan quer nos demonstrativos financeiros
(balanços).
Os números devem ser resultantes de cuidadoso planejamento econômico-financeiro.
Mesmo que você não seja o responsável pela preparação de relatórios financeiros, deve
conhecer e saber interpretar um balanço para poder melhor controlar a sua companhia.
Dentro do business plan, os 3 itens financeiros mais importantes são:
Demonstração do Resultado
Planejamento do Caixa
Balanço
Origens e aplicações de recursos
E como peças auxiliares:
Mutações do patrimônio
Gerenciamento dos custos
Notas explicativas e princípios contábeis adotadas
A Evolução do Conceito de Projetos de Inovação
BMC
PMC
PLANO DE PROJETO
Quanto e
Por quê? O quê? quem? como? Quando?
QUADRO DE MODELO DE NEGÓCIO
Referências
CHIAVENATO, Idalberto, 1936. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor:
empreendedorismo e viabilização de novas empresas: um guia compreensivo para iniciar e tocar seu
próprio negócio. São Paulo: Saraiva, 2008.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando ideias em Negócios. Rio de Janeiro.
Campus. 2010.
DOLABELA, Fernando. O segredo de Luisa: uma ideia, uma paixão e um plano de negócios – como nasce
o empreendedor e se cria uma empresa. São Paulo: Cultura, 2010.
DRUCKER F. Peter. Inovação e espírito empreendedor – prática e princípios. São Paulo: Pioneira
Thompson, 2009.