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IF – Campus Barbacena – MG

Disciplina: Gestão de Áreas Naturais e Protegidas


Turma: 5º Período de Gestão Ambiental

Professor: Dr. Geraldo Magela Sávio

Acadêmico: Paulo Sérvulo do Nascimento

Barbacena, junho de 2018.


A Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) é
uma área natural que abriga populações
tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas
sustentáveis de exploração dos recursos naturais,
desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados
às condições ecológicas locais e que desempenham
um papel fundamental na proteção da natureza e
na manutenção da diversidade biológica.
A RDS tem como objetivo básico preservar a
natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as
condições e os meios necessários para a
reprodução e a melhoria dos modos e da
qualidade de vida e exploração dos recursos
naturais das populações tradicionais, bem
como valorizar, conservar e aperfeiçoar o
conhecimento e as técnicas de manejo do
ambiente, desenvolvido por estas populações.
É de domínio público, sendo que as áreas
particulares incluídas em seus limites devem ser,
quando necessário, desapropriadas, de acordo com
o que dispõe a lei.
O uso das áreas ocupadas pelas populações
tradicionais será regulado de acordo com o
disposto no art. 23 da Lei 9985/2000 e em
regulamentação específica.

RDS Mamirauá (AM) - foi a primeira Reserva de


Desenvolvimento Sustentável criada no Brasil.
As atividades desenvolvidas na Reserva de
Desenvolvimento Sustentável obedecerão às
seguintes condições:
I-É permitida e incentivada a visitação
pública, desde que compatível com os
interesses locais e de acordo com o disposto
no Plano de Manejo da área;
II-É permitida e incentivada a pesquisa científica
voltada à conservação da natureza, à melhor
relação das populações residentes com seu meio e
à educação ambiental, sujeitando-se à prévia
autorização do órgão responsável pela
administração da unidade, às condições e
restrições por este estabelecidas e às normas
previstas em regulamento;

Artesanato com junco, feito por


morador da RDS do Rio Aripuanã
III - Deve ser sempre considerado o equilíbrio
dinâmico entre o tamanho da população e a
conservação;
V-E é admitida a exploração de componentes dos
ecossistemas naturais em regime de manejo
sustentável e a substituição da cobertura vegetal
por espécies cultiváveis, desde que sujeitas ao
zoneamento, às limitações legais e ao Plano de
Manejo da área.
Assim como as Resex, as RDS também são geridas
por um Conselho Deliberativo, presidido pelo
órgão governamental responsável (órgão estaduais,
no caso das RDS criadas pelos estados, e o ICMBio,
na RDS federal) e constituído por representantes de
órgãos públicos, de organizações da sociedade
civil e das populações tradicionais residentes na
área.
As Reservas de Desenvolvimento Sustentável são
preferencialmente estaduais e, diferente das
Reservas Extrativistas, as populações da UC não
precisam ser extrativistas, mas devem residir na
área. A iniciativa da criação da RDS não precisa
partir necessariamente da população local e esta
tem menor poder sobre a gestão e os territórios
que as populações das Resex.
Outro ponto importante sobre as RDS é que
elas devem ser áreas grandes e com
significativa biodiversidade, e ainda, precisam
ter uma parte delimitada para proteção
integral.
Existem 27 Reservas de Desenvolvimento
Sustentável no Brasil, todas estaduais, com exceção
da RDS Itatupã-Baquiá, no Pará, que é federal. Esta
RDS foi criada em 2005 no município de Gurupá e
engloba sete comunidades onde vivem
aproximadamente 850 pessoas.
As atividades econômicas da população são a
extração de madeira, de frutas oleaginosas como a
andiroba, do açaí, a pesca, a caça de subsistência e
a agricultura familiar. Uma grande biodiversidade
também é característica da área. São encontradas
espécies vegetais como açaizeiro, andiroba e
macacaúba, e da fauna, como pacas, veados, tatus
e diversas espécies de primatas.
Um exemplo de importante Reserva
de Desenvolvimento Sustentável estadual é a RDS
do Rio Iratapuru, no Amapá. Criada em 1997 com
aproximados 806 mil hectares, a UC interliga
o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e
a Reserva Extrativista do Rio Cajari, e por isso é
uma área de grande importância no Corredor da
Biodiversidade do Amapá, que engloba 12 UCS e
mais de 10 milhões de hectares.
Expedições à região registraram a ocorrência de
vários animais raros para a ciência ou ameaçados
de extinção, tais como um sapo venenoso
(Atelopus spumarius) somente encontrado na
região, tamanduás-bandeira, ariranhas e onças-
pintadas.
Os moradores da RDS exploram principalmente a
castanha-do-Brasil, mas também outras espécies
como a andiroba, a copaíba e o camu-camu, e a
pesca.

Pescador com um Pintado (Pseudoplatystoma


corruscans), na RDS do Rio Aripuanã.
Com o objetivo de tentar esclarecer e reduzir dúvidas
freqüentes em relação às Reservas de Desenvolvimento
Sustentável (RDSs), o WWF-Brasil lançou, durante o V
Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, que
aconteceu em junho de 2007, em Foz do Iguaçu (PR), a
publicação “Reserva de Desenvolvimento Sustentável -
Diretrizes para a regulamentação”. O volume apresenta
a sistematização resumida de estudos e debates que
procuram abordar os principais pontos polêmicos
relacionados a essa categoria de unidade de
conservação de uso sustentável.
Criar uma unidade de conservação não é tarefa
fácil. Não tanto pelas dificuldades técnicas mas,
sobretudo, pelas dificuldades que poderíamos
chamar de políticas. A criação de unidades de
conservação demanda estudos ecológicos, sobre a
flora e a fauna, a situação fundiária, a ocupação
humana e as atividades econômicas desenvolvidas
na área.
Mas, em geral, não são demasiadamente
complexos e podem ser realizados sem maior
dificuldade por uma equipe bem treinada. Além
disso, recursos inimagináveis há 10 ou 20 anos
atrás, como imagens de satélite, sistemas de
informações geográficas, GPS e notebooks facilitam
muito os estudos e permitem a elaboração de
propostas com maior rapidez e melhor qualidade.
Infelizmente, ainda falta uma
regulamentação específica que resulte em
diferentes práticas no que se refere aos
processos de criação, proteção e gestão de
RDSs e isso acaba gerando indagações entre
gestores e ambientalistas.

Paisagem do rio Verde, Estação Ecológica Juréia-Itatins


-Aulas expositivas do Professor Dr. Geraldo Magela Sávio;
-Brasil. 1981. Lei Nº 6.902 de 27/04/1981. Dispões sobre a
criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e
da outras providências;
-Brasil. 1990. Decreto Federal Nº 99.274/6/1990. Regulamenta a Lei
Nº 6.902 de 27/04/1981 e a Lei Nº 6.938 de 31/08/1981;
-BRASIL 2000. Lei Federal Nº 9.985 de 18/07/2000. Regulamenta o
artigo 225 da Constituição Federal e institui o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação e da outras providências. Autoria: Texto de
Maurício Mercadante (consultor legislativo da Câmara dos Deputados
e Diretor de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente de
2003 a 2008) (2010);
-Depoimento de Sônia Wiedmann., Doutora em Direito Internacional
do Meio Ambiente pela Universidade de Strasbourg (França)
eprocuradora do IBAMA por 32 anos;
-Download na Biblioteca on-line do WWF-Brasil;
-Imagens: Google e http://observatorio.wwf.org.br/

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