José Machado Carregosa OBJETIVOS DA AULA 1) Conhecer os fatores que definem o exercício ilegal da profissão;
2) Identificar o processo do exercício público da
profissão;
3) Apresentar os aspectos jurídicos da incorporação
imobiliária;
4) Conhecer as informações essenciais para a
incorporação imobiliária; OBJETIVOS DA AULA 5) Conhecer os aspectos relevantes da constituição dos Condomínios Comerciais;
6) Apresentar a diferenciação entre
Condomínios e Associações de Moradores;
7) Apresentar os aspectos que norteiam o
Sistema Financeiro da Habitação no Brasil; OBJETIVOS DA AULA 8) Conhecer o funcionamento e os aspectos jurídicos do Sistema de Financeiro Imobiliário – SFI no Brasil;
9) Conhecer as operações de arrendamento
mercantil ou leasing imobiliário;
10) Compreender as demais formas de
financiamento imobiliário e seus aspectos jurídicos. Reserva de mercado A Lei nº 6.530/78 define essas atribuições:
Art. 2º - O exercício da profissão de Corretor
de Imóveis será permitido ao possuidor de título de Técnico em Transações Imobiliárias.
Parágrafo Único - As atribuições constantes
deste artigo poderão ser exercidas, também, por Pessoa Jurídica inscrita nos termos desta Lei. A intermediação ou negociação A intermediação imobiliária poderá ser realizada eventualmente por alguém que não possui registro profissional. A excepcionalidade não pode configurar o exercício ilegal da profissão. Nesse caso, o vendedor não está fazendo o trabalho de intermediação imobiliária com fins comerciais, visando obter ganhos financeiros com essa atividade. Havendo repetição dessas atividades num certo período poderá ser considerado exercício ilegal da profissão. A tarefa de fiscalização do exercício ilegal da profissão Para isso, vamos lembrar o Decreto 81.871/78, em que esses pontos são abordados:
Art 6º O Conselho Federal e os Conselhos
Regionais são órgãos de disciplina e fiscalização do exercício da profissão de Corretor de Imóveis, constituídos em autarquias, dotada de personalidade jurídica de direito público, vinculada ao Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa, operacional e financeira. A proteção ao consumidor A proteção aos consumidores foi fortalecida por ocasião da publicação da Constituição Federal brasileira de 1988, em que artigos fundamentais nos direitos sociais e econômicos reforçam a importância de defender a parte mais fraca da relação de consumo. A prestação de serviços de intermediação imobiliária está regida pelos preceitos estabelecidos na legislação do consumidor. A divulgação e a Legislação A Lei 6530/78 que regulamentou a profissão de Corretor de Imóveis trata aspectos relacionados com a questão da divulgação, da publicidade ou propaganda. A divulgação e a Legislação Em seu art. 20 caput e incisos II a V, diz que ao Corretor de Imóveis e à pessoa jurídica inscritos nos órgãos de que trata a presente lei é vedado auxiliar, ou por qualquer meio facilitar, o exercício da profissão aos não inscritos; anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja autorizado através de documento escrito; fazer anúncio ou impresso relativo à atividade de profissional sem mencionar o número de inscritos; [...] A divulgação e o Código de Ética Vale lembrar a Resolução nº 326, de 1992, do Cofeci, que definiu o Código de Ética dos Corretores de Imóveis, em seu art. 4º incisos I e II, estabelece que cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação aos clientes, inteirar-se de todas as circunstâncias do negócio, antes de oferecê-lo; apresentar, ao oferecer um negócio, dados rigorosamente certos, nunca omitindo detalhes que o depreciem, informando o cliente dos riscos e demais circunstâncias que possam comprometer o negócio. A Resolução nº 1.256/2012, do Cofeci A Resolução no. 1.256/2012 estabeleceu uma obrigação para o Corretor e as Imobiliárias para evitar divergências quanto às informações. Ou seja, torna obrigatório o arquivamento no CRECI de documentos referentes a lançamentos imobiliários. Com isso, o consumidor poderá ter acesso a todos elementos da promoção podendo questionar algum ponto divergente que venha a causar prejuízos futuros, ou mesmo estar ciente que o lançamento imobiliário está sujeito a verificação do órgão da classe. O CDC- Código de Defesa do Consumidor (Lei no. 8078/90) O código de defesa do consumidor – Lei 8078/90 trata de forma específica da questão da divulgação de informações garantindo proteção ao consumidor quanto a veracidade dos dados recebidos de tal forma que não venha a ser enganado por ocasião da aquisição do produto/serviço. A legislação e a incorporação imobiliária No art. 29 da Lei no. 4.591/64 define o incorporador a pessoa física ou jurídica, comerciante ou não, que embora não efetuando a construção, compromisse ou efetive a venda de frações ideais de terreno objetivando a vinculação de tais frações a unidades autônomas, em edificações a serem construídas ou em construção sob regime condominial, ou que meramente aceite propostas para efetivação de tais transações, coordenando e levando a termo a incorporação e responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega, a certo prazo, preço e determinadas condições, das obras concluídas. A afetação na incorporação imobiliária O art. 31-A da Lei no. 4591/64 estabelece que a critério do incorporador, a incorporação poderá ser submetida ao regime da afetação, pelo qual o terreno e as acessões objeto de incorporação imobiliária, bem como os demais bens e direitos a ela vinculados, manter-se-ão apartados do patrimônio do incorporador e constituirão patrimônio de afetação, destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das unidades imobiliárias aos respectivos adquirentes. Os regimes de construção na incorporação O art. 48 da Lei no. 4591/64 diz que a construção de imóveis, objeto de incorporação nos moldes previstos nesta Lei poderá ser contratada sob o regime de empreitada ou de administração, e poderá estar incluída no contrato com o incorporador ou ser contratada diretamente entre os adquirentes e o construtor. Construção por empreitada e construção por administração No art. 55 da Lei no. 4591/64 prevê que nas incorporações em que a construção seja feita pelo regime de empreitada, esta poderá ser a preço fixo, ou a preço reajustável por índices previamente determinados. Construção por empreitada e construção por administração Na empreitada a preço fixo, o preço da construção será irreajustável, independentemente das variações que sofrer o custo efetivo das obras e qualquer que sejam suas causas. Na empreitada a preço reajustável, o preço fixado no contrato será reajustado na forma e nas épocas nele expressamente previstas, em função da variação dos índices adotados, também previstos obrigatoriamente no contrato. Construção por empreitada e construção por administração Mais adiante, os art. arts. 58 e 59 da Lei no. 4591/64 estabelece que nas incorporações em que a construção for contratada pelo regime de administração, também chamado "a preço de custo", será de responsabilidade dos proprietários ou adquirentes o pagamento do custo integral de obra. O início da incorporação e os documentos necessários O art. 32 da Lei no. 4591/64 estabelece os documentos obrigatórios para registro no cartório competente (RGI) antes de serem negociadas as unidades autônomas. No mesmo artigo da referida Lei, ficou estabelecido que a documentação referida neste artigo, após o exame do Oficial de Registro de Imóveis, será arquivada em cartório, fazendo-se o competente registro. A Comissão de Representantes nas incorporações Determina o art. 50 da Lei 4591/64 que será designada no contrato de construção ou eleita em assembléia geral uma Comissão de Representantes composta de três membros, pelo menos, escolhidos entre os adquirentes, para representá-los perante o construtor ou ao incorporador, em tudo o que interessar ao bom andamento da incorporação. A Comissão de Representantes será a ligação entre o construtor / incorporador e os compradores na defesa dos direitos de quem adquiriu seu imóvel no empreendimento. A Comissão de Representantes na construção por empreitada e na construção por administração O art.55 parágrafos 3º e 4º da Lei no. 4591/64 estabelece que nos contratos de construção por empreitada, a Comissão de Representantes fiscalizará o andamento da obra e a obediência ao Projeto e às especificações exercendo as demais obrigações inerentes à sua função representativa dos contratantes e fiscalizadora da construção. Nos contratos de construção fixados sob regime de empreitada, reajustável, a Comissão de Representantes fiscalizará, também, o cálculo do reajustamento. A Comissão de Representantes e os casos de falência ou insolvência civil Conforme determina o art. 31-F da Lei no. 4.591/64, os efeitos da decretação da falência ou da insolvência civil do incorporador não atingem os patrimônios de afetação constituídos, não integrando a massa concursal o terreno, as acessões e demais bens, direitos creditórios, obrigações e encargos objeto da incorporação. Das infrações Conforme disposto no art. 65 da Lei no. 4591/64 é crime contra a economia popular promover incorporação, fazendo, em proposta, contratos, prospectos ou comunicação ao público ou aos interessados, afirmação falsa sobre a construção do condomínio, alienação das frações ideais do terreno ou sobre a construção das edificações. A pena prevista para esse crime é reclusão de um a quatro anos e multa de cinco a cinquenta vezes o maior salário-mínimo legal vigente no País. Condomínios na legislação brasileira O legislador preferiu não distinguir no Código Civil brasileiro o condomínio comercial do residencial. Suas características se confundem e muitos condomínios operam com unidades residenciais e comerciais no mesmo prédio. Essa é uma realidade cada vez mais presente na sociedade brasileira em que as pessoas utilizam suas casas como local de trabalho. Aspectos gerais dos Condomínios Comerciais A aquisição de unidades comerciais requer uma atenção especial. O investidor deve conhecer as tendências de crescimento econômico da região. Não é conveniente investir em salas em uma localidade decadente em termos econômicos. Um estudo de mercado deverá ser realizado para verificar o desejo das empresas se instalarem na região. Por exemplo, uma localidade com inúmeras residências pode ser uma região propícia para investimentos em lojas comerciais para atender a uma necessidade imediata dos residentes locais. Questões ambientais que afetam os condomínios A questão ambiental tem sido um fator relevante para os investimentos na área imobiliária. Antes de ser uma restrição, a legislação ambiental pode trazer novas oportunidades ao empresário do segmento imobiliário. O Corretor de Imóveis deverá conhecer os principais aspectos que norteiam as questões ambientais nos dias de hoje. Outras questões que afetam os condomínios Um acidente trágico em um prédio no Centro do Rio de janeiro resultou na formulação da Lei Estadual no. 6400/13 que determinou a realização periódica por autovistoria, a ser realizada pelos condomínios ou por proprietários dos prédios residenciais, comerciais e pelo poder público, nos prédios públicos. Outras questões que afetam os condomínios Por outro lado, as dificuldades de transporte nas grandes cidades exigem o estímulo ao transporte de bicicletas. Algumas cidades vêm criando vias especiais para bicicletas para minorar o transporte caótico observado em suas ruas e avenidas. Os condomínios devem se adequar a essa nova realidade oferecendo espaço para a guarda de bicicletas. Diferenciação no conceito de condomínio e de associação de moradores O pagamento das despesas ordinárias e extraordinárias deve ser rateado por todos os condôminos. O art. 1.315 do Código Civil brasileiro determina que o condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita. Diferenciação no conceito de condomínio e de associação de moradores A associação está baseada em propriedade privada e ninguém é obrigado a fazer parte de nenhuma associação e pode dela retirar- se sempre que julgar conveniente ou necessário. O inciso XX do art. 5º da Constituição Federal brasileira reforça esse conceito afirmando que ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado. A criação das associações de moradores A associação de moradores surgiu para defender interesses particulares de um grupo de moradores. Por exemplo, a associação de moradores de uma determinada rua visa defender os interesses das pessoas que residem naquele local. A associação não tem fins lucrativos e depende da contribuição realizada por cada associado. A procura pela casa própria O déficit habitacional é um dos principais problemas que se defrontam os governos em suas esferas do poder público. Programas habitacionais têm sido criados para minorar esses efeitos e reduzir os impactos sociais. Entretanto, o governo sempre esbarra na ausência de recursos financeiros e nas incertezas quanto aos efeitos inflacionários e das taxas de juros aplicadas ao financiamento. Banco Nacional da Habitação – BNH Para desenvolver uma política habitacional, o governo brasileiro criou em 1964 o Banco Nacional da Habitação - BNH com o intuito de realizar operações de crédito, através de bancos privados/públicos e de outros agentes intervenientes (companhias habitacionais, saneamento, etc.). Posteriormente, o Banco Nacional da Habitação - BNH geriu o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS (criado pela Lei no. 5107/66). Banco Nacional da Habitação – BNH O Sistema Financeiro da Habitação (SFH), criado nessa lei, destinava facilitar e promover a construção e a aquisição da casa própria ou moradia, especialmente pelas classes de menor renda da população. Os recursos seriam obtidos através da poupança tanto compulsória (FGTS) quanto espontânea (caderneta de poupança). Os impactos positivos e negativos do SFH/BNH Um impacto positivo do SFH/BNH foi o incentivo às novas construções e o incremento ao trabalho na construção civil. O aprofundamento da recessão durante a década de 70 o aumento da inadimplência resultou na extinção do BNH através do Decreto no. 2.291/86 dando um ponto final na intenção do governo em resolver o déficit habitacional através do BNH. Os impactos positivos e negativos do SFH/BNH A extinção do BNH mostrou uma política habitacional dissociada de um planejamento urbano. A construção de conjuntos habitacionais não foi acompanhada de investimentos em infra-estrutura urbana que resultasse em melhoria da qualidade de vida da população. O sistema na atualidade O crescimento habitacional nas cidades brasileiras ocorreu de forma desordenada causando sérios problemas para o gerenciamento público. A questão da propriedade do imóvel também se torna problemático com essa ocupação irregular. Os moradores passam a ter a posse, entretanto, não conseguem concretizar o sonho da casa própria. O surgimento do SFI – Sistema de Financiamento Imobiliário O fracasso do Sistema Financeiro da Habitação – SFH resultou na busca de alternativas que fossem viáveis para resolver o déficit habitacional brasileiro. O SFI - Sistema de Financiamento Imobiliário consiste em um modelo nos moldes do observado em outros países. A dependência dos recursos do FGTS seria reduzida, apesar de se manter relevante, entretanto, haveria a captação de recursos com investidores privados que vejam no mercado imobiliário a possibilidade de ganhos monetários. O surgimento do SFI – Sistema de Financiamento Imobiliário Além dos recursos públicos para o financiamento habitacional, novos investidores surgem no mercado atraído pela potencialidade desse segmento econômico, em que destacamos: a) Fundos de pensão; b) Bancos comerciais/investimento; c) Fundos imobiliários; e d) Investidores internacionais. O segmento e definição de Leasing O leasing ou arrendamento mercantil é uma operação em que a arrendadora de um bem móvel ou imóvel transfere ao arrendatário o uso desse bem por prazo determinado, recebendo em troca uma contraprestação. Esta operação se parece com um financiamento que utilize o bem móvel ou imóvel como garantia e que pode ser pago em prestações, apresentando um valor residual referente à opção de compra no final do contrato. Deve ser ressaltado que a arrendadora deverá ser pessoa jurídica e a arrendatária poderá ser pessoa física ou jurídica. Leasing e alternativas (aluguel e financiamento) O leasing apresenta características próprias que o diferenciam do aluguel e do financiamento. No caso do leasing, o valor do bem arrendado vai sendo gradativamente amortizado durante o pagamento das contraprestações, tendo a arrendatária, ao final do contrato, a opção de adquirir definitivamente o bem arrendado. No caso do aluguel não existe o valor residual durante a vigência do contrato. Leasing ou arrendamento mercantil imobiliário O art. 11 da Resolução do Banco Central do Brasil no. 2.309/96 determina como objeto de arrendamento, bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio da arrendatária, segundo as especificações desta. Leasing ou arrendamento mercantil imobiliário O art. 19 da Resolução no. 2.309/96 estabelece que as sociedades de arrendamento mercantil podem empregar em suas atividades, além de recursos próprios, os provenientes de: I - empréstimos contraídos no exterior; II - empréstimos e financiamentos de instituições financeiras nacionais, inclusive de repasses de recursos externos; [...] VII - outras formas de captação de recursos, autorizadas pelo Banco Central do Brasil. Características do “lease back” imobiliário O “lease back” imobiliário tem sido empregado com freqüência pelas empresas como forma de se capitalizar ser ter que sair do imóvel ocupado. Nesse caso, a empresa é proprietária de um imóvel que será negociado com uma sociedade de arrendamento mercantil, e, de forma simultânea, a empresa fará uma operação de leasing com este mesmo agente. Características do “lease back” imobiliário Com isso, a empresa ficará com a posse do imóvel deixando de ser proprietária do bem que será transferida a sociedade de arrendamento mercantil. No entanto, a empresa poderá obter recursos financeiros a um custo mais reduzido e maiores vantagens de natureza fiscal. O leasing imobiliário e as organizações O sistema de arrendamento mercantil permite maior flexibilidade na gestão financeira e patrimonial das empresas. O prazo alongado de pagamento das prestações do arrendamento mercantil facilita a administração do fluxo de caixa da companhia. Além disso, as vantagens fiscais advindas dessa modalidade de operação financeira resultam em ganho adicional para a arrendatária. No entanto, a companhia não poderá utilizar o bem como garantia em outros financiamentos. O financiamento imobiliário O objetivo da casa própria é uma aspiração de uma parte significativa da população brasileira. O bem imóvel apresenta um valor elevado o que torna o pagamento à vista restrito a uma parcela muito reduzida da população. A opção pelo financiamento é inevitável para a maioria das pessoas que procuram adquirir um bem imóvel. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) O financiamento imobiliário consiste na forma mais empregada para retirada do FGTS do trabalhador que ainda não se aposentou. Além disso, o FGTS corresponde a uma poupança compulsória do trabalhador acumulada durante seu período de trabalho na empresa regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O fato de apresentar uma baixa remuneração em relação às demais taxas de juros praticadas no mercado financeiro torna possível sua utilização para a compra do imóvel O Mútuo O art. 586 do Código Civil brasileiro define o mútuo como o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. A devolução deverá ser em dinheiro no caso de empréstimo financeiro. A Alienação Fiduciária O art. 22 da Lei no. 9.514/97 diz que a alienação fiduciária regulada por esta Lei é o negócio jurídico pelo qual o devedor, ou fiduciante, com o escopo de garantia, contrata a transferência ao credor, ou fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa imóvel. A lei que dispõe sobre o Sistema de Financiamento Imobiliário - SFI instituiu a alienação fiduciária de coisa imóvel, permitindo agilidade ao empréstimo com as devidas garantias reais.