ÁREAS DO SABER. BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA DO TRÂNSITO E PSICOLOGIA DO ESPORTE
Disciplina: Psicologia, ciência e formação
2º período Prof. Me. Pedro Junior Rodrigues Coutinho Psicólogo e o trabalho em equipe • A integração da equipe é imprescindível para que o atendimento e o cuidado alcance a amplitude do ser humano, considerando as diversas necessidades do paciente e assim, transcendendo a noção de conceito somente de um único saber específico.
• É fundamental que haja a inter-relação das diversas
modalidades de atuação para atender as necessidades do indivíduo, e nesse ponto, o trabalho em equipe multidisciplinar se mostra relevante ao atendimento com paciente e seus familiares. • O trabalho em equipe é essencial em vários contextos e áreas de atuação distintas, e os demais profissionais envolvidos nesse atendimento devem estabelecer uma integração para que o paciente possa encontrar nesse cenário um atendimento humanizado e a resposta a outras necessidades do mesmo.
• Essa integração da equipe para estabelecer um plano de trabalho
com cada paciente.
• É fundamental que seja aberto um espaço para discussão dos casos
de cada paciente.
• O psicólogo precisa auxiliar a equipe de saúde para conscientização
da importância do trabalho multidisciplinar, onde poderá ajudar a equipe entender claramente suas funções, objetivos, facilitar a comunicação entre paciente, familiares e equipe.
• O psicólogo precisa comunicar seu saber científico e as percepções
do paciente para a equipe, expressando a necessidade de visualizar o paciente em sua singularidade, e assim inserir ações humanizadas. Equipe Multidisciplinar • A multidisciplinaridade pretende analisar cada elemento individualmente e cada profissional busca exprimir o parecer específico de sua especialidade.
• Diferente da transdisciplinaridade que procura identificar
a interação e a integração de todos os elementos, ou seja, como há essa integração uns com os outros e como se afetam, buscando um conhecimento totalizante e único daquela realidade particular e dinâmica
• Diferente de Equipe multiprofissional.
Equipe Interdisciplinar
• A equipe trabalha de forma que todos os profissionais
funcionem de maneira uniforme e colaborativa, ou seja, os membros da equipe interagindo entre si, em busca de uma melhor qualidade de vida para os pacientes. Transdisciplinaridade • É uma epistemologia, uma metodologia proveniente do caminho científico contemporâneo, adaptado, portanto, aos movimentos societários atuais.
• A transdisciplinaridade se preocupa com uma interação
entre as disciplinas, promove um diálogo entre diferentes áreas do conhecimento e seus dispositivos, visa cooperação entre as diferentes áreas, contato entre essas disciplinas. Considerações
• Atualmente o trabalho entre as equipes exige dos
profissionais um maior envolvimento dos saberes de cada área para poder construir algo juntos.
• Percebe-se que as equipes trabalham de forma
multidisciplinar, mas, existe uma tentativa de ampliar a relação da equipe para interdisciplinar. • O psicólogo é um dos profissionais que media e almeja a relação interdisciplinar das equipes de saúde, entretanto, este encontra dificuldades no trabalho integrado. Para que isso não ocorra é necessário uma comunicação, que muitas vezes, é proporcionada pelo psicólogo, no sentido de explicar e deixar claro para equipe o seu papel dentro desse contexto e as informações que serão explanadas perante a equipe.
• O trabalho interdisciplinar há um longo caminho a ser
percorrido e, muitos veem a transdiciplinaridade como utopia;
• O psicólogo é um dos atores preparado em promover o
trabalho multi e interdisciplinar. Portanto, é na academia, espaço importante para formação para tal trabalho, promovendo mais experiências, estágios, projetos com outras áreas. Assim como, estudos científicos referentes a esses conceitos. Referências • FOSSI, L. B; GUARESCHI, N. M. F. A psicologia hospitalar e as equipes multidisciplinares. • Rev. SBPH, Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, jun. 2004. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516- 08582004000100004&lng=pt&nrm=iso • TAVARES, S. O; VENDRÚSCOLO, C. T; KOSTULSKI, C. A; GONÇALVES, C. S. INTERDISCIPLINARIDADE, MULTIDISCIPLINARIDADE OU TRANSDISCIPLINARIDADE. Disponível em: http://www.unifra.br/eventos/interfacespsicologia/Trabalhos/3062.pdf Psicologia do trânsito • A psicologia do trânsito é uma área de conhecimento que tem a finalidade de estudar o comportamento humano no contexto do trânsito, a partir de uma investigação dos processos externos e internos, e os fenômenos conscientes e inconscientes que ocorrem nesse contexto.
• Nesse sentido, entende-se que essa é uma área em
ascensão e que tem ampliado o seu universo de atuação com base no compromisso social de estabelecer uma relação de harmonia entre o sujeito com o meio ambiente. Três sistemas principais
• A esfera de estudo da psicologia do trânsito é constituído de três
sistemas principais: o homem, a via e o veículo.
• Sendo o homem o subsistema mais complexo e, portanto, tem maior
probabilidade de desorganizar o sistema como um todo.
• A psicologia do trânsito estuda os comportamentos humanos no
trânsito e os fatores e processos internos e externos, conscientes e inconscientes que os provocam ou os alteram, de modo que engloba a todos os usuários, como pedestres, ciclistas, motoristas. Especialização em Psicologia do trânsito
• As graduações de psicologia, em aspectos gerais, não apresentam
disciplinas específicas, cursos de aperfeiçoamento ou experiências que propiciem embasamento sobre a área, o que dificulta a expansão e crescimento desse trabalho.
• As produções e materiais acerca dessa temática ainda é um tanto
escassa, o que dificulta na identificação e no trabalho de fomentar a psicologia do trânsito como um campo de atuação desse profissional.
• Somente os profissionais com título de especialista no trânsito
reconhecido pelo CFP poderão atuar na área.
• Assim, alguns cursos de especialização estão surgindo a fim de
atender tais demandas, e trazer visibilidade a essa área de atuação que começa a ganhar respeito na sociedade. O que faz o psicólogo do trânsito • Compete ao psicólogo do trânsito atuar nesse contexto com o intuito de desenvolver pesquisas como foco nos problemas psicológicos, psicofísicos, psicossociais no que tange aos problemas do trânsito;
• Realizar exames psicológicos a fim de emitir um parecer para
candidatos a Carteira de Habilitação Nacional;
• Participar de programas voltados à prevenção de acidentes no
trânsito; desenvolver trabalhos de educação no trânsito, estudar as implicações do alcoolismo e de outros distúrbios no contexto do transito;
• Colaborar com a justiça e apresenta, quando necessário,
laudos, pareceres, depoimentos, dentre outras funções. Considerações • A psicologia do trânsito sinaliza uma proposta de entendimento dos comportamentos individuais e sociais das pessoas no contexto do trânsito.
• Essa, ainda é uma área nova na psicologia, porém, desponta em
avanços para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
• Tem ganhado visibilidade no que diz respeitos às suas competências,
que se expande a um universo muito mais abrangente do que simplesmente um processo de avaliação psicológica para condutores.
• Em suma a psicologia do trânsito oferece subsídios para garantir a
todo sujeito melhores condições e maior segurança no trânsito, promove trabalhos para educação do trânsito e tenta despertar uma consciência crítica de todos aqueles que compõem o contexto Referências • Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP nº 012/2000. 2000. Disponível em: <http://www.pol.org.br/pol/export/sites/default/pol/legislacao/legislacaoDocumento s/relucao2000_12.pdf.>.
• Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (2005). Manual da
COMEP – Coordenadoria Médica e Psicotécnica. Rio Grande do Norte: Autor HOFFMANN, M. H. Comportamento do condutor e fenômenos psicológicos. Psicologia, pesquisa e trânsito. São Paulo, v. 1, n.1, p. 17-24, Jul../Dez. 2005.
• ROZESTRATEN, Reinier J.A.. Psicologia do trânsito: o que é e para que
serve. Psicol. cienc. prof. [online]. 1981, vol.1, n.1, pp. 141-143. ISSN 1414- 9893.
• SILVA, Fábio Henrique Vieira de Cristo e; ALCHIERI, João Carlos. Validade
preditiva de instrumentos psicológicos usados na avaliação psicológica de condutores. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, v. 26, n. 4, dez. 2010 . Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 37722010000400013&lng=pt&nrm=iso. Psicologia do esporte
• A Psicologia do Esporte é uma ciência, que estuda os
comportamentos de pessoas envolvidas no contexto esportivo e de exercício físico.
• O objetivo do psicólogo do esporte é entender como os
fatores psicológicos influenciam o desempenho físico e compreender como a participação nessas atividades afeta o desenvolvimento emocional, a saúde e o bem estar de uma pessoa nesse ambiente. Atuação do psicólogo do esporte • A atuação profissional mais conhecida está relacionada aos esportes de alto rendimento.
• Práticas de tempo livre - atividade física como manutenção da saúde e do bem
estar.
• Esporte escolar - a relação do praticante com o ambiente escolar, nos mais
variados graus.
• Iniciação esportiva - crianças e jovens envolvidas em atividades esportivas,
pedagógicas e competitivas.
• Reabilitação - recuperação psicológica de lesão de atletas e praticantes de
esporte, assim como pessoas que praticam atividade física como meio para reabilitação ou inserção social, os obesos, os doentes cardíacos, os doentes mentais, as pessoas com necessidades especiais entre outros.
• Projetos sociais - tem como intuito o esporte como meio de educação e
socialização de crianças e jovens de comunidades carentes. • Muitas vezes os papéis da Psicologia do Esporte e da Psicologia Clínica são confundidos, na verdade são especialidades diferentes.
• Não se “transporta” para o ambiente esportivo o “divã”, as
estratégias de intervenção dessas áreas podem ser em alguns momentos similares, porém os objetivos são distintos.
• Na área esportiva procuramos desenvolver as principais
habilidades psicológicas para um bom desempenho. Referências
• Da Psicologia do Esporte que temos à Psicologia do
Esporte que queremos, Rubio, K. Revista Brasileira de Psicologia do Esporte, 2007.
• Fundamentos da Psicologia do Esporte e Exercício;