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DIREITO PENAL II

Prof. Daniela Duque-Estrada AULA 6


SEMANA 3. AULA 6.
DIREITO PENAL II.

DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE

AULA 6
OBJETIVOS AULA
- Compreender, no sistema de justiça criminal
garantista, a sistemática de execução pena,
regimes prisionais, direitos e deveres do
condenado e do preso provisório.
- Aplicar os institutos previstos na parte geral do
Código Penal aos crimes em espécie de modo a
diferenciar as espécies de sanções penais e
consectários relativos aos regimes prisionais e
cumprimento de pena.
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CONTEÚDO

As Penas Privativas de Liberdade

Arts. 33 a 42 e 53 do Código Penal.

1. Conceito
2. Espécies e Regimes de cumprimento de Pena.
3. Progressão e regressão de Regimes.
4. Detração Penal.
5. Remição Penal.

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1. Conceito

A Reforma Penal Brasileira de 1984 manteve a Pena Privativa


de Liberdade como gênero e, a reclusão e detenção, como
espécies. Ontologicamente não há distinção entre estas, mas,
na verdade, estas residem nas conseqüências da adoção
destes regimes de execução de penas.

Art. 33, do Código Penal. A pena de reclusão deve ser


cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de
detenção, em regime semi-aberto ou aberto, salvo
necessidade de transferência a regime fechado.

Obs. A pena de prisão simples e o Dec. Lei. n.3688/1941.


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AULA 1
2. Espécies e Regimes de cumprimento de Pena.
Principais distinções.
2.1. Incidência e gravidade do delito.
2.2. Início de cumprimento de pena.
2.3. A reclusão pode acarretar, como efeito principal da
condenação, a incapacidade para o exercício do poder
familiar (art.92, II, CP).
2.4. Medida de segurança (art.97, CP)
2.5. Prioridade na ordem da execução (art.69 e 76, ambos do
Código Penal).

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3. Regimes de cumprimento de Pena.

Fechado
Semi-aberto
Aberto

►São determinados pela espécie e quantidade de pena, à


reincidência, bem como ao mérito do condenado, de forma
progressiva, sendo admitida, todavia, em casos expressos
em lei, a regressão para o regime mais gravoso de pena.
(Art. 33 a 37, do Código Penal; art. 110 a 119, da Lei
n.7210/1984).

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► Fixação de regime Inicial de Cumprimento de Pena –
ART 59, III, do CP
Lei n.7210/1984. Art. 110. “O Juiz, na sentença, estabelecerá
o regime no qual o condenado iniciará o cumprimento da pena
privativa de liberdade, observado o disposto no artigo 33 e
seus parágrafos do Código Penal”.

Verbete de Súmula n.718, do Supremo Tribunal Federal. “ A


opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime
não constitui motivação idônea para a imposição de regime
mais severo que o permitido segundo a pena aplicada”.

Exame Criminológico - aplicabilidade do art. 8º, da


Lei n.7210/1984.
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FECHADO – Características
I. Estabelecimentos de segurança máxima ou média (Art. 33,
§1º, a, CP);
II. Condenação à pena superior a 8 anos (Art. 33, §2º, a, CP);
III. Condenado reincidente, cuja pena seja superior a 4 anos;
► Verbete de Súmula n.269, do Superior Tribunal de Justiça. “ é
admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos
reincidentes condenados a pena igual ou inferior a 4 (quatro)
anos se favoráveis as circunstâncias judiciais”.

► Regras do Regime Fechado - Art. 34, caput, §§ 1º,2º e 3º, do


Código Penal, art. 87 e 88 da Lei n.7210/1984.

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► Regime Disciplinar Diferenciado – Análise e
Constitucionalidade.
Lei n. 10792/2003 – Art. 52, caput, §1ºe 2º, da Lei
n.7210/1984
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui
falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou
disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado,
sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar
diferenciado, com as seguintes características:
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo
de repetição da sanção por nova falta grave de mesma
espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada;
II - recolhimento em cela individual;
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III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as
crianças, com duração de duas horas;
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias
para banho de sol.
§ 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar
presos provisórios ou condenados, nacionais ou
estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a
segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar
diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual
recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou
participação, a qualquer título, em organizações
criminosas, quadrilha ou bando.

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SEMI-ABERTO – Características
I. Execução da pena em colônia agrícola, industrial ou
estabelecimento similar; (Art. 33, §1º, b, CP);
II. Condenado não reincidente, cuja pena seja superior a
quatro anos e não exceda a oito, poderá, desde o princípio,
cumpri-la em regime semi-aberto (Art. 33, §2º, b, CP);

► Regras do regime semi-aberto - Art. 35, caput, §§ 1º e 2º,


do Código Penal, art. 91 e 92 da Lei n.7210/1984.

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ABERTO – Características
I. Execução da pena em casa de albergado ou
estabelecimento adequado (Art. 33, §1º,c, CP);
II. o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior
a quatro anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime
aberto. (Art. 33, §2º, c, CP);
III. baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do
condenado. (Art. 36, caput, CP);

► Regras do regime semi-aberto - Art. 36, caput, §§ 1º e 2º,


do Código Penal, art. 93 a 95 e 113 a 115 da Lei
n.7210/1984.

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3. Progressão e regressão de Regimes.
a) Conceito. Hipóteses de incidência.
“ Ampliação ou redução do status libertatis do condenado”
► ART.33,§2º, do CP e art.112, da lei n.7210/1984.
§ 2º - As Penas privativas de liberdade deverão ser
executadas em forma progressiva, segundo o mérito do
condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas
as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso(...)
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em
forma progressiva com a transferência para regime menos
rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver

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cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e
ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo
diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que
vedam a progressão.
§ 1o A decisão será sempre motivada e precedida de
manifestação do Ministério Público e do defensor.
b) A progressão de Regimes e a Lei de Crimes Hediondos –
Lei n. 8072/1990.
► Verbete de Súmula 471 do Superior Tribunal de Justiça.
“Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados
cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007
sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984
(Lei de Execução Penal) para a progressão de regime
prisional” . AULA 6
► Súmula Vinculante n. 26
para efeito de progressão de regime no cumprimento de
pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da
execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da
lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de
avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos
objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar,
para tal fim, de modo fundamentado, a realização de
exame criminológico.

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► Progressão de regimes e antecipação dos efeitos da
condenação.

Verbete de Súmula 716 do Supremo Tribunal Federal.

“ Admite-se a progressão de regime de cumprimento de pena


ou a aplicação imediata de regime menos severo nela
determinada, antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória”.

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CASOS CONCRETOS
1) Ângela das Dores, foi condenada a uma pena unificada de
onze anos, um mês e quinze dias de reclusão, em regime
fechado, pela prática do delito de tráfico de entorpecentes
tipificado no artigo 12, por duas vezes, e artigo 18, ambos da
Lei n. 6.368/76, na data de 22 de novembro de 2005. Do
feito, permaneceu presa no período de 31 de outubro de
2002 a 22 de outubro de 2007, tendo cumprido mais de um
terço da pena imposta, razão pela qual pleiteou, face ao
juízo de execuções penais a concessão para a progressão
de regimes, o que foi negado sob o fundamento da entrada
em vigor da Lei n.11464/2007, segundo a qual, o requisito
temporal de cumprimento de pena para fins de progressão
de regimes ao condenado pela prática de crimes hediondos
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e assemelhadas seria de, no mínimo, dois quintos de
cumprimento de pena, no caso de réu primário.
Inconformada com a decisão impetra habeas corpus e
pugna pela concessão da ordem sob o argumento de que o
requisito temporal estabelecido na nova redação da Lei
8.072/90 não pode retroagir aos casos ocorridos antes da
edição da Lei 11.464/07, pois não é benéfico.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a Lei
Penal no Penal e os regimes de cumprimento de pena
privativa de liberdade, deverá a ordem ser concedida?

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Acerca do tema, vide decisão proferida, em sede de HC,
pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, in
verbis:
“os novos prazos para progressão de regime não se aplicam
aos crimes cometidos antes da Lei 11.464/2007, posto que
não se admite a retroatividade da lei penal, salvo para
beneficiar o réu (art. 5º, XL, da CF)”... “Se o crime
hediondo foi cometido antes da Lei 11.464/2007, a
progressão de regime de cumprimento da pena se faz
depois de efetivamente cumprido um sexto da punição
privativa de liberdade no regime anterior, desde que
presentes os demais requisitos objetivos e subjetivos.
(STJ, HC 100154 /TO, Sexta Turma, Rel. Min. Jane Silva,
julgado em 04/03/2008).
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2) Antônio, réu primário, sofreu condenação já transitada em
julgado pela prática do crime previsto no art. 273 do CP,
consistente na falsificação de produto destinado a fins
terapêuticos, praticado em janeiro de 2009. Em face dessa
situação hipotética e com base na legislação e na
jurisprudência aplicáveis ao caso, assinale a opção correta.:
(Exame OAB/ Cespe-UnB – 2009.2.)
a) Antônio cometeu crime hediondo e, portanto, não poderá
progredir de regime.
b) Antônio não cometeu crime hediondo e poderá progredir de
regime de pena privativa de liberdade após o cumprimento
de um sexto da pena, caso ostente bom comportamento

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carcerário comprovado pelo diretor do estabelecimento
prisional, mediante decisão fundamentada precedida de
manifestação do MP e do defensor.
c) Antônio cometeu crime hediondo, mas poderá progredir de
regime de pena privativa de liberdade após o cumprimento
de um sexto da pena, caso ostente bom comportamento
carcerário comprovado pelo diretor do estabelecimento
prisional.
d) Antônio cometeu crime hediondo, de forma que só poderá
progredir de regime de pena privativa de liberdade após o
cumprimento de dois quintos da pena, caso atendidos os
demais requisitos legais.

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► Critérios para a regressão a regime mais rigoroso de
cumprimento de pena – Lei n.7210/1984
Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no
mesmo processo ou em processos distintos, a determinação
do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma
ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a
detração ou remição.
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita
à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos
regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao
restante da pena em execução, torne incabível o regime
(artigo 111). AULA 6
4. Detração Penal.
► Art.42, do Código Penal e art.111, da lei n.7210/1984
“Art.42 Computam-se, na pena privativa de liberdade e na
medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no
Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de
internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no
artigo anterior.”

5. Remição Penal.
► Conceito: “É o resgate da pena pelo trabalho, permitindo-
se o abatimento do montante da condenação,
periodicamente, desde que se constate estar o preso em
atividade laborativa” (NUCCI, Guilherme de Souza. Manual
de Direito Penal. 6.ed, pp.412). AULA 6
► art. 39, CP. “O trabalho do preso será sempre remunerado,
sendo-lhe garantidos os benefícios da Previdência Social”.
► Art.126, LEP. “Art. 126. O condenado que cumpre a pena
em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por
trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da
pena. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011).
§ 1o A contagem de tempo referida no caput será feita à
razão de: (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência
escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive
profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação
profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três)
dias; (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)

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II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de
trabalho. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 2o As atividades de estudo a que se refere o § 1o deste
artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por
metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas
pelas autoridades educacionais competentes dos cursos
frequentados. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 3o Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas
diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a
se compatibilizarem. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de
2011)

AULA 6
► Verbete de Súmula n.341, do Superior Tribunal de
Justiça.
“A freqüência a curso de ensino formal é causa de remição de
parte do tempo de execução de pena sob regime fechado
ou semi-aberto.

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