SUJEITO PASSIVO
O Sujeito Passivo do ICMS poderá ser consoante a dicção do art. 4º da
Lei Complementar n. 87/96:
a) pessoas que pratiquem operações relativas à circulação de
mercadorias;
b) importadores de bens de qualquer natureza;
c) prestadores de serviços de transporte interestadual e intermunicipal;
d) prestadores de serviços de comunicação.
Exemplo:
Nos termos do art. 155, § 2º, inciso X, alíneas “a” a “d”, da CF,
temos uma série de imunidades de ICMS.
b) Art. 147: lançamento por declaração, que é feito pelo Fisco. O sujeito
passivo, ou terceiro, declara a ocorrência de um fato gerador (matéria de
fato) e o Fisco, com base na declaração, lança o tributo devido.
BOA NOITE...
ESTUDO DE CASO
No contexto de extrema fragilidade das suas finanças, o
Estado do Rio de Janeiro editou a Lei estadual nº 7.183, de 29 de
dezembro de 2015, a qual trata da alíquota do ICMS sobre a operação
de circulação de petróleo. O objetivo do Estado é o de cobrar o ICMS
na extração do petróleo, tendo em vista a circulação entre o ponto de
medição da produção e o estabelecimento da empresa produtora.
Nesse cenário, o contribuinte ajuíza ação questionando a referida
cobrança, com base nos seguintes argumentos: (i) para
caracterização do fato gerador do ICMS, é necessário que a
transferência da propriedade seja causada por uma circulação de
mercadoria entre dois elos da cadeia econômica, o que não ocorre
quando da movimentação do petróleo e do gás entre o ponto de
mediação e o estabelecimento produtor, pois pertencem ao mesmo
titular; (ii) ainda que assim não fosse, não se poderia cogitar na
incidência do ICMS nos casos em que a propriedade não é adquirida
em razão de um negócio jurídico entre o adquirente e o alienante, mas
de forma originária, como ocorre na extração mineral.
Na qualidade de Juiz, o que Você decidiria?
Concederia o deferimento do pedido, entendendo a Lei ser
Inconsticucional . Pois desse modo, não há circulação de
mercadoria na extração mineral do solo ou do leito marinho,
uma vez que se trata de uma aquisição originária, e não de
uma circulação econômica de mercadoria. Embora as jazidas
minerais pertençam à União, elas não se confundem com o
produto da lavra, cuja propriedade já nasce para o
concessionário a quem foi incumbida a exploração e
produção. Haverá incidência do imposto somente quando o
concessionário, proprietário do produto da lavra, aliena tais
mercadorias colocando-as em circulação no mercado.
Súmula 166 do STJ: “Não constitui fato gerador do ICMS o
simples deslocamento de mercadoria de um para um outro
estabelecimento do mesmo contribuinte”.
Obs: Fato gerador não caracterizado.