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ICMS – CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS

Acadêmicos: Renato Reis e Ricardo Brito


1. HISTORICO

 1934 – IVC (IMPOSTO SOBRE VENDAS E CONSIGNAÇÕES);

 1965 – ICM (IMPOSTO SORE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS);

 1988 – ICMS (IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À


CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL
E DE TELECUMUNICAÇÕES) ART. 155, II, DA CF; LC Nº 87/1966
MERCADORIA

O conceito de “mercadoria” deve ser assimilado, a fim de que se


tenha o correto entendimento do fato gerador do ICMS: “mercadoria”
vem do latim merx, i.e., “coisa que se constitui objeto de uma
venda”.

De maneira simplificada, o “conjunto das coisas" compreende tudo o


que existe no universo, exceto as pessoas. O "conjunto dos bens" é
composto por todas as coisas com valor econômico (é subconjunto
das coisas). Já o "conjunto das mercadorias" compreende os bens
móveis que estão no mundo dos negócios com finalidade comercial.
2. OBJETIVO

O ICMS tem finalidade indiscutivelmente fiscal, apesar de a


Constituição Federal permitir que seja seletivo, em função da
essencialidade das mercadorias e dos serviços (CF, art. 155,
§ 2.º, III), faculdade que, se utilizada, proporcionaria visíveis
notas de extrafiscalidade ao tributo, pois sua incidência seria
mais elevada sobre as mercadorias e serviços consumidos
pelas pessoas de maior capacidade contributiva, de modo a
redistribuir renda.
3. COMPETÊNCIA

O art. 155 da CF estabelece ser de competência dos Estados


e do Distrito Federal a instituição do ICMS.

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir


impostos sobre: (...) I – operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que
as operações e as prestações se iniciem no exterior.
3. SUJEITO ATIVO
O art. 119 do CTN preconiza que Sujeito Ativo da obrigação é a pessoa
jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu
cumprimento.

SUJEITO PASSIVO
O Sujeito Passivo do ICMS poderá ser consoante a dicção do art. 4º da
Lei Complementar n. 87/96:
a) pessoas que pratiquem operações relativas à circulação de
mercadorias;
b) importadores de bens de qualquer natureza;
c) prestadores de serviços de transporte interestadual e intermunicipal;
d) prestadores de serviços de comunicação.
Exemplo:

Produtor rural de leite cru que distribui seu produto para


empresa de laticínios. O escolhido por lei para recolher o
tributo é a empresa de laticínios. Assim, o fato gerador
ocorreu lá “atrás”, na saída da propriedade rural, e o
recolhimento é feito aqui na “frente” (laticínio). Portanto, adia-
se ou difere-se o pagamento, dando brecha à figura do
diferimento.
5. CONTRIBUINTE

Regulamentado pelo artigo 4 da Lei Kandir, um contribuinte é


uma Pessoa Física ou Jurídica que realiza operações de
comércio ou operações de circulação de mercadoria.

Importante ressaltar que o contribuinte pode ser um produtor


rural ou Pessoa Física e não é obrigado a ter um CNPJ. Basta
ele efetuar operações de venda.
6. FATO GERADOR

A base nuclear do fato gerador é a circulação de mercadoria ou


prestação de serviços interestadual ou intermunicipal de
transporte e de comunicação, ainda que iniciados no exterior
(art. 155, II, da CF).

O fato gerador do ICMS descrito na Constituição Federal é


referente a operações relativas à circulação de mercadorias.
INCIDÊNCIAS DO ICMS

Movimentação física de mercadorias;


Movimentação jurídica, ou seja, quando o produto muda de
titular;

A mercadoria, para fins de incidência do imposto, consiste na


coisa móvel que tem destinação comercial. Portanto, deve
haver intenção de lucro para sua tributação;

A Constituição coloca um adendo em relação à entrada de


mercadoria do exterior, sendo que o ICMS será cobrado em
qualquer finalidade, mesmo quando a importação for para uso
próprio.
NÃO INCIDÊNCIAS DO ICMS
O art. 155 da CF, em § 2.º, inc. X, alíneas a, b, c e d, contém as hipóteses de não
incidência do ICMS, podendo ser bem rotuladas de “imunidades específicas” para o
ICMS.
Situações em que o ICMS não deve incidir:
a) Sobre coisas corpóreas que não configurem mercadoria, ou seja, bens de
particulares;
b) na alienação de bens do ativo fixo ou imobilizado. Note a jurisprudência no
STF: “A venda de bens do ativo fixo da empresa não se enquadra na hipótese de
incidência determinada pelo art. 155, I, b, (sic) da Carta Federal, tendo em vista que,
em tal situação, inexiste circulação no sentido jurídico-tributário: os bens não se
ajustam ao conceito de mercadorias e as operações não são efetuadas com
habitualidade” (STF, RE 194.300-9/SP, 1.ª T., j. 29.04.1997, v.u., rel. Min. Ilmar Galvão,
DJU 12.09.1997, p. 43.737);
c) na simples transferência de mercadoria de um estabelecimento para outro da
mesma empresa (Súmula 166 do STJ);
d) nos casos de remessas de mercadorias para demonstração e/ou
consignação;
e) nos casos de integralização de bens (máquinas, equipamentos, veículos etc.)
pela pessoa jurídica para a constituição ou ampliação de uma outra empresa (mero
negócio societário);
f) nos casos de mudança integral do estabelecimento da pessoa jurídica, com a
mudança do seu patrimônio para outro local.
8. BASE DE CÁLCULO

A base de cálculo pode ser:

a) o valor da operação, em se tratando de operação de circulação


de mercadoria;

b) o preço do serviço, em se tratando de transporte (interurbano e


interestadual) e de comunicação;

c) o valor da mercadoria ou bem importado, constante em


documento de importação, convertido em moeda nacional pela
mesma taxa de câmbio utilizada para cálculo do imposto de
importação, e acrescido do IPI, do IOF, do próprio II (Imposto de
Importação) e das despesas aduaneiras.
9. ALÍQUOTAS

Para compreender o estudo das alíquotas do ICMS, vale


destacar o art. 155, § 2º da CF.
Quanto às alíquotas, consoante a Resolução do Senado
Federal n. 22/89, há as internas – livremente estipuladas
pelos Estados (usualmente 17% ou 18%) – e as
interestaduais, para as quais há o seguinte critério: alíquota
para todas as mercadorias. Atualmente, no entanto, temos:
a) Alíquota de 7%: para operações interestaduais que destinarem
mercadorias ou serviços a contribuintes dos Estados das regiões
Norte, Nordeste e Centro-oeste e para o Espírito Santo;
b) Alíquota de 12%: para operações interestaduais que
destinarem mercadorias ou serviços a contribuintes dos Estados
das regiões Sul e Sudeste;
c) Alíquota de 17% ou 18%: para operações de importação.
Tabela ICMS de alíquotas em cada Estado

Cada Unidade Federativa do país possui a sua própria tabela


interna para tributação de produtos e serviços em operações
internas. Lembrando ainda que as alíquotas podem variar de 7%
a 35%, conforme a essencialidade das mercadorias. Aqui
abordaremos somente a alíquota regra geral, onde está a maioria
das mercadorias. Confira os valores:
* ICMS no Acre – 17%
* ICMS em Alagoas – 17%
* ICMS no Amazonas – 18%
* ICMS no Amapá – 18%
* ICMS na Bahia – 18%
* ICMS no Ceará – 18%
* ICMS no Distrito Federal – 18%
* ICMS no Espírito Santo – 17%
* ICMS em Goiás -17%
* ICMS no Maranhão – 18%
* ICMS no Mato Grosso – 17%
* ICMS no Mato Grosso do Sul – 17%
* ICMS em Minas Gerais – 18%
* ICMS no Pará – 17%
* ICMS na Paraíba – 18%
* ICMS no Paraná – 18%;
* ICMS em Pernambuco – 18%
* ICMS no Piauí – 18%;
* ICMS no Rio Grande do Norte – 18%
* ICMS no Rio Grande do Sul – 18%
* ICMS no Rio de Janeiro – 18%
* ICMS em Rondônia – 17,5%
* ICMS em Roraima – 17%
* ICMS em Santa Catarina – 17%
* ICMS em São Paulo – 18%
* ICMS em Sergipe – 18%
* ICMS no Tocantins – 18%
10. NÃO CUMULATIVIDADE

Esse princípio vem regulado no art. 19 da Lei Complementar n.


87/96. O ICMS será não cumulativo, compensando-se o que for
devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou
prestação de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal
e o de comunicação com o montante cobrado nas operações
anteriores pelo mesmo ou por outro Estado.
11. SELETIVIDADE

Trata-se de um princípio orientador, e não impositivo, quanto


ao ICMS. Pauta-se pela estipulação de alíquotas diferenciadas
para certos produtos e/ou serviços, para mais ou para menos,
com base na seletividade, em função da essencialidade.

A seletividade decorre da conceituação do que é mais


essencial ou do que é menos essencial ou supérfluo,
visando -se à minimização da carga tributária daquilo que
é mais essencial e maior onerosidade do que é
dispensável.
12. IMUNIDADES

Nos termos do art. 155, § 2º, inciso X, alíneas “a” a “d”, da CF,
temos uma série de imunidades de ICMS.

Imunidade ao software: as operações de licenciamento ou


cessão do direito de uso de programas de computador (software)
referem-se a bem incorpóreo, não tendo por objeto a “mercadoria”,
propriamente dita. Portanto, em tais operações não haverá
incidência de ICMS.
Súmula 323 do STF

É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para


pagamento de tributos. Nada obsta a que o Fisco proceda à apreensão
de mercadoria transportada, quando desacompanhada de nota fiscal,
lavrando-se o auto de infração, numa providência imediata, a fim de
levar a efeito as providências identificatórias do bem, no entorno da
materialidade do fato. Caso contrário, se tal embaraço ganhar foro de
eternização, traduzir-se-á em meio coativo de percepção de tributos,
não podendo ser tolerado. Com efeito, a apreensão indevida se traduz
em maneira vexatória e gravosa de cobrança de tributo por via oblíqua,
constituindo sanção política, o que mobilizou o Poder Judiciário a
repelir tal expediente arbitrário e abusivo, com inúmeros
posicionamentos calcados na Súmula n. 323 do STF
13. ISENÇÃO

É um tratamento tributário específico concedido a determinados


produtos ou serviços tributados pelo imposto, visando desonerar
o custo tributário do mesmo e assim possibilitar a redução de
seu preço para o consumidor.

No caso da isenção, a concessão do benefício tem um prazo de


duração específico em lei, e esse prazo pode ser renovado ou
não.
14. LANÇAMENTO

O lançamento se dá por homologação, disso não há dúvidas,


porquanto a legislação do imposto permite ao contribuinte
adimplir a obrigação tributária ao lhe fornecer todos os
elementos componentes da obrigação tributária e, ainda,
mecanismos ao seu pagamento antecipado.
MODALIDADES DE LANÇAMENTO

O CTN estabelece três e apenas três modalidades de lançamento:

a) Art. 149: lançamento de ofício, que é feito pelo Fisco. Exemplos:


lançamento de IPTU e de autos de infração.

b) Art. 147: lançamento por declaração, que é feito pelo Fisco. O sujeito
passivo, ou terceiro, declara a ocorrência de um fato gerador (matéria de
fato) e o Fisco, com base na declaração, lança o tributo devido.

c) Art. 150: lançamento por homologação, que é feito pelo sujeito


passivo. Essa é a modalidade de lançamento mais comum. É utilizada
na arrecadação dos principais tributos brasileiros: o IPI e o ICMS.
OBRIGADO!

BOA NOITE...
ESTUDO DE CASO
No contexto de extrema fragilidade das suas finanças, o
Estado do Rio de Janeiro editou a Lei estadual nº 7.183, de 29 de
dezembro de 2015, a qual trata da alíquota do ICMS sobre a operação
de circulação de petróleo. O objetivo do Estado é o de cobrar o ICMS
na extração do petróleo, tendo em vista a circulação entre o ponto de
medição da produção e o estabelecimento da empresa produtora.
Nesse cenário, o contribuinte ajuíza ação questionando a referida
cobrança, com base nos seguintes argumentos: (i) para
caracterização do fato gerador do ICMS, é necessário que a
transferência da propriedade seja causada por uma circulação de
mercadoria entre dois elos da cadeia econômica, o que não ocorre
quando da movimentação do petróleo e do gás entre o ponto de
mediação e o estabelecimento produtor, pois pertencem ao mesmo
titular; (ii) ainda que assim não fosse, não se poderia cogitar na
incidência do ICMS nos casos em que a propriedade não é adquirida
em razão de um negócio jurídico entre o adquirente e o alienante, mas
de forma originária, como ocorre na extração mineral.
Na qualidade de Juiz, o que Você decidiria?
Concederia o deferimento do pedido, entendendo a Lei ser
Inconsticucional . Pois desse modo, não há circulação de
mercadoria na extração mineral do solo ou do leito marinho,
uma vez que se trata de uma aquisição originária, e não de
uma circulação econômica de mercadoria. Embora as jazidas
minerais pertençam à União, elas não se confundem com o
produto da lavra, cuja propriedade já nasce para o
concessionário a quem foi incumbida a exploração e
produção. Haverá incidência do imposto somente quando o
concessionário, proprietário do produto da lavra, aliena tais
mercadorias colocando-as em circulação no mercado.
Súmula 166 do STJ: “Não constitui fato gerador do ICMS o
simples deslocamento de mercadoria de um para um outro
estabelecimento do mesmo contribuinte”.
Obs: Fato gerador não caracterizado.

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