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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO: GEOGRAFIA
HABILITAÇÃO: BACHARELADO E LICENCIATURA

A CONTRIBUIÇÃO DAS GEOTECNOLOGIAS PARA


ANÁLISE DOS FENÔMENOS URBANOS
E REGIONAIS

Prof. Alexandre Sabino do Nascimento


ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO
• Continuação da Unidade sobre Planejamento Urbano e
Regional – Preparação para Aula de Campo;
• Definições, conceitos : Geoprocessamento e Sistemas de
Informações Geográficas – SIG;
• Principais características, finalidades e usos;
• Experiências do uso do SIG na análise dos fenômenos e
problemas urbanos;
• Usos modernos das Geotecnologias nas cidades pelo
mundo;
• Usos alternativos para as geotecnologias na análise de
fenômenos urbanos;
• Síntese e atividade preparatória para Aula de Campo.
Como essa imagem de satélite com luzes à noite ilustra, as geografias da urbanização explodiram
as barreiras das cidades, metrópoles, região e território: assumiram uma escala planetária
• Segundo Neil Brenner (2014) atualmente dentro os estudiosos do
fenômeno urbano tem crescido as análises de cientistas físicos e
computacionais e ecologistas, as quais vem contribuindo para o
desenvolvimento dos estudos urbanos por meio de suas explorações
de informações baseadas em satélites, análises geo-referenciadas e
tecnologias de sistemas de informação geográfica (sigla em inglês:
GIS), que oferecem perspectivas mais diferenciadas sobre as
geografias da urbanização.
Imagens de satélite João Pessoa - Quickbird 2005
Descrição geral de sistemas de informação geográfica - SIG

• O termo Sistemas de Informação Geográfica (SIG) é aplicado para sistemas


que realizam o tratamento computacional de dados geográficos e
recuperam informações não apenas com base em suas características
alfanuméricas, mas também através de sua localização espacial; oferecem
ao administrador (urbanista, planejador, engenheiro) uma visão inédita de
seu ambiente de trabalho, em que todas as informações disponíveis sobre
um determinado assunto estão ao seu alcance, interrelacionadas com base
no que lhes é fundamentalmente comum – a localização geográfica.
(CÂMARA, 2005).

• Ex: Para cada lote num cadastro urbano, um SIG guarda, além de
informação descritiva como proprietário e valor do IPTU, a informação
geométrica com as coordenadas dos limites do lote.
Fonte: BISNETO MELO [et. al.], 2015.
Principais Características de um SIG

• Necessidade dos dados terem uma referência espacial, ou estarem associados


a tal referência, o qual constitui o eixo de armazenamento, recuperação e
análise;

• Inserir e integrar, numa única base de dados, informações espaciais


provenientes de meio físico-biótico, de dados censitários, de cadastros urbano
e rural, e outras fontes de dados como imagens de satélite, e GPS;

• Oferecer mecanismos para combinar as várias informações, através de


algoritmos de manipulação e análise, bem como para consultar, recuperar e
visualizar o conteúdo da base de dados geográficos;

• Diversas formas de visualização da informação geográfica (impressa, digital,


animação, perspectiva, entre outras).
Figura 1 – Arquitetura de sistemas de informação geográfica.
Principais usos de um SIG

Devido a sua ampla gama de aplicações, que inclui temas como


agricultura, floresta, cartografia, cadastro urbano e redes de
concessionárias (água, energia e telefonia), há pelo menos três
grandes maneiras de utilizar um SIG:

• como ferramenta para produção de mapas;


• como suporte para análise espacial de fenômenos;
• como um banco de dados geográficos, com funções de
armazenamento e recuperação de informação espacial.
GEOPROCESSAMENTO

• O termo Geoprocessamento denota a disciplina do conhecimento que


utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da
informação geográfica e que vem influenciando de maneira crescente as
áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes,
Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional.

• Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são as ferramentas


computacionais para Geoprocessamento que permitem realizar análises
complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados
geo-referenciados. Tornam ainda possível automatizar a produção de
documentos cartográficos.

• De forma genérica seus principais fomentadores afirmam “Se onde é


importante para seu negócio, então Geoprocessamento é sua ferramenta
de trabalho”.
Geoprocessamento e suas demandas...

Num país de dimensão continental como o Brasil, com uma grande


carência de informações adequadas para a tomada de decisões sobre
os problemas urbanos, rurais e ambientais, o Geoprocessamento
apresenta um enorme potencial, principalmente se baseado em
tecnologias de custo relativamente baixo, em que o conhecimento seja
adquirido localmente.
• A inferência do SIG acarretou em inovações tecnocientíficas e novas
perspectivas nos modelos hipotético-dedutivos, principalmente na
geografia, geodésia, sensoriamento remoto, estatística, ciência
cognitiva, ciência da informação e ciência da computação (PICKLES,
1997). De acordo com Goodchild (2010) isto ocorre, pois, seu uso
abrange mais de cinco áreas de pesquisa, sendo elas: análise espacial,
estatística espacial, relacionamento espacial, estrutura de banco de
dados e inteligência artificial.

• Mesmo sendo desenvolvido, a princípio, para auxiliar na gestão de


dados censitários e recursos naturais, em pouco tempo, se tornou
ferramenta indispensável para o planejamento e monitoramento
territorial em diversas outras áreas, como ilustrado na figura a seguir.
(BISNETO MELO [et. al.], 2015).
Fonte: BISNETO MELO [et. al.], 2015.
• Os novos sistemas de SIG procuram incentivar a participação do público
no processo de divulgação da informação geográfica, resultando no
mapeamento colaborativo e participativo, desenvolvido em conjunto
de acordo com observações pessoais. Este processo foi denominado de
Participação Pública em SIG – PPSIG, ou informação geográfica
colaborativa (LONGLEY, et al., 2013), e o uso generalizado da
informação geográfica, foi denominado de informação geográfica
voluntária (Volunteered Geographic Information – VGI) (GOODCHILD,
2007). Com destaque para o Wikimapia e OpenStreetMap. (BISNETO
MELO [et. al.], 2015).

• Há também a possibilidade do usuário desenvolver suas próprias


ferramentas, tarefa que exige a compreensão da linguagem de
programação (BISNETO MELO [et. al.], 2015).
• Ao longo do desenvolvimento dos SIGs fez-se necessário a
formulação de estratégias adequadas para a gestão dos dados
espaciais, com boas medidas de controle de qualidade, evidenciando,
inclusive, uma série de questões legais e morais (CHAPMAN, 2015).
Por conseguinte, vários países introduziram recentemente legislações
denominadas Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE), destinados a
socializar e padronizar a informação geográfica (GARCÍA, 2005 apud
BISNETO MELO, 2015).

• Para Poveda e Vazquez (2012) o IDE corresponde a aplicação dos


princípios filosóficos da globalização na informação geográfica, com a
inclusão da ética e do planejamento compartilhado e conectado.
(BISNETO MELO [et. al.], 2015)
• Destaque para o IDE dos Estados Unidos (NSDI), promulgada em 1994
e que teve uma vital importância neste âmbito (LONGLEY, et al.,
2013).

• Em virtude destas tendências, o SIG deixou de ser utilizado apenas na


academia e em empresas para estar presente na vida cotidiana, o que
implica no caráter social e organizativo. (BISNETO MELO [et. al.],
2015).
• O uso da informação geográfica ultrapassou a barreira dos softwares e se
difundiu em diversos outros mecanismos de aquisição, como o sistema de
navegação por satélite, dados de sensoriamento remoto, levantamento
geofísico e sonar. Para diferenciar e categorizar estas tecnologias das
demais, comumente recorre-se à aglutinação do prefixo geo, como por
exemplo, geotecnologias; o mesmo ocorre com a informação geográfica ou
geoinformação. (BISNETO MELO [et. al.], 2015).
• Os instrumentos de aquisição, armazenamento, processamento e
visualização são denominados de geotecnologias. Os métodos e técnicas
para isto são denominados de geoprocessamento. A figura a seguir ilustra
a abrangência destas três áreas.
• A palavra geoprocessamento também foi adotada como nome de
disciplina de graduação e pós-graduação, onde são abordados a estrutura
metodológica e conceitual utilizado no tratamento da geoinformação,
adquiridas, ou não, por meio das geotecnologias.
Fonte: BISNETO MELO [et. al.], 2015.
Experiências do uso do SIG na análise dos fenômenos e problemas
urbanos
• O uso de dados de sensoriamento remoto orbital em estudos urbanos no
Brasil iniciou na década de 70, com a utilização dos dados do sensor MSS do
primeiro satélite da série Landsat. Em função da escala mais adequada de
representação desses dados (1:100.000) e da generalização da informação
representada, esses produtos tinham maior utilidade para os estudos
regionais, que exigiam uma visão sinótica do espaço em análise.

• Relativamente ao espaço urbano, realizaram-se nessa época mapeamento da


mancha urbana e monitoramento da expansão urbana horizontal; estimativa
da população em períodos inter-censitários, com base na relação da
população com a área urbanizada; análise da conformidade da ocupação
urbana com o sítio geográfico, das redes regionais de cidades e do uso
urbano frente aos outros usos da terra. Os trabalhos eram mais acadêmicos e
a interpretação dessas imagens exigia o conhecimento de técnicas
específicas. (KURKDJIAN & PEREIRA, 2000).
• A partir da primeira metade dos anos 80, com as imagens TM Landsat
e HRV SPOT, que representaram avanços em termos de escala mais
adequada de representação (1:50.000 e 1:25.000) e conteúdo
informativo dos produtos, surgiram novas possibilidades de utilização
dos dados orbitais para o planejamento municipal.

• Para a área urbana, além do refinamento das aplicações anteriores,


tornaram-se eficientes os levantamentos relativos à diferenciação
intra-urbana, com a discriminação de classes amplas de uso do solo
urbano: grandes indústrias, shoppings centers, parques urbanos e
vazios urbanos. Nas áreas residenciais, eram discriminadas áreas de
diferentes densidades construtivas e de diferentes qualidades do
ambiente construído, identificando-se as áreas mais carentes.
(KURKDJIAN & PEREIRA, 2000).
• As possibilidades de aplicações referem-se ao mapeamento do uso do solo
urbano em classes detalhadas; à estimativa populacional por bairro, através
da contagem de unidades residenciais; identificação, mapeamento, análise de
loteamentos clandestinos e a elaboração de propostas preliminares de
regularização urbanística desses loteamentos; mapeamento da segregação
residencial; estimativa de áreas impermeabilizadas; mapeamento dos vazios
urbanos; discriminação de densidades construtivas, entre outras.
• Deste modo, o grande conjunto de informações exigidas para o plano diretor,
que permite identificar as zonas onde se pretenda incentivar, coibir ou
qualificar a ocupação, zonas onde se pretenda induzir ou restringir
determinados usos do solo, regiões que se queira povoar ou repovoar, regiões
com vazios urbanos que se queiram ocupar, áreas de interesse ambiental ou
paisagístico, áreas que deverão ser submetidas à regularização fundiária e
urbanística, áreas em que excepcionalmente a população residente será
removida, tem nas imagens orbitais atualmente disponív. (KURKDJIAN &
PEREIRA, 2000).
Usos modernos das Geotecnologias nas cidades pelo mundo
“Dados abertos de GPS ajudam a melhorar a qualidade do transporte”

“Em abril, a prefeitura de São Paulo anunciou a ampliação do Sistema Integrado de Monitoramento
(SIM) para, com isso, intensificar a fiscalização dos ônibus da cidade. O objetivo é acompanhar se
todas as partidas em um intervalo determinado foram cumpridas e se os coletivos saíram na hora certa
dos terminais. O uso da tecnologia será um adicional importante na busca pela qualidade dos serviços,
pois os dados informados em tempo real servem tanto para as administrações públicas quanto para os
usuários.
De acordo com o Manual de BRT do Ministério das Cidades, entre os benefícios de um sistema de
gerenciamento centralizado estão respostas imediatas a mudanças na demanda de usuários, a falhas
de equipamento ou problemas de segurança e o espaçamento eficiente entre veículos, para prevenir a
formação de “caravanas”. Ou seja, com aparelhos de GPS integrados ao transporte coletivo, é
possível planejar melhor os horários das linhas, acompanhar seu funcionamento e repassar, com
transparência, pontos importantes para os passageiros”.
In: http://thecityfixbrasil.com/2016/05/16/dados-abertos-de-gps-ajudam-a-melhorar-a-qualidade-do-
transporte-coletivo/.
• Os Smartphones estão sendo nomeados como as ferramentas mais
“empoderadoras” e úteis para engajar as pessoas. Com as
potencialidades oferecidas pelos celulares, são múltiplos os usos que
as cidades podem fazer deles para aumentar a resiliência. Os
smartphones podem ser um canal de comunicação para as pessoas
relatarem problemas ou realizarem denúncias; podem tornar as
cidades mais seguras; agilizar a comunicação entre a administração
municipal e os moradores durante fenômenos naturais extremos que
possam oferecer riscos à população; e podem ainda impulsionar
iniciativas focadas no empoderamento dos cidadãos.

• Quem tem acesso a isso??


“E se as cidades fossem mapeadas com base na dificuldade
de acesso aos lugares?”

“Acesso à cidade. Na visão do planejador de transportes Chris Pangilinan, que


recentemente deixou a Agência Municipal de Transportes de San Francisco para
integrar a Autoridade de Trânsito de Nova York, esse é o produto oferecido pelas
operadoras de transporte coletivo nas cidades. Não deslocamentos ou viagens, mas
o acesso: ao trabalho, ao comércio, à sua casa – a qualquer lugar.
Graças, em parte, ao trabalho realizado por Pangilinan, San Francisco tem hoje um
mapa interativo de acesso. A ferramenta indica as áreas da cidade aonde é possível
chegar, de ônibus, trem ou caminhando, em um dado período de tempo a partir do
ponto de localização escolhido. Ajustando as configurações, é possível perceber a
diferença entre a área que pode ser acessada em dias bons, ruins ou regulares no
que diz respeito à operação dos serviços de transporte”.

In: http://thecityfixbrasil.com/2015/02/20/e-se-as-cidades-fossem-mapeadas-com-
base-na-dificuldade-de-acesso-aos-lugares/#sthash.Z8m2xM9q.dpuf
“Maior banco de dados dos EUA compila informações que podem
qualificar o planejamento de transportes”

• “[A] integração do planejamento de transportes no processo de planejamento urbano é


um dos fatores-chave para promover o desenvolvimento sustentável e inteligente das
cidades. Entender o impacto dos sistemas de transporte coletivo na dinâmica de uma
cidade ajuda a enxergar pontos críticos e necessidades e pode orientar decisões
importantes para o futuro da população e das cidades como um todo.

• A plataforma AllTransit, lançada em abril pelo Center for Neighborhood Technology (CNT),
é um banco que compila dados de mais de 800 agências de trânsito dos Estados Unidos,
com informações sobre itinerários, paradas, conexões e distâncias de oportunidades de
emprego e outros serviços urbanos. Com informações em seis métricas – oportunidades
de emprego, economia, saúde, equidade, qualidade do transporte, mobilidade –, a
ferramenta permite visualizar os benefícios sociais e econômicos de se viver próximo aos
sistemas de transporte.

• In: http://thecityfixbrasil.com/2016/05/16/maior-banco-de-dados-dos-eua-compila-
informacoes-que-podem-qualificar-o-planejamento-de-
transportes/?utm_source=tcfb&utm_medium=facebook&utm_campaign=all-
transit#sthash.NHBPttXq.dpuf
• Os dados oferecem uma via de mão dupla: ao mesmo tempo em que permitem o
desenvolvimento de aplicativos e plataformas de informação às pessoas, são chave para um
planejamento urbano eficiente e assertivo por parte dos gestores públicos.
• Eleito melhor aplicativo urbano do mundo, o Colab.re conecta cidadãos a gestores públicos
no intuito de aprimorar os serviços públicos. É uma troca que possibilita, ao mesmo tempo,
que cada pessoa vire um “fiscal” da cidade, avaliando a gestão pública e apontando falhas
nos serviços públicos e irregularidades (como o poste estragado ou o carro estacionado em
local proibido), e que os gestores públicos tenham capacidade de agir rapidamente ao
chamado, enviando um técnico ao local, e mesmo consultando cidadãos sobre questões da
cidade.
• A tecnologia é uma realidade e tem um papel claro na construção de cidades mais
inteligentes. Mas os dados precisam ser utilizados de forma integrada e inteligente para, de
fato, impactarem a realidade.
• Outro exemplo vem de Barcelona, que está utilizando a Internet de Todas as Coisas para
conectar ônibus, carros, estacionamentos, sensores, de forma integrada para um uso mais
eficiente de recursos.
• http://thecityfixbrasil.com/2015/07/03/cidades-na-nuvem-de-informacoes/#sthash.ciCpJQga.dpuf

• http://thecityfixbrasil.com/2016/01/27/agencia-da-onu-lanca-primeira-comunidade-online-para-
construcao-de-cidades-inteligentes/
“Cidades na nuvem de informações”

“Ao usar um aplicativo pra chamar um táxi, descobrir o restaurante japonês mais
próximo ou achar a melhor rota para algum lugar, você nem deve imaginar como seria a
vida sem as facilidades que a tecnologia criou. E tudo isso só é possível graças a um
fator valioso: os dados.
Quando as cidades se derem conta de que podem utilizá-los para desenvolver soluções
urbanas, poderão enfim criar impactos positivos e de larga escala na vida dos cidadãos.
É isso que a cidade São Paulo fez, por exemplo, ao estabelecer uma política de open
data com a mobilidade urbana. Com isso, veio uma onda de aplicativos como o Moovit,
Waze, Cadê meu Ônibus, entre outros que fornecem informação ao usuário do
transporte coletivo. A cidade criou também um laboratório para fomentar a inovação
em mobilidade, o MobiLab. Lá, técnicos da prefeitura, universidades e start-ups podem,
juntos, pensar em soluções para a cidade. É um processo novo, complexo, mas que já
está ocorrendo. “São desafios tecnológicos pesados, que lidam com big data, e que
aumentariam muito a capacidade de planejar a mobilidade urbana da cidade”, pontuou
Ciro Biderman, responsável pelo MobiLab, em entrevista ao blog”.

In: http://thecityfixbrasil.com/2015/07/03/cidades-na-nuvem-de-
informacoes/#sthash.ciCpJQga.9cmY46F4.dpuf
“Copenhague terá o primeiro mercado de dados do mundo”

“Geramos muitos dados, todos os dias. Essa produção, no entanto, acontece majoritariamente de
maneira passiva. Por isso, é primordial saber como utilizamos e quais ferramentas temos disponíveis
para lidar com esse grande volume de informações. Esse processo reflexivo incentivou Copenhague,
em parceria com a Hitachi, a criar o primeiro mercado municipal de dados. O The City Data Exchange
(CDE) será lançado na cidade no dia 18 deste mês, e é um serviço com foco nos dados relacionados
aos desafios da cidade. Além disso, o governo da capital dinamarquesa acredita que esse é um passo
essencial em direção à meta de ser livre de emissões de carbono até 2025.
A ferramenta é fruto de uma parceria público-privada. O governo municipal investiu cerca de U$ 623
mil dólares para que a Hitachi criasse a ferramenta junto a outras 50 empresas, universidades, ONGS
e cidades. Dados gratuitos e pagos estarão disponíveis para o cidadão assinar ou comprar. Frank
Jensen, prefeito da cidade, em entrevista ao Cities Today, informou que esse tipo de acesso às
informações permite, entre outras coisas, criar novas soluções tecnológicas para a cidade como um
todo. E, como se sabe, Copenhague é considerada uma das cidades mais inteligentes do mundo.
Até agora, o City Data Exchange já mapeou 65 fontes de dados abertos em Copenhague. Informações
que vão desde natalidade, produção econômica, migração, até clima e estatísticas criminais.
Combinando essas fontes abertas com os dados fornecidos pelos cidadãos e comerciantes, o governo
espera que a plataforma seja capaz de avançar nas análises que auxiliem a cidade a estruturar seu
planejamento urbano sustentável, controle de tráfego e uso de energia, entre outras políticas”.
In: http://thecityfixbrasil.com/2016/05/13/copenhague/#sthash.mkThFMy1.dpuf
Na atualidade, o mundo dos estudos urbanos acadêmicos hospeda diversos
“sintomas mórbidos”, que parecem significar a última entre uma longa
sucessão de crises epistemológicas que têm periodicamente ricocheteado
por meio do campo desde suas origens há quase um século. Os
pesquisadores mais especializados e orientados empiricamente desenvolvem
tarefas formidáveis no que diz respeito à coleta de dados, e refinamento
metodológico e os estudos concretos se mantêm em pé frente ao desafio de
lidar com a decadência das bases epistemológicas. Desse modo, a
especialização disciplinária e sub-disciplinária produz um “campo cego” -
segundo a denominação de Lefebvre (1999[1970]) - onde as investigações
concretas sobre temas tradicionais continuam acumulando-se, apesar de
que o “fenômeno urbano tomado como um todo” está oculto da nossa vista.
(BRENNER, 2014, p. 10).
USOS ALTERNATIVOS PARA AS GEOTECNOLOGIAS PARA ANÁLISE DE
FENÔMENOS UNBANOS
A professora Aldaíza Sposati (PUC/SP) e coordena o Núcleo de Seguridade e Assistência Social da
universidade e do Centro de Estudos das Desigualdades Socioterritoriais - CEDEST (PUCSP/Inpe) e
trabalhou em parceria com o Centro de Estudos da Metrópole na elaboração do Mapa da
Vulnerabilidade Social. Sposati utilizou o geoprocessamento para a realização de mapas da
Exclusão/Inclusão Social em algumas cidades do país, criando um índice para avaliar o fenômeno.

O geoprocessamento pode funcionar enquanto instrumento político para Sposati. Pois como ferramenta
de decisão aproxima-se mais da construção de um pacto. Ela considera a demanda como totalidade e
não como casos/situações isoladas. Portanto, tende a ser uma ferramenta de pressão pelo
dimensionamento da realidade.

Permite indicar concentrações da demanda ou núcleos de intensificação da demanda. Localiza,


portanto, prioridades coletivas. Posso afirmar que é um meio de exercer melhor distribuição. Outros
poderão dizer que a ferramenta é desmobilizadora de movimentos. Aqui, de fato, tudo dependerá da
forma democrática com que se faz circular as informações obtidas com o georreferenciamento.

Conta que na sua experiência de construção do Mapa da Exclusão/Inclusão Social, construiu cartilhas
populares e CDs, dando ampla e popular divulgação dos resultados. Num processo de democratização
da informação e não os resultados ou o uso do georeferenciamento.
Mapeamentos Participativos

• Mapeamentos são atividades eminentemente políticas. Assim como os mapas


podem legitimar o poder e ampliar o controle exercido por grupos de interesse,
“mapas alternativos” ou “anti-mapas” podem ser instrumentos de
questionamento e resistência. Os mapeamentos participativos são
instrumentos que lidam de forma explícita e crítica com essa tensão entre o
que os mapas evidenciam e escondem e os seus potenciais usos e abusos.

• Um dos objetivos dos mapeamentos participativos é traduzir conhecimento em


ação. Essa visão é traduzida no binômio conhecer-fazer, um processo
complexo que exige ações em diversos níveis como transferência, adaptação,
implementação e disseminação. Essa abordagem pode ter grande impacto
sobre órgãos públicos e prestadores de serviços, desencadeando um diálogo
frutífero entre tomadores de decisão e beneficiários diretos dos serviços
prestados. Uma área específica de aplicação é o planejamento urbano, indo da
mera informação sobre um determinado processo ao envolvimento continuado
dos indivíduos em etapas específicas do planejamento.
O Estatuto da Cidade, Lei Federal Nº 10.257 aprovada em 2001, relata
sobre a gestão democrática no seu artigo 2°, inciso II:

II – gestão democrática por meio da participação da população e de


associações representativas na formulação, execução e
acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento
urbano (grifo nosso);
CARTOGRAFIAS SOCIAIS

As chamadas Cartografias Sociais podem ser exemplos de usos do


geoprocessamento para lutas sócio-territoriais. Como quando afirma
Acserald
“Quando as comunidades pensam em fazer sua própria cartografia, elas
não estão pretendendo simplesmente retratar o espaço físico, mas afirmar
seus modos de vida” (ACSERALD, 201).

Onde a produção de mapas passou a integrar, assim, as lutas simbólicas


envolvidas no processo de produção cultural da paisagem e de seus
elementos materiais.
Mapa revela segregação racial no Brasil

• O que o mapa racial do Brasil revela sobre a segregação no país

• Pelo menos por um século perdurou no Brasil a ideia de que a


democracia brasileira não fazia distinção de cor ou raça e que, por aqui,
“todos são iguais”. O mito da democracia racial, hoje, é questionado. E
contribui para isso o reconhecimento do problema do racismo pelo
governo brasileiro. Observar o mapa da segregação racial (acima), com
especial atenção à diferença norte-sul do país e à formação de
periferias nas grandes cidades, dá uma ideia de por que essa máxima,
que ainda ecoa no senso comum e em alguns discursos, não encontra
correspondência no plano real.
Fonte: https://www.nexojornal.com.br/especial/2015/12/16/O-que-o-mapa-
racial-do-Brasil-revela-sobre-a-segrega%C3%A7%C3%A3o-no-pa%C3%ADs
Síntese e Atividade Preparatória para Aula de Campo
• Atividade:
Acessar a página da Secretaria de Planejamento da Prefeitura de João Pessoa e procurar seu
setor Diretoria de Geoprocessamento e Cadastro os seguintes materiais:
• Mapa Centro Histórico;
• Mapa do Uso e Ocupação do Solo da cidade de João Pessoa, contendo o Zoneamento
Urbano;
• Mapa da cidade de João Pessoa, contendo o Macrozoneamento 2012.

Analisar tais materiais, junto com outros produtos deste setor, e traçar possíveis eixos de
análises baseados nos possíveis usos da geoinformação apresentados em aula para o Estudo
do Meio que embasar nossa Aula de Campo.
Pesquisar sobre a existência de alguns dos modernos serviços urbanos ligados a
geotecnologias na cidade de João Pessoa e verificar suas características e funcionamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• ACSERALD, Henri (Org.). Cartografia social e dinâmicas territoriais : marcos para o debate Rio de
Janeiro : Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e
Regional, 2010.
• BISNETO MELO (et. al.). Uma analise sobre o desenvolvimento técnico, tecnológico, acadêmico e
conceitual. In: MundoGeo, 2015. Disponível em: http://mundogeo.com/blog/2015/09/10/sistema-de-
informacao-geografica-uma-analise-sobre-o-desenvolvimento-tecnico-tecnologico-academico-e-
conceitual/. Acesso: 17 mai. 2016.
• BRENNER, Neil. Teses sobre a urbanização. In: @metropolis nº 19 . Ano 5. Dezembro, 2014.
• CÂMARA, Gilberto. Representações computacionais do espaço geográfico. In: CÂMARA, Gilberto
(et. al.) Banco de Dados Geográficos. Curitiba: MundoGEO, 2005.cas
• FERREIRA, Marcos C. Iniciação à análise geoespacial: teorias, técnicas e exemplos para o
geoprocessamento. São Paulo: UNESP, 2014.

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