Disciplina – Crítica e Poética Moderna e Contemporânea
Docente – Marlene Holzhausen Discente – Gustavo Camargo Biografia Nascido em 20 de Junho de 1887 em Hannover na Alemanha Estudou Arte na academia de Dresden Foi convocado para a 1ª Guerra Mundial em 1917 mas liberado por condições médicas Começou a expor na galeria Der Sturm e a publicar na revista de mesmo nome e teve contato com artistas da vanguarda artística alemã Criou o periódico MERZ que se manteve em publicação entre 1923 e 1932 Se exila na Noruega para escapar do Nazismo e posteriormente na Irlanda e na Inglaterra (Campo de internamento Hutchinson) MERZ Origem do termo: Commerz Und Privatbank, “retirar” ou “extirpar” “No fundo, eu não compreendia porque não se podia utilizar em um quadro, com o mesmo direito com se usam as côres fabricadas pelos comerciantes, materiais como velhas passagens de bonde ou bilhetes de métro, pedaços de madeira desbotados, tickets de vestiário, restos de barbante, raios de bicicleta, em resumo: todo o velho bric-à-brac que habita os depósitos de entulho ou o monte de lixo. (...) Denominei, pois, todos meus quadros MERZ, do nome do mais característico. Mais tarde, estendi essa denominação à minha poesia – escrevo poemas desde 1917 – e, finalmente, a tôda minha atividade correspondente. Eu mesmo, atualmente, me chamo MERZ.” Desconstrução da hierarquia entre os objetos, cores e texturas nas artes Reflexão sobre o pós-guerra e o modelo de vida moderno Processo de “reciclagem” e ressignificação de objetos e palavras/sons Relação com o Dadaísmo e o Abstracionismo Limiar entre a pintura e a escultura Das Undbild, 1919 Merz-drawing 47, 1920 Merz 458 Wriedt, 1922 Merz-drawing 85, Zig-Zag Red, 1920 Poesia MERZ ou colagens verbais Uso dos “detritos linguísticos”: frases feitas, ditados, citações, expressões populares, etc Quebra da hierarquia entre as “palavras poéticas” (crítica ao lirismo piegas) Preocupação com a tipografia e com o aspecto visual e sonoro dos vocábulos, bem como sua disposição no espaço. A escrita como “A pintura escrita da linguagem, a pintura de um som, optofonética” Exploração do som, do fonema, da sílaba (unidades sonoras prévias ao idioma/símbolo/conteúdo) Uso de sons primordiais Anna Blume (Ana Flor) - 1919 Ursonate (Sonata Primordial) Ursonate (Sonata Primordial) Brian Eno - Kurt's Rejoinder John Cage – Water Walk MERZBAU “Construção MERZ” Origem: coluna inicial e aglutinação com outras obras Refletia o crescimento urbano acelerado do começo do século XX Grutas e cavernas (armações de gesso) Objetos de amigos e familiares Obra inacabada (sempre em expansão) Criação do seu próprio cosmo e ritualização da sua arte Múltiplas versões Percussora das instalações Merzbau, Foto de Wilhelm Redemann, 1933 Merzbau, Foto de Wilhelm Redemann, 1933 Merzbau, Foto de Wilhelm Redemann, 1933 Merzbau, reconstrução de Peter Bissegger, 1981-83 Merzbau, Foto de Wilhelm Redemann, 1933 Merzbau, Foto de Wilhelm Redemann, 1933 Merzbau, Foto de Wilhelm Redemann, 1933 Vídeo da reconstrução da Merzbau no Berkeley Art Museum em Julho de 2011 Outras obras Red wire sculpture, 1944 Mother and Egg, 1945-47 Outras obras Still life with wine bottle Portrait of Fred Uhlman, and fruit, c. 1948 1940