- MP nº 876, 13/03/19; e
- MP nº 881, 30/04/19
Por Fábio de Lima
Medida Provisória:
“Art. 41. Estão sujeitos ao regime de decisão colegiada pelas juntas comerciais, na forma
desta lei:
I - o arquivamento:
a) dos atos de constituição de sociedades anônimas, bem como das atas de assembléias
gerais e demais atos, relativos a essas sociedades, sujeitos ao Registro Público de
Empresas Mercantis e Atividades Afins;
b) dos atos referentes à transformação, incorporação, fusão e cisão de empresas mercantis;
c) dos atos de constituição e alterações de consórcio e de grupo de sociedades, conforme
previsto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
“Art. 42. Os atos próprios do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, não
previstos no artigo anterior, serão objeto de decisão singular proferida pelo presidente da
junta comercial, por vogal ou servidor que possua comprovados conhecimentos de Direito
Comercial e de Registro de Empresas Mercantis.
(...)
§ 2º Os pedidos de arquivamento de atos constitutivos não previstos no inciso I do caput do
art. 41 serão decididos no prazo de dois dias úteis, contado da data de seu
recebimento, sob pena de os atos serem considerados arquivados, mediante provocação
dos interessados, sem prejuízo do exame das formalidades legais pela procuradoria.
(Incluído pela MP nº 876)”
MP nº 876, 30/04/19
Altera a Lei nº 8.934/94, que dispõe sobre o Registro Público de Empresas
Mercantis e Atividades Afins. :
“Art. 63. Os atos levados a arquivamento nas juntas comerciais são dispensados de
reconhecimento de firma, exceto quando se tratar de procuração.
§ 1º A cópia de documento, autenticada na forma prevista em lei, dispensará nova
conferência com o documento original. (Incluído pela MP nº 876)
§ 2º A autenticação do documento poderá ser realizada por meio de comparação entre o
documento original e a sua cópia pelo servidor a quem o documento seja apresentado.
(Incluído pela MP nº 876)
§ 3º Fica dispensada a autenticação a que se refere o § 1º quando o advogado ou o
contador da parte interessada declarar, sob sua responsabilidade pessoal, a
autenticidade da cópia do documento. (Incluído pela MP nº 876)
MP nº 881, 13/03/19
Institui a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, estabelece
garantias de livre mercado, análise de impacto regulatório, e dá outras
providências.:
“Art. 3º São direitos de toda pessoa, natural ou jurídica, essenciais para o desenvolvimento e
o crescimento econômicos do País, observado o disposto no parágrafo único do art. 170
da Constituição:
(...)
IV - receber tratamento isonômico de órgãos e de entidades da administração pública quanto
ao exercício de atos de liberação da atividade econômica, hipótese em que o ato de
liberação estará vinculado aos mesmos critérios de interpretação adotados em decisões
administrativas análogas anteriores, observado o disposto em regulamento:
MP nº 881, 13/03/19
Institui a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, estabelece
garantias de livre mercado, análise de impacto regulatório, e dá outras
providências.:
“Art. 3º São direitos de toda pessoa, natural ou jurídica, essenciais para o desenvolvimento e
o crescimento econômicos do País, observado o disposto no parágrafo único do art. 170
da Constituição:
(...)
IX - ter a garantia de que, nas solicitações de atos públicos de liberação da atividade
econômica que se sujeitam ao disposto nesta Medida Provisória, apresentados todos os
elementos necessários à instrução do processo, o particular receberá imediatamente um
prazo expresso que estipulará o tempo máximo para a devida análise de seu pedido e
que, transcorrido o prazo fixado, na hipótese de silêncio da autoridade competente,
importará em aprovação tácita para todos os efeitos, ressalvadas as hipóteses
expressamente vedadas na lei; e
X - arquivar qualquer documento por meio de microfilme ou por meio digital, conforme
técnica e requisitos estabelecidos em regulamento, hipótese em que se equiparará a
documento físico para todos os efeitos legais e para a comprovação de qualquer ato de
direito público.
MP nº 881, 13/03/19
“Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela
confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber
intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de
obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica
beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.
§ 1º Para fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização dolosa da pessoa jurídica com o
propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza.
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios,
caracterizada por:
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto o de valor
proporcionalmente insignificante; e
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.
§ 3º O disposto no caput e nos § 1º e § 2º também se aplica à extensão das obrigações de sócios ou de
administradores à pessoa jurídica.
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput não
autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica.
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade
econômica específica da pessoa jurídica.” (NR)
MP nº 881, 13/03/19
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular
da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o
maior salário-mínimo vigente no País.
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a
denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada.
§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá
figurar em uma única empresa dessa modalidade.
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das
quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram
tal concentração.
§ 4º ( VETADO).
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação
de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de
autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à
atividade profissional.
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas
para as sociedades limitadas.
§ 7º Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da empresa individual de
responsabilidade limitada, hipótese em que não se confundirá, em qualquer situação, com o
patrimônio do titular que a constitui, ressalvados os casos de fraude. (Incluído pela Medida
Provisória nº 881, de 2019)
MP nº 881, 13/03/19
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de
suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
Parágrafo único. A sociedade limitada pode ser constituída por uma ou mais pessoas,
hipótese em que se aplicarão ao documento de constituição do sócio único, no que
couber, as disposições sobre o contrato social. (Incluído pela Medida Provisória nº 881,
de 2019)
???
OBRIGADO!