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A Psicanálise

Profa. Esp. Mariane Rizzetto


“Se fosse preciso concentrar numa palavra a descoberta
freudiana, essa palavra seria incontestavelmente
inconsciente”
A Psicanálise
 Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico vienense que ousou
colocar os “processos misteriosos” do psiquismo, suas “regiões obscuras”,
isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do
homem, como problemas científicos.

A investigação sistemática desses problemas levou Freud à criação


da Psicanálise.

O exercício da Psicanálise é usado como base para psicoterapias,


aconselhamento, orientação; é aplicada no trabalho com grupos,
instituições.

A relação entre Freud e sua obra torna-se mais significativa pois


grande parte de sua produção foi baseada em experiências pessoais,
transcritas com rigor em várias de suas obras, como A interpretação dos
sonhos e A psicopatologia da vida cotidiana, dentre outras.
A Descoberta do Inconsciente

“Qual poderia ser a causa de os pacientes esquecerem tantos


fatos de sua vida interior e exterior...?”, perguntava-se Freud.

O esquecido era sempre algo penoso para o indivíduo, e


exatamente por isso que havia sido esquecido e o penoso não
significava, necessariamente algo ruim, mas podia se referir a
algo bom que se perdera ou que fora intensamente desejado.
A Descoberta do Inconsciente

 Resistência é força psíquica que se opunha a tornar consciente, a


revelar um pensamento, Freud denominou

A repressão é um mecanismo mental inconsciente, que visa


encobrir, fazer desaparecer da consciência, uma idéia ou
representação insuportável e dolorosa que está na origem do sintoma

Este material indesejável não está geralmente sujeito à recordação


voluntária consciente. A essência da repressão consiste em afastar
uma determinada coisa do consciente, mantendo-a à distância (no
inconsciente).
A Descoberta do Inconsciente

 Entretanto, o material reprimido continua a fazer parte da


psique, apesar de inconsciente, e continua a causar problemas.

Segundo Freud, a repressão nunca é realizada de uma vez por


todas e definitivamente, mas exige um continuado consumo de
energia para se manter o material reprimido.

O comportamento das pessoas não é influenciado apenas por


metas e objetivos sobre os quais o indivíduo tem clareza, ou
consciência.
Tem desejos ou ideias inconscientes – impulsos, fantasias,
experiências esquecidas
A Descoberta do Inconsciente

Por terem vividos de maneira dolorosa, esses aspectos


foram “expulsos” da consciência reprimidos indo formar o
INCONSCIENTE
A PRIMEIRA TEORIA SOBRE A ESTRUTURA DO APARELHO
PSÍQUICO - 1ª Tópica do aparelho psíquico de Freud (1900)

Essa teoria refere-se à existência de três sistemas ou instâncias


psíquicas: inconsciente, pré-consciente e consciente.
A PRIMEIRA TEORIA SOBRE A ESTRUTURA DO APARELHO
PSÍQUICO - 1ª Tópica do aparelho psíquico de Freud (1900)

O inconsciente exprime o “conjunto dos conteúdos não presentes no


campo atual da consciência”.

 É constituído por conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos


sistemas pré-consciente/consciente, pela ação de censuras internas.

 Estes conteúdos podem ter sido conscientes, em algum momento, e


ter sido reprimidos (“foram” para o inconsciente), ou podem ser
genuinamente inconscientes.
A PRIMEIRA TEORIA SOBRE A ESTRUTURA DO APARELHO
PSÍQUICO - 1ª Tópica do aparelho psíquico de Freud (1900)

O pré-consciente é o sistema onde permanecem aqueles conteúdos


acessíveis à consciência.

 Aquilo que não está na consciência, neste momento, e no momento


seguinte pode estar.

O consciente recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior


(percepção, atenção e raciocínio) e as do interior.
A SEGUNDA TEORIA DO APARELHO PSÍQUICO

 Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho


psíquico e introduz conceitos para referir-se aos três sistemas da
personalidade:

ID Ego Superego
1. ESTRUTURA DA PERSONALIDADE

ID

Constitui o reservatório da energia psíquica, é onde se “localizam” as


pulsões: a de vida e a de morte.

 O aspecto inconsciente da nossa personalidade e é regido pelo


princípio do prazer (onde as exigências demandam gratificações
imediatas)

Consiste de desejos e impulsos que buscam expressar-se


permanentemente.

Busca do prazer e satisfação dos impulsos


1. ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
ID

 Surge o instinto, o id tenta satisfazê-lo


O ID é a única estrutura presente ao nascimento

O bebê ao sentir fome chora até ter sua demanda satisfeita.


Entretanto, se crescêssemos regidos pelo princípio do prazer não
teríamos condições de viver em sociedade, pois arrancaríamos das
mãos do outro aquilo que fosse necessário para satisfazer nossos
próprios desejos.
EGO

 O ego atua de acordo com o princípio da realidade, estabelecendo o


equilíbrio entre as reivindicações do id e as exigências do superego com
relação ao mundo externo.

O ego localiza-se na zona consciente da mente.

 Mede a relação custo benefício de uma ação antes de colocá-la em


prática.

 É um regulador, na medida em que altera o princípio do prazer para


buscar a satisfação considerando as condições objetivas da realidade.
EGO

 O EGO se desenvolve a partir do ID e é a instância psíquica que


lida com a realidade externa.

 Possui funções tanto conscientes (a percepção, o juízo de valor, a


linguagem, atenção, concentração) como também possui funções
inconscientes, como é o caso dos mecanismos de defesa.

É regido pelo “princípio da realidade”, sendo o principal influente


na interação entre sujeito e ambiente externo.

 Ele aprende a respeito do mundo externo por meio dos sentidos e


procura satisfazer os impulsos do id no mundo externo.
EGO

Diferente do ID, age de acordo com o princípio da realidade -


através do raciocínio inteligente, tenta adiar a satisfação dos
desejos do id até poder fazê-lo de maneira segura e bem-sucedida.

Localiza objetos reais para satisfazer as necessidades do ID. É


controlado e lógico

Sede de todo processo intelectual


Um comportamento inteiramente adulto é governado
não somente pela realidade, mas também pela
moralidade. Freud chamou este “cão de guarda” de
SUPEREGO.
SUPEREGO

 O superego não está presente ao nascermos. É a última porção da


nossa personalidade a se constituir ( se forma a partir os 5 anos e
idade m média )
Crianças pequenas são amorais, fazendo o que lhes dá prazer.
 Ao amadurecermos assimilamos ou adotamos as opiniões de nossos
pais a respeito do que é “bom” ou “mau”.

 Atende as metas morais

 Força o ID a inibir impulsos

 Censura
SUPEREGO

 O SUPEREGO, agindo como a consciência, assume a tarefa de


observar e guiar o ego, assim como os nossos pais.

 É o depositário de nossos valores morais, de nossas regras de conduta,


que se formam a partir do que nos é passado pelos nossos pais e pela
sociedade.

 Atua como um juiz sobre nossos pensamentos e ações, nos alertando


acerca do que é certo ou errado, do que podemos ou não fazer.
De maneira ideal, o ID, o EGO e o SUPEREGO trabalham em
harmonia, com o ego satisfazendo as necessidades do id de
maneira razoável, moral e aprovada pelo superego, estando livres
para amar, odiar e expressar nossas emoções de modo sensato e
sem culpa.
Exemplo:
Podemos usar um exemplo de cotidiano: uma linda manhã
ensolarada em uma segunda-feira para uma pessoa que trabalha
das 8h às 17h.
A vontade de tirar um dia de folga e aproveitar o dia, esquecendo
os deveres, é o id.
O superego trabalharia para lembrar suas responsabilidades,
minimizando a necessidade do lazer e contrapondo-se ao que o id
pede.
E o ego é você, que vai ao trabalho, como o superego orienta, porém
lamentando muito, de acordo com a vontade do id.
 Quando o ID é dominante, os instintos ficam fora de
controle e temos mais probabilidades de colocar a nós e à
sociedade em perigo.

 Quando o SUPEREGO é dominante, nosso


comportamento é controlado de modo muito rigoroso ,
prejudicando a capacidade de agir por conta própria e
divertir-se.
2. DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL

 Freud, em suas investigações sobre as causas e funcionamento


das neuroses, descobriu que a maioria de pensamentos e desejos
reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual, localizados
nos primeiros anos de vida dos indivíduos
Na vida infantil estavam as experiências de caráter
traumático, reprimidas, que se configuravam como origem dos
sintomas atuais
... desta forma, as ocorrências deste período da vida deixam
marcas profundas na estruturação da pessoa.
2. DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL

 A sexualidade foi colocada no centro da vida psíquica, e é


postulada a existência da sexualidade infantil.

 Estas afirmações tiveram profundas repercussões na sociedade


puritana da época concepção vigente da infância como
“inocente”.

Os principais aspectos destas descobertas são:

 A função sexual existe desde o princípio da vida, logo após o


nascimento, e não só a partir da puberdade como afirmavam as ideias
dominantes.
2. DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL

 O período de desenvolvimento da sexualidade é


longo e complexo até chegar à sexualidade adulta,
onde as funções de reprodução e de obtenção do
prazer podem estar associadas, tanto no homem
como na mulher.

Esta afirmação contrariava as ideias predominantes


de que o sexo estava associado, exclusivamente, à
reprodução.

 Freud afirmou que o comportamento humano é


orientado/gerado pelo impulso/ instinto sexual,
que é a energia que ele chamou de libido, palavra
latina, que significa “prazer”.
2. DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL

 Freud considerava o instinto sexual de maneira ampla, como um


forte desejo de obter todos os tipos de prazer sensual.

 No processo de desenvolvimento psicossexual, o indivíduo, nos


primeiros tempos de vida, tem a função sexual ligada à
sobrevivência, e, portanto, o prazer é encontrado no próprio
corpo.

 O corpo é erotizado, isto é, as excitações sexuais estão


localizadas em partes do corpo: boca, anus e genitais
 Para Freud, as experiências das crianças em cada uma dessas
fases marcam sua personalidade com tendências que
permanecem até sua fase adulta.

 Quando privada do prazer da região do corpo que domina uma


determinada fase, parte de sua energia sexual pode permanecer
fixada a esta parte do corpo – isso ele chamou de FIXAÇÃO.
Fase Oral – (do nascimento aos 18 meses/2 anos):

 Os lábios, a boca e a língua são os principais órgãos


de prazer e satisfação da criança, que aliviam sua
tensão sexual ao sugar e engolir.

 Bebês que recebem muita gratificação oral durante


essa fase tornam-se adultos otimistas e
dependentes.

 A fixação nessa fase está relacionada a


característica de personalidade tais como de
confiança, gula, sarcasmo e disposição para brigas.
Fase Anal – (dos 18 meses/2 anos aos 3 anos).

 Fonte primária de prazer sexual passa para o ânus. Quando


as crianças aprendem a sentir prazer ao reter ou excretar
fezes.

 Na visão de Freud, muita rigidez neste treino pode levar a


uma vida autodestrutiva na idade adulta. Outras podem
tornar-se obstinadas, avarentas e excessivamente
organizadas.

 Para pais muito permissivos podem gerar adultos


desorganizados, desordenados e pouco asseados.
Fase Fálica – (3 a 5 anos)

 Esta fase do desenvolvimento sexual, recebeu o nome de FÁLICA


(falo= pênis), pois o pênis é o principal objeto de interesse das crianças de
ambos os gêneros.

 Descobrem seus genitais e desenvolvem forte ligação com o genitor do


sexo oposto, e sentem ciúme do genitor do mesmo sexo.
 De acordo com a concepção Freudiana, impotência sexual, frigidez,
exibicionismo e homossexualidade são considerados deficiências do ego
derivadas do período fálico.

 Para Freud, a fixação nessa fase leva à vaidade e ao egoísmo na idade


adulta. Mas também podem gerar sentimentos de baixa auto-estima,
timidez e desvalorização.
Período de Latência – (entre 6 a10 anos):

 Nesse período meninos e meninas brincam juntos sem demonstrar


interesse sexual.

 Há uma diminuição nas atividades sexuais – “intervalo” na


evolução da sexualidade

 Os impulsos são impedidos de manifestar

 O impulso sexual dirige-se para finalidades culturais


Fase Genital – puberdade – (a partir dos 11 anos)

 Esta é sua última fase psicossexual.

 Nesse momento, os impulsos sexuais são novamente despertados.

 Quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no


próprio corpo, mas em um objeto externo ao indivíduo — o outro.

 De maneira ideal, a gratificação imediata desses desejos leva à


sexualidade madura, da qual fazem parte o adiamento da
gratificação, o senso de responsabilidade e o cuidado por outras
pessoas.
No decorrer dessas fases, vários processos e ocorrências
sucedem-se.
 Complexo de Édipo:

 O jovem príncipe Édipo, personagem título da tragédia grega


“Édipo Rei”, de Sófocles, assassina o pai e casa-se com a mãe.

 É em torno dele que ocorre a estruturação da personalidade


do indivíduo.

Acontece entre 3 e 5 anos, durante a fase fálica. No complexo


de Édipo, a mãe é o objeto de desejo do menino, e o pai é o
rival que impede seu acesso ao objeto desejado.
No decorrer dessas fases, vários processos e ocorrências
sucedem-se.
 Complexo de Édipo:

 Ele procura então ser o pai para “ter” a mãe - escolhendo-o


como modelo de comportamento, passando a internalizar as
regras e as normas sociais representadas e impostas pela
autoridade paterna.

 Posteriormente, por medo da perda do amor do pai, “desiste”


da mãe a mãe é “trocada” pela riqueza do mundo social e
cultural, e o garoto pode, então, participar do mundo social,
pois tem suas regras básicas internalizadas através da
identificação com o pai.
 Complexo de Electra

 A jovem Electra é a filha de Agamemnon.

 É uma atitude emocional que implica numa identificação tão


completa com a mãe, que a filha deseja, inconscientemente,
eliminá-la e possuir o pai.

Conflito desencadeado nas meninas.


 Complexo de Castração –

O desejo sexual do menino pela mãe e sua rivalidade com o pai,


geram ressentimento em relação à figura paterna. Temor de que
enciumado, o pai possa puni-lo castrando-o.

Na menina, a ausência do pênis é sentida como um dano


sofrido que ela procura negar, compensar ou reparar.
 Narcisismo – denota atitude de uma pessoa que trata seu
próprio corpo como trata o corpo de um objeto sexual: contemplando-
o, afagando-o.

 O termo provém da Mitologia Grega, que narra a história de


Narciso, um jovem muito bonito que desprezou o amor da ninfa Eco
e por isso foi condenado a apaixonar-se por sua própria imagem
espelhada na água.

 Este amor impossível levou Narciso à morte, afogado em seu reflexo.


 O narcisismo, portanto, retrata a tendência do
indivíduo de alimentar uma paixão por si mesmo.

 Segundo Freud, isso acontece com todos até um


certo ponto, a partir do qual deixa de ser saudável e
se torna doentio, conforme os parâmetros
psicológicos e psiquiátricos.

 Denota atitude de uma pessoa que trata seu


próprio corpo como trata o corpo de um objeto
sexual: contemplando-o, afagando-o.
As crenças de Freud, sobretudo sua ênfase na sexualidade,
não foram totalmente endossadas nem pelos membros de sua
própria escola psicanalítica.

Carl Jung e Alfred Adler, acabaram rompendo com ele e


formulando suas próprias teorias psicodinâmicas da
personalidade.

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