Patrimônio Kalline Laira e Manuela Garcia Mas, o que seria de uma sociedade, hoje, sem seus documentos? CONTEXTO HISTÓRICO DO ARQUIVO Nas sociedades ocidentais, a memória foi reconhecida, a partir do século V a.C., como o foco de atenção dos historiadores e filósofos gregos.
Le Goff (2012) menciona que no século XVIII
foram criados os depósitos centrais de arquivo, e destaca as instituições fundadas na Europa, com a finalidade de armazenar documentos. Somente no século XX teremos uma reflexão das Ciências Humanas da memória como objeto de estudo. A emergência de um interesse acentuada na década de 60 e a criação de instituições (arquivos) • Preocupação com a cultura de preservação documental História e memória: uma relação latente com os arquivos
[...] um dos fenômenos culturais e políticos mais
surpreendentes dos anos recentes é a emergência da memória como uma das preocupações culturais e políticas centrais das sociedades contemporâneas Huyssen (2000) • “um lugar material, simbólico e funcional (NORA, 1993, p. 21) onde nenhuma memória é espontânea, mas criada (Idem, ibidem, p. 13), a serviço tanto uma memória social como também de uma amnésia social” (BURKE, 1992). • Passagem do Arquivo “Lugar de Memória” para o Arquivo “Lugar para a História • Os documentos arquivísticos são a própria construção de uma memória social de um determinado grupo de indivíduos, pode-se dizer então, que a memória da sociedade, registrada nos documentos de arquivo formam um patrimônio documental. • a memória registrada “delegou ao arquivo a função de mantê-la viva, de forma a desacelerar o desparecimento de sinais do que se deseja manter, em face da necessidade do lembrar.” (BARROS; AMÉLIA, 2009, p. 57) Cultura Material Escolar “falar de cultura material da escola é mudar o foco de atenção [...]” Margarida Felgueiras (2005, p. 97)
“a cultura escolar recobre as diferentes
manifestações das práticas instauradas no interior das escolas, transitando de alunos a professores, de normas a teorias” Frago (1995) Herança educativa; “Na herança educativa incluímos, assim, tanto os edifícios, o mobiliário, os materiais didácticos, os materiais dos alunos”
São, igualmente, campo de apropriações e
criação, podendo conjugar espaço à memória, tanto escolar, quanto pessoal e familiar, construídas em múltiplas temporalidades. Acervos escolares • A evidencia e importância de salvaguardar e preservar estes documentos que podem se transformar em objetos de museus a partir do momento em que se encontrem meios de expô-los ao conhecimento, à pesquisa e à experiência humana.
• Possibilitando espaços de pesquisas.
Apresentações dos arquivos e museus locais, regionais e nacionais e as diretrizes de preservação. Museu da Escola de Minas Gerais Museu da Escola de Minas Gerais • Centro de Estudos e Documentação da Universidade Estadual de Feira de Santana; • Programa de Estudos e Documentação Educação e Sociedade – Proedes ; • Centro de Documentação e Memória da Educação Fluminense do Conselho de Educação; • o Arquivo Histórico do Liceu de Humanidades de Campos/RJ Possibilidades de pesquisas Acessos: • http://gephesf.upe.br/ Referências • PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática. Rio de Janeiro: FGV, 2007 • PEREIRA, Fernanda Cheiran. Arquivos, memória e justiça: Gestão documental e preservação de acervos judiciais no Rio Grande do Sul. Disponível em: . Acesso em: 12 mai. 2014. • CASTRO, C. A. (Org.). Cultura material escolar: a escola e seus artefatos (MA, SP, PR, SC e RS, 1870-1925. 1. ed. São Luís: EDUFMA/Café e Lápis, 2011. v. 1. 153 • GUSMÃO, E. M. Arquivos escolares, memória e cultura. Patrimônio e Memória. v. 1, n. 1, Assis, 2005. p. 64–73 • CUCHE, D. A noçãode Cltltttranas CiênciasSociais.Lisboa: Fim de Século Edições, 1999