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PIB TRIMESTRAL

Bahia – 4º Trimestre de 2009

Análise do crescimento da construção civil na Bahia e no


Brasil: uma abordagem em dados em painel para o período
2002 a 2009
Objetivo

Estimar uma equação dos determinantes da dinâmica da


construção civil para o Brasil e Bahia e, posteriormente, avaliar os
impactos de algumas variáveis no valor adicionado da construção
civil, como: renda, financiamento habitacional, spread e obras e
instalações públicas. Para tanto, estima-se um modelo em dados
longitudinais com informações dos 26 estados e mais o distrito
federal para os anos de 2002 a 2009 e verifica-se qual o
comportamento das variáveis em termos de efeito e intensidade em
relação ao valor adicionado da construção civil. Este trabalho tem
como referência o estudo sobre o setor da Construção Civil do Rio
Grande do Sul, desenvolvido por Fochezzatto e Ghinis (2011).
A construção civil no Brasil e na Bahia

• A geração do valor adicionado da construção civil na Bahia


representa 6% do total gerado no país em 2009. Tal percentual
implica que o estado ocupa a quarta posição no cenário nacional,
ficando somente atrás dos estados: São Paulo (27%), Rio de
Janeiro (11%) e Minas Gerais (10%), respectivamente.

• No que concerne ao emprego formal, para o ano de 2010, o


estoque de empregos da construção civil no estado correspondia a
153.474 mil, o que representa 6% do total do país. Esse percentual
coloca a Bahia, também, na quarta posição em termos de emprego
na construção civil, ficando atrás de: São Paulo (25%), Minas
Gerais (12%) e Rio de Janeiro (9%), respectivamente.
Valor Adicionado em emprego formal da construção civil nos
estados brasileiros - 2009/10
A construção civil no Brasil e na Bahia

• A construção civil foi responsável por 7,2% dos empregos formais


gerados na Bahia em 2010. Estados como Minas Gerais, Rio de
Janeiro e São Paulo (maiores geradores de VA), a construção civil é
responsável por 6,6%, 5,5% e 4,9% dos empregos gerados
respectivamente.
Emprego formal gerado pela construção civil em
relação ao total gerado por estado - 2010
Na Bahia, a produção da construção civil (medida pelo VA a preços
constantes de 2009) obteve taxas de crescimento anuais
superiores às do Brasil a partir de 2005. Ao se comparar o valor
adicionado no início e final da série vê-se que taxa de crescimento
foi de 28% para a Bahia e 23% para o Brasil.
No período analisado pode-se observar dois fenômenos:

• O primeiro foi a franca expansão da geração de empregos pela


construção civil. De 2002 para 2010 ele variou de 57.761 para
153.474 (166%) para a Bahia e de 1.106.350 para 2.508.922 (127%)
para o Brasil;

• O segundo fenômeno foi a mudança qualitativa desses empregos


gerados, haja vista que enquanto em 2002 o percentual de
trabalhadores qualificados era de 19% e 21% para Brasil e Bahia
respectivamente, em 2010 essa relação foi de 34% e 40%.
• A participação da construção civil no total de empregos formais teve
um aumento no período. Para o período considerado a participação
da construção civil no montante de empregos criados vai de 4,4%
para 7,2% na Bahia e de 3,9% para 5,7%.

• O crescimento acentuado desse setor de 2002 a 2010 deve-se a


diversos fatores como: estabilização econômica, forte queda na
SELIC, crescimento da renda familiar, expansão e crédito ao
consumidor, assim como do crédito imobiliário e a redução do IPI
sobre diversos insumos da construção em 2009.
• A produtividade da Construção Civil obteve um significativo
aumento no período, tanto para a Bahia quanto para o Brasil. De
2002 para 2009 a produtividade cresceu 11% para a Bahia e 13%
para o Brasil.

• O menor ritmo de crescimento da produtividade da Bahia em


relação ao Brasil pode ser explicado pela maior especialização do
emprego formal no estado, principalmente ocorrida a partir de 2005.
Coeficiente Locacional

A fim de observarmos as peculiaridades entre o mercado de trabalho


da construção civil da Bahia em relação ao Brasil, foram calculados os
coeficientes locacionais do emprego absoluto, do trabalho qualificado
e não qualificado do setor para o estado e o país. O coeficiente
locacional do emprego pode ser definido por:
E ccBA
ETBA
Qc 
E ccBR
ETBR

Qc > 1 o emprego formal gerado pela construção civil na Bahia é mais


especializado que no Brasil.
Qc < 1 o emprego formal gerado pela construção civil na Bahia é menos
especializado que no Brasil.
Qc = 1 o emprego formal gerado pela construção civil na Bahia é tão
especializado quanto no Brasil.
• Em relação aos financiamentos habitacionais para o ano de 2009,
observa-se que a Bahia ocupa a 3º posição com 6,6% da
participação do financiamento total. Além da Bahia, as unidades da
federação que aparecem nas primeiras posições na participação
nos financiamentos habitacionais, são: São Paulo (47,7%), Minas
Gerais (6,7%), Rio de Janeiro (6,5%) e Rio Grande do Sul (4,8%).

• No que concerne aos gastos com obras e instalações, a Bahia


ocupa a 5º posição com 4,3% de participações. A participação
baiana é somente inferior às respectivas unidades da federação:
São Paulo (27,0%), Rio de Janeiro (11,2%), Ceará (6,7%), Minas
Gerais (6,2%).
Participação dos Estados no Financiamento
Habitacional Gastos Estaduais com Obras
Modelo
• O objetivo é modelar uma função que possa explicar os determinantes do
crescimento da construção civil para o Brasil e unidades da federação,
principalmente o estado da Bahia, analisando os efeitos de elasticidade das
variáveis explicativas em relação ao valor adicionado da construção civil.

• As variáveis explicativas utilizadas no modelo são: renda, gastos dos


governos estaduais com obras, financiamento habitacional e o spread, aqui
entendido como um custo de oportunidade para o setor. Apenas o spread
supõe-se não se relacionar positivamente com a construção civil.

• Os dados sobre a construção civil, nesta pesquisa, referem-se a 27


unidades da federação, sendo as mesmas observadas no período de 2002
à 2009. A base de dados segue um painel equilibrado, com 216
observações, onde todas as variáveis são observadas para cada unidade e
cada período de tempo.

• Com base no teste de Hausman, optou-se pelo Modelo de Efeitos Fixos, no


qual a constante varia entre os indivíduos e os coeficientes angulares são
comuns às unidades da federação, que representa a análise do valor
adicionado da construção civil no Brasil e nos estados.
Resultados

Teste de Hausman

Rejeitou-se a hipótese nula da escolha do Modelo de Efeito Aleatório


em favor do Modelo de Efeito Fixo, uma vez que o teste apresentou
alta significância estatística.
Resultados da regressão

• Os sinais dos coeficientes foram coerentes à proposta do modelo.

• Analisando a estatística F, verifica-se que o modelo apresenta


coeficientes estimados conjuntamente significativos.

• Com base na estatística t o PIB foi significante ao nível de 1%. Os


gastos com obras públicas e financiamentos apresentaram
significância estatística a 5%. O spread apresentou significância ao
nível de 10%.
Resultados da regressão
Interpretação dos Resultados

• O aumento de 1% no gasto público em obras provoca um


crescimento respectivo no valor adicionado da construção civil na
ordem de 0,0266%.
• O aumento de 1% nos financiamentos provocam um crescimento
no valor adicionado da construção civil em 0,0022%.
• O crescimento de 1% no PIB gera um aumento no valor adicionado
da construção em aproximadamente 0,27%.
• Para cada aumento de 1% no Spread, entre a taxa de curto e
longo prazo, faz com que a construção civil apresente uma
redução de 0,0219% em seu valor adicionado
Ranking do cross effect por
Unidade da Federação
Rank Estado Cross Effect
1 SP 1,8805
2 RJ 1,1989
3 MG 1,1851
4 BA 0,8747
5 RS 0,8258
6 PR 0,7189
7 SC 0,5317
8 GO 0,4138
9 PA 0,3431
10 ES 0,2854
11 DF 0,2622
12 PE 0,1806
13 CE 0,0048
14 MA -0,0836
15 TO -0,0858
16 AM -0,0860
17 MT -0,2277
18 MS -0,2790
19 RN -0,3333
20 PB -0,3816
21 AL -0,5887
22 SE -0,6208
23 PI -0,8154
24 AC -1,1653
25 RO -1,1930
26 RR -1,3496
27 AP -1,4958
Conclusão
Verificou-se que a Bahia ocupa lugar de destaque no setor da
construção civil, sendo o quarto maior em valor adicionado, terceiro
em financiamento habitacional, quarto em emprego formal e quinto
com os maiores gastos estaduais em obras e instalações entre as
unidades da federação. Em relação ao emprego observa-se não só
a expansão da geração de postos na construção civil assim como
uma mudança qualitativa desses empregos gerados. O percentual
de trabalhadores qualificados aumentou tanto na Bahia quanto no
Brasil. Tais dados demonstram, que no período em análise, a
construção civil cresceu sensivelmente no cenário nacional e ainda
mais na Bahia, o que explicita a relevância do setor na dinâmica
econômica do Estado.

Analisando o modelo de dados em painéis, através do efeito fixo,


verificou-se que as variáveis explicativas foram significativas
estatisticamente e apresentaram sinais coerentes às preposições
teóricas formuladas. Um avanço neste estudo é a certificação de
que os investimentos públicos em obras impactam de forma
significativa no crescimento da construção civil, apresentando um
impacto superior ao representado pelo financiamento habitacional.

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