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A ESTILIZAÇÃO MEDIEVAL

PROF. DR. LUCIANO VORPAGEL DA SILVA


INTRODUÇÃO

 Na Idade Média Ocidental, pouco foram os desenvolvimentos no campo


da arte, devido o baixo interesse no assunto.
 Isso se deu porque acreditava-se que as artes pertenciam às coisas
terrenas, mundanas, pagãs, capazes de prejudicar o fortalecimento da
alma e do espírito.
 Mas, considerando o alto grau de analfabetismo das populações nos
feudos, a Igreja Católica utilizou-se da pintura e da escultura para fins
didáticos, isto é, para ensinar a doutrina religiosa e infundir o temor do
julgamento final e das penas do inferno sobre as pessoas.
INTRODUÇÃO

 As obras de arte assumiam a condição de símbolos que manifestavam a natureza


divina e canalizavam a devoção do homem para divindade suprema.
 Desse modo, o naturalismo é abandonado, dando lugar à estilização, isto é, à
simplificação dos traços e à esquematização das figuras e do desapego aos detalhes
individualizantes.
 A estilização atendia melhor à necessidade de universalização dos princípios da
religião cristã.
 O foco da arte medieval não era a realidade deste mundo (que não pode ser visto
como algo perfeito, mas imperfeito), mas a realidade divina (que sim é perfeita). A
arte tem que abdicar dos detalhes da natureza mundana para dar lugar aos detalhes
da natureza divina.
INTRODUÇÃO

 A beleza está mais ligada ao aspecto religioso, da doutrina, das coisas


divinas, da santidade. O mundano é o lugar do pecado, da maldade e dos
prazeres humanos.
 O belo dos medievais não está ligado ao que agrada aos homens, mas ao
que agrada a Deus.
EXEMPLOS DE ARTE MEDIEVAL

Iluminura com os bispos Bráulio de Zaragoza (c.


590-651) e Isidoro de Sevilha (c. 560-636).
Mestre do Codex 167 (Isidori libri originum),
iluminura (Séc. X, public domain).
EXEMPLOS DE ARTE MEDIEVAL

O papa Gregório Magno (c. 540-604) dita seu canto


gregoriano para seu discípulo e amigo Pedro, o
Diácono (Johannes Hymonides, †antes de 885, biógrafo do
papa), com a pomba do Espírito Santo a lhe inspirar (em
seu ouvido direito). Iluminura de um Antifonário do
Mosteiro de Saint-Gall, Séc. XI (Cod. Sang. 390, p. 13).
EXEMPLOS DE ARTE MEDIEVAL

Agnus Dey
SANTO AGOSTINHO
 Agostinho recebeu fortes influências do pensamento platônico, de modo que sustenta a
primazia do ideal sobre o real. Porém, superou o conceito de mímesis de Platão, considerando
a arte humana como um símbolo do significado da arte de Deus.
 Uma coisa é bonita porque nos agrada ou nos agrada porque é bonita? Segundo Agostinho,
uma coisa agrada porque é bonita.
 Para Agostinho, o belo é algo estabelecido por Deus. A beleza é uma propriedade do ato de
criar de Deus. Assim, uma coisa é bela se expressa a arte de Deus. Tudo que sai das mãos
divinas é belo.
 O ideal consiste no que deve ser, conforme estabelecido por Deus. O real corresponde ao
mundo dos homens, que depende da ordem divina, a qual é revelada por iluminação
divina.
 A beleza da arte humana depende de proporções e harmonias. Ora, a matemática foi
estabelecida por Deus e os números estabelecem proporções e harmonia para as artes
humanas, como é o caso da música.
SÃO TOMÁS DE AQUINO

 Tomás de Aquino resgatou o pensamento de Aristóteles e buscou superar a concepção, que


predominou quase toda a Idade Média, segundo a qual o mundo sensível era apenas fonte de
pecado.
 Entendia que a beleza era o aspecto agradável da bondade, embora que o belo estava
relacionado à cognição (intelecto) e a bondade ao desejo.
 Assim como Aristóteles, Tomás de Aquino distinguia nas coisas a “forma” e a “matéria”. Para
Tomás de Aquino, as formas dependem de Deus, pois representam um constante atualizar-se
conforme os atributos transcendentais de Deus.
 Tomás de Aquino estabeleceu três condições para a beleza: integridade (ou perfeição); devida
proporção (ou harmonia) entre as partes; claridade (ou luminosidade).
 Portanto, a essência da beleza em geral consiste na resplandecência da forma sobre partes da
matéria proporcionalmente ordenadas.

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