NO MUNDO ATUAL
O MUNDO ATUAL
O mundo atravessa um momento de transição,
onde todos os valores tradicionais são
colocados na berlinda, contestados, mas sem
que ainda se tenha um novo paradigma ou
novas propostas para substituir o modelo
anterior.
O conhecimento tecnológico dobra a cada dois
anos, as possibilidades oriundas do
conhecimen-to científico abrem perspectivas de
tal amplitude que não se domina toda a
informação sobre isso disponível.
O domínio da informação adquire o status de
fonte maior do poder. Quem tem esse domínio e
velocidade de disponibilizá-la, tem o poder.
As propostas e modelos sociais estão em profunda crise.
O comunismo se desestrutura e deixa o capitalismo sem
sua antítese.
O capitalismo se “maquia” no paradigma chama-do
“neoliberalismo”, e num conceito denominado
“globalização” impõe, praticamente sem resistên-cia, o
domínio do capital transnacional, sem pátria, sem
bandeira e sem escrúpulos.
A falta de critérios justos na movimentação das riquezas
oriundas do capital sem pátria, coloca hoje toda a
economia mundial em profunda crise, fazendo antever
um fim próximo do neoliberalis-mo, ou ainda, o
surgimento de uma nova (velha??) antítese.
No chamado processo de “globalização”, somos
massificados, doutrinados a acreditar que esse
processo é bom e inevitável. Rapidamente
passamos a aceitar que o que é bom para os
outros é bom para nós.
Na massificação preconizada pela
“globalização”, arma sofisticada do
“neoliberalismo”, somos constantemente
“mediocrizados”, e ao mesmo tempo
convencidos de que o medíocre não terá vez no
processo produtivo. Pior ainda, passamos a nos
conformar com tal situação, a aceitarmos que
somos medíocres.
no processo de “globalização”, começamos a
perder nossa identidade, como pátria, como
nação, como povo.
No campo do comportamento, também a
socieda-de se encontra num momento de
indefinição, de incertezas.
A “revolução sexual” se perdeu na contestação
pela contestação, pelo abuso, pelo uso
indiscrimi-nado, pela saciedade, pela sua falta de
objetivo.
Na sexualidade, o rumo foi perdido. Transita-se
desde o conservadorismo e puritanismo
hipócrita e exacerbado até a libertinagem
indiscriminada. Os limites não são claros, tem-se
sérios proble-mas, que vão desde a gravidez de
adolescentes até a AIDS.
A mídia, especialmente a televisiva, valoriza
extremamente a sensualidade e o erotismo,
colocando isso para consumo de todas as
idades.
Na questão de usos e costumes, enfrentamos uma
padronização baseada no “marketing”, na “marca”, na
“etiqueta”. O indivíduo é convencido que tem que possuir
e consumir a “marca” por que esta existe, e não mais por
suas reais necessidades. Isso leva muitas pessoas a se
sentirem excluídas da sociedade, por não conseguirem
consumir essas marcas.
Também somos convencidos a adotar comportamentos
sociais padronizados, estereotipados, que nos são
vendidos pelos meios de comunicação como sendo
normais, da vida real, do dia-a-dia. O aético, o amoral, o
malandro, são revestidos da “boa vida”, da boa comida,
dos carros importa-dos, das belas casas e paisagens,
como status de elevação social, e aceitos como
“normais”.
A violência é banalizada nos meios de
comunicação, especialmente a violência entre
jovens. Passamos a “consumir” a violência no
noticiário, na hora do almoço, na hora da janta, na
hora do bate-papo familiar. Pouco a pouco a
vamos absorvendo a violência como parte de
nossa vida. A violência acaba se tornando natural
e próspera, porque a impunidade transforma o
anormal em normal.
O comportamento dos pais, perdidos entre a
repressão do passado e a liberdade dos novos
tempos, não estabelece mais os limites
adequados ao filhos. A transgressão começa pela
aceita-ção das pequenas travessuras infantis, que
evolu-em em intensidade e gravidade, sem que os
pais se importem. Quando tentam o limite é tarde.
Na busca da interação social, difícil em casa
pelas dificuldades do mundo moderno, o
jovem busca a “proteção” da “turma”, da
“gangue”, o que o leva a “uniformização”, a
“estandardização”, a mediocridade da
média padronizada. A “turma” cobra o preço
da “proteção”, que é a aceitação e repetição
do comportamento da “tribo”, a aceitação
de que aquilo é correto, que os errados são
os que daquela forma não procedem. Na
“turma”, o senso crítico é abafado.
De modo geral, o senso crítico da sociedade vai
sendo abafado pela padronização. Como
informação é poder, que a detém a manipula no
sentido de atender a seus interesses. Esconde-se
o que não “interessa” e massifica-se o que é
“interessante”. A sociedade perdeu o hábito da
análise seletiva da informação, da busca do fato e
da verdade.
Exemplos:
pesquisas eleitorais
reforma do ensino
“maconha x fumo”
“a globalização é inevitável”
o futuro do emprego
O HOMEM DE BEM, SEGUNDO O ESPIRITISMO