Funções
- atender às condições arquitetônicas e
funcionais e dar forma à edificação
- transmitir os carregamentos advindos das ações
às bases da estrutura (solo) – “caminho das
cargas”
- resistir às ações e garantir a estabilidade
(segurança estrutural)
Projeto Estrutural
- Geometria da edificação: arquitetura (função),
forma, dimensões, espaços, localização
- Sistema estrutural: classificação, definição e
posicionamento dos elementos componentes,
vinculações entre eles (concepção estrutural)
- Ações: classificação, quantificação,
combinação (carregamentos)
- Esforços solicitantes nos elementos estruturais:
análise do comportamento (resposta) estrutural
do elemento submetido às ações (carregamentos)
- Dimensionamento dos elementos estruturais:
comportamento estrutural e resistência do
material que o compõe
2. Classificação dos elementos e dos
sistemas estruturais
2.1- Elementos estruturais
Elementos tridimensionais
Elementos bidimensionais ou planos
Elementos unidimensionais ou lineares
Elementos tridimensionais
Elementos com as três dimensões da
mesma ordem de grandeza.
Elementos de fundação, de arrimo
(gravidade) ou de barragens
Elementos bidimensionais ou planos
Elementos com duas dimensões preponderantes
em relação à terceira.
Submetidos a carregamentos no plano médio
(chapas ou paredes) ou transversais (placas,
cascas)
Placas ou cascas:
Sujeitos a esforços de flexão e de força cortante
Transmite as cargas em direção aos apoios
(bordas)- caminho das cargas
Elementos unidimensionais ou lineares
Elementos com uma dimensão preponderante em
relação às outras duas, de eixo reto ou curvo.
Submetidos a carregamentos no eixo longitudinal
(barras, colunas ou tirantes) ou transversais (vigas)
Sujeitos a esforços normais(axiais),
de flexão, de força cortante e de torção
2.1- Sistemas estruturais
translações em Rx, Ry
xey
translações em
xey Rx, Ry, Mz
e rotação em z
3.3- Determinação geométrica das estruturas
planas
Número de nós: n
Número de barras (chapas): c
Número de barras (vínculos) necessárias:
bnec = 3.c + 2.n
estrutura
bexistentes < bnec = 3.c + 2.n - hipostática
bexistentes = bnec = 3.c + 2.n - isostática
bexistentes > bnec = 3.c + 2.n - hiperestática
4. Equações de equilíbrio dos sistemas
estruturais planos isostáticos
Estruturas isostáticas
Estruturas com vínculos externos em número
necessário e suficiente para sua determinação
geométrica, ou seja, com as equações de
equilíbrio é possível a determinação das forças
externas incógnitas (reativas) .
Tipos de cargas externas
Cargas distribuídas: carregamento distribuído
ao longo do comprimento de uma barra, na
direção ou perpendicularmente ao seu eixo
axial.
concreto.h.b.L 25.0,30.0,10.5,0
g viga 0,75kN / m
Lviga 5,0
Equações de equilíbrio
Fx 0
Fy 0
M z 0
5. Esforços solicitantes em estruturas
planas isostáticas
5.1- Definição e convenção de sinais
Definição: Em uma estrutura em equilíbrio, os esforços
solicitantes em uma seção transversal genérica são as
forças que equilibram as ações externas que atuam à
esquerda ou à direita desta seção. Os esforços
solicitantes formam pares (ação e reação entre corpos)
de mesma direção e intensidade, porém de sentidos
contrários, nas duas seções transversais.
Estas forças atuantes na seção transversal podem
ser reduzidas a uma força resultante aplicada em
um ponto (centro de gravidade da seção) e a um
momento (binário) resultante.
Esforço cortante: V
Momento fletor: M
Momento torçor: T
Determinação dos esforços solicitantes
8,0 kN
HA
RA Rc
Carga distribuída transformada
em força concentrada fictícia,
Fq = 5,0.5,5=27,5 kN
Equações de equilíbrio
F x 0 : H A 8,0kN
F y 0 : RA RC 5.5,5 0 RA RC 27,5kN
5,5
M zA 0 : 27,5. 2
RC .4 0 RC 18,9kN
HA
NB
RA
VB
equações de equilíbrio
F x 0 : H A N B 0 N B 8,0kN
F y 0 : RA VB 5,0.2,0 0 8,6 VB 10,0kN VB 1,4kN
2,0
M zB 0 : RA .2,0 5,0.2,0.
2
M B 0 M B 7,2kN.m
6. Equações analíticas e diagrama de esforços
6.1- Equações analíticas
Os esforços solicitantes são obtidos em uma determinada
seção transversal;
Deseja-se, porém, conhecer a sua evolução (variação) ao
longo do elemento estrutural ou da estrutura como um
todo;
Pode-se obter as expressões analíticas dos esforços em
função da coordenada x, onde são representados os
valores ao longo da estrutura, adotando-se uma seção
transversal de referência em posição genérica.
As funções obtidas são contínuas para carregamentos
contínuos e descontínuas onde houver alguma força (ou
reação) concentrada ou descontinuidade geométrica da
estrutura.
Esforços solicitantes
s x
s
y
5,0.s MS
HA
NS
RA
VS
F x 0 : H A N S 0 N S 8,0kN
F y 0 : RA VS 5,0.s 0 8,6 VS 5,0.s VS 8,6 5,0.s
s
M zS 0 : RA .s 5,0.s. M S 0 M S 8,6.s 2,5.s 2
2
Esforços solicitantes para o trecho AC, entre apoios
Para s=0:
VS VA 8,6 5,0.s 8,6kN
M S M A 8,6.s 2,5.s 2 0,0
HA
NS
RA RC
VS
1,4 11,4
_
+ 7,5 + V (kN)
8,6
5,6
_
M (kN.m)
+
7,2
Observações:
Força cortante: descontinuidade no diagrama
devido a uma carga concentrada no ponto C
(reação de apoio)
A diferença (ou a soma dos módulos) dos
valores de força cortante, à direita e à esquerda
do apoio (VC,dir–VC,esq=7,5-(-11,4)=18,9kN)
representam a carga concentrada naquele ponto
(reação de apoio VC=18,9kN)
Momento fletor: descontinuidade da inclinação
no diagrama devido a uma carga concentrada no
ponto C (reação de apoio)
7. Relações diferenciais entre os esforços
solicitantes e carregamentos
Assim ,
dV
q( x) q
dx
dx dx
M z 0 : M V . 2 (M dM ) (V dV ). 2 0
dx dx
dM V .dx dV . 0 dx 0 : dV . 0
2 2
Assim ,
dM d 2M
V ou 2
q( x) q
dx dx
Integrando-se as duas equações, tem-se:
dV q( x)dx V q.x C1
x2
dM Vdx M q.x C1 dx q. C1.x C2
2
E ainda:
dM
V 0 M: máximo ou mínimo
dx
d 2M
2
0 M é máximo
dx
Bibliografia
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS -
NBR6120 – Cargas para o cálculo de estruturas de
edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 1980. 6p.
DIAS, L. A M. Estruturas de aço: conceitos, técnicas e linguagem.
Zigurate, 1998.
FUSCO, P.B. Estruturas de concreto: Fundamentos do projeto
estrutural. São Paulo: McGraw Hill, 1976.
GIONGO, J.S. Estruturas de concreto armado. São Carlos:
Publicação EESC/USP, 1993.
MACHADO JUNIOR, E.F. Introdução à isostática. São Carlos:
Publicação EESC/USP,1999.
SCHIEL, F. Introdução à resistência dos materiais. São Paulo:
Harbra, 1984.