Nenhuma região brasileira sentiu mais a chegada da Corte do que o Rio de Janeiro, sede do vice-reino
desde 1763, escolhida para ser a capital provisória do Império luso-brasileiro.
Para se ter uma ideia, a população cresceu de sessenta mil habitantes (1808) para cento e doze mil
(1821);
Suas funções comerciais ampliaram-se, já que o porto do Rio de Janeiro era o principal
escoadouro da produção da região centro-sul do Brasil...
A Corte A corte no exílio' examina a estadia da família real
no Brasil, entre 1808 e 1821. O contato entre a
elite portuguesa e a brasileira gerou mudanças
sensíveis nos costumes do Rio de Janeiro, além de
ajudar a forjar o Estado brasileiro, segundo um
modelo de manutenção de privilégios e exclusão
da população das decisões da vida nacional.
Analisa-se minuciosamente a confluência dos
interesses da sociedade fluminense -
abastada pelo lucrativo comércio do tráfico
negreiro - com a da corte portuguesa - detentora
das marcas de nobreza, mas economicamente
falida.
Cândido da Fonseca Galvão, mais
conhecido por Obá II D’África e Dom
Obá. Nasceu, possivelmente em 1845
em Lençóis, na Bahia. Filho de
Benvindo da Fonseca Galvão, africano
forro da nação iorubá. Foi um militar
brasileiro, possuía a patente de
alferes.
A SOCIEDADE ESCRAVISTA E A CONSTRUÇÃO DO
ESTADO (Cap. III)
A herança escravista deitou raízes tão profundas na sociedade brasileira que ainda hoje se fazem sentir.
Além da inabarcável contribuição da cultura negra, são exemplos importantes as fronteiras mal
delimitadas entre as esferas pública e privada e a semelhança estrutural entre ambas, principalmente
até o final do Império.
Referência aos quilombos
... os negros aquilombados representavam uma negação do sistema escravista apenas na medida em que
pretendiam fugir dele.
Não objetivaram deliberadamente subverter a ordem social, desmantelando o sistema econômico e
político e inaugurando uma nova situação.
Isso aconteceu na rebelião de São Domingos (Haiti), onde praticamente não restou branco vivo para
assistir à libertação da ex-colônia francesa no final do século XVIII.
Acontecimento que alimentou o imaginário do medo dos senhores escravistas brasileiros, temerosos dos
efeitos do “haitianismo”.
Castigo em praça pública, por J. M.
Rugendas.
Não se sustentam, portanto, aqueles princípios segundo os quais a relação entre senhores e
escravos era igualitária, de modo que aos últimos cabia a mesma autonomia que aos primeiros.
Ora, a percepção que uma sociedade tem de si não corresponde necessariamente ao que de fato
ela é. O que mal se oculta sob a ideologia do patriarcalismo é o poder que concentrava o senhor
em seu domínio, do qual a violência era algo inerente. São seus índices a baixa expectativa de
vida dos escravos, as péssimas condições de trabalho, a alimentação precária, a alta taxa de
mortalidade infantil.
PODER E FAMÍLIA
A uma tal formação social de base latifundiária e escravista,
arranjada ideologicamente como uma estrutura familiar, correspondia
outra constituição específica de poder público, onde os laços de
dependência dos familiares eram iniludíveis.
As facções políticas constituíam-se homologamente às famílias
patriarcais em todos indivisíveis, cujos membros associavam-se pôr
sentimentos e obrigações, não pôr interesses e ideias.
A sociedade política era considerada uma espécie de prolongamento
ou ampliação da comunidade privada.
O soberano era tido como o chefe de uma extensa família, pela qual
deveria zelar, buscando a felicidade geral.
O RIO DE JANEIRO
Nação e cidadania
Esse passo, no entanto, teria sido apenas o começo, o primeiro na
construção da nação.
.... reverenciado como um príncipe real por vários afro-brasileiros, escravizados ou livres que viviam nos
subúrbios da capital do Império.
.. em fins do século XIX, é pioneiros na luta pela igualdade racial no Brasil.
... escreve artigos nos jornais da corte, (defendia a monarquia brasileira), o combate ao trabalho
escravo, dentre outros assuntos;
Participava fervorosamente dos debates intelectuais do período.
Era um dos primeiros a chegar às suas audiências públicas com D. Pedro II.
Falava diretamente com o imperador sobre suas inquietações, sonhos e perspectivas.
Dom Obá atuou na campanha abolicionista e andava com farda de gala, cartola elegante, luvas brancas e
chapéu de alferes, em um período em que poucos negros andavam calçados.
A GUERRA DO PARAGUAI E OS RUMOS DO SEGUNDO
REINADO
o Império brasileiro era um estranho no ninho” em meio às repúblicas vizinhas.
Envolveu-se em conflitos com a Argentina (1827 e 1851) e com o Uruguai (1821 e 1864), alimentando
a antipatia popular e dos políticos desses países.
... o Paraguai, república que enfrentava grandes obstáculos para desenvolver-se, que desafiou seus
países fronteiriços.
Atividade Capítulo X
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