A era do espírito No dia de Pentecostes, o Espírito desceu sobre os Apóstolos e os primeiros discípulos, mostrando com sinais externos a vivificação da Igreja fundada por Cristo. “A missão de Cristo e do Espírito se convertem na missão da Igreja, enviada para anunciar e difundir o mistério da comunhão trinitária”. O Espírito faz o mundo entrar nos “últimos tempos”, no tempo da Igreja, na era do Espírito. O Espírito rege a Igreja Quando dizemos que a Igreja é o “corpo de Cristo", queremos sublinhar que, através do envio do Espírito Santo, Cristo une os fiéis intimamente consigo, principalmente na Eucaristia, incorpora-os na sua Pessoa, pelo Espírito Santo, mantendo-se e crescendo unidos entre si na caridade, formando um só corpo na diversidade dos membros e funções. Além disso, pela celebração-administração dos sacramentos, o Espírito santifica a Igreja e os fiéis, fazendo com que ela continue sempre a levar as almas a Deus. Quem fundou a Igreja? A Igreja não foi fundada pelos homens. Mas também não há um momento único em que Cristo tenha fundado a Igreja, pois a fundou em toda sua vida: desde a encarnação até sua morte, ressurreição, ascensão e com o envio do Paráclito. Ao longo de sua vida, Cristo foi manifestando como devia ser sua Igreja, dispondo as coisas, umas após outras. Depois de sua Ascensão, o Espírito foi enviado à Igreja e nela permanece, unindo-a à missão de Cristo, recordando-lhe aquilo que o Senhor revelou, guiando-a ao longo da história, até sua plenitude. O Espírito é a causa da presença de Cristo em sua Igreja, pelos sacramentos e pela Palavra, e a preenche continuamente com diversos dons carismáticos. A Igreja é una "Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos” (Ef 4:5-6). Vários são os elementos da unidade da Igreja: uma única fonte (a Trindade); um único modelo (a vida íntima com Deus); um único fundador (Jesus Cristo); e uma só alma (Espírito de Deus). A expressão desta unidade espiritual é visível na própria realidade eclesial, quando todo o corpo apresenta a mesma profissão de fé e de disciplina moral; a celebração comum do culto divino, sobretudo dos sacramentos; e a sucessão apostólica, por meio do Sacramento da Ordem. (Sucessores de Pedro) A Igreja é santa A Igreja é santa, não porque seus membros sejam santos. Ao contrário, desde o início houve a consciência de que a Igreja é santa, formada por pecadores. Também não podemos pensar que na Igreja há os santos e os pecadores, dividindo-a em dois blocos: o bloco dos bons e o dos maus. Todos somos, em alguma medida, pecadores e necessitados de conversão. A santidade da Igreja vem de sua pertença a Deus que a quer como sacramento da salvação realizada por seu Filho Jesus. A presença de Jesus santifica a Igreja e o Espírito santifica os cristãos fazendo-os participar da santidade de Jesus. Santidade significa acolhida da graça de Deus. A graça é o Espírito; e o conteúdo da graça é Jesus, o Santo. A Igreja reúne pecadores perdoados, agraciados pela misericórdia de Deus que não se julgam proprietários da graça, mas reconhecem tê-la recebido como puro dom da bondade divina. A Igreja é católica A palavra “católica” significa “universal”. Quando se diz que a Igreja é católica, se quer destacar duas realidades importantes. Primeiro, ela é a resposta salvífica universal de Deus para os homens, pois possui a confissão de fé correta e reta; a vida sacramental integral e o ministério ordenado na sucessão apostólica. Dizer que ela é católica, é afirmar que ela possui todos os elementos para a salvação dos homens. A segunda razão de ela ser chamada de católica é em consequência de sua missão. Ela foi enviada por Cristo à universalidade do gênero humano: todos os homens, de todos os tempos e culturas, devem ser alcançados pelo anúncio da Boa-Nova. A expressão da universalidade da missão da Igreja pode ser encontrada no mandato missionário dado por Jesus aos seus discípulos: “E disse- lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” (Mc 16:15). A Igreja é apostólica Na leitura dos Evangelhos podemos constatar duas realidades: Jesus se apresenta como o enviado do Pai e Ele, por sua vez, envia os seus discípulos. O termo “enviado” em grego deu origem à palavra “apóstolo” em português. Por isso, a Igreja é enviada (apostólica) pelo próprio Deus em missão. Desta afirmação decorrem três realidades importantes: o testemunho dos primeiros apóstolos é a base da doutrina católica (A Igreja jamais abandona os ensinamentos dos apóstolos. A Igreja apenas os interpreta para os tempos de hoje); com a assistência do Espírito Santo, a Igreja conserva e transmite esta doutrina as novas gerações (Tradição e Sagrada Escritura); e, através do Papa e dos bispos, a comunidade eclesial continua sendo santificada, ensinada e guiada (Magistério da Igreja) até a segunda vinda de Jesus. Qual a Igreja verdadeira?! A Igreja Católica guarda a tradição dos apóstolos, através do Magistério da Igreja, que é o responsável por interpretar e nos ensinar a verdadeira fé. Ao ser ouvido e compreendido, ensina aos demais a doutrina infalível. Sua altíssima missão é proteger a seu Povo dos desvios e dos relaxamentos, e garantir-lhe a possibilidade objetiva de professar sem erro a fé autêntica. O Magistério é um instrumento que nos garante estar de acordo com a doutrina dos Apóstolos, ensinada a eles pelo próprio Divino Mestre. Portanto, a obrigação do Magistério está em cuidar que o povo de Deus permaneça na verdade. Assim, para executar este serviço, Cristo dotou os pastores do carisma da infalibilidade em matéria de fé e de costumes. Sem o Magistério, a própria Igreja, fonte da luz e da união fraterna, seria um abismo de desordem e desunião. E, como consequência, deixaria de caminhar rumo ao cumprimento do desejo de Deus: “que todos sejam um só coração e uma só alma.” (1Pd 3,8). Nós aprendemos?! • O que é a Igreja? • Por que ela é Una? • Por que ela é Santa? • Por que ela é Católica? • Por que ela é apostólica? • Existe mais de uma igreja verdadeira?