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A iniciação Cristã em Hipona.

A primeira coisa que se fazia quando uma pessoa dava seu nome para ser um
catecúmeno competente, realizar a preparação quaresmal e ser batizado na
Pascoa, era um exame do candidato. Eram examinadas as intenções do
candidato, para ver suas motivações e projetos de vida. Não sabemos como
era realizado este exame, mas sabemos que havia alguém batizado que
apresentava ao bispo o candidato, testemunhando suas boas intenções,
como um padrinho. Em sua maioria os batizados eram adultos. Mas se
batizavam também crianças.
Se não mudavam de vida, não eram admitidos ao batismo os alcoólatras,
avaros, os que eram viciados em falar mal dos outros, e os que tinham
profissões públicas consideradas imorais, como prostitutas, gladiadores,
rufiões (cafetão). Não porque a Igreja os proibia de terem acesso a Cristo,
mas porque eles, por não quererem a conversão, não queriam se aproximar
de Cristo. De Fide et operibus 31.
Admissão: dare nomem.
O processo de iniciação próxima ao batismo dava início com o rito de
dar o nome. Depois que o candidato era aceito, aprovado, recebia na
fronte a marca da cruz (signatio crucis) acompanhada por um rito de
imposição das mãos e uma oração a Deus e a Cristo.

Este rito se dava no início da quaresma. Pois a preparação era durante


toda a quaresma.
Catequeses
Os competentes deveriam participar de todas as catequeses dadas pelo
bispo durante toda a quaresma.
Como em toda a Igreja antiga, a catequese era dada diretamente pelo
bispo, durante os dias da semana da quaresma. A catequese era dada
dentro de um ambiente litúrgico, dentro de uma celebração, com
leituras bíblicas e salmos.
A catequese acontecia duas vezes por dia, as 9 da manhã e as 3 da
tarde, de segunda a sexta. A catequeses era sobre diversos temas, com
ênfase em ensinamentos morais tirados de personagens bíblicos do
Antigo Testamento. Os candidatos ao batismo deixavam seus trabalhos
e atividades durante a quaresma para se dedicarem somente à
preparação do batismo em Hipona. Se eram do campo, buscavam
hospedagem na cidade.
Jejuns e penitencias quaresmais catecumenais
Durante a quaresma os competentes faziam praticas penitenciais que
os preparavam para receberem o batismo. Para representar este tempo
de preparação.
Os competentes deveriam jejuar todos os dias da quaresma até
aproximadamente as três da tarde. Menos do domingo. Também
durante a quaresma não comiam carne nem bebiam vinho, não podiam
mudar a carne por comidas caras nem o vinho por licores caros.
Durante a quaresma, os competentes casados deviam se abster de
relações sexuais. Também participavam de vigílias de oração e se
recomendava a eles de forma especial a esmola em seu duplo aspecto
agostiniano: perdoar as ofensas e compartilhar com os mais
necessitados.
A estas práticas se uniam também muitos batizados, para combater as
tentações e como exercícios espirituais.
Outra prática era a abstenção do banho durante toda a quaresma, com
isso se buscava que o catecúmeno experimentasse em seu corpo a
miséria da condição humana e para que durante um tempo ficasse
longe das termas, que eram locais não só de limpeza do corpo, mas
também de encontros sociais, descanso e diversão.
A proibição se rompia na quinta feira santa, quando poderiam tomar
banho e assim se preparar para o batismo, tirando a sujeira do corpo
para estarem melhor dispostos para receber o batismo. Assim não
causaria estranheza para os batizandos entrarem na piscina batismal,
onde todos entravam, depois de 40 dias sem banho.
Agostinho exortava sempre, tentando animar a todos, pois sempre
alguns desistiam no meio do caminho.
Escrutínios e exorcismos
Duas semanas antes da Páscoa, os competentes passavam a noite da
sexta para o sábado em uma vigília de oração, na manha seguinte
aconteciam os escrutínios e exorcismos e a entrega do símbolo, do
creio, (Traditio Simboli),
Durante a noite os competentes rezavam e cantavam salmos, pela
manha, saiam do local oculto onde tinham passado a noite, e entravam
um a um no meio da assembleia dos batizados reunida com o bispo,
entravam com a cabeça baixa.
Logo no meio, diante do bispo, se prostravam sobre uma pele de cabra
(Cilicium).Mt 25,41-46. esta pele lembra nossos pecados sempre diante
de nós. Meu pecado está sempre na minha frente. Sal 50,5.
Escrutínio

Depois desta prostração na pele de cabra, expressão de humildade, se


examinava o corpo dos competentes. Não se sabe ao certo o que se
buscava neste exame, sabemos que buscavam tatuagens ou sinais
corporais que indicavam que a pessoa estaria sob o poder de Satanás
ou algum dos deuses pagãos da época. Em algumas religiões pagãs se
faziam marcas e tatuagens como modo de identificação com o deus
adorado. Este exame corporal era chamado de escrutínio. Se buscava
ver se os corpos dos competentes estavam isentos do influxo dos
espíritos malignos. Sermão 216,11.
Exorcismos
Depois do Escrutínio, com o catecúmeno de pé sobre o pelo da cabra,
se invocava o nome de Cristo Salvador e o da Trindade, se faziam
imprecações liturgicas verbais para a pessoa fosse libertada da
influencia do Demonio.Depois das imprecações o bispo soprava no
rosto do catecúmeno, (exsufflatio). No batismo de bebes se soprava
sobre eles. Com este gesto simbolizavam a expulsão do domínio do
demônio sobre o que vai ser batizado.
Temos vestígios deste rito antigo na oração de exorcismo que se realiza
atualmente no ritual de batismo tanto de adultos como de crianças.
Traditio Symboli et orationis
Entrega do Creio e da oração do Pai Nosso.
Depois dos escrutínios e exorcismos, diante da assembleia reunida no
sábado de manhã depois de terem passado a noite em oração. O bispo
fazia a Traditio Symboli, a entrega do Símbolo. O bispo recitava para
eles o creio, e lhes explicava parte por parte seu conteúdo, mostrando
qual era a fé da Igreja. Para os catecúmenos, isso era algo especial, pois
nunca antes tinham ouvido o creio, o Símbolo dos Apóstolos.
O verbo latino Trado significa entregar.
Os catecúmenos competentes então recebiam o Creio, escutavam pela
primeira vez, isso na segunda semana antes da páscoa. Durante esta
semana, eles deveriam guardar o Símbolo de memória, sem escrever.
No primeiro sábado antes da pascoa, acontecia o primeiro rito
chamado Redditio Symboli, o devolver o símbolo.
Neste rito o catecúmeno recitava o creio de memoria na frente do
bispo, devolvendo o creio ao bispo, mostrando ao bispo que sabe os
conteúdos da fé que dele recebeu. Esta primeira Redditio preparava a
segunda e solene Redditio Symboli que o batizando realizava na
solenidade da páscoa diante do bispo e de toda a assembleia reunida,
antes de ser batizado.
Na mesma ocasião da primeira redditio Symboli, quando o catecúmeno
devolvia o creio, o Bispo fazia para ele a Tradittio orationis, a entrega
da oração, o bispo recitava e explicava para o catecúmeno a oração do
Pai Nosso, o catecúmeno deveria guardar de memória. Diferentemente
do creio, esta oração eles já tinham ouvido e recitavam mesmo não
sendo batizados.
Tradittio e redditio Orationis
A entrega da oração dominical acontecia uma semana antes da páscoa,
em uma celebração litúrgica. Durante o rito era lido o evangelho de
Mateus 6, 7-15, Não só os competentes, como todos os batizados
participavam desta cerimonia.
O Tríduo Pascal
Quinta feira santa.

Na quinta santa os competentes interrompiam o Jejum e podiam ir aos


banhos para se prepararem para a liturgia da Páscoa. Muitos batizados
iam com os competentes aos banhos nas termas públicas. Por isso
neste dia celebravam duas vezes a eucaristia: de manhã para aqueles
que iriam aos banhos pela tarde, e ao entardecer para aqueles que
tinham feito jejum como prática penitencial pessoal até as três da
tarde.
Sábado Santo e Vigília Pascal
No Sabado Santo jejuavam todos, batizandos e batizados. Na noite
pascal, a luz dourada das lâmpadas de azeite dos fieis iluminavam a
basílica inteira. La solenidade dedicavam uma grande parte da
celebração à proclamação da palavra, como a criação em Genesis 1, a
passagem pelo mar vermelho em Ex 15, os três jovens na fornalha, do
livro de Daniel, Isaias 2 e muitas outras passagens inspiradoras.
Durante a celebração haviam três momentos importantes para a
iniciação cristã: a Redditio Symboli, a catequese batismal e a recepção
do batismo.
Redditio solemne
Neste momento cada um dos competentes, de sete anos para cima,
recitava diante de toda a assembleia o Símbolo da fé. Antes de
professar a fé, o batizando se voltava para o ocidente e renunciava a
Satanás e ao mal, depois se voltando para o oriente, o lado do por do
Sol, recitava o creio.
Ultima catequese antes do Batismo
Antes de receberem o batismo Agostinho fazia uma catequese batismal
sobre o que iriam realizar, para que possam viver com maior
profundidade.
Depois das leituras sobre o batismo e catequese do bispo, os
competentes se dirigiam ao batistério. Naquela época o batistério era
um edifício à parte da basílica, na lateral da basílica, no centro do
edifício ficava a piscina batismal, a piscina era composta por alguns
degraus, a pessoa ia descendo, aos poucos na agua, para ser batizada
no centro, depois saia pelo outro lado da piscina. Enquanto isso a
assembleia permanecia na basílica cantando salmos.
Batismo
Quando lá chegavam, o bispo abençoava a agua com o sinal da cruz.
Depois um por vez entravam na piscina, tiravam toda a roupa e
entravam nus. Para que não passassem por situações desconcertantes,
havia uma parte do batistério para os homens e outra parte para as
mulheres.
Os batizandos entravam na água descendo pelos degraus, o nível da
agua chegava mais ou menos ate á cintura na parte mais profunda da
piscina. Neste momento o ministro fazia ao batizando três perguntas
sobre a fé, e o batizando respondia creio. Depois de respondidas as
perguntas, se prosseguia com o rito de batismo, sendo submergido na
agua três vezes. Provavelmente o bispo batizava os homens e ministras
mulheres batizavam as mulheres.
Ruínas de um batistério, Mértola, Portugal.
De competentes a infantes
Depois de submergidos na agua três vezes, saiam da piscina pelo outro
lado, a partir dai eram chamados de infantes, ou seja, recém batizados
crianças na fé, porque acabaram de nascer do útero da Igreja.
Quando saiam da piscina recebiam uma veste branca, que eles usavam
durante os próximos 8 dias, durante toda a oitava da páscoa. Esta
semana era chamada semana in albis. Do latim, Album i, que significa a
cor branca. Semana vestindo a cor branca. Além disse cobriam a cabeça
com um véu brando durante toda a semana.
Depois de receber a veste branca, eram crismados pelo bispo, o óleo
abençoado se aplicava sobre a cabeça. Recebiam assim o sacramento
da confirmação logo após o batismo. Depois da unção se impunha as
mãos invocando o Espírito Santo.
Procissão dos batizados e eucaristia
Depois de batizados e confirmados, todos prosseguiam em procissão
até a basílica, onde toda a assembleia aguardava em oração e cantos.
Entravam na basílica e os infantes ocupavam um lugar especial,
delimitado, reservado aos diáconos, presbíteros e ao bispo. Perto do
altar.
Eram testemunhas de perto do que acontecia sobre o altar, na
consagração das oferendas eucarísticas. Pela disciplina do Arcano, era a
primeira vez que estavam vendo a liturgia eucarística de uma
celebração. E faziam nesta mesma celebração o que chamamos hoje de
primeira comunhão.
Semana in albis. Oitava.
Durante esta semana os infantes iam todos os dias na basílica, pela
manha e pela tarde, para participar das catequeses do bispo, vestidos
de branco e com o véu na cabeça. Os batizados também podiam
participar destas catequeses. Se sentavam junto aos clérigos no local
reservado.
De manha celebravam a eucaristia com relatos evangélicos das
aparições do ressuscitado. Terminada a celebração, o bispo se sentava
em sua cátedra e respondia a perguntas feitas pelos infantes e pelos
fieis em geral. Perguntas sobre qualquer assunto pertinente à
caminhada de fé. Pela tarde falava sobre assuntos específicos, como a
criação, sobre Jesus Cristo, sacramentos, etc.

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