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Universidade Federal da Bahia

Seminários de pesquisa e pós-graduação - SEMPPG

As epistemologias abertas em Boaventura de Sousa


Santos e Edgar Morin:
aportes de epistemologias não-cartesianas para
pesquisas em Humanidades
Gabriela Cotrim
Orientadora: Denise Coutinho

CONES: Modelagem da Complexidade em Artes,


Humanidades e Saúde
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Áreas de Atuação

Educação
Psicologia

Ensino
Teatro Dança
Extensão

Pesquisa
Epistemologia
Direito
Psicanálise
Saúde Coletiva

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Objetivos

estudar articuladamente as obras dos


epistemólogos Edgar Morin e Boaventura de
Sousa Santos.

caracterizar as contribuições que os autores


trouxeram para a construção de referenciais não-
cartesianos para a pesquisa em humanidades.

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Epistemologias não-cartesianas

As humanidades fazem parte da universidade e


nela produzem saberes, conhecimentos, técnicas e
práticas, sem necessariamente operar sob o
referencial dito científico. Como apresentar, com
rigor e fundamentação, esses objetos e métodos
complexos sem se restringir aos princípios
cartesianos?

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Trajetória do Estudo

Pierre Bourdieu
(1930-2002)
Edgar Morin
Sigmund Freud (1921)
(1856-1939)

Paul Feyerabend
(1924-1994)
René Descartes
(1596-1650)

Gaston Bachelard
(1884-1962)
Richard Rorty
(1931-2007) Boaventura de Sousa
(1940)
Linhas de Análise

Aproximação entre os conceitos de paradigma


dominante e paradigma emergente, propostos por
Boaventura e paradigma da simplicidade e da
complexidade, propostos por Morin.

O paradigma da simplicidade, proposto por Morin


para caracterizar o modelo cartesiano, já havia sido
retratado por Bachelard ao apresentar os moldes da
epistemologia não-cartesiana.
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Descartes

Modelo de racionalidade que foi marco da filosofia


ocidental dos quatro últimos séculos (racionalidade
cartesiana).

método – razão – verdade – ciências.

Preceitos: evidência, análise (divisão), ordem e


enumeração.

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Paradigma da
simplicidade

O pensamento científico clássico se edificou sobre


três pilares: a ordem, a separabilidade e a razão.

Assim, o paradigma da simplicidade da ciência


moderna é um paradigma que põe ordem no
universo e expulsa dele a desordem. A ordem reduz-
se a uma lei, a um princípio (MORIN, 2001, p. 86).

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De Bachelard a Morin - simplicidade

Bachelard (2000), ao apresentar os moldes da


epistemologia não-cartesiana visava ir além dos
limites dessa doutrina que concebe a natureza de
forma simples e absoluta.

Para Bachelard, o rigor determinista da ciência


moderna é inspirado pela intuição das formas
simples, assim, a concepção matemática do Mundo e
o determinismo compreendem o sentimento de
ordem fundamental. (OLIVEIRA; RODRIGUES, 2008)
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Paradigma dominante

A ciência moderna se caracteriza por se basear em


idéias claras e simples, tendo como referência as
idéias matemáticas.

O paradigma dominante se baseou em duas


premissas: “o que não é quantificável é
cientificamente irrelevante” e o método científico se
dá com a redução da complexidade. (SANTOS,
2005)
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“A fratura”

Segundo Morin (2008), “a fratura” tanto diz respeito


à cisão entre ciência e filosofia quanto à
fragmentação disciplinar que vemos tão bem
caracterizada na sistematização vigente do Ensino
Superior.

Nas humanidades, o fenômeno da fragmentação


gerou diversas psicologias, psicanálises, sociologias
(incomunicáveis e excludentes). Tais conhecimentos
ignoram o global de que fazem parte (MORIN, 2008).

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Ciências naturais X
Ciências sociais

Segundo o autor, as distinções  tão familiares e


óbvias que até há pouco considerávamos
insubstituíveis, tais como natural/artificial,
mente/matéria, observador/observado, subjetivo/
objetivo, coletivo/individual, animal/pessoa,
repercutiram nas ciências fraturando-as e fazendo
com que muitas delas, como a antropologia, e a
psicologia tivessem que se fragmentar para se
adequar minimamente ao modelo.
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Do paradigma da Simplicidade ao Dominante

Morin e Boaventura trouxeram, com suas obras, e a


partir do debate realizado por Kuhn, a idéia de que
malgrado tenha havido muitos progressos no
conhecimento, incluindo os próprios progressos
científicos, a ciência aproximou-se de um discurso
anormal, fragmentado, desconhecido e inacessível aos
próprios cientistas não especialistas no assunto.

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Paradigma da
Complexidade

A epistemologia da complexidade dispensa as noções de


fundamento e de lugar privilegiado como a epistemologia
clássica; ela não diz a verdade, mas gira em torno do
problema da verdade, passando de verdades parciais em
verdades parciais, já que nem a dúvida nem a relatividade do
conhecimento seriam passíveis de eliminação (MORIN, 2008).

“O pensamento complexo não substitui a separabilidade pela


inseparabilidade – ele convoca uma dialógica que utiliza o
separável mas o insere na inseparabilidade” (MORIN, 2000).
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Paradigma Emergente

Boaventura (1987) afirma que enquanto o conhecimento na


ciência moderna avança por especialização, uma das
características do conhecimento pós-moderno não é a
fragmentação disciplinar, mas temática.

O conhecimento científico é autoconhecimento porque o


objeto é continuação do sujeito, a ciência não descobre, cria,
e é autobiográfica, na medida em que a justificamos como
fenômeno central na contemporaneidade (BOAVENTURA,
1987).

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Paradigma Emergente

Neste sentido, Boaventura (1987) ressalta o caráter


contemplativo da ciência pós-moderna, possuidora
de uma dimensão estética, assumindo-se próxima da
criação literária e artística, como defendem
cientistas e filósofos da ciência: Poincaré, Kuhn,
Popper, entre outros.

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Do paradigma da Complexidade ao Emergente

Esse conhecimento emergente, que Boaventura


nomeia de paradigma alternativo, visa a superação de
dicotomias, a pluralidade metodológica, o
reconhecimento da totalidade do conhecimento e seu
caráter de autoconhecimento, mutidimensionalidade,
entre outros aspectos, não muito distinto do que
propõe Morin (2000) ao chamar de paradigma da
complexidade a reforma no modo de pensar tido
como clássico.

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Considerações Finais

Tanto Morin quanto Boaventura, respaldados em


Thomas Kuhn, nos alertam para a mudança
paradigmática do conhecimento, propondo um
conhecimento emergente que traz as noções de
complexidade, singularidade dos objetos de estudo e
não-universalidade como referências para propor
novas formas de ver a pesquisa, a docência e o atuar
do cientista.

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Resultados Gerais

Ingresso no Grupo Pragmatismo e Direitos Humanos da


UFAL (cadastrado no CNPQ)
http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?gru
po=0331601GS19ICL

Realização de apresentações sobre os autores no âmbito


do grupo, disponíveis em:
http://www.scribd.com/Gabriela%20Cotrim

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Resultados

Publicação de Artigo
FIAES, C. S. ; Marques, R. L. ; COTRIM, G. S. ; Bichara, I. D.
Gênero e Brincadeira em Parquinhos Públicos de Salvador (BA).
Interação em psicologia, v. 14, n. 1, 2010. p. 31-41.

Submissão de Artigo
Bichara, I. D.; Modesto, J. G. N.; França, D. A.; Medeiros, S. S. &
Cotrim, G. S. Espaços externos para brincar: o olhar das crianças
através de fotos. Psicologia: Teoria e Prática (submetido).

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Resultados

Apresentação de pôster:
Produção Artística
Referências
BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Trad. Juvenal Hahne Júnior. Rio de
Janeiro:Tempo Brasileiro, 2000.
BACHELARD, Gaston. A filosofia do não: filosofia do novo espírito científico. Trad. Joaquim
José Moura Ramos. 6. ed. Lisboa: Presença, 2009.
COUTINHO, Denise; SANTOS, Eleonora. Epistemologias não-cartesianas na interface artes-
humanidades. Repertório. Teatro & Dança, Salvador, ano 13, n. 14, 2010, p. 65-73.
DESCARTES, René. Discurso do Método para bem conduzir a própria razão e procurar a
verdade nas ciências. Trad. Jacob Guinsburg e Bento Prado Jr. (S/D). Disponível em:
http://www.consciencia.org/o-discurso-do-metodo-rene-descartes. Acesso em: 15 jul. 2008.
DESCARTES, René. Meditações: acerca da filosofia primeira nas quais se prova claramente a
existência de Deus e a distinção real entre a alma e o corpo do homem. São Paulo: Martin
Claret, 2008.
LEBRUN, Gérard. A filosofia e sua História. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. Trad. Beatriz Boeira. São Paulo:
Perspectiva, 1997.
MORIN, Edgar. O método 3: o conhecimento do conhecimento. 4. ed. Porto Alegre: Sulina,
2008.
MORIN, Edgar. Meus demônios. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

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Referências
MORIN, Edgar. O Pensar Complexo: Edgar Morin e a crise da modernidade. Rio de Janeiro:
Garamond, 1999. Disponível em:
http://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=t3OeE2T10ysC&oi=fnd&pg=PA21&dq=morin+epistemologia&ots=xilTjbR_0x
&sig=H
7zKWN_aF1jh4BUPbvktM0G3UWc#v=onepage&q=morin%20epistemologia&f=false.
Acesso em: 19. jul. 2010.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. 3. ed. Porto Alegre: Sulina, 2007.
MORIN, Edgar; Le Moigne, Jean-Louis. A Inteligência da Complexidade. São Paulo:
Petrópolis, 2000.
OLIVEIRA, Caroline; RODRIGUES, Victor. Gaston Bachelard e Edgar Morin: diálogos sobre
a complexidade. Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient, Furg, v. 20, 2008.
POPPER, Karl. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 1972. Disponível em:
http://www.scribd.com/doc/13405849/Popper-Karl-A-Logica-Da-Pesquisa-Cientifica. Acesso
em: 15 jul. 2010.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um Discurso sobre as Ciências. São Paulo: Cortez, 2005.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Introdução a uma Ciência Pós-Moderna. Rio de Janeiro:
Graal, 1989.
SANTOS, Boaventura de Sousa (Org). Conhecimento prudente para uma vida decente: um
discurso sobre as ciências revisitado. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
http://blogcones.wordpress.com/

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