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A SUPERVISÃO EDUCATIVA, O

SUPERVISOR E O DOCENTE

Por: Hélder Wafunga

BENGUELA, Novembro de 2010


SUPERVISÃ
O
Alarcão e Tavares (2007) definem Supervisão de professores como o
“processo em que um professor, em princípio mais experiente e mais
informado, orienta um outro professor ou candidato a professor no seu
desenvolvimento humano e profissional”

É uma actividade de assessoria e monitorização da actividade do professor


no sentido de melhorar o seu desempenho profissional e, consequentemente a
qualidade do processo de ensino/aprendizagem, através de procedimentos de
reflexão e experimentação.

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Supervisão Pedagógica
A Supervisão tem como objectivo principal o desenvolvimento profissional do
professor, devendo estar presente em todas as etapas da sua formação:
 Formação inicial,
 Formação contínua.

No âmbito do plano mestre de formação de professores, a supervisão pedagógica


tem como objectivo fundamental a introdução de correcções no processo ensino-
aprendizagem, com base na auto-reflexão e na auto-avaliação.

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Supervisão Pedagógica
Para quê?
 Promover a alteração de concepções e processos de pensamento.

 Proporcionar condições para os professores reflectirem sobre as suas práticas.


 Promover a aquisição e o aperfeiçoamento de competências de ensino.
 Promover a colegialidade, um espírito de abertura, e a comunicação entre os
professores.
 Reduzir a ansiedade e o mal estar profissional.
 Promover a autonomia e o desenvolvimento pessoal.
 Modificar atitudes.
 Melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem

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Intervenientes no processo
No processo de Supervisão intervêm os seguintes elementos:

 O Supervisor
 O Docente ou candidato a professor

O Supervisor propõe e participa na execução de políticas educacionais sendo, ao


mesmo tempo, elemento de articulação e de mediação entre essas políticas e as
propostas pedagógicas desenvolvidas nas escolas.

O supervisor tem como primeira meta facilitar o desenvolvimento


do professor, mas ao fazê-lo, também o supervisor se desenvolve
porque aprende ensinando; por outro lado, o desenvolvimento
profissional do professor tem por objectivo a aprendizagem e o
desenvolvimento dos alunos.

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Professor

Melhoria das
aprendizagens
dos alunos

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O Supervisor
Na visão de Alarcão e Tavares (2003), os objectivos de um supervisor devem
apontar para desenvolver nos formandos as seguintes capacidades e atitudes:

1. Espírito de autoformação e desenvolvimento;


2. Capacidade de identificar, aprofundar, mobilizar e integrar os
conhecimentos subjacentes ao exercício da docência;
3. Capacidade de resolver problemas e tomar decisões esclarecidas e
acertadas;
4. Capacidade de experimentar e inovar numa dialética entre a prática e a
teoria;
5. Capacidade de reflectir e fazer críticas e autocríticas de modo
construtivo;

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O Supervisor

6. Consciência da responsabilidade que cabe ao professor no sucesso, ou


no insucesso dos seus alunos;
7. Entusiasmo pela profissão que exerce e empenhamento nas tarefas
inerentes;
8. Capacidade de trabalhar com os outros elementos envolvidos no
processo educativo

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CARACTERÍSTICAS DO SUPERVISOR

Mosher e Purpel (1972) identificam seis áreas de características que o supervisor


deve manifestar:
 sensibilidade para se aperceber dos problemas e das suas causas;
 capacidade para analisar, dissecar e conceptualizar os problemas e
hierarquizar as causas que lhes deram origem,
 capacidade para estabelecer uma comunicação eficaz a fim de perceber as
opiniões e os sentimentos dos professores e exprimir as suas próprias opiniões
e sentimentos;

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CARACTERÍSTICAS DO SUPERVISOR

 competência em desenvolvimento curricular e em teoria e prática de ensino;


 skills de relacionamento interpessoal;
 responsabilidade social assente em noções bem claras sobre os fins da
educação

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CARACTERÍSTICAS DO SUPERVISOR

Outras características menos gerais, destacadas por vários autores são as seguintes:
 Capacidade de prestar atenção e saber escutar,
 Capacidade de compreender, de manifestar uma atitude de resposta adequada,
 Capacidade de integrar as perspectivas dos formandos,
 Capacidade de buscar a clarificação de sentidos e a construção de uma
linguagem comum,
 Capacidade de comunicar verbal e não verbalmente,
 Capacidade de parafrasear e interpretar, de cooperar de interrogar

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Competências do Supervisor

A tarefa complexa do supervisor desenvolve-se, pois, em duas dimensões


fundamentais:
• a dimensão analítica, referente aos processos de operacionalização da
monitorização da prática pedagógica;
• a dimensão interpessoal, relativa aos processos de interacção entre os
sujeitos envolvidos.
Estas dimensões interpenetram-se de tal modo que não é possível desenvolver
uma independentemente da outra, considerando-se, no entanto, que a dimensão
interpessoal exerce um papel regulador no processo de supervisão.

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Competências do Supervisor

No contexto de uma perspectiva colaborativa do papel do supervisor,


poderemos definir as suas competências e funções, exercidas por referência a
três áreas de reflexão / experimentação:
- área da supervisão;
- área da observação;
- área da didáctica.
1. Área da supervisão – refere o processo de monitorização da prática nas
dimensões analítica e interpessoal. Inclui (a) as regras e os princípios da
supervisão; (b) os papéis do supervisor e do professor na relação de
supervisão; (c) os estilos e modelos de supervisão; (d) a sua operacionalização

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Competências do Supervisor

2. Área da observação – refere o processo de observação como estratégia de


formação, ainda que este possa ser considerado parte integrante da área de
supervisão. Inclui aspectos referentes às finalidades, objectos e formas de
observação da prática pedagógica.

3. Área da didáctica – refere o campo especializado de


reflexão/experimentação do professor. Inclui aspectos relativos ao processo
de ensino-aprendizagem de uma dada disciplina em contexto escolar
(planificação, execução e avaliação) e abrange o conhecimento dessa
disciplina.

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Funções do Supervisor

1. Informar – fornecer informação, relevante e actualizada, no âmbito das três


áreas, em função dos objectivos e necessidades de formação dos professores
(supervisor enquanto pessoa informada).
2. Questionar – problematizar o saber e a experiência: colocar em questão o que
parece óbvio, interrogar-se sobre a realidade do que observa, equacionar os
problemas da prática, confrontar opções alternativas (supervisor enquanto
prático reflexivo, encorajando o professor a assumir uma postura reflexiva).

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Funções do Supervisor

3. Sugerir – a partir da informação e da problematização, propor ideias,


práticas e soluções.
4. Encorajar – no âmbito do relacionamento interpessoal, o encorajamento
assume um papel inestimável na relação de supervisão.
5.Avaliar – avaliar, no sentido lato do termo, fazer juízos de valor. A avaliação,
enquanto processo formativo e não de classificação.

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Actividades do supervisor

Para a realização dessas funções, o supervisor deverá realizar as seguintes


actividades:
 Observar o funcionamento da escola e as práticas em salas de aula;
 Realçar os pontos fortes das aulas;
 Identificar as dificuldades e diagnosticar as necessidades de formação dos
professores;
 Ajudar o professor a planificar, preparar e animar as actividades pedagógicas
com base nos recursos disponíveis;
 Ajudar o professor a consciencializar-se dos pontos fortes e dos aspectos a
serem melhorados nas suas práticas;
 Analisar as aulas numa perspectiva reflexiva;

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Actividades do Supervisor

 Apoiar o professor na construção de instrumentos de regulação,

 Organizar e planificar o processo de avaliação;


 Diversificar as metodologias transformando a actuação dos professores de
acordo com os diferentes cenários da aula;
 Transferir as aprendizagens realizadas;
 Estabelecer a ligação entre o director e os professores;
 Informar ao director da escola e aos superiores hierarquicos sobre os
resultados da supervisão;
 Dar o feedback ao professor como forma de melhorar o seu desempenho

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Relação Supervisor/professor

Entre esses dois elementos deverá existir uma relação de colaboração, na medida
em que, da mesma forma que o supervisionado (professor ou candidato a
professor) aprende com o supervisor, o inverso também acontece.
O professor deverá fornecer ao supervisor todas as informações necessárias para
o bom andamento da supervisão.

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O ciclo de Supervisão

Encontro de Observação
pré- propriamente
observação dita

Encontro de
Pós-
observação

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Fases do ciclo de supervisão

Encontro pré-observação
a) Ajudar o formando na análise e tentativa de resolução dos problemas ou
inquietações que se lhe deparam; clarificar as tarefas de ensino (objectivos,
estratégias); decidir que aspectos vão ser observados; antecipar possíveis
problemas de aprendizagem.
b) Feedback da planificação das aulas a observar; clarificar que aspectos irão
ser observados e estratégias a utilizar.
c) Contribui para aumentar o grau de confiança do formando, quando assente
num clima de colaboração e inter-ajuda.

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Fases do ciclo de supervisão

Observação propriamente dita

Observação – Conjunto de actividades destinadas a recolher dados e informações


sobre o que se passa no processo de ensino-aprendizagem com a finalidade de,
mais tarde, proceder a uma análise do processo .

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Fases do ciclo de supervisão

Encontro pós-observação
 Supervisor, professor e outros colegas que tenham observado, analisam o que
aconteceu durante a aula
 O professor deve reflectir sobre o seu “eu”
 Faz-se a análise dos pontos sobre os quais se decidiu centrar a observação, de
acordo com as necessidades do formando
 Discute-se a relação entre intenções e realizações, procurando identificar os
aspectos a modificar e conducentes ao novo plano de acção a executar
 São definidos novos objectivos e estratégias de ensino e de observação,
podendo coincidir este encontro com o de pré-observação.

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Relação Supervisor/Professor

Blumberg (1980) definiu quatro tipos de relação Supervisor/professor, com base


nas percepções que os professores têm da sua relação com os supervisores:
• Uma relação muito directa e muito indirecta – em que o supervisor tanto
se socorre de afirmações e críticas suas como faz perguntas e escuta o
professor;
• Uma relação muito directa e pouco indirecta – em que o supervisor faz
afirmações e críticas sem praticamente fazer perguntas ou prestar atenção às
poucas respostas possíveis;

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Relação Supervisor/Professor

• Uma relação pouco directa e muito indirecta – em que o supervisor presta


atenção ao que o professor diz, deixa-o falar, faz-lhe perguntas, aproveita as
ideias que ele apresenta e não passa em claro os sentimentos que manifesta;
• Uma relação pouco directa e pouco indirecta – em que o supervisor assume
um papel passivo.

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Relação Supervisor/Professor

Muito Indirecta Pouco Indirecta

Muito Directa a (2) b (4)

Pouco Directa c (1) d (3)

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Concluindo
Numa realidade como a nossa, em que existem professores sem agregação
pedagógica, professores com agregação pedagógica mas que leccionam
disciplinas diferentes da sua área de formação e ainda professores que
perderam a motivação para a profissão, a Supervisão pode ser um instrumento
para garantir a melhoria da formação contínua dos professores e assegurar que os
mesmos coloquem todo o seu saber científico para melhorar a aprendizagem dos
alunos.

Na formação inicial, nas Escolas de Formação de Professores, a Supervisão


permitirá garantir melhor qualidade dos professores formados nessas escolas e,
consequentemente, melhores professores para as nossas escolas

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Numa sociedade em constante mudança é preciso que os professores não
adormeçam sobre os conhecimentos que adquirem durante a sua formação
inicial.
É preciso que se actualizem constantemente, tanto sobre os conhecimentos
inerentes à disciplina que leccionam como também das metodologias de ensino,
para promover uma aprendizagem eficaz nos seus alunos.

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Os supervisores do ensino terão que ir ao baile e conduzir a dança.
(Harris, 2002)

MUITO OBRIGADO

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