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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO

GRANDE DO SUL
UNIDADE DE SÃO LUIZ GONZAGA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM
PEDAGOGIA-LICENCIATURA
DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA
SEMESTRE: 2º
PROFESSOR: JORGE MOLINA
ALUNO: ELIÉZAR BENAIA,
ELISANDRA, LIDIANE BARBOSA E
MARILIANE
SOBRE “CLASSES POPULARES” NO
PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
BRASILEIRO

Trabalhadores, operários,
subalternos,populares,habitantes de periferias,
favelas e subúrbios, migrantes, mobilizados em
sindicatos e participantes de movimentos sociais
urbanos como um corpo de pessoas e grupos que,
juntos, formam para o pensamento sociológico
uma “categoria”, uma “estrutura” ou uma “prática
coletiva” no interior de relações com outros grupos
que lhes são antagônicos.
AS REPRESENTAÇÕES INSTITUÍDAS

Na linguagem de alguns autores ,como Oliveira


Vianna, Azevedo Amaral e Alberto Torres.
Articulada pela visão de uma sociedade
fragmentada e tendendo a decomposição diante
dos imperativos históricos de mudança social, esta
representação do “povo” e do “caráter popular”
brasileiro inventou uma fórmula que fez eco por
todo o pensamento intelectual do século.
ALGUNS TRAÇOS QUE PERDURARAM
NA FIGURA CONTRUÍDA DAS CAMADAS
POPULARES:

A heterogeneidade de sua composição, que


impediria qualquer construção ordenada sobre sua
identidade como povo único e singular;
O efeito nefasto que esta heterogeneidade
provocaria sobre a capacidade de ação política
coletiva popular, exigindo uma intervenção de fora
que incorporasse e organizasse este povo disperso;
A falta crônica de aptidão para a coletivização que
este povo sofreria, pois os grupos que o
compõem seriam carentes de integração entre si
e com o resto da sociedade, portanto, sem
vocação para a solidariedade e para a
universalidade.
Para Oliveira Vianna, a diversidade do povo
brasileiro é algo que impossibilitaria, a
participação social e política popular nos destinos
da sociedade.
Tratava-se de grupos fragmentados e dispersos,
divididos,sem comunicação interna real e sem um
sentido coletivo solidário.
Esta diversidade dos grupos sociais é interpretada
como imatura diante da urgente necessidade que
tem a sociedade brasileira de construir um “ideal
coletivo, em torno do qual gravitem as energias
nacionais numa popularidade espontânea e
consciente”.
Por esse motivo essa construção deveria vir de
fora, pela “ação lenta e continua do Estado”.
O movimento operário que se desenvolveu na
Primeira Repùblica não era muito entusiasmado
com a classe que tentava organizar.
Os socialistas parecem mais desanimados do que
todos perante a imagem de uma classe
heterogênea.
Os comunistas viram um país sem tradição de luta
proletariana.
O analfabetismo, a ignorância integral das massas
mantêm-nas longe do contato das correntes
contemporâneas de reinvindicação social.
Ao que tudo indica, as camadas
populares apareceram na academia
através da temática da modernização,
que exprimia, nos anos 50, a sensação
coletiva de uma transição entre uma
sociedade pobre, atrasada e desigual
para uma sociedade industrializada,
urbanizada e universal.
Produzindo a célebre imagem dos
“dois Brasis”.
Juarez Rubens Brandão Lopes, Alain Touraine,
Fernando Henrique Cardoso, Leôncio Martins
Rodrigues, José Albertino Rodrigues e Azis Simão,
foram os autores que construíram a imagem
sociológica e política dos trabalhadores brasileiros
urbanos e fabris como classe social.
Montaram uma imagem de classe trabalhadora
que se tornou paradigmática como representação
de um sujeito, cujo traço distintivo é a sua
negatividade, isto é, a falta de uma identidade
social e política coletiva, a falta de uma coerência
e racionalidade objetiva no processo de produção,
a falta de uma consciência adequada de classe, a
falta de autonomia mínima de movimentação
coletiva solidária.
Os trabalhadores só se fixam na cidade e no
trabalho assalariado pelos mecanismos alheios ao
espaço da produção industrial, como o são a
família, o casmento e a moradia.
A incapacidade de uma forma de atuação política
e coletiva “adequada à situação de classe” é
explicado pela debilidade da industrialização
brasileira, desigual em sua implementação e sem
poder homogeneizador das relações sociais
industriais.
O peso da movimentação coletiva operária
sempre fraco ou derrotado, devido a
heterogeneidade de suas bases. Por isso foi tão
importante e poderosa a intervenção do Estado
para que houvesse uma transformação histórica.
O Estado é o que torna a classe dominante apta a
sua tarefa histórica quando disciplinou as relações
entre as classes sociais
AS REPRESENTAÇÕES INSTITUINTES

A crítica ao paradigma do Estado enquanto campo


de constituição das classes existiu variável e
parcialmente em trabalhos das décadas de 60 e
70, mas o caminho para uma nova reflexão tem
seu ponto de partida no pós-68.
Busca-se a ruptura com a idéia de que a
concepção da sociedade decorria da concepção
do Estado.
Na década de 70 inúmeros estudos serviram a
dinâmica da reprodução capitalista a partir dos
seus elementos internos, repensaram a questão
do Estado e do autoritarismo, reavaliaram a
história recente dos mecanismos e canais de
participação oferecidos pelo Estado, repensaram a
“eterna exclusão” a que foi submetida a classe
operária.
Este é um movimento em pleno andamento até
hoje, vacilante e de contornos indefinidos,
incompleto, e parcial no conjunto da produção das
ciências sociais, onde se enfrenta com as
interpretações que procuram refundar – nas novas
condições – a imagem das classes populares
determinadas pelo Estado.
Rompe-se a figura de “classe atrasada” e
“pouco adequada”.
Francisco Weffort, procura pesquisar o significado
criativo das açõese dos atores sociais.
A antropologia, através do mtrabalho de Sérgio Leite
Lopes examina o modo pelo qual as categorias e
práticas que lhes são impostas por eles reinterpretadas.
Também procurou analisar estratégias de vida
elaboradas por famílias operárias.
O espaço fabril começa a deixar de ser visto como
nebulosa precondição, abstrata e sempre igual, da
constituição da classe, para ser um espaço de
enfrentamento onde se constitui a classe na
especificidade de cada condição.
Os historiadores através principalmente de C. Vesentine
e E. De Decca e estimulados pelo trabalho de Marilena
Chauí, apontando as armadilhas do imaginário que se
institui como história “eficaz” ela mostra como os
processos vividos da classe aparecem pelo filtro da
lógica do poder exatamente para dela desaparecerem,
como ineficazes.
A irrupção grevista de 1978 apareceu como um
acontecimento que consagrava as novas interpretações,
contrariando o imaginário instituído sobre a classe.
Foi um processo de desmascaramento da ideologia
dominante dos últimos anos.
Visto como o acontecimento político mais importante
daquele ano.
Os sindicatos e as fábricas, as comunidades de
base e as diversas organizações de bairros,
movimentos de mulheres, de negros, partidos
políticos.
A diversidade aqui não é sinal de carência ou
obstáculo, ma expressão de forma fragmentária
de constituição desses sujeitos.
São os atores sociais em movimento, porém surge
aqui um segundo desdobramento. Que os atores
descobertos em suas práticas contituídas, não são
qualificados em função de sua capacidade de
seinscreverem na lógica instituída.
Os trabalhadores e os movimentos populares
como um conjunto de pessoas e grupos que têm
algo em comum é, na verdade, o extraordinário
momento de lutas múltiplas que emergiram depoi
de 78.
Os pesquisadores das ciências sociais dos anos
80 se viram diante de um momento político
marcado por movimentos vários de luta contra
opressões diversas. Saindo de cena os atributos
de alienação e heteronomia(ausência de
autonomia) tradicionalmente atribuídos aos
trabalhadores.

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