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UNIDADE 6

Economia
Internacional II

AULA 8
As tensões crescentes no Sistema Monetário Internacional

A Pax americana começou a desmoronar nos anos 60, não devido a seus
defeitos, mas em virtude de seu próprio sucesso.

Para que o sistema imaginado em Bretton Woods funcionasse, os EUA tinham


que exportar liquidez em dólares para o resto do mundo, em troca de manter um
persistente e crescente déficit em seu balanço de pagamentos.

Boa parte do déficit norte-americano destinava-se a financiar a reconstrução da


Europa e do Japão mediante investimentos privados de multinacionais
americanas e empréstimos governamentais para a renovação de infra-estruturas.

Embora o saldo da conta comercial continuasse favorável aos EUA, a saída via
assistência militar, IED e ajuda externa deixava o total do Balanço de
Pagamentos negativo.
As tensões crescentes no Sistema Monetário Internacional

O resultado de toda a ajuda dada pelos EUA foi um “mundo no qual o poderio
americano já não era tão imenso e a liderança americana deixou de ser
indiscutível”.

O bom funcionamento do sistema financeiro internacional dependia da confiança


depositada no dólar e essa confiança era adquirida de duas maneiras:

1. Através da repatriação de dólares em poder de governos e bancos estrangeiros


mediante exportações americanas; ou
2. Pela conversão de dólares em ouro.

Até fins da década de 50 os EUA conseguiram produzir os excedentes comerciais


necessários para garantir os acordos de Bretton Woods. Quando a Europa se
recuperou, as exportações dos EUA caíram e eles precisaram vender seu estoque
em ouro.
A crise no mercado de ouro
A corrida dos europeus em busca de ouro e a luta dos americanos para conservá-
lo em seu poder indicava a existência de grave fratura no sistema de Bretton
Woods.

Quanto mais dólares eram retidos no exterior maior era o perigo de que esse
“excedente” provocasse algum dia um movimento especulativo contra o dólar.

A solução para aliviar esse problema era o ouro, que os americanos deveriam
trocar ao preço de US$35 a onça. Os EUA honraram seu compromisso com o
mundo durante algum tempo. O problema era que, no final dos anos 50, os EUA
exportavam dólares a um ritmo cada vez mais intenso.
A crise no mercado de ouro
Finalmente, em 1958, pela primeira vez, o montante em dólares em poder de
estrangeiros ultrapassou o valor do estoque de ouro conservado em Fort Knox.
Assim, o mecanismo das vendas de ouro se tornara obsoleto.

Em 1959, os EUA registraram o segundo pior (o primeiro foi em 1950, por


ocasião da Guerra da Coréia) balanço de pagamentos desde o fim da Segunda
Guerra Mundial.

Em 1960, surgiram rumores de que os EUA seriam forçados a alterar o preço do


ouro – ou seja, o dólar teria de ser desvalorizado – a fim de restaurar a
competitividade de suas exportações. Uma desvalorização do dólar então seria
desastrosa considerando que grande parte das reservas do mundo era em dólar.
A crise no mercado de ouro
Cronologia dos movimentos especulativos contra o dólar:

• 1950/1955 – dos US$ 23 bilhões em ouro que os EUA possuíam


em 1950, só US$ 1 bilhão foi gasto até 1955;
• 1955/1960 – o estoque de ouro dos EUA declinou em US$ 4
bilhões. Só em 1959 os EUA perderam 10% do seu
estoque de ouro.
• Outubro de 1960 – apenas algumas semanas antes das eleições
norte-americanas o preço da onça de ouro
no mercado livre alcançou a casa dos
US$40.

John Kennedy foi eleito, em 1960, prometendo fazer com que a economia norte-
americana voltasse a funcionar, ou seja, prometendo o pleno emprego. Mas,
como restaurar a economia interna sem causar novas rupturas nos acordos
monetários de Bretton Woods.
A crise no mercado de ouro
Na década de 1960, em ambos os lados do Atlântico, as opiniões se dividiram
quanto à cura para a crise monetária internacional:
• Os EUA queriam conservar o sistema existente restaurando a sua posição
comercial e reduzindo a saída de dólares;
• A maioria dos países europeus queriam encontrar uma nova moeda de reserva
a ser acrescentada ao dólar em vez de fortalecer a economia norte-americana;
• Os franceses, em especial, preferiam dobrar o preço do ouro, o que teria
enxugado o excesso de liquidez de dólares mais depressa e transferido mais
ouro das mãos dos EUA para as mãos dos europeus.

Os EUA tentaram deter a saída de dólares de duas formas:


1. Pressionando a Europa a comprar mais produtos americanos;
2. Propondo que os europeus arcassem com uma parte maior dos custos
militares da OTAN.
A crise no mercado de ouro
Kennedy tentou resolver o problema da saída de dólares através:
1. De um dispositivo chamado operantion twist – as taxas de juros eram
aumentadas para investimentos financeiros a curto prazo e permaneciam
baixas para investimentos à longo prazo.
2. De uma medida chamada de Imposto de Equiparação de Juros – impunha
uma taxa extra sobre empréstimos tomados por governos e firmas
estrangeiros nos mercados de capital norte-americanos e sobre a compra de
ações estrangeiras por cidadãos americanos. Isso tornava mais cara a saída de
dólares dos EUA.

Do ponto de vista multilateral:


1. Não houve acordo quando aos gastos da OTAN, nem quanto à redução das
barreiras comerciais e nem quanto à nova moeda;
2. Mas os países industrializados concordaram em expandir os recursos do FMI e
promover a estabilidade do ouro e do sistema;
3. As subscrições de capital para o FMI foram aumentadas.
A crise no mercado de ouro
A partir de 1966 a tensão retorna devido à:
• Guerra do Vietnã – contribuiu para a instabilidade monetária internacional;
• Corrida do ouro (1967/1968) – orquestrada pelos franceses que queriam um
padrão-ouro puro, e exclusivo, no qual todas as contas seriam saldadas em
ouro sem o uso de qualquer moeda. Desde 1963 eles já vinham trocando seus
dólares e a partir de 1965 anunciaram que não guardariam mais dólares. Em
1968 o estoque de ouro dos EUA era de apenas US$10 bilhões, considerado o
mínimo necessário para resguardar o sistema de Bretton Woods.

Para manter a pressão contra os EUA os franceses precisavam de um fluxo


contínuo de dólares para a França (que eram usados na troca por ouro) ou do
apoio de outros países. Embora não tenha recebido o apoio esperado de Gaulle
foi beneficiado pelos gastos feitos com a Guerra do Vietnã que acabaram em
mãos francesas.
A crise no mercado de ouro
Em 1968 Johnson anunciou uma série de medidas contra a saída de dólares que
incluíam:
• Não fazer novos investimentos na Europa e diminuir os investimentos feitos
em outros países (Canadá, Japão, Austrália) em até 65% do que eram em
1965/66;
• Promover as exportações americanas mediante programas especiais de
empréstimos;
• Submeter os turistas a controles cambiais;
• Novas restrições contra a concessão de empréstimos fora do país por bancos
americanos;
• Redução dos custos de manutenção dos militares no exterior (eliminação de
bonificação para por dependentes).

Do ponto de vista multilateral se criou uma nova unidade de reserva chamada


Direito Especial e Saque (DES) que eram créditos contra os quais os países
membros poderiam sacar através do FMI.
A crise no mercado de ouro
Em 1971, Nixon tinha poucas opções além de enterrar definitivamente os acordos
de Bretton Woods. No cenário mundial:
• De Gaulle havia caído;
• Os DES substituíam os dólares em muitas operações;
• O marco alemão passou a ser cada vez mais utilizado na Europa;
• Os dólares continuavam fugindo dos EUA, em proporções cada vez maiores.

Em agosto de 1971 Nixon, finalmente, anunciou o fim do vínculo entre o dólar e


o ouro e sobre taxou as importações americanas. Estava aberto o caminho para a
desvalorização do dólar.

Em março de 1973 os últimos países que insistiam em manter câmbio fixo em


relação ao dólar e aderiram ao câmbio flutuante. Bretton Woods estava
definitivamente encerrado.

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