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Universidade de Coimbra
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação

1º ciclo de Ciências da Educação


2º ano/1º semestre
Ano lectivo de 2009/2010

`  `
   
Jbjectivos principais da unidade curricular

¦ Compreender a natureza da investigação em


educação e nas ciências sociais em geral.
¦ Conhecer os planos quantitativos de investigação.
¦ Identificar as dificuldades metodológicas inerentes
aos diferentes planos.
¦ Saber conceber e planear correctamente uma
investigação em educação, de cariz quantitativo.
¦ Aprender a redigir com rigor um relatório científico.
¦ Ler e analisar criticamente o relato de uma
investigação científica.
£ibliografia
¦ Almeida, L. S. & Freire, T. (2003).      
   (3ª Edição). £raga: Psiquilíbrios.
¦ Ary, D. et al. (1990).          Forth Worth: Holt,
Rinehart and Winston, Inc.
¦ Fraenkel, J. R & Wallen, N. E. (2003).         
  (5th ed.). £oston: McGraw-Hill.
¦ McMillan, J. H. & Schumacher, S. (1989). ·      
    . Glenview: Scott, Foresman and Company.
¦ Moreira, J. M. (2004).        . Coimbra: Livraria
Almedina.
¦ Tuckman, £. W. (2002).     Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian.
¦ 3ieira, C.C. (1995).        

     Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade
Científica apresentadas à Faculdade de Psicologia e de Ciências da
Educação da Universidade de Coimbra.
¦ 3ogt, W. P. (1993). r ! "    !   
 "     . London: Sage Publications.
Diga se são verdadeiras ou falsas as
seguintes afirmações

¦
J conhecimento científico
possui critérios de validação
próprios.

¦ O Toda a investigação científica


em educação recorre à
manipulação de variáveis.

¦ ÿ Só se faz investigação
científica quando se altera
deliberadamente o real para se
poder observar os resultados.
Diga se são verdadeiras ou falsas as
seguintes afirmações

¦ † J erro admitido no teste


das hipóteses, na
investigação em educação, é
geralmente superior ao erro
aceite nas ciências exactas.

¦ * Toda a investigação
científica recorre à estatística
para análise dos resultados.

¦ š Só é cientificamente válido
o conhecimento que se pode
generalizar para grandes
populações.
Diga se são verdadeiras ou falsas as
seguintes afirmações

¦ ± Na investigação em educação
estudam-se sempre grandes
amostras.

¦ o As técnicas utilizadas para


recolha de dados são sempre
estruturadas de forma a reduzir o
erro.

¦  J investigador deve sempre


manter um papel distante dos
sujeitos de forma a não enviesar as
respostas obtidas.
Diga se são verdadeiras ou falsas as
seguintes afirmações
¦
 Todo o processo de
investigação em ciências sociais e
humanas começa com a
formulação de hipóteses.

Há estudos científicos que se


debruçam sobre um sujeito (ou
sobre um caso) apenas.

¦
O A entrevista aberta e
desprovida de um guião
previamente estruturado não pode
ser considerada uma técnica
científica de recolha de dados.
Diga se são verdadeiras ou falsas as
seguintes afirmações
13. Só se devem publicar os artigos
científicos quando se aceitam as
hipóteses formuladas.

14. É do tamanho das amostras


estudadas que depende a
possibilidade de generalização dos
resultados para a população.

15. Na investigação científica, é


eticamente reprovável pagar às
pessoas para recorrerem riscos
superiores aos que correriam na sua
vida normal.

16. Toda a investigação científica deve


ser conduzida tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida das
pessoas envolvidas.
˜
     
  

¦ Segundo uma notícia


¦ Js cientistas que da revista americana
estudam os  (17/01/05), as
crianças expostas a
efeitos nefastos altos níveis de fumo
do uso de armas de tabaco
químicas em apresentam, em
cenários de média, 7 pontos a
guerra, que tipo menos nos testes de
de investigação QI (inteligência) do
poderão fazer? que as restantes
De que tipo de crianças não
expostas. De que tipo
estudo se trata?
de estudo se trata?
˜
     
  

¦ Numa investigação feita ¦ Com o intuito de


num galinheiro descobriu- conhecer as razões
se que as galinhas
produziam mais ovos se que levam as pessoas
estivesse presente um galo. a entrarem em grupos
Para tal, dividiu-se ao de auto-ajuda, um
acaso em dois grupos uma investigador decidiu
amostra de 100 galinhas enviar um questionário
semelhantes, tendo-se
criado situações idênticas por correio a uma
para ambos os grupos grande amostra de
durante uma semana, com residentes na zona de
excepção da ausência do Coimbra. De que tipo
galo num deles. De que tipo de estudo se trata?
de estudo se trata?
˜
     
  

¦ Sabendo-se do efeito ¦ Uma equipa de


investigadores suecos
dos cães da raça decidiu analisar à luz da
Lavrador sobre as ciência o beijo µà
crianças com francesa¶, como forma de
promover a higiene oral,
necessidades mas o resultado não
educativas especiais, poderia ser mais
um criador decidiu testar desencorajador: durante o
apaixonado acto são
a eficácia dos seus trocados mais de 40 mil
animais, pondo-os ao parasitas, 250 tipos de
serviço de uma bactérias, 0.70g de
proteínas, 0.45g de
instituição de crianças gordura e 0.19g de outras
autistas. Que tipo de substâncias orgânicas.
estudo poderia fazer-se? Que tipo de estudo foi
feito neste caso?
  
  
 
 
  Oo 
  

¦ Um laboratório português decidiu testar a eficácia de um medicamento


para a tensão arterial e pediu às farmácias que o vendem que
identificassem os compradores e lhe pedissem o nº de telefone. Posto
isto, os doentes foram divididos ao acaso em 2 grupos: um dos grupos
recebia diariamente uma sms a lembrar a toma do medicamento a uma
determinada hora e ao outro grupo nada era dito. No final do estudo
compararam-se os ganhos obtidos em ambos os grupos, ao nível da
melhoria da tensão arterial.

  !
i Como se caracteriza este estudo?
i Levanta questões de natureza ética?
i Que características deveriam ter os grupos em comparação?
i Qual o grau de confiança que poderíamos depositar nos
resultados? Porquê?
Investigação Quantitativa e Investigação Qualitativa:
Uma possível comparação em nove tópicos

¦ £ase filosófico-epistemológica
¦ Jbjectivos da investigação
¦ Processo de investigação
¦ Métodos (planos) utilizados
¦ Papel do investigador
¦ Importância conferida ao contexto
¦ Técnicas utilizadas para a recolha dos dados
¦ Tipo de análise dos dados
¦ Grau de interesse para o conhecimento científico
i Fonte: McMillan e Schumacher, 1989, pp. 14-15.
˜"
   # 
 
$ 


¦ A. Conhecimento religioso

¦ £. Conhecimento de senso comum

¦ C. Conhecimento literário/poético
`   
 

$ 

#
¦ 
i Js dados são recolhidos directamente do real
através dos sentidos (audição, visão, etc.)
¦ ˜  
i Tem a capacidade de se corrigir a si próprio e é com
base nesse pressuposto que o investigador
trabalha.

¦ ³Truth in science can be defined as the working


hypotesys best suited to open the way to the next better
one.´
¦ Konrad Lorenz

¦ ³A ciência não tem qualquer base de apoio firme; é como


um edifício que está sobre estacas em cima de um
pântano.´
¦ Carl Popper
`   
 

$ 

#

¦ %&  
i Deve envolver consenso entre os observadores da
realidade e basear-se em critérios empíricos.

¦   
i Envolve procedimentos regulares (³da mesma maneira´)
por parte de diferentes investigadores.

¦ i 
i Toda a investigação deve ser feita para o bem das
pessoas envolvidas e os resultados devem ser sempre
tornados conhecidos.
Dois princípios fundamentais da ciência

¦ Empirismo
¦ Jbjectividade
¦ Consenso científico
¦ Aceitação/refutação de hipóteses
¦ Determinismo
¦ Js fenómenos ocorrem de uma maneira
regular e não de uma forma caótica
¦ Há, no entanto, algum indeterminismo
mesmo nas ciências exactas (ex. princípio da
incerteza de Eisenberg)
Ciência   senso comum

¦ Utilização de conceitos, explicações teóricas,


princípios, etc.
¦ Js cientistas testam as suas teorias e hipóteses de
uma forma empírica e sistemática
¦ Noção de controlo
¦ Js cientistas tentam encontrar relações entre os
fenómenos de uma forma consciente e sistemática
para os explicar
¦ A ciência dá explicações diferentes para os
fenómenos observados
Funções da ciência

¦ Descrição dos fenómenos

¦ Explicação dos fenómenos


Duas perspectivas em ciência

¦ Perspectiva nomotética
i ³Somos mais parecidos do que
diferentes´
¦ Generalizações de carácter quase universal

¦ Perspectiva idiográfica
i ³Somos mais diferentes do que
parecidos´
¦ Generalizações contextualizadas
Planos quantitativos de investigação

¦ 1. Planos experimentais
i 1.1. Planos com sujeito único

i 1.2. Planos exp. propriamente dito ou clássicos

i 1.3. Planos factoriais

i 1.4. Planos quase-experimentais

¦ 2. Planos não experimentais


i 2.1. Planos ex-post-facto

i 2.2. Planos descritivos


3ariáveis

Ñ 
 
   


        
   
Tipos de variáveis

¦ Contínuas vs. Descontínuas


¦ (Quantitativas vs. Qualitativas)
¦ Independentes vs. Dependentes
¦ Factores vs. 3ariáveis critério
¦ Dicotómicas vs. Multifactoriais
¦ Activas vs. Passivas
¦ Etc.
Natureza das variáveis
(em termos de medição)

¦ 3ariáveis nominais
¦ 3ariáveis ordinais
¦ 3ariáveis intervalares
¦ 3ariáveis proporcionais/de razão

ü! Js dígitos obtidos na medição das variáveis nem


sempre traduzem verdadeiras quantidades. Ás vezes são
apenas numerais, que servem para identificar posições ou
categorias.
Dois princípios relativos às escalas de
medição das variáveis

¦ A. As variáveis medidas nas escalas mais


simples (em virtude da sua natureza) não
podem sê-lo nas escalas mais complexas,
mas o inverso é possível.
¦ £. As técnicas estatísticas utilizadas nas
escalas mais simples podem ser usadas
nas mais complexas. J inverso é falso.
Medição   Manipulação

¦ Medir é diferente de manipular uma variável.


i Ao medirmos uma variável estamos a traduzir o real em
números para podermos usar métodos quantitativos de análise
estatística (ver escala de medida das variáveis).
i Ao manipularmos uma variável estamos a alterar
deliberadamente a realidade, para podermos observar o efeito
dessa variação provocada.

¦ Na investigação quantitativa, todas as variáveis são


medidas, mas nem todas são manipuladas (ou por
razões intrínsecas, ou por questões de natureza
ética).
r #
  
   

¦ É aquela que nos indica os passos,


os procedimentos, as técnicas, os
meios utilizados para medir e/ou
manipular uma variável.
Funções das variáveis
(papel que podem exercer numa investigação)

¦ 3ariáveis independentes
¦ 3ariáveis dependentes
¦ 3ariáveis parasitas/estranhas
¦ 3ariáveis de controlo
Acepções possíveis da palavra
controlo

¦ A. Implica a noção de variáveis


parasitas

¦ £. Refere-se às variáveis que são


controladas

¦ C. Refere-se ao grupo de controlo


Cinco maneiras de controlar o
efeito das variáveis parasitas

¦ 1. Introduzir a variável parasita no plano de


investigação
¦ 2. Analisar apenas um nível da variável
parasita
¦ 3. Remover estatisticamente, através da
covariância, os efeitos da variável parasita
¦ 4. Aleatorizar os grupos
¦ 5. Equiparar os grupos
J problema científico

Características principais
`     
#
Fraenkel e Wallen, 2003

¦ 1. A questão deve ser praticável, em termos


de investigação.
¦ 2. A questão deve ser formulada
claramente.
¦ 3. A questão deve ser significativa para a
construção do conhecimento científico.
¦ 4. A questão não deverá colocar problemas
de natureza ética.
`     
#
Ary et al., 1990

¦ Pode ser formulado na afirmativa ou


na interrogativa.
¦ Deve ser baseado num raciocínio
lógico derivado da teoria, de estudos
anteriores, das observações do
investigador, etc.
¦ Deve poder ser testável.
¦ Deve indicar a população.
  
 
  # 
'i` `

¦ J `     (FPCE-UC) da Universidade de


Coimbra levou a efeito uma investigação sobre as variáveis
promotoras do bem-estar subjectivo dos idosos residentes em
lares. Para o efeito foi contactada uma instituição do género, de
Coimbra, onde foram constituídos ao acaso dois grupos de 30
idosos cada. Ambos os grupos foram medidos, previamente, com
um questionário, a SWLS, que avaliava a satisfação com a vida
dos idosos. Depois, durante oito semanas, um dos grupos
participou, três vezes por semana, em sessões com a duração de
uma hora, onde fizeram actividades diversas, como ver filmes
cómicos, fazer ginástica, contar anedotas, cantar músicas
populares, dizer ditados populares, fazer teatro, etc. Ao longo
desse tempo, o outro grupo participou, também com a mesma
periodicidade, em sessões (com uma hora de duração) mais
passivas, onde fizeram as habituais actividades de ocupação dos
tempos livres que o Lar costuma desenvolver. No final das oito
semanas, ambos os grupos voltam a ser medidos no que
concerne à satisfação com a vida, com o mesmo instrumento.
As hipóteses

Características principais
Tipos de hipótese e sua
formulação
Características de uma hipótese científica
(McMillan & Schumacher, 1989)

¦ É sempre uma afirmação acerca de um


resultado previsto para um problema
científico, baseado na teoria ou na
investigação anterior.
¦ Expressa uma relação entre duas ou mais
variáveis.
¦ Costuma ser formulada de acordo com uma
lógica de ³se«então´.
¦ Deve ser testável por métodos empíricos.
¦ Deve ser concisa e clara.
Tipos de hipóteses

E sua formulação estatística


Hipótese nula (h0)
¦ Tem um papel central na lógica do teste de hipóteses na
investigação quantitativa.
¦ Afirma a inexistência de relações entre grupos ou a ausência
de diferenças estatisticamente significativas.
¦ Nunca se formula explicitamente, pois ela está implícita (no
trabalho do investigador).
¦ É em relação a ela que é tomada a decisão, a partir dos
resultados obtidos.
¦ Em cada caso, quando a hipótese alternativa formulada é
rejeitada, a hipótese nula correspondente é verdadeira:
NJ J DE PRJ3A INDIRECTA.
¦ Formulação estatística - h0: ö1=ö2.
Hipótese alternativa não
direccional (h1)

¦ Indica a presença, em termos gerais, de relações


entre grupos ou de diferenças significativas entre
as variáveis em análise.
¦ Não indica o ³sentido´ da diferença encontrada.
¦ É uma hipótese mais global, pois abrange ambas
as caudas da curva normal.
¦ Também é designada por hipótese bicaudal ou
bidireccional (ou # ).
¦ Formulação estatística ± h1: ö1ö2.
Hipótese alternativa
direccional (h1)
¦ Indica a presença de relações específicas entre
grupos ou de diferenças significativas entre as
variáveis em análise, afirmando que um dos grupos
é maior/menor/melhor/pior/etc. que o outro («).
¦ Indica o ³sentido´ da diferença encontrada (i.e.,
hierarquiza os grupos ou as variáveis).
¦ É uma hipótese mais específica, que abrange, à
vez, cada uma das caudas da curva normal.
¦ Também é designada por hipótese unicaudal ou
unidireccional (ou  # ).
¦ Formulação estatística ± h1: ö1¾ö2 ou h1: ö1½ö2
A validade de uma
investigação quantitativa

3alidade interna e validade


externa
3alidade interna: uma síntese
¦ Entende-se pela adequação e rigor do plano de
investigação
¦ Tem a ver com legitimidade com que o investigador
tira as conclusões do seu estudo
¦ A validade interna é tanto maior quanto melhor se
conseguir atribuir à acção da variável independente
os efeitos verificados na variável dependente
¦ A validade interna é tanto maior quanto maior for o
grau de controlo das variáveis parasitas
¦ A validade interna é tanto menor quanto maior for o
número de explicações alternativas para o nosso
problema
Ameaças à validade interna
de uma investigação
¦ História
¦ Maturação
¦ Testing (Prática dos testes)
¦ Instrumentação
¦ Regressão estatística
¦ Selecção diferencial
¦ Mortalidade experimental
¦ Interacções selecção/maturação;
selecção/história; selecção intrumentação;
etc.
Ameaças à validade interna
¦ Ambiguidade quanto à direcção da causa
¦ Difusão ou imitação do tratamento
¦ Igualização compensatória do tratamento
¦ Rivalidade compensatória por parte dos
indivíduos sujeitos a condições menos
agradáveis
¦ Ressentimento e desmoralização por parte
dos indivíduos sujeitos a condições menos
agradáveis
3alidade externa: uma síntese
¦ Tem a ver com a possibilidade de
generalização dos resultados para um
grupo mais vasto de sujeitos
i Problemas relativos à validade da população
¦ A generalização só é possível, em termos
teóricos, se houver representatividade do
grupo estudado
i Problemas relativos à validade ecológica
¦ Trata-se da generalização de uma situação
para outras. Ela só deve ser feita quando
existe correspondência entre as situações
Ameaças à validade externa

¦ Ameaças à validade da população


i Generalização da população acessível para a
população-alvo
i Interacção entre as variáveis personológicas e o
tratamento (variável independente)
Ameaças à validade externa

¦ Ameaças à validade ecológica


i Descrição explícita da variável independente
i Interferência de múltiplos tratamentos
i Efeito Hawthorne
i Efeito da novidade e da ruptura
i Efeito do experimentador
i Sensibilização ao pré-teste
i Sensibilização ao pós-teste
i Interacção da história e do tratamento
i Medição da variável dependente
i Interacção tempo de medição e tratamento
Planos quantitativos de investigação

¦ 1. Planos experimentais
i 1.1. Planos com sujeito único

i 1.2. Planos exp. propriamente dito ou clássicos

i 1.3. Planos factoriais

i 1.4. Planos quase-experimentais

¦ 2. Planos não experimentais


i 2.1. Planos ex-post-facto

i 2.2. Planos descritivos


Investigação experimental em
educação

Algumas ideias centrais


(Fraenkel e Wallen, 2003)
1. A tipicidade da investigação experimental

¦ A investigação experimental tem um


carácter específico, pois é o único tipo de
investigação que tem como objectivo
influenciar uma variável particular, e é
também o único tipo de pesquisa que,
quando feita correctamente, possibilita o
teste de hipóteses sobre relações de
causalidade entre variáveis.
2. As características fundamentais da
investigação experimental

¦ As experiências propriamente ditas


diferem dos outros tipos de
investigação em dois aspectos
essenciais:
i Comparação de tratamentos
i Manipulação directa de uma ou mais
variáveis pelo investigador
3. Aleatorização

¦ A destinação aleatória constitui um dos


pontos fortes da investigação experimental.
Ela traduz o facto de cada indivíduo que
participa num estudo experimental ter tido
uma probabilidade igual de ser colocado
numa das condições experimentais ou de
controlo que estão a ser alvo de
comparação.
4. Controlo de variáveis estranhas

¦ Na investigação experimental o investigador tem


muito mais oportunidades de exercer controlo do
que nos outros tipos de planos.
¦ Algumas das estratégias mais comuns para
controlar as características diferenciais dos sujeitos
(nos vários grupos em comparação) são:
destinação aleatória (aleatorização), manter as
variáveis constantes, equiparação de algumas
variáveis, utilização da técnica estatística da
ANCJ3A, etc.
Exercício I
¦ 1. Indique qual o plano mais adequado para testar a
seguinte hipótese, justificando as razões da sua
escolha:

i Js adolescentes que vêem filmes que retratam um


contacto harmonioso na escola entre alunos deficientes
motores e alunos sem deficiência manifestarão uma
atitude mais positiva para com a integração dos deficientes
do que os alunos que vêem filmes que incitam à
segregação dos deficientes.
Exercício I (cont.)
¦ Em relação ao exercício anterior indique:
- A variável independente
- A variável dependente
- J grupo de controlo
- J grupo experimental
- J problema que motivou o estudo
- As estratégias utilizadas para controlar as
explicações alternativas à do efeito da variável
independente
- Algumas possíveis ameaças não controladas
Exercício II
¦ 2. Pense num problema que poderá ser investigado através
de um plano experimental propriamente dito ou clássico,
indicando:

2.1. As variáveis independente e dependente

2.2. A forma como operacionalizaria cada uma delas

2.3. Qual o plano específico que utilizaria

2.4. Jutros cuidados que teria para aumentar a validade


interna da investigação
A ética na investigação
científica em educação

Algumas considerações

Tuckman, 1978
Por que razão se fazem
investigações, se as vidas nelas
envolvidas poderão ficar, de alguma
forma, afectadas?
Direitos dos participantes
numa investigação

¦ 1. Direito à privacidade ou não


participação
¦ 2. Direito de permanecer anónimo
¦ 3. Direito à confidencialidade
¦ 4. Direito de esperar responsabilidade
por parte do investigador
1. Aspectos éticos relacionados com o
sujeito

¦ 1.1. Consentimento
i Capacidade
i Informação
i 3oluntariedade
¦ 1.2. Danos
i Tipo de investigação
i Tipo de sujeitos
¦ 1.3. Privacidade
i Anonimato
i Confidencialidade
2. Aspectos éticos relacionados com
diferentes tipos de investigação

¦ 2.1. Abordagem experimental


¦ 2.2. Abordagem não experimental
3. Aspectos éticos relacionados com o
investigador enquanto profissional

¦ 3.1. Integridade durante a investigação


¦ 3.2. Integridade na publicação dos
resultados
Métodos de amostragem

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Conceitos fundamentais
¦ População-alvo
¦ População-acessível
¦ Amostra
¦ Estudo-piloto
¦ Representatividade da amostra
¦ Generalização dos resultados
¦ Selecção aleatória
¦ Destinação aleatória
¦ Erro de amostragem
¦ Desvio de amostragem
Métodos de amostragem
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¦ † ˜ . 
¦ * ˜    #
/
A revisão da literatura

Jbjectivos da revisão da literatura


Tipos de fontes a consultar
Passos para a revisão da literatura
Jbjectivos da revisão da
literatura
¦ 1. Ajuda o investigador a delimitar e a definir cientificamente o
seu problema (e a formular as hipóteses)
¦ 2. Permite o planeamento de um estudo pertinente que ocupe
um lugar fundamental no processo de construção do
conhecimento científico.
¦ Evita repetições não intencionais ou desnecessárias de
estudos cujos assuntos já foram amplamente analisados.
¦ Permite a selecção das estratégias metodológicas mais
adequadas para cada estudo concreto.
¦ Permite ao investigador relacionar os dados que obteve com
o conhecimento já existente, fazendo ³pontes´ significativas
para a prática (intervenção) e delineando sugestões para
investigações futuras.
Tipos de fontes para a revisão da
literatura

¦ Fontes primárias

¦ Fontes secundárias

¦ Fontes preliminares
Passos para a revisão da
literatura
¦ 1. Análise da formulação do problema (identificação de
conceitos ou variáveis que ajudem a orientar a busca das
fontes relevantes)
¦ 2. Selecção e leitura das fontes secundárias
¦ 3. Selecção das fontes preliminares
¦ 4. Transformação do problema em palavras-chave
¦ 5. Consulta das fontes preliminares
¦ 6. Leitura das fontes primárias seleccionadas
¦ 7. Jrganização das notas/fichas de leitura (resumos de
cada fonte primária)
¦ 8. Elaboração do trabalho final.
Técnicas Quantitativas de
Recolha de Dados
¦ Tipos
¦ Características

¦ Formas de utilização

¦ Estratégias para aumentar a credibilidade


dos resultados
¦ Aspectos éticos envolvidos
Técnicas de recolha de dados

¦ 1. Quantitativas
i Jbservações estruturadas
i Entrevistas estruturadas
i Questionários
i Testes
i Medidas não reactivas (
  
 )
Técnicas de recolha de dados

¦ 2. Qualitativas
2.1. Técnicas interactivas
i Jbservação participante (etnográfica)
i Entrevista etnográfica

2.2. Técnicas não interactivas


i Pesquisa de artefactos/documentos
i Jbservação não participante
Características das técnicas
quantitativas de recolha de dados
¦ Utilização de instrumentos na recolha de dados,
sobretudo do tipo ³papel e lápis´.
¦ Dados recolhidos, em princípio, sob a forma
métrica.
¦ Decisões tomada a priori quanto à apresentação
dos dados.
¦ Js dados assumem uma forma única ± resposta ao
instrumento utilizado.
¦ Js dados são codificados e descritos
estatisticamente.
¦ As conclusões são tiradas com base nos
procedimentos estatísticos utilizados.
Características das técnicas
qualitativas de recolha de dados

¦ Recolha de dados sem a utilização obrigatória de


instrumentos.
¦ Dados recolhidos principalmente sob a forma
verbal.
¦ A forma de apresentação depende da natureza dos
dados recolhidos.
¦ Js dados assumem uma variedade de formas.
¦ Codificação apenas para encontrar padrões de
dados.
¦ As interpretações derivam das estratégias
utilizadas.
Construção de um questionário

Alguns considerandos e
sugestões para a elaboração
de questões
˜     

  
 -   - 


- Esta questão pode ser formulada da forma


como é escrita?
- Esta questão tem o mesmo significado para
todas as pessoas?
- Esta é uma questão a que as pessoas
conseguem responder?
- Estarão todas as pessoas dispostas a
responder a esta questão, atendendo ao tipo
de recolha de dados?
Tipos de questões
¦ 1. Questões abertas: de resposta variável, em
função das características dos inquiridos. São mais
difíceis de cotar e são mais passíveis de
interpretações incorrectas.

¦ 2. Questões fechadas: de resposta restrita e pré-


determinada pelo investigador. São mais fáceis de
cotar e de interpretar (podem ainda ser dicotómicas
ou de escolha múltipla).

ü! Na sua generalidade, as perguntas fechadas são mais


difíceis de redigir do que as perguntas abertas e exigem maior
domínio do assunto estudado, por parte do investigador.
Sugestões para a construção de ³boas
questões´ fechadas I

¦ 1. Evitar que a questão seja ambígua.


¦ 2. Ser o mais directo possível na colocação
da questão/concentrar a questão no tema.
¦ 3. Tornar a questão o mais curta possível.
¦ 4. Usar linguagem a que o inquirido esteja
habituado.
¦ 5. Evitar utilizar termos que possam
conduzir ao enviesamento das respostas
¦ 6. Evitar questões reactivas.
¦ 7. Evitar duplas negativas.
Sugestões para a construção de ³boas
questões´ fechadas II
¦ 8. Redigir algumas questões de forma inversa ou
invertida.
¦ 9. No caso de querer colocar uma questão mais
geral e outra mais específica juntas, deve
começar-se pela mais geral.
¦ 10. Devem misturar-se as questões que abordam
subtemas diferentes dentro da temática geral
(que pertencem a subescalas diferentes).
Jutros aspectos a levar em conta

¦ Importância de um breve estudo piloto do questionário.


¦ Relevância da existência de subescalas.
¦ Facilidade de compreensão da escala de resposta
(importância da discriminação das alternativas, no caso
de uma escala de resposta do tipo Likert).
¦ Deve tornar-se o questionário o mais curto possível.

¦ NJTA: De preferência devem utilizar-se questionários de


recolha de dados já disponíveis na literatura científica da
especialidade e psicometricamente fiáveis, em vez de se
construírem instrumentos novos.
Exemplos de escalas de resposta
(para utilização nos questionários)

¦ Escala de Likert (Likert, 1932)

¦ Escala de diferencial semântico (Jsgood,


1932) (ou escala de adjectivos bipolares)

¦ Checklists (listas de verificação)

¦ Escala de Thurstone
Escala (enquanto questionário para medição de um

construto específico)   Teste

¦ Escala ¦ Teste
i É um instrumento i É um procedimento
construído de modo que sistemático no qual todos os
números diferentes indivíduos são colocados
possam ser atribuídos a perante um conjunto de
estímulos construídos,
indivíduos diferentes, para chamados itens.
indicar quantidades i Permitem atribuir pontos ou
distintas de uma dada obter indicações quantitativas
característica ou atributo. sobre os sujeitos.
i Não tem implícito i Medem diferenças individuais
qualquer aspecto permitindo hierarquizar os
avaliativo, pois não há sujeitos.
respostas certas nem i Têm implícita a noção de
erradas. êxito ou fracasso.
i Exemplos: escalas de i Exemplos: testes de
atitudes, de valores, de resistência física, testes de
inteligência, testes de
interesses, etc. aptidão, etc.
Tipos de testes

¦ Testes referenciados a ¦ Testes referenciados a


normas critérios
i Medem o i Medem o
desempenho desempenho
relativo de um absoluto de um
sujeito sujeito em função
comparando-o com de um critério
as normas do estabelecido (ex:
grupo-padrão a que realizar uma prova
ele pertence. em 30 minutos).

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